19/03
Os olhos entre dores, medo e pranto
O corte se aprofunda e de tal jeito
Meu verso se desenha e não aceito
Sequer o quanto pude e não garanto.
Meu dia se alimenta em desencanto
O rústico momento ora imperfeito
E o sonho noutro tom vejo desfeito
Gerando o que pudera e não me encanto.
Versando sobre os erros de uma vida
Sem ter qualquer razão e mesmo luz
O tanto que se forma e não produz
Sequer a sorte tanto decidida
A morta emoldurada noutra tela
Aos poucos sem defesas, me revela.
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