22/06
Amores que coleto; vida afora,
A sensação do nada que entranhasse
Tocando com ternura o que se enlace
Marcando cada parto aonde ancora,
A noite em solidão tanto apavora
E gera sem sentido algum o impasse,
E mesmo que deveras se moldasse
Traria a solidão já sem demora.
O fato é que procuro pela paz
Que a vida a cada instante não me traz
Nem deixa qualquer rastro nem anseio,
O mundo se transgrida a cada farsa
E o tempo no vazio não disfarça
Sequer o que procure em devaneio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário