MARÉS 014
Atamos, desatamos os destinos
Envoltos pelas
noites mais atrozes
E quando se
perdendo em rudes fozes
Os mundos se
fizeram pequeninos,
Colhendo a cada
passo os desatinos
Vencendo os mais terríveis
e ferozes
Cenários se
presumem meus algozes
Os erros que transformam;
tão ladinos.
Procuro dentro da
alma algum sinal
Do quanto poderia
bem ou mal
Tocar este infinito que nos una,
Marcando com
diversa dissonância
Bebendo esta temível
discrepância,
O mar invade e
tomba qualquer duna...
MARCOS LOURES
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