15/07
Não quero nem saber do que teimara
Na luta que se fez em medo e treva,
A vida noutro instante tenta a ceva
E rega com brandura esta seara.
Porém a solidão quando escancara
Nesta alma sem descanso tanto neva
E a sorte que pensara ser longeva
Ao fim e simplesmente, nos prepara.
Resulto deste infausto, mas prossigo
Sem ter sequer talvez qualquer amigo
Num único momento, o derradeiro.
Encontro os meus sinais e bebo o fim
Marcando o quanto possa vivo em mim
Ousando crer em mar, sendo ribeiro.
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