sábado, 29 de março de 2014

29/03

Não mais se perderia qualquer passo
E nesta solidão expresso o cais
E sei dos dias rudes e banais
E nisto cada instante o rumo traço.

Vestindo o que pudera em tal cansaço
Gerando os meus anseios desiguais
Ausento-me dos sonhos e me trais
Tramando o quanto veja noutro espaço.

Reparo enquanto bebo a solidão,
Postergo a mais dolosa sensação
Vagando em noite rude, mero ocaso,

O preço a se pagar presume o fato
E nele meu anseio, mesmo ingrato,
Tramasse tão somente o quanto atraso.

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