04/08
Levado contra a fúria das procelas
Meu barco se perdera e nos rochedos
Traçando os dias rudes, meros, ledos
Deixando no final o quanto atrelas
E bebes sem sentido estas mazelas
Da vida sem saber dos meus segredos
E possa conviver com desenredos
Que aos poucos noutro tom tu me revelas.
Ousando acreditar no que não veio
E tendo em minhas mãos o mar alheio
Aos tantos navegares que sonhara.
A sorte perde o rumo e sem o leme
O quanto se teria agora teme
O fim desta ventura bela e rara.
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