10/11
Bastasse ao sonhador algum alento,
E nada dos sentidos se percebe
Ainda quando adentro a velha sebe
Encontro com mais fúria imenso vento.
E quantas vezes mesmo eu busco e tento
Ousando acreditar no que concebe
A vida que em tormentas já se embebe
Matando cada passo, desatento.
A farsa se anuncia e neste tanto
Expressaria apenas desencanto
Ou mesmo a solidão que nos degrade,
Quem dera noutro instante mais feliz,
Acreditar no quanto a vida quis
E ter sob meus olhos, liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário