quinta-feira, 30 de abril de 2015

30/4

Um tempo mais audaz, quero e preciso,
Mas sei que no final nada viria
Sequer o quanto tente em fantasia
Sequer o que pudera em vão juízo
E quando nos teus braços ouço o aviso
Da sorte que tampouco poderia
Ousar na mesma face, hipocrisia
O tempo traz o sonho onde matizo,
Vertentes tão diversas, mesma foz,
A mão se demonstrando mais atroz
E o sonho sem valia se perdendo,
Depois de tanta luta nada veio,
Apenas este olhar ausente, alheio
E o velho coração, ledo remendo.

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