terça-feira, 14 de novembro de 2023

Exercitando o sonho nada veio
Sequer alguma imagem do futuro
E quando na verdade eu me asseguro
O mundo se desenha em devaneio,
O porte mais atroz dita o receio
E nisto a todo instante, mais escuro
O tempo com certeza não perduro
E bebo este sentido ou sigo alheio,
Escárnios entre risos e chacotas
E quando no final mais nada notas
Assentas dentro da alma a solidão,
Espúrio sentimento dita o quanto
E nisto noutro sonho não garanto
Sequer outros momentos que virão.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Querendo caminhar em meio ao nada
Espero pelo menos algum cais
E sei dos desencantos, são normais
E a luta a cada instante desagrada,
Matando no que possa esta alvorada
Exposto aos mais terríveis vendavais
Os cantos noutros rumos mais banais
O errático momento dita a forma
Do quanto sem sentido a vida informa
E marca com terror o que mais pude,
Vestindo esta quimera, a solidão,
Apenas outros erros mostrarão
Caminho sem ter paz, audaz e rude.

domingo, 12 de novembro de 2023

O medo se aproxima de quem tenta
Sentir outro momento em festa e luz
E o quanto do meu passo não conduz
Senão à fantasia mais sangrenta
A luta se mostrara tão sedenta
Gerando no final o farto pus
E quando noutro rumo eu já me opus
A sorte se transforma e violenta,
Apenas poderia ser diverso
Do quanto acreditasse e sempre verso
Nos ermos de minha alma sem valia,
Ainda que tivesse algum alento
Produzo na verdade o alheamento
E o corte a cada instante se veria.

sábado, 11 de novembro de 2023

Ainda não pudera ver além
Do caos gerado em nós pelo vazio
E quando novo passo eu desafio
A vida se desenha em tal desdém
E o quanto na verdade não mais vem
Deixando para trás o desvario
O sonho se mostrasse mais sombrio
Marcando os dias todos que o contém,
Não tento adivinhar o que viria
E sei do meu caminho em agonia
Matando pouco a pouco o que me resta
Da sorte sem sentido nem razão
Alheio aos dias tantos que virão
Visão que inda carrego, mais funesta.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Ocupas todo o imenso pensamento
E sigo cada rastro que te visse
Amar e ter nas mãos esta crendice
Aonde o meu caminho eu alimento,
Entregue ao que se pôde em raro vento
Jamais outro momento inda se ouvisse
E nisto cada canto onde cobice
A sorte se propõe num raro alento,
Escuto este marulho e nos convida
Ao quanto se entregasse inteira a vida
Gerando dentro da alma a luz serena,
O tempo a cada instante, este mutável
Traduz o quanto possa ser arável
Embora seja agreste a vaga arena.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Amor que contentasse um sonhador
Gerando dentro da alma a enorme paz
E quantas vezes sito onde faz
O tempo noutro rumo um escultor
Seguindo da maneira como for,
O passo desenhado mais audaz
E o coração deveras tão falaz
Gestando dentro da alma a fina flor.
Pendões entre diversas formas belas
E nisto a fantasia onde revelas
Traduz o quanto pude e mais queria,
Depois de certo tempo, sem mais nada
A sorte se mostrando desenhada
Aonde se renasce a fantasia.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Passando pelos olhos de quem sonha
A vida se desenha de tal forma
Enquanto a cada dia se transforma
Por vezes mais feroz, mesmo bisonha,
E quando no passado o passo enfronha
A luta se denota em nova norma
E o peso a cada dia nos deforma
Sem nada que decerto ora envergonha
Quem tanto quis apenas liberdade
E o pranto no final mais forte brade
Mesquinhas noites dizem do futuro,
E o parto se negando em duro aborto
O canto se mostrara agora morto,
E apenas o vazio eu asseguro.