29/10
Sou eu quem tanto busca a plenitude
De um dia mais suave ou mesmo em paz.
O tanto que esperança ora desfaz
Produz e na verdade tanto ilude.
Sementes espalhando em solo rude,
O vento mais feroz e contumaz,
A sorte se deixando para trás
E nisto nada mais ora transmude.
Esbarro nos meus erros, mas prossigo
E tento conservar aqui comigo
Os restos do que fora um grande amor.
As rotas discordantes traçam erros
E sei dos meus anseios e desterros
Gerados num engano em dissabor.
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