22/07
Num ato tão diverso, mas constante
O mundo em plena face ora desnuda
Nesta vertente falsa e pontiaguda
O nada noutro fim é torturante.
Apenas o momento onde se implante
A dita que em verdade tudo muda
E segue sem sentido e sem ajuda
Marcando o quanto houvesse doravante.
Num átimo mergulho nos teus braços
E sei dos meus anseios tão devassos,
Mas são somente sonhos, nada mais.
E o vento adentra então esta torrente
E gera o quanto a vida tanto mente
E sei que no final deveras trais.
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