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Por vezes, poucas vezes ou nenhuma,
Jamais me importaria desde quando
O verso noutro tempo se moldando
Enquanto a solidão atroz se esfuma,
Correndo sobre a sorte que se apruma
Pousando em desencanto, ou navegando
No tempo que pensara bem mais brando
A vida sem sentido se acostuma;
Redimo cada engano do passado
E tento novo tempo desolado
Vagando sobre as ondas, tenso mar,
Já não me caberia mais sentir
O quanto possa haver neste porvir
Que custo mesmo até imaginar.
O MEU PORVIR
ResponderExcluirJá não me caberia mais prever
o dia de estar de novo ao teu lado,
de sentir o calor do meu amado
e de dizer o quanto é o meu querer!...
Eu já não mais teria este poder
de impedir esse amor descontrolado.
O que vivemos não é só passado,
ficou guardado em mim, em meu viver!...
Também pensei que iria até morrer
por tamanha saudade que me mata
aos poucos, que parece enlouquecer!...
Iludo-me querendo te sentir,
mas a distância tua me maltrata...
Então busco no mar o meu porvir!...
SOL Figueiredo – 23 de abril de 2015 – 22h.