17/07
Não mais teria a sorte de sonhar
Tampouco poderia ter comigo
Os olhos que procuram como abrigo
Este horizonte raro a desnudar.
O prazo determina em qual lugar
O verso se escondendo onde o persigo,
Vergando sob o peso que desdigo
Tentando noutro instante divagar.
O preço a se pagar não mais se visse
Gerando na verdade esta mesmice
Que possa traduzir em desalento
Mergulho nos meus pântanos e tramas
E quando no final tu já me chamas
Vivendo o quanto siga e mesmo tento.
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