quinta-feira, 27 de setembro de 2012

QUANTAS VEZES...

QUANTAS VEZES...

Quantas vezes na noite eu me desperto;
E acordando, procuro por você;
Com certeza sedento de prazer,
Muitas vezes sofrendo eu vago incerto...

Tu estás, assim, distante mas tão perto,
Aguardando-me, enfim. Sobreviver
Nessa vida improvável, quero crer
Que te tenho comigo, amor dileto...

Eu não sei mais porque tanto me agarro
Só nessa perspectiva, tudo varro:
Tristezas, agonias, sofrimento...

Quem me dera poder ter teu alento,
Onde esperança teima novo intento;
Em tua brasa acesa, meu cigarro...

MARCOS LOURES

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