quarta-feira, 26 de setembro de 2012

QUANDO CRIANÇA

QUANDO CRIANÇA

Quando criança trouxe sua morte
Nas asas deste pobre passarinho
Se esquece que teria um novo ninho
Na muda dessas penas e de sorte.

O vento da saudade bateu forte
E não deixou mais nada aqui, sozinho,
No frio que devora seu cantinho
O rumo da viola sempre o norte.

Mentiras se não matas viram pragas
As ruas que visitas sempre afagas
Na boca das morenas mais bonitas...

Menino fui moleque e não disfarço
O marco que deixei em cada abraço
E sob esses vestidos, puras chitas...


MARCOS LOURES

Nenhum comentário:

Postar um comentário