terça-feira, 31 de outubro de 2017

31/10

Não mais suportaria ver além
Do tanto que se escuta após o fim
Meu mundo tramitando dentro em mim
O cândido momento nunca vem,
O prazo não ajuda e sou ninguém
O pântano que trazes, de onde eu vim,
Marcando em consonância diz que sim
E o verso se apresenta em tal desdém.
O canto sem encanto, o verso rude,
O mantra que deveras desilude
E a tétrica figura da esperança
Deveras tão puída e macilenta
Enquanto noutro passo ainda tenta
A vida no infortúnio ora se lança.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

30/10

Jamais se percebera qualquer sonho
E nada do que vejo se traduza
Na sorte mesmo sendo tão confusa
Tramando o que decerto decomponho.
O prazo determina o ser medonho,
A luta na verdade tanto abusa
E sei da solidão sem mais escusa
Vagando noutro tom onde me enfronho.
Resvalo nos meus erros corriqueiros
E mato com certeza meus janeiros
Trazendo no verão, meu vago outono,
Fazendo do passado esta estação
Aonde encontraria a dimensão
Exata deste passo que abandono.

domingo, 29 de outubro de 2017

29/10

Nas tramas que teceste a cada engano
Os sonhos entremeiam luzes, trevas
E quando além do passo tu me levas
Eu com certeza sigo em ar profano,
O tempo noutro tempo não explano
E sei que na incerteza quando nevas
Matasse sem porquês as velhas cevas
E nelas o vazio soberano.
Angustiadamente a vida dita
A farsa que a tornasse mais aflita
E nisto se credita o medo ao passo,
No quanto sem sentido algum caminho,
Apenas sei que irei seguir sozinho,
Enquanto noutro rumo o fim eu traço.

sábado, 28 de outubro de 2017

28/10

O medo não traria novo encanto
A quem se fez apenas vã figura
A luta na verdade se perdura
E gera tão somente o quanto espanto,
Meu passo se transforma em cada canto
E beijo a boca rude que assegura
A sorte mais amarga e sem ternura,
Matando o que cerzisse em claro manto.
A voz de um tempo aonde uma ilusão
Reinasse sem temores, hoje em vão,
Apenas retratasse este momento
E nada mais conduza a minha sorte
O quanto noutro tom não me conforte
Expressa o que deveras hoje eu tento.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

27/10

Não quero mais saber dos meus anseios
Tampouco do que pude noutra sorte,
A vida se traduz além da morte?
São tantos os caminhos, fartos veios?
Somente desenhando em tons diversos
Os versos que tentasse noutro instante
Encanto quanto muito se garante
Na franca imprevisão dos universos.
Versando sobre o fato consumado,
Olhando no horizonte que desnudas,
As faces mais atrozes, pontiagudas
E o sonho pelo tempo degradado.
Meu mundo se transforma num repente
E o fato noutro tom já se apresente.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

26/10

Não tento acrescentar sequer um til
Ao todo que disseste no passado,
O tempo noutro canto sonegado
O verso na versão que não se ouviu.
Um eco do jamais serás gentil
O todo que deveras já degrado,
Num antro tantas vezes delegado
Ao quanto poderia ou se previu.
Não quero e nem teria melhor sorte
Se o fato mais sublime não presuma
O quanto da verdade fosse alguma.
A parte que me cabe não comporte
O todo quanto o quis em minhas mãos
Marcando com temor os dias vãos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

25/10

Perdoe cada farsa que me trazes
E geras outra história, mesmo mote
E quando no final nada se note
A vida renegada em vagas frases.
Utópica estação quando vorazes
As tramas entre as quais o que denote
Expressa a solução, dita o calote
E mata com teus sonhos mais mordazes.
Apenas poderia picardia
Quem sabe noutro tom já se veria
Vergastas em sorrisos e temores.
Aonde nada sou jamais serias,
Tentando acreditar nas fantasias
Seguindo de tal forma aonde fores.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

24/10

O tempo sem ter tempo de sonhar
Expressa o contratempo mais feroz
Do quanto poderia haver em nós
Sem rumo sem sentido e sem lugar,
Meu verso no vazio a se formar
O término ditando o ser o algoz
Do senso repartido em viva voz
Ou mesmo do que possa imaginar.
Resumos de outros sumos entre vãos
Os olhos nos cenários tramam nãos
E bebem cada gota da esperança
Que tanto num anseio não viria
Gerando noutro seio a poesia
Que ao mar já se receio ora se lança.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

23/10

Repentista tão somente
Sertanejo violeiro
Que no tempo se atormente
Ou dos sonhos, jardineiro,
Madrigais como semente
Um momento derradeiro
Quanto mais a vida mente
Noutro passo, vou inteiro.
O meu peito trovador
Busca rimas no teu canto
E se mostra o farto amor,
No final me desencanto,
Mas que seja como for,
Pelo menos por enquanto...

domingo, 22 de outubro de 2017

22/10

Não queria de tal sorte
No que tento ser poeta.
No meu canto se comporte
Como fosse a mais completa
Fantasia quando aporte
A verdade predileta
Ou deveras noutro norte
O meu mundo se repleta.
Navegante do vazio
Timoneiro da ilusão,
O meu tempo desafio
Outro rumo, outra estação
Do meu mar vislumbro o rio
Deste inverno o teu verão.

sábado, 21 de outubro de 2017

21/10

Levaria muitos anos
Com certeza além da vida
Onde dias mais insanos
Traduzissem a ferida
Que tramasse novos planos
E decerto não duvida
Quem procura entre os enganos
A incerteza a ser medida
Planos novos, velhos dias
O caminho não termina
E se tanto te querias
A palavra trame a sina
E das sendas mais sombrias
A palavra me domina.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

20/10

Sendo assim a vida siga
Vendo apenas o que trace
Noutro tempo mais amiga
Remodela a sua face,
Ou tampouco desabriga
Ou quem sabe se mostrasse
Na esperança mais antiga
Do que gere tanto impasse.
No meu tempo aonde pude
Neste sonho, uma morada,
Onde está tal juventude
Pelo tempo abandonada?
O que sobra desilude
Representa agora o nada.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

19/10

Quando a sorte fosse minha
Ou talvez qualquer momento
Onde a vida já se alinha
E tramando em manso vento,
Arribando uma andorinha
Que pudera sem lamento
Traduzir onde se aninha
Tanto amor que agora tento.
No final nada levando
Do que a sorte já me traz
O que possa ser mais brando
No caminho mais audaz
No final se revelando
Onde perco a minha paz.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

18/10


Apresente qualquer fato
Que pudesse noutro instante
Traduzir o que constato
Demonstrar o quanto espante
O cenário onde retrato
O meu mundo delirante
E se veja num regato
O oceano fascinante.
Versando sobre o luar
Catuleio uma emoção
Que pudesse desenhar
Desde já meu coração
Nesta sorte a se moldar
Sertaneja sensação.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

17/10

São diversos os legados
E os momentos que trouxeste
Onde os dias sonegados
Onde o tempo nada ateste,
Cada verso vira um teste
Entre espaços desenhados
Nos meus olhos este agreste
Que recende aos tons nublados.
Vejo apenas entrementes
O que tanto agora sentes
E não queres, na verdade.
O meu tempo se percebe
No vazio desta sebe
Ou no tempo que se brade.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

16/10

Aprendendo com tal fato
Ou talvez até tentando
Descobrir o que retrato
Noutro tempo, mesmo brando,
A incerteza que constato
Quantas vezes entranhando
No prazer onde o maltrato
Apresenta em contrabando.
Incitando cada canto
Ao que encanta e nos domina
Solidão segue e me espanto
Procurando em nova sina,
O que fora e não é tanto,
Mas, decerto, me alucina.

domingo, 15 de outubro de 2017

15/10

Nada mais se vendo após
O que possa ser diverso
Mergulhando em ledos nós
Ouso crer neste disperso
Caminhar aonde a foz
Resumisse cada verso
E gerasse o mais feroz
Delirar deste universo.
Cada passo nova farsa
Cada farsa, novo encalhe
O meu mundo se disfarça
No que possa e até batalhe
Com certeza a luta esgarça,
Onde a vida se retalhe.

sábado, 14 de outubro de 2017

14/10

Vou no ritmo da ilusão
Nas entranhas deste sonho,
Se meu tempo fora em vão
Novo passo recomponho,
E mergulho o coração
Neste tempo que proponho,
Onde quis transformação
Vejo o passo onde me enfronho.
Praguejaste contra a vida
Tantas vezes solitária,
Mas a sorte se divida
Treva sobre luminária
Incerteza presumida,
Mas deveras necessária...

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

13/10

Nada mais pudera quem
Noutro sonho se perdendo
Trouxe a vida em tal desdém,
Tão somente algum remendo,
E se possa em dividendo
Traduzir o que não vem,
Noutro rumo percebendo
O caminho e sigo aquém.
Jamais tente discernir
O que a vida me trouxesse
Vejo então no que há de vir
Muito além de rude messe,
E o cenário a permitir
O que nada mais se esquece.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

12/10

Neste corpo sensual
Desta deusa, uma sirena
Sol e mar, delírio e sal,
A vontade que envenena
A certeza ilude. Plena.
O que possa bem ou mal
Na verdade me condena
Num momento sem igual.
Noite lua, sol e mar
Atraído pelo canto
Neste encanto mergulhasse,
E se busco e tento tanto
A verdade noutra face
Mesmo que redunde em pranto,
Sonho, apenas? Já bastasse...

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

11/10

Quantas eras eu pudera
Apresentar em um segundo?
Quando em volta me aprofundo
A certeza não sincera.
O caminho sem espera
O vagar de um velho mundo
Coração que, vagabundo,
Refazes em primavera.
Não queria qualquer traço
Do que tanto creio e faço
No vazio que se deu.
Mergulhando onde laço
Emoção que agora grasso
Tem no nada um apogeu.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

10/10/17


Eu não mais deveria crer no acaso,
Porém a vida segue sem respostas
E tendo as nossas faces tão expostas
O pouco que me trazes, tanto aprazo.
O verso sem o qual já me defaso
As ondas invadindo nossas costas
Incerto do que tanto queres, gostas.
Apenas prosseguir rumo ao ocaso...
Jamais imaginasse qualquer prisma
Aonde a solidão diversa cisma
E tenta além do caos tão costumeiro.
Meu tempo se perdera entre esperanças
E quando no vazio tu me lanças
Cultivo em plena neve meu canteiro.
10/10/17


Eu não mais deveria crer no acaso,
Porém a vida segue sem respostas
E tendo as nossas faces tão expostas
O pouco que me trazes, tanto aprazo.
O verso sem o qual já me defaso
As ondas invadindo nossas costas
Incerto do que tanto queres, gostas.
Apenas prosseguir rumo ao ocaso...
Jamais imaginasse qualquer prisma
Aonde a solidão diversa cisma
E tenta além do caos tão costumeiro.
Meu tempo se perdera entre esperanças
E quando no vazio tu me lanças
Cultivo em plena neve meu canteiro.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

E junto a ti vencer as amplidões
Vagando pela incerta maravilha
De um tempo aonde a sorte já palmilha
E o todo noutro rumo já propões
Viceja muito além das dimensões
Nas quais cada instante rege a trilha
E sei do quanto possa e mesmo brilha
A sorte em tantas vagas emoções
Não tendo noutro passo o desencanto
Apenas calmaria hoje garanto
E bebo esta verdade mais sutil,
Meu verso se transcende ao quanto pude
Vivendo a tão diversa juventude
E nisto outro momento em paz se viu.

domingo, 8 de outubro de 2017

Quem dera flutuar, alçar espaços,
Depois de cada instante mais disperso
E sei da sensação na qual eu verso
Deixando para trás momentos lassos,
Vencido por anseios e cansaços
O tanto que se fez ora perverso
O mundo sem saber do mais diverso
Sentido noutros cantos mais escassos
Reprovo cada engodo ou mesmo até
A sorte sem saber sequer da fé
E nisto se desenha a insensatez
Meu mundo traz o sonho que completa
A vida tão vazia de um poeta
Que agora noutro engodo se desfez.

sábado, 7 de outubro de 2017

A cada novo verso me alucino
Sabendo de tal sorte mais constante
Aonde se pudera doravante
Viver este momento em desatino,
Vencendo os dissabores do destino
Encontro o dia manso e fascinante
E sei do que deveras se garante
Traçando cada sonho de um menino,
Audaciosamente quero a paz
E sei que tanto amor enquanto traz
O olhar em raro brilho, intensamente,
E sei do quanto pude desenhar
Do sol que no arrebol vem devagar
Gerando o que buscara e mesmo alente.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Um sentimento enorme, firme e denso
Gerasse novo passo no infinito
E sei da sorte quando necessito
Do tempo aonde o todo recompenso
E sendo na verdade tão imenso
O sonho desenhado em belo rito,
Tramando neste sonho mais bonito
Num nobre sentimento mais intenso,
Cravando com firmeza esta vontade
Que possa nos trazer a claridade
Depois de tanto tempo em rude espera
A vida se propõe a ser além
Do quanto noutro rumo sempre vem
E nisto novo sonho toca e gera.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Não sabes, mas somente vivo agora
O todo que pudera imaginar
E sei do tanto quanto é bom amar
Ainda que a saudade me devora
Seguindo com firmeza o quanto aflora
Desta alma num momento a se moldar,
Encontro tão somente este lugar
Aonde esta alegria viva ancora
E nada que pudesse ser diverso
Do quanto em emoção igual eu verso
Tentando ter teus lábios junto a mim,
Depois de tanto tempo solitário
O mundo muda o velho itinerário
E traz o quanto quero e busco, enfim.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O quanto que eu te quero! Amor imenso;
E sei dos meus anseios junto a ti
Vivendo o que deveras mereci
No tanto mergulhando sempre penso
E vejo o que deveras já compenso
No canto desenhado desde aqui
Pousando novamente eu me perdi
E sei desta emoção e me convenço,
Não tento outro caminho, sendo teu
A senda se desenha e mereceu
A flórea maravilha que se faz
Ousando acreditar num sentimento
Que possa me mostrar enquanto tento
O passo com certeza mais audaz.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Exala em fantasia, um doce aroma
E trama com certeza novo dia
E sei do quanto possa e deveria
Enquanto esta emoção já tudo toma,
Não quero ser apenas mera soma,
O amor que agora vês se permitia
Pousar na mais diversa alegoria
E nisto uma tristeza sempre doma,
Realces cada intensa claridade
E beba o que tanto agora agrade
Rompendo qualquer medo ou mesmo tédio,
Vacante sensação que agora sinto
O olhar se desenhando em raro instinto
Fazendo na esperança um belo assédio.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Amor sempre presente, embora trace
Diversa sensação a quem se veja
Na luta mais atroz, rude peleja
Ou mesmo num temido desenlace,
A sorte de tal forma se mostrasse
E o quanto da esperança ora lateja
Numa alma tão sublime quanto andeja
Mostrando a cada instante nova face.
Espero tão somente o que viera
Na senda da sublime primavera
Que agora não se vê, morta e sem brilho,
Apenas desejando ser feliz,
Já nada deste todo a vida diz
E no vazio aquém do sonho eu trilho.

domingo, 1 de outubro de 2017

Olhando para os lados vejo um vulto
E tento acreditar ser tal presença
Do amor que na verdade nos compensa,
E traz como se fosse algum indulto,
E sei que na verdade este tumulto
Presume o que se tenta em sorte imensa
Diversa sensação diz esperança
No tanto deste encanto feito em culto,
Navego por teus mares, sei portanto
Do todo que decerto ora garanto
Vestindo esta diversa dimensão,
Do todo sem temores, sendo nosso
E disto com certeza agora eu posso
Tramar os dias mansos que virão.