domingo, 6 de julho de 2014

A voz que tanto amei emudecida
A sorte desenhando novo fim,
O mundo se perdendo em estopim
Diverso do que possa e não divida,

A morte se anuncia e torna a vida
Dispensa cada instante dentro em mim,
Ousando acreditar no quanto eu vim,
Alimentando apenas tal ferida.

Dos sonhos que tivera nem vestígios
Somente se moldando estes litígios
Na dura sensação de nada ter,

Aspiro ao quanto quero e nada venha
A vida se traçando não convenha
A quem não percebera amanhecer.

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