domingo, 30 de abril de 2017

30/04

Participo do que há tanto
Não pudera desvendar
Nem sequer se inda garanto
Vida traz algum lugar
Onde o sonho agora espanto
Ou deseje mergulhar
Nas insânias deste encanto
Ou nas ondas deste mar
Resumindo mais um mês
Que termina ou que começa
Tanto quanto se desfez
Na verdade outra promessa
Que deveras quando vês
Expressasse o que não meça.

sábado, 29 de abril de 2017

29/04

Sexo toma esta conversa
No boteco da esperança
Que deveras não dispersa
O que tenta e nunca alcança,
A verdade segue imersa
E se possa, já me cansa
De viver a alma dispersa
No vazio da lembrança.
Arrendando a fantasia
Sem saber do fanatismo,
Que poupasse e poderia
Trazer quanto em paz eu cismo,
No final da penedia
Tão somente imenso abismo.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

28/04

A deidade se esculpira
Nas entranhas do castelo
Onde acendo nova pira
Ou meu canto não revelo,
Sigo sempre o que transpira
A palavra em tal rastelo
Que cultive esta mentira
Quando o sonho em lua atrelo.
Na incerteza deste fato
Outro tanto se perfaz
O meu tempo não constato
Nos anseios de uma paz
Que ficara no retrato
Quando o tempo é mais mordaz.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

27/04

Abro os olhos e te vendo
Noutro tom deste horizonte
O que possa e não entendo
Desviando a velha fonte
Do caminho mais horrendo
Um remendo que me aponte
O cenário se provendo
Onde quis somente a fonte.
Nada tenho e nem teria
Não seria sempre assim,
O começo me traria
A impressão enquanto eu vim
Do final em agonia
Ou do templo morto em mim.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

26/04

Afrodite ali desnuda
Ou quem sabe uma beleza
Tão diversa quão aguda
Expressando sobre a mesa
O que tanto agora ajuda
A vencer a correnteza
No final a sorte muda
E se molda mais ilesa.
Bebo em goles o que a vida
De repente não me traga,
A esperança desprendida
Do caminho em leda vaga
Resumisse esta perdida
Sensação que não me afaga.

terça-feira, 25 de abril de 2017

25/04

Jamais pude coerência
Nem seria tanto assim
O que possa numa essência
Carregar dentro de mim
E se é mera coincidência
Tanto é bom quanto ruim,
O que falta é paciência
Que adubasse este jardim.
Bebo um pouco ou mesmo até
O que nunca beberia
Se tivesse ao menos fé
Ou pudesse em novo dia
Caminhar, vencer maré
Renovada fantasia.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

24/04

Cada verso que se faça
Cada farsa que ora verso
No final somente a traça
Traça um sonho mais diverso
Em diverso encanto enlaça
O que passa e desconverso,
A verdade sendo escassa
No final sigo submerso.
Poderia ou tanto faz
Ou não queira nunca mais
O que a vida traz audaz
Ou deveras se me trais
No caminho o que me traz
Noutro engodo transformais.

domingo, 23 de abril de 2017

23/04

Reparando o que promete
Ser diverso do que tenho,
A palavra é canivete
Esperança: um vão desenho
No cenário me compete
Muito além do que eu convenho
Traduzindo o bem, repete
Novo passo enquanto empenho.
O parceiro deste tanto
Noutro parto se veria
O caminho que garanto
Traduzisse poesia,
Mas no caos se me agiganto
A verdade não se cria.

sábado, 22 de abril de 2017

22/04

Um apelo simplesmente
Ou na incerta companhia
O que possa, num repente
Traduzir esta agonia
O meu mudo se apresente
No final nada teria
Nem sequer o que pressente
Noite calma ou tão sombria.
No passado ou no futuro
Tanto faz e tanto fez
O que possa eu asseguro
Traduzindo estupidez
Maltratando em solo duro
Dentro da alma esta aridez.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

21/04


Eu não quero nem saber
Do que possa noutro fato
Esta vida ao bel prazer
Que deveras já constato
Navegando sem querer
Onde o sonho eu não resgato
Poderia conceber
A esperança em fino trato
Mas no fundo o prato está
No vazio da esperança
Que desvendo qual maná
Que este instante não alcança
A verdade moldará
O que tento e ora me cansa.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

