quinta-feira, 30 de abril de 2015

30/4

Um tempo mais audaz, quero e preciso,
Mas sei que no final nada viria
Sequer o quanto tente em fantasia
Sequer o que pudera em vão juízo
E quando nos teus braços ouço o aviso
Da sorte que tampouco poderia
Ousar na mesma face, hipocrisia
O tempo traz o sonho onde matizo,
Vertentes tão diversas, mesma foz,
A mão se demonstrando mais atroz
E o sonho sem valia se perdendo,
Depois de tanