AS TARDES QUE SE FORAM
Blasonava-se, falsa e mentirosa...
As tardes que se foram não deixaram
Nem, ao menos, o olor da pura rosa.
Os pés cansados nunca caminharam
Essas terras bravias. Perigosa
Mata de frondosa arvore. Deixaram
Perfumes, tuas mãos. Misteriosa
A noite tão selvagem. Entranharam
Os engodos cruéis que nem disfarças.
Poderias negar os teus comparsas?
Viste-me por acaso, em mendicância?
Na vida coleciono discrepância,
As travas dos meus olhos te ressecam,
Urgentemente mentem, negam, pecam...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário