sábado, 30 de abril de 2016

30/4




O rio sempre segue até a foz
Supera corredeiras e cascatas,
Adentra por sertões, cidades, matas
Enquanto nos redime é nosso algoz.
A sorte de tal forma mais feroz
Marcando aonde inútil me maltratas
Ousando nas palavras mais ingratas
Ou mesmo procurando a vida após.
O plano sem sentido, o verso em paz,
O todo se desenha e não se faz
Sequer o que pudesse ou mesmo quis.
Vestindo uma esperança calmamente,
O tanto que se busca nega, mente,
E nisto sou deveras infeliz.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

29/4

Todo amor se conquista, não se cala,
Devora intensamente o pensamento
E sigo procurando o quanto tento
Na luta aonde o sonho me avassala,
A sorte se aproxima em rara gala
E o verso que pudera num momento
Trazendo da esperança este provento,
Ousando penetrar na minha sala,
Vasculha cada ponto e nada vendo,
Apenas o que possa ser horrendo
E gere novo tempo ou mesmo o fim,
Erguendo o meu olhar neste cenário,
O tempo se desenha temerário
E mata o quanto resta vivo em mim.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

28/4


Deixando para trás tanta verdade
O mundo negocia ledo engano
E vejo que decerto o quanto dano
Transcende ao que pudera e mesmo brade,
No todo se desenha a claridade,
E sei do mundo duro, mais insano,
O féretro dos sonhos baixa o pano
E a vida neste instante já me evade.
Cevasse com meus olhos o futuro
E sei do quanto possa e mais procuro
Cavalgo sobre as ondas, sem revés,
E sei do mundo apenas como fosse
Cenário que se molde no agridoce
Caminho quando sei já por quem és.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

27/4

O quanto de esperanças já desfaz
O sonho quando o pude, mas não veio,
A luta se desenha em tal anseio
E o quanto se pensara nega a paz,
O tempo muitas vezes mais fugaz,
O olhar onde deveras eu rodeio
O mundo sem sentido e mesmo alheio,
Ousando no que a vida já não traz,
No peso em que se aloja esta esperança
A rústica loucura em tal fiança
Gerada pelo caos e nada além,
O passo num instante tanto cansa
E sei que esta verdade não mais tem
Senão todo caminho em vão desdém.

terça-feira, 26 de abril de 2016

26/4

Momentos de alegria e de tristeza,
A vida refletindo a mesma cena
Aonde o que pudera me condena
E sigo sem saber qualquer surpresa,
A sorte se espalhando sobre a mesa,
A vida que pensara mais amena
Agora me remete ao quanto acena
Ousando lutar contra a correnteza
Pressinto o fim de tudo e me abandono,
A luta se desenha em desabono
Cada momento dita a barricada,
Jogado pelas ruas, pária sigo
Vacilo, mas enfrento algum perigo,
Sabendo que ao final, restará nada.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25/4

Tão somente um andarilho
Procurando algum lugar
Onde possa descansar
Solidão, deveras trilho,
E se perco o raro brilho
Sem sentido no vagar
Bebo as gotas do luar
E supero este empecilho,
Na verdade cada fato
Traz o engano e mesmo assim,
Ouso enquanto não constato
Da esperança o ledo fim,
Mas guardando este retrato
Já vai morto o meu jardim.

domingo, 24 de abril de 2016

24/4
Tem raridade a promessa
De outra sorte que moldasse
Mesmo sem qualquer impasse
O que a vida traz em pressa,
Nada mais já se confessa
E se tento noutra face
O caminho que mostrasse
A verdade em vã promessa.
Resumindo cada fato
Nada tenho ou já constato
Após tanta hipocrisia
Do que a sorte não almeja
Nem tampouco esta peleja
Que esperança mudaria.

sábado, 23 de abril de 2016

23/04

Amizade, meu amor,
Onde a vida traz timão
E na certa, embarcação
No final trará louvor,
Esperando a rara flor
E também em dimensão
Outros tempos que trarão
Um cenário redentor,
Nada mais se possa ver
E se a vida amanhecer
Nos teus braços, pois, querida
Tudo quanto já perdi,
Revivendo agora em ti
Traz em si a própria vida.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

22/04


Não se pode descuidar
Do cultivo aonde eu tente
Caminhar e mesmo enfrente
O que possa desejar,
A verdade a se moldar,
O cenário impertinente
A versão que se apresente
Noutro tom a se tramar,
Vejo apenas o que possa
Na verdade toda nossa
No vazio sem proveito,
O caminho em contrassenso
O que julgo e mesmo penso,
Traz o quanto em paz aceito.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

21/04

Jamais imaginasse qualquer forma
De amor que não tramasse uma esperança
A luta pelo quanto o tempo alcança
No fundo sem sentido nos deforma,

O vértice do encanto nos transforma
E o quanto da verdade agora lança
Meu mundo no fastio e a confiança
Pudera ser apenas nossa norma.

O medo não traria qualquer sorte
E tendo quem deveras me conforte
O prazo delicado diz o fim,

Meu tempo noutro encanto rudemente
E a vida noutro tom tudo desmente
Matando o quanto resta dentro em mim.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

20/04

Anunciando apenas solidão
Os dias são deveras tão iguais
E sei dos meus anseios quando tais
Momentos trazem nova remissão.

Adentro e mergulhando no porão
Encontro ritos vagos e banais
Gerando outros tormentos entre os quais
Os dias mais suaves se verão,

O cântico em louvor, a mesma prece
O velho caminhar que me entorpece
E o vento contra o rosto, quando o quero,

Meu tempo se anuncia em tom sutil
E o quanto nesta sorte se previu
Trazendo o meu anseio mais sincero.

terça-feira, 19 de abril de 2016

19/04

Num átimo meu mundo se faria
Maior e bem tranquilo, mas sei bem
Que o quanto na verdade nos detém
Apenas noutro tom se perderia,

A vida se refaz e dia a dia
O todo em contrassenso sempre vem
Moldando o que se mostra sem que alguém
Pudesse resumir em utopia.

O medo noutro encanto resumisse
O quanto se perdera e se é tolice
O vento não permite alguma sorte

Que possa transcender ao meu momento
Gerando dentro em nós discernimento
Aonde a poesia nos conforte.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

18/04

O tanto que esta lua se deitara
Jogando sobre nós a argêntea luz
Gerando o que pudesse e me seduz
No tanto quanto a vida se faz clara,

A divindade nua em tal seara
Ao tanto que mergulha reproduz
O encanto sem limites me conduz
E nisto toda a vida se prepara.

Restauro dos meus passos o que um dia
Pudesse e na verdade moldaria
O tempo mais tranquilo e nele o brilho,

Do amor que se fez tanto e num momento
Marcando o que pudera, teimo e tento
Ousando neste sonho onde palmilho.

domingo, 17 de abril de 2016

17/04

Não quero que se veja de tal sorte
O mundo quanto muito ao menos tente
Vencer o mais temido e impertinente
Cenário que decerto não suporte,

A máscara caindo não transporte
O tempo noutro rumo, imprevidente
A vida noutro tanto não mais mente
E o dia se moldando imenso porte

Rodopiando em busca do que possa
Trazer após a queda a mesma e nossa
Vontade de seguir em calma e paz,

Mas quando se presume o fim de tudo
Ao menos no final se ora me iludo
O passo noutro instante se desfaz.

sábado, 16 de abril de 2016

16/04

Ainda quando a tarde se expressara
Nas turbulências tanto quanto a vida
Expressa a melodia presumida
Nas tramas desta sorte bem mais rara,

A luta não pudera e se prepara
Somente para a calma resumida
No quanto o dia a dia não divida
Nem deixa que se veja a velha apara.

