sábado, 31 de agosto de 2019

Piano bar
A noite passa
A sorte escassa
E sem luar,

Ledo piano
Tocando em tédio
Sequer remédio
Ao desengano,

E bebo assim
O gim sem cota
O que denota
Perto meu fim,

E brindo à noite
Que tanto açoite...

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Encarniçada
A luta vejo
E sei sobejo
Após o nada

Vencendo estrada
Sem azulejo,
O que prevejo
Em derrocada

Mergulho em vão
E vou ao chão
Sem mais saber

Do todo em nós
Da amarga foz
Em desprazer...

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Já não veria
O que inda trago
Bebendo um trago
De poesia

Vivendo o dia
E sem afago
Tanto divago
Melancolia.

Mas tanto insistes
Cenários tristes
Em riste o sonho

Apenas traz
A dor tenaz
Canto medonho...

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Já não se quer
Apenas isto
E se conquisto
O tom qualquer

Do que vier
E sei que nisto
Sendo malquisto
Feito em qualquer

Cenário ou mote
Quebrando o pote
Denote a guerra

E assim desnuda
A luta muda
E o caos me aterra...

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Reconheci
Meus erros tais
Enquanto trais
E me perdi,

E desde aqui
Velhos sinais
Disperso cais
Mal concebi.

Bebendo o fel
O tom cruel
Da boca amarga

De quem se fez
Estupidez
E o sonho embarga.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Não tendo o todo
Sequer o pouco
Se eu me treslouco
Enfrento o lodo,

E bebo a morte
Sanguíneo passo
E sei devasso
O quanto aporte

Medonhamente
O não se espera
Velha quimera
Rosnando mente,

E o caos digere
E nada espere...

domingo, 25 de agosto de 2019

54

A rude voz
De quem se fez
Em altivez
E rompe os nós

Na fonte atroz;
A insensatez
Onde me vês
E nada após,

Presumo o corte
E bebo o norte
Em dimensão

Diversa e traça
A leda e escassa
Compilação.

sábado, 24 de agosto de 2019

Por este mundo
Que tanto quis
Vencer a atriz
Onde aprofundo

E assim me inundo
Em cicatriz
Da geratriz
Tom turvo, imundo.

Negar o quanto
Ainda espanto
Trazendo enfim,

Meu mundo escasso
Aonde eu traço
Restos de mim.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

E longamente
A vida traça
A sorte escassa
E mesmo mente

Nada se sente
Nesta fumaça
E o tempo passa
De mim ausente,

Bebendo a morte
Que não comporte
Sequer o prazo

E quando vejo
Em mesmo ensejo
Somente ocaso...

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Peregrinei
Sem ter descanso
O quanto alcanço
Em triste grei

Tanto expressei
No verso manso
Que tento e avanço
Sem rumo e lei,

Marcado então
Na sensação
Do caos em mim,

Apenas vivo
O ser cativo
Do início ao fim...

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O rock errou
Meu tempo em caos
Outros degraus
Tempo tomou,

Verso negou
Diversos graus
Frotas sem naus
O que restou?

Some e divise
O quanto pise
Nos cacos meus

E parco verso
E nele imerso
Preparo adeus...

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Jamais se vira
O olhar venal
Num ritual
Em leda mira,

Tanto retira
Consensual
Caminho igual
Rude mentira,

A senda atroz
E já sem voz
Apenas tenho

O olhar vazio
E desafio
Em torpe empenho.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Não posso mais
Ousar no canto
E quando e quanto
Tu derramais,

Olhando o cais
Vislumbro o manto
Puído encanto
Entre chacais,

E vejo bem
O mundo tem
E vem sem nexo

Do quanto eu quis
O ser feliz
É tão complexo...

domingo, 18 de agosto de 2019

Bebendo à farta
O quanto possa
Vencer a nossa
Mostrando a carta

E se descarta
O que remoça
Ou mesmo em troça
Não mais comparta,

Eu bebo o fim
E sei que enfim
Já nada cabe

Somente o vago
Em ledo afago
Que ora desabe...

sábado, 17 de agosto de 2019

Já não pudera
Saber sequer
O quanto quer
Noite sincera

Da vida a esfera
Dita o que der
E da mulher
A faca espera,

O beijo rude
O quanto pude
E sei que é vão,

Jamais previsse
Nesta mesmice
A solução.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Mereço o corte
Ferida e chaga
No quanto vaga
Esta alma em porte

