sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Oh! Sonhos meus! Etéreos, inefáveis!
Por que minh’alma invadem, deletérios?
Quais frias brumas prenhes de mistérios,
Se tornam para mim inexploráveis...

Oh! Sonhos meus! Bisonhos, mas afáveis,
Por que me vêm de todos hemisférios?
Não sei andar, viver nos seus impérios,
Nas suas terras mornas, não aráveis...

Sonhos! Não os suporto mais comigo,
Pois não tangíveis são,tal qual a lua,
Se rompem como as bolhas lá da praia...

Quisera ser seu ninho e seu abrigo,
E ser também amiga e amante nua
Nos seus lençóis suaves de cambraia...
Edir Pina de Barros

Dominam o que resta dentro em nós
E determinam gozos e terrores,
Enquanto tantas vezes multicores
Liberam dos anseios, nossa voz.
Ao mesmo tempo alenta, ou duro algoz,
Do quanto a cada tempo quer ou fores,
Gerado em pleno estio belas flores
Ou quando em calmaria, em tom feroz.
Inatingíveis mundos ora alcanço,
Em passo mais veloz, etéreo ou manso,
Neste universo paralelo eu ponho
O que pudesse ser ou não seria
Diversa sensação em fantasia
Um novo Marcos surge em cada sonho.

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