domingo, 26 de junho de 2016

26/06

Nas vagas noites tento acreditar
Nos sons que tantas vezes imagino,
Voltando a ser deveras um menino
Nas tramas que perdera devagar.

O seio da esperança o meu lugar,
O tempo que julgasse cristalino
As redes tão rompidas do destino
E o tempo noutro enredo a naufragar…

Saudades do que fui e não seria
A voz que se escutara dia a dia
Agora envelhecida atrás da porta

Gerando a minha ausência de mim mesmo
E quando no final eu me ensimesmo
Já vejo esta esperança agora morta.

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