sexta-feira, 28 de julho de 2017

28/07


O barco da ilusão cede à procela
E naufragando dita este vazio
De um tempo mais atroz, ledo e sombrio
Que a solidão deveras me revela
Futuro noutro passo se revela
E gera tão somente o desafio
Enquanto a solidão, imensa cela
Traduz o quanto tente e não desfio,
Meu verso se perdendo sem sentido
O quanto mais anseio eu já duvido
E nada mais terei senão o fato
Da imensa turbulência sem bonança
E a vida noutro caos agora avança
E apenas a mortalha ora constato.

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