QUANTAS VEZES...
Quantas vezes na noite eu me desperto;
E acordando, procuro por você;
Com certeza sedento de prazer,
Muitas vezes sofrendo eu vago incerto...
Tu estás, assim, distante mas tão perto,
Aguardando-me, enfim. Sobreviver
Nessa vida improvável, quero crer
Que te tenho comigo, amor dileto...
Eu não sei mais porque tanto me agarro
Só nessa perspectiva, tudo varro:
Tristezas, agonias, sofrimento...
Quem me dera poder ter teu alento,
Onde esperança teima novo intento;
Em tua brasa acesa, meu cigarro...
MARCOS LOURES
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