segunda-feira, 19 de junho de 2017

19/06

Repasto onde as rapinas fazem festa
A carne que ofereço, já foi minha
Agora noutra face mais mesquinha
O quanto nada valho ora se atesta.
Apenas o que a vida em vão me empresta
Depois devolverei e em tal daninha
O sonho convertido ora se aninha
E apodrecida sorte tudo empesta.
Não quero uma proposta mais lacônica
Nem mesmo outra versão que fosse crônica
Gestando este imbecil que eu alimento,
No sórdido e vulgar corpo que trago
Ainda vens fazer algum afago,
Porém morro com peito exposto ao vento.

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