sexta-feira, 3 de junho de 2016

O verso, como fora doce prece,
Exala de teu ser, perfuma a vida,
Curando qualquer dor, qualquer ferida,
Trazendo a todo nós só luz, benesse.

Até a besta fera se enternece,
E vai orar sereno na ermida,
Tornando a alma sua bem nutrida,
Que a ira, pouco a pouco, se esvanece...

Teu versejar é belo! É divino!
Inebriante, qual um vinho fino,
Luzente, feito a noite enluarada...

Ó, meu poeta! Canta! Canta e canta!
Que tua sorte bela, sacrossanta
E a vida é só cantar, sonhar, mais nada!
Edir Pina de Barros
Nas tantas emoções que a vida me trouxera
Vagando sem sentido e sei o quanto possa
Vivendo tão somente o todo que ora endossa
E nisto a poesia aos poucos toma e impera,

A doce sensação moldando a mais sincera
Verdade que se trama e sei somente nossa
E dela se expressando o quanto nos remoça
Usando da palavra que em vida sonhos gera,

O verso traduzindo o mais sublime em nós
Trazendo em nosso peito a imensa e bela foz
Gerando um mar aonde o mundo se entranhasse

É como a primavera etérea e mesmo eterna
E nisto o quanto a vida em nova e clara face
Recende ao sentimento, a mais sutil lanterna.

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