26/06
Nas vagas noites tento acreditar
Nos sons que tantas vezes imagino,
Voltando a ser deveras um menino
Nas tramas que perdera devagar.
O seio da esperança o meu lugar,
O tempo que julgasse cristalino
As redes tão rompidas do destino
E o tempo noutro enredo a naufragar…
Saudades do que fui e não seria
A voz que se escutara dia a dia
Agora envelhecida atrás da porta
Gerando a minha ausência de mim mesmo
E quando no final eu me ensimesmo
Já vejo esta esperança agora morta.
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