quinta-feira, 23 de abril de 2015

23/4

Por vezes, poucas vezes ou nenhuma,
Jamais me importaria desde quando
O verso noutro tempo se moldando
Enquanto a solidão atroz se esfuma,
Correndo sobre a sorte que se apruma
Pousando em desencanto, ou navegando
No tempo que pensara bem mais brando
A vida sem sentido se acostuma;
Redimo cada engano do passado
E tento novo tempo desolado
Vagando sobre as ondas, tenso mar,
Já não me caberia mais sentir
O quanto possa haver neste porvir
Que custo mesmo até imaginar.

Um comentário:

  1. O MEU PORVIR

    Já não me caberia mais prever
    o dia de estar de novo ao teu lado,
    de sentir o calor do meu amado
    e de dizer o quanto é o meu querer!...

    Eu já não mais teria este poder
    de impedir esse amor descontrolado.
    O que vivemos não é só passado,
    ficou guardado em mim, em meu viver!...

    Também pensei que iria até morrer
    por tamanha saudade que me mata
    aos poucos, que parece enlouquecer!...

    Iludo-me querendo te sentir,
    mas a distância tua me maltrata...
    Então busco no mar o meu porvir!...

    SOL Figueiredo – 23 de abril de 2015 – 22h.

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