AMAI
Quem sabe eternidade? O que me importa?
Não tenho as ilusões do cristianismo,
Se existe após a vida, nova porta,
Ou mesmo um precipício, algum abismo...
A pele que se enruga inda suporta
A curva sem temor, mesmo cinismo,
História que num átimo se corta,
Seria necessário o realismo?
Medonhas criaturas infernais,
Angélicas canções, vagos espaços.
Não quero nem pretendo muito mais,
Por isso ser feliz, obrigação,
De quem tem com a vida estreitos laços,
E deixa bater firme o coração...
MARCOS LOURES
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