VAGANDO PELOS CÉUS
Embalde, tantas vezes, ledos gritos
Vagando pelos céus em altos brados.
Estamos, na verdade, condenados
A sermos tolamente tão aflitos.
Os olhos se encontrando em infinitos
Meus versos são cruéis, desesperados,
O quanto que já fomos destroçados
Redime os nossos dias; vãos, malditos.
A ventania segue proclamando
Esse vazio exposto nos meus braços.
O peso que carrego; a dor em bando,
Os dias serão frágeis, versos mudos,
Cativo dos desejos mais miúdos
A morte me rondando firma os laços...
MARCOS LOURES
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