O toque se resume no que um dia
Pudesse anunciar e moldaria
Apenas um sentido ao que se quer

O tempo restaurando o quanto sou
E o todo que deveras mal restou
Não deixa mais um sonho além, sequer.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

15/04

Jogado nalgum canto desde a luta
Inutilmente feita em tom sutil
O mundo noutro instante se reviu
E a face com certeza hoje reluta

Vagando sem saber do que se escuta
E mesmo quanto tempo se previu
No verso mais audaz o quanto ouviu
A vida não seria tanto bruta.

A sorte se esmorece, mas sei bem
Que tudo o quanto agora ainda vem
Exprime esta vontade de seguir.

Mostrando em tom suave a fantasia,
O canto na verdade não traria
Sequer o quanto possa redimir.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

14/04

Não quero o que se faça com tal fato
Tampouco noutro engodo mergulhasse
A vida se mostrando em rude face
Expressa o quanto quero e até constato,

Vagando sem sentido, o que eu retrato
Apenas me transforma e neste impasse
Ousara acreditar num desenlace
Diverso do que tanto em vão resgato.

Nesta incontida luta que se vê
Percebo e continuo sem por que
Sem ter sequer o quanto me apoiar,

A negação do fato simplesmente
Pudesse traduzir o quanto mente
E nada se tramasse em vão lugar.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

13/04

Jogado sobre as rocas simplesmente
Sem ter a menor chance de escapar,
O quanto poderia neste mar
O mundo noutro tom ora desmente

E sei do que se mostra e quanto sente
A vida sem saber onde pousar,
Apenas o que possa em tal vertente
O todo noutro instante renegar.

Preparo para o quanto quis há tanto
O verso sem sentido em desencanto
E bebo cada gole do que outrora

Pudesse ser diverso e neste instante
O mundo se moldara degradante
E o tempo na verdade nos devora.

terça-feira, 12 de abril de 2016

12/04

Não quero acreditar no que não venha
E mesmo se viesse não traria
Sequer o quanto possa em harmonia
Ou mesmo no final nada contenha,

A vida se perdendo em tão ferrenha
Vontade que gerasse uma utopia
E o tempo desenhado noutro dia
Encontra no vazio a contrassenha.

O corte se apresenta de tal forma
Que mesmo quando a sorte se transforma
Expressa a solidão e nada mais

Meu verso se presume no que há tanto
Pudesse ser diverso, mas garanto
Apenas erros rudes e fatais.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

11/04


Meu tempo se perdera totalmente
Nas tramas mais diversas e doridas
As sortes entranhando nossas vidas
O corpo se domina pela mente?

Apenas o vazio se apresente
E sei do quanto queres e dividas
Ousando acreditar nestas partidas
E nelas outro tanto ora descrente

Resumo cada passo no que outrora
Pudesse acreditar e me apavora
Tramando tão somente nova queda,

A sorte de tal forma se corrompe
E nada do que eu possa agora irrompe
E a vida no vazio se envereda.

domingo, 10 de abril de 2016

10/04

Jamais acreditasse de tal forma
No quanto se fizera mais sutil,
O verso noutro instante permitiu
O medo que deveras nos transforma

E sei do caminhar enquanto informa
A vida do que possa ser gentil,
Marcando com terror o quanto viu
E a luta noutro tom tanto deforma.

Vagando sem saber do que viria
Ousando acreditar nesta agonia
Que gera tão somente outro cenário

O tétrico momento dominando
O verso que tentara bem mais brando
Num dia sempre vago e temerário.

sábado, 9 de abril de 2016

09/04

Meu tempo de viver não caberia
Nas tantas ilusões que não se vêm
Marcando o quanto possa e não contém
Sequer o que deveras poderia

A luta se transforma e não traria
Nem mesmo o que esperança em tal desdém
Expressa a solidão e sem ninguém
A vida noutro tom se perderia.

Meu passo sem sentido e sem proveito
O verso se tramando de outro jeito
E o quanto não viera não tramasse

Sequer o que se veja noutra face
Ousando acreditar no vão enredo
Que tanto quanto possa ao não concedo.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

08/04

Metódica versão feita em cadência
Num átimo traduza a melhor sorte
E o todo que deveras nos conforte
Pudesse transmitir tal eloquência

Bem mais do que esta rude consequência
A vida mostraria novo aporte,
Porém mera ilusão agora aborte
Tocando com temor rude veemência.

Grassando no vazio que me deste
Meu passo noutro engodo, ledo teste
Que ateste a mais dorida fantasia.

Representando o caos neste momento
A velha solidão que ora frequento
Jamais outro caminho me traria.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

07/04

É produto duma vida
Entre tantos erros, quando
A verdade demonstrando
A certeza da ferida,
Noutro tanto não duvida
E percorre desvendando
O cenário outrora infando
Que se mostra sem saída,
Num instante se transforma
Quando agora de tal forma
Expressasse o quanto vem,
Deste amor em claros tons,
Beijos rubros em batons
Nos delírios do meu bem...

quarta-feira, 6 de abril de 2016

06/04

Amizade, minha amada,
Sorte grande que consiga
Mesmo quando já periga
Cada curva desta estrada,
A certeza desfraldada
A expressão onde prossiga
Desta dita imensa viga
Noutro prumo; desenhada.
Vislumbrasse o quanto tento
E pudesse o pensamento
Já trazer a maior luz,
Do que vejo em meu anseio
O caminho encontra o veio
Onde o canto reproduz.

terça-feira, 5 de abril de 2016

05/04

Não é fácil ter em mente
A verdade que desnuda
Traduzindo a dor aguda
Que deveras não mais mente,
E pudesse ser frequente
A incerteza quando muda
O momento e nos ajuda
A vencer o imprevidente,
Nada resta no meu peito
E se possa o quanto aceito
Transmitir novo compasso,
A verdade não viera
Nem sequer a primavera
Que inda em sonhos, frágeis, traço.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

04/04


Sobrevive até quem sabe
Noutro tempo poderia
Onde a vida já me cabe
Ou talvez em fantasia
No final tudo desabe,
Mas valera a alegoria
Que bem antes já se acabe
Desenhando o dia a dia,
Nada possa o caminheiro
Contra o tempo, derradeiro,
Contra o medo que não veio,
Representa qualquer luta
Que decerto ora reluta,
Desejando o claro anseio.

domingo, 3 de abril de 2016

03/04


Que quem tem a sorte imensa
De beber esta delícia
Feita em luz, paz e carícia
Tantas vezes recompensa,
Nada mais ora se pensa
Nem sequer nos dê notícia
Da verdade em que a malícia
Superasse a tola ofensa,
Nada mais se aproximando
Nem sequer já desenhando
O que outrora fora rude,
Garatujas do passado,
Um retrato desenhado
Traz o quanto amor ilude.

sábado, 2 de abril de 2016

02/04

Amizade é laço forte
E talvez já nos garanta
Mesmo contra o velho corte
A esperança me agiganta
E percebo o que comporte
Na palavra feita em tanta
Emoção que nada espanta
Quem no amor já se conforte.
Não perdera esta verdade
Feita em ritos de amizade
Sem temer qualquer anseio,
O veneno se perdendo,
O caminho antes horrendo
Hoje é flóreo e belo veio.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

01/04

Basta querer procurar
O meu norte, por acaso?
Nesta vida em pleno ocaso
Tão distante vejo o mar,
Nada pude imaginar
E se tanto ora me atraso
Esta sorte com descaso
Renegando o que é amar.
A mortalha quando expressa
O que tanto já sem pressa
Não pudera responder,
Ouso tanto além do canto
Quando o prazo eu não garanto
Nem tentasse merecer.