domingo, 11 de agosto de 2013

11/08

Não mais sobrevivesse ao desengano
Que tantas vezes fere quem se opõe
Ao todo quando a vida decompõe
E mata na nascente qualquer plano,

O verso pelo qual tanto profano
O sonho que deveras se repõe
Vestindo o quanto pude e não se põe
Nas lutas onde o tempo é desumano.

Fardando em ilusões o passo eu pude
Trazer a mesma face em magnitude
Diversa da que tanto poderia,

Mascaro com meu passo e mimetizo
A vida que viera sem aviso
E mostra tão somente esta ironia.

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