A MORTE E SUAS ARTIMANHAS
Eu fujo da danada a vida inteira,
Porém de vez em quando uma surpresa,
A companheira eterna e derradeira,
Fazendo-me depressa sua presa...
Às vezes, sem querer eu dou bandeira,
Mas ela de tocaia, gentileza,
Ainda me deu chance verdadeira,
Porém a sua foice vive tesa...
Durante certo tempo não pensava
Que poderia vê-la tão de perto,
Agora se não fico mais esperto,
A peste num segundo me levava,
Estou vazando fora, de mansinho,
Mineiro quando foge é de fininho...
MARCOS LOURES
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