quinta-feira, 2 de junho de 2016

02/06

A poetisa que vos fala agora,
- Flor do Cerrado, sempre renascida -
E faz dos versos seu viver e lida,
Por vezes também ri, mas muito chora...

Que toma para si a dor da vida,
E a dor de cada um também pastora,
E canta a brisa, noite escura e aurora,
Traz dentro em si profunda dor, ferida.

Contraditória alma peregrina,
Que sendo uma mulher é tão menina,
Apenas necessita paz e amor.

Arranca de seu imo seus poemas,
Verseja seus temores, seus dilemas,
Nada mais é do que singela Flor.

Edir Pina de Barros
Meu tempo se desenha desde quando
Ouvisse a voz tão bela de quem dita
A sorte e se mostrando tão bonita
O canto noutro tom se revelando,

Vagando numa estrela e transformando
Palavra que se entoa e necessita
Da luz quando se traz rara e bendita
Na certa o templo em Terra enluarando.

Poética ventura nos trouxesse
O verso como fosse alguma prece
Numa oração divina à fantasia,

A flor se traz na eterna florescência
Usando o doce aroma em consciência
E nisto em todo verso se recria.

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