terça-feira, 24 de outubro de 2017

24/10

O tempo sem ter tempo de sonhar
Expressa o contratempo mais feroz
Do quanto poderia haver em nós
Sem rumo sem sentido e sem lugar,
Meu verso no vazio a se formar
O término ditando o ser o algoz
Do senso repartido em viva voz
Ou mesmo do que possa imaginar.
Resumos de outros sumos entre vãos
Os olhos nos cenários tramam nãos
E bebem cada gota da esperança
Que tanto num anseio não viria
Gerando noutro seio a poesia
Que ao mar já se receio ora se lança.

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