20/04

Nas verdades absolutas,
As mentiras encobertas
Quando vais e até relutas
Por debaixo das cobertas
As mulheres santas, putas
Sensações tantas despertas
Em tramoias, tramas, grutas
Entre pernas semiabertas.
Não seria de bom-tom
Nesta vera hipocrisia
Procurar o velho dom


Onde nada encontraria,
Cada marca de batom,
Eu garanto: é poesia...

quarta-feira, 19 de abril de 2017

19/04

Já não cabe uma certeza
Do que trago ou mais reparo
O meu mundo sobre a mesa
O cenário tanto raro,
O caminho onde a surpresa
Traduzisse além do faro,
E a palavra segue ilesa,
Mas no fundo é despreparo.
Reclamando o que não veio
Nem tampouco hoje viria
Onde bebo o que permeio
Com ternura e fantasia,
Na verdade dita um meio
Que jamais sonegaria.

terça-feira, 18 de abril de 2017

18/04

Beberia mais um gole.
Com certeza outra garrafa,
A vileza que me engole
No final a sorte abafa,
A palavra que console
Pouco a pouco não se safa
Do que queira e não assole
Com firmeza a vida grafa.
Apressando esta promessa
Que diversa recomeça
Mal meu passo segue em vão,
Dos que possa conceber
O que dê algum prazer
Restaurasse o mesmo não.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

17/04

Nas paredes do meu quarto
Deste verso sonegado
O que possa e não reparto,
Gira logo em meu passado
E se tente o que comparto
No vazio ora me evado
E bebendo até já fato
Com certeza outro engradado.
Nada mais se poderia
Nem tampouco ou quase nada,
A vereda em fantasia
Muito mais abandonada,
Já não tendo serventia,
Resta apenas vã cartada.

domingo, 16 de abril de 2017

16/04

Não que seja deste jeito
Ou deveras de outro modo,
O que possa e não aceito,
Noutra face eu acomodo,
Meu caminho contrafeito
No cenário onde eu açodo
O veneno noutro pleito,
Tento até quanto incomodo.
Se o meu verso for tentáculo
O que possa transgredir
Não queria este espetáculo,
Vida tanto a repartir,
O que mate cada oraculo
Também mata o meu porvir?

sábado, 15 de abril de 2017

15/04

Outra vida que se veja
Na palavra quando a nego
E se tanto de bandeja
Meu caminho sigo cego,
Na certeza onde a peleja
Procurasse o que carrego
Quando além não se deseja
Nem sequer o que ora entrego.
Apresento em cada nome
O que possa e me conforme,
A verdade já consome
O meu sonho em coliforme
E se vença sede ou fome,
Ou deveras me deforme.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

14/04

Já não cabe qualquer sonho
Onde o tempo não traria
Nem sequer o que proponho
Em luar e melodia,
Noutro tempo o mais risonho
Emoldura a fantasia
Que deveras recomponho
No que possa de tal forma
Desejar ou ter nas mãos
O caminho se deforma
E transforma rudes grãos
Onde o pouco se transforma
Nestes fatos; tolos. Vãos.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

13/04

Já não cabe qualquer tom
Nem coubera o quanto fiz
A verdade dita o bom
Corta o bem pela raiz?
O meu tempo noutro dom,
O cenário por um triz
Molda sempre o que em neon
Trouxe a lua que mais quis.
Novamente pirilampo
Onde o tanto que descampo
Geraria outra semente,
A palavra não mais ceva
A verdade dita a treva
E o caminho em vão se mente.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

12/04

Quando quis a primavera
Meu canteiro apodrecido
Noutro tom em leda esfera
E meu passo destruído,
O que tanto destempera
Gera apenas neste olvido
O que tanto degenera
E marcasse o que duvido,
Minha vida não pertence
A quem tanto não quisesse
A verdade se convence
Do que tanto fora e tece
O momento onde me esvaio
De vagar e de soslaio.

terça-feira, 11 de abril de 2017

11/04

Não queria o que mais vejo
Sem sentido ou sem razão
Ouso até neste desejo
Que tramasse em solidão
O meu velho realejo
Outro sonho em procissão
Na palavra que desejo
Ouço a voz do coração.
E tanta monotonia
Sem saber de uma arritmia
Já não cabe no meu peito,
O que faço ou pouco importe
Dita ao fundo o velho corte
Que não quero, nem aceito.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

10/04

A palavra que redime
O momento que se entoa
A certeza mais sublime
Caminhando enquanto ecoa,
O meu passo se deprime
Na expressão que segue à toa
Ou talvez o quanto estime
Lembra o meu café, a broa.
O palácio dos enganos
Outros tantos desumanos
Atos ditam heresias
São diversos elementos
Tantas vezes virulentos
Que decerto ora recrias.

domingo, 9 de abril de 2017

09/04

Poderia acreditar
No que tanto quero e tento
O momento sem vagar
Outro vão discernimento
Do que pude em desamar
E em verdade eu alimento
Com o quanto a navegar
Sem saber do quanto invento.
Invertendo este sentido
Sentimento exposto e rude
No que possa ora me olvido
E talvez já nada mude
O momento presumido
Traz de volta a juventude?

sábado, 8 de abril de 2017

08/04

Mais um tempo que se visse
Noutra face tão igual
O que possa esta tolice
Ser apenas ritual,
Cada sonho se desdisse
Noutro rumo, o que é fatal,
Guardo o tempo em tal mesmice
Empaturro esse embornal.
Navegando contra a fúria
Do que fora minha luta
E jamais tanta lamúria
Onde a sorte fosse bruta
E no fim a mesma incúria
Dominando esta labuta.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

07/04

Na reforma a forma feita
Se eu pudesse não seria
O que tanto não se aceita
Nem tampouco alegoria,
A palavra contrafeita
Nova seita ou ironia?
Do universo a mais aceita
Relegasse a fantasia.
Sangue exposto no jornal
Amputada a velha sorte
Que traduz ou bem ou mal
O que possa e nos aborte
Neste mesmo ritual
Que decerto nos conforte.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

06/04

Não pudesse acreditar
E gerar o que era ação
Onde quis ter o meu mar,
Proibiu navegação,
E se tanto quis voar
Este céu adentra o chão
Bebo a mera sensação
De quem pode se negar.
Regras tantas onde tento
O meu verso em alimento
Poderia e não sacia,
O que falta, de repente,
No final já não se sente
Qualquer tom em poesia.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

05/04/


Jogo as mãos onde pudera
Traduzir o que se queira
Na verdade mais sincera
Ou na sorte derradeira,
O meu passo noutra esfera
A palavra corriqueira
O que tanto destempera
Na verdade sempre inteira
Redondilhas onde um dia
Bem pudera o que teria
E não tendo nada resta,
Nem sequer a morte à vista
O meu tempo quando avista
Se prepara para a festa.

terça-feira, 4 de abril de 2017

04/04

Se é soneto ou se não é
Se me traz o quanto leva
O caminho dita a fé,
Porém vejo em mim a treva.
Não queria na maré
Onda forte em grande leva
Coração seguindo à pé
Solidão colhe o que ceva.
O meu tempo em temporal
O teu tempo atemporal
No final, a mesma sina.
Que deveras determina
Minas quando piso em vão
Meus amores quando os teço
No final cada tropeço
Gera enfim outra explosão.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

03/04

Onde faço o que não fiz
E não quis saber do quando
Noutro tanto fui feliz,
Mas agora me negando
O passado; geratriz,
Do caminho desabando
No que fora em tal matiz
Outro tom traumatizando.
Criptas, sonhos e veredas
Onde tanto me concedas
E no fundo nada vejo,
Sei apenas do que importa,
Solidão batendo à porta
Abortando este desejo.

domingo, 2 de abril de 2017

02/04

Respirando o mesmo espaço
Onde o tanto não se faz
O que tento- e sou tenaz-
Na verdade ora desfaço.
E se possa sigo lasso
Ou quem dera ser em paz,
Mas no fundo tão audaz
Quando sou decerto escasso.
Vejo apenas novas penas
E se agora me condenas
Resumindo o que tentasse
Nada mais se colheria
A não ser o velho dia,
Mas em nobre ou rude face.

sábado, 1 de abril de 2017

01/04


Meus caminhos; reconheço
E na verdade os sei de cor,
Seja a sorte bem maior
Do que enfim quero ou mereço,
Mapeando este tropeço
Derramando o meu suor,
Por um mundo bem melhor
Só me falta este endereço.
Na verdade o que se visse
Gera mais uma tolice
Outro passo rumo ao nada,
Galgo sortes inexatas
E deveras me maltratas,
Isso traz já nova alçada.