SENZALA DE NÓS MESMOS
Senzala de nós mesmos resguardando
O quanto que não temos, tempo e riso
Eu sei que navegar sempre é preciso
Por isso, nos teus braços, me afogando.
Do quanto que não tive desabando
O jeito é me perder, razão e siso,
Partir por outros mundos sem aviso
E os rastros no caminho irei deixando.
Nos cardos e nas curvas, as promessas
Dos prados e das chuvas derradeiras.
Os erros que em verdade não confessas
Os mesmos que cometo e sempre assumo.
As flores que matastes e não cheiras
Permitem perceber, da vida o sumo...
MARCOS LOURES
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