QUANDO CRIANÇA
Quando criança trouxe sua morte
Nas asas deste pobre passarinho
Se esquece que teria um novo ninho
Na muda dessas penas e de sorte.
O vento da saudade bateu forte
E não deixou mais nada aqui, sozinho,
No frio que devora seu cantinho
O rumo da viola sempre o norte.
Mentiras se não matas viram pragas
As ruas que visitas sempre afagas
Na boca das morenas mais bonitas...
Menino fui moleque e não disfarço
O marco que deixei em cada abraço
E sob esses vestidos, puras chitas...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário