05/01
Jamais se esqueceria do que há tanto
Rendesse além da fúria alguma luz,
O mundo quando traz o quanto eu pus
No olhar mais distraído em desencanto.
E possa ter a vida mesmo enquanto
Fortuna em tal anseio me conduz
Levando o quanto resta em contraluz
Gerando ao fim do sonho, um novo pranto.
E quando a solidão enfim lagrimo,
Atinjo da agonia logo o cimo
E teimo em procurar algum alento,
Sabendo desde já quais as razões
E nelas entranhando meus porões
O passo, sem sucesso algum, eu tento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário