sábado, 25 de fevereiro de 2017

25/02

Cadáveres jogados pela rua,
A velha sensação de impunidade
E o todo devolvendo p’ra cidade
O deus que a multidão tola cultua.
A moça desejada e sempre nua
O corpo se transpira em umidade,
E o vento noutro rumo quando invade
Expressa a maravilha ou também sua.
Não quero o que pudera ser aquém,
Mas sei quando no fim o tempo vem
Expressa o fim de tudo, e sou banal.
O velho carcomido pela vida
Ou mesmo a diabética ferida
No encontro imbecilmente sensual.

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