E não suporte
Sequer a plaga
Aonde afaga
A lenta morte,

E me enveneno
Já sendo pleno
No beijo em falso

Momento escasso
Onde desfaço
E me descalço.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

nútil fardo
O tempo audaz
A voz se faz
E nela o bardo

Morrendo em cardo
Preço tenaz
Que tanto traz
E nada aguardo,

Espero apenas
Após as cenas
As negações

E quando tento
Vencer o vento
Me decompões.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Mudando o rumo
Felicidade?
Jorrando invade
O velho sumo

Em podre aprumo
A queda brade
Matando e enfade
Onde me esfumo,

Vestindo a cota
A vida nota
O fim do prazo,

E sei do quanto
Ainda em pranto
Gera o descaso.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

O verso em trama
Vivida luta
Já não se escuta
Sequer o drama

E quando clama
Vencida e bruta
Outrora astuta
A sorte é lama.

Vestindo o sonho
E assim componho
Meu marco zero,

Jamais teria
Além do dia
Atroz e fero...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O caos num canto
O vago passo
E nada faço
Só me quebranto

E sei do pranto
O rumo escasso
E o tempo lasso
Em desencanto.

Marcando a sorte
No quanto aporte
Além do cais

Encontro em neve
O que se atreve
E agora trais...

domingo, 11 de agosto de 2019

Já não mais veria
O todo sem rumo
E quando me esfumo
Vital fantasia

Marcando agonia
Do passo onde aprumo
O corte em resumo
Em senda sombria,

Apenas desato
E sei que em tal ato
O fim se presume,

Pudesse traçar
Além do luar
A noite em tal lume...

sábado, 10 de agosto de 2019

Já nada se faz
Sem ter tal alento
Do quanto me invento
E sei ser audaz,

Mas sendo tenaz
O verso em momento
Diverso apresento
Embora mordaz,

Fartura do nada
A mesma alvorada
Deveras perdida

Nos ermos da vida
Por sorte lembrada
Em cada ferida...

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O prazo se esgota
A sorte também
E nada contém
Perdendo esta rota

A luta sem cota
O medo em desdém
E o quanto retém
Esbarra na frota

Vestindo o passado
O quanto inda evado
O todo que é meu,

Jamais poderia
Na sorte sombria
Que o prumo perdeu.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Já não me cabe
O quanto trago
Vencido afago
Tudo desabe

A morte sabe
Do preço e vago
Quando divago
Tanto se acabe,

O preço e a forma
O que deforma
Permite o fim

E bebo o sangue
Em lodo e mangue
Guardado em mim...

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Desodoriza
Esta alma rude
E nela pude
Aquém da brisa

O que matiza
E mesmo mude
O passo ilude
E nada avisa,

O canto em paz?
Jamais se faz
E nada temo

Somente o passo
Deveras lasso
Em tom extremo.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

O verso em vão
Podada senda
A luta atenda
A dimensão

Da negação
E não desvenda
Sequer entenda
Os que verão

Após o caos
Os dias maus
Degraus e quedas

E sei do fútil
Cenário inútil
Onde me vedas...

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Renego o sonho
E sigo alheio
O quanto veio
Traduz medonho

E nada oponho
Em vão receio
E tramo em veio
O ser bisonho

Matando a sorte
O que comporte
Já não me basta

E o preço rude
Que tanto ilude
Também desgasta...

domingo, 4 de agosto de 2019

A vida renega
E nada resgata
A sorte desata
Deveras mais cega

E quando se apega
Também me maltrata
E assim já retrata
O mar que navega.

A senda desfeita
Ousando na espreita
Tocaias e tramas

Diversa armadilha
A dor se polvilha
E nada mais clamas.

sábado, 3 de agosto de 2019

As luzes se apagando
As cinzas do que sou
Apenas sigo e vou
No tempo sem ter quando,

O corte sonegando
O quanto desenhou
Matando o que restou
E mesmo desabando.

O prazo acaso o ocaso
E nada onde comprazo
Presume uma saída

Jogado pelos cantos
E neles ledos prantos
Mesclando morte e vida...

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A vida sem proveito
Em face discordante
No quanto se garante
Matando o quanto aceito,

E vejo insatisfeito
Seguindo doravante
O prazo que inconstante
Volvesse de outro jeito,

Aprendo com meus erros
E sei dos meus desterros
Vagando em cerros, vales,

Jamais contendo o grito
Que tanto necessito
Na dor que em morte exales.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

O sonho desta infame
A luta sem sentido
O passo removido
O quanto em vão se clame,

O bêbado ditame
O marco consumido,
A morte que lapido
As dores em enxame,

Examinando o caos
Ascendo em vários graus
Ao quanto nunca pude,

E vejo mais de perto
Enquanto me deserto
Inércia em atitude...