24/01
Restasse a velha ponte de safena,
Um único e talvez mero remédio,
A vida se explodindo gera o tédio
E o fim de cada passo me condena,
Versando sobre o quanto vai sem pena
O dia destruindo o tosco prédio,
E a morte me rondando num assédio
Que a cada novo instante em vão acena,
Gerasse o sortilégio de quem sonha
E bebe tolamente esta peçonha
Ofídica loucura que me trazes,
No tanto que pudesse em rude fato,
Apenas o que agora eu mal constato
Expressa a solidão em tantas fases.
Nenhum comentário:
Postar um comentário