03/02
Nesta alma que pensara calma e pura,
A sórdida expressão da falsa luz
Que ao mesmo tempo enquanto nos seduz
Espúria sensação tanto tortura.
Nos olhos a temível amargura
O peso em minhas costas, velha cruz
E o prazo que deveras não conduz
Sequer ao quanto tento e não perdura.
O cântico adentrando pelo quarto,
O sonho que deveras mal comparto
A farpa quando a luta nos lacera,
Dos velhos palacetes de um passado,
Ainda que se fez temido e ousado,
Apenas novo rumo traça a fera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário