07/08
Espero qualquer sorte que não venha
E tento acreditar no quanto é bela
A sorte que deveras se revela
Na forma mais audaz, mesmo ferrenha.
O tempo no vazio não detenha
A senda que tampouco em paz se atrela
E sei da imensidão abrindo a vela
E nisto o mar em paz não se contenha.
O canto em alforria traz enfim
O quanto poderia haver em mim
Na trama mais audaz ou mais sincera,
Nos erros costumeiros de quem ama
Acesa com certeza a velha chama
Procura renascer em primavera.
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