sábado, 17 de setembro de 2016

17/09

São tantos os enganos do poeta
Que tenta acreditar na redenção
Do amor que se fizera em turbilhão
Em sua terra morre este profeta,

A luta noutro ciclo não completa
E marca com total ebulição
A sorte sem sentido e desde então
O mundo no vazio se deleta.

Vagando sem sentido em noite turva
A cada novo instante a mesma curva
Tramando o que se possa em devaneio

Espectros de uma vida sem valia
O tempo que pudera e não viria
Enquanto uma ilusão torpe eu rodeio.

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