sábado, 1 de outubro de 2016

ENCANTOS DO ARAGUAIA

Na merencória tarde que desmaia
Pálida e triste, com cinéreo véu,
Por trás da chuva fina vão, ao léu,
Gaivotas das planuras do Araguaia....

Ao longe o triste grito da jandaia,
Da arara azul, que faz grande escarcéu,
As garças que depressa cortam o céu,
Buscando por seus ninhos deixam a praia...

Abaixo, onde o rio serpenteia,
Ecoa o sacro canto Xambioá,
Saudando o novo ciclo, que é de cheia!

Oh! Araguaia! Índios Karajá!
Aruanã no centro lá da aldeia...
Beleza igual por certo que não há!


Edir Pina de Barros

Um coração mineiro quando entranha
Nas raras maravilhas pantaneiras
Encontra as emoções mais verdadeiras
Que possa adivinhar cá da montanha,

Contrastes quando a vida se emaranha
E segue das estradas altaneiras
Atando nossas mãos enquanto queiras
Traçar o quanto a vida em paz se ganha,

Unindo nossos passos, o cerrado
Comum aos dois caminhos adentrando
O sonho mais audaz e sempre quando

O todo num só mundo desenhado
Dos versos e da doce poesia
Tramando a mais completa sintonia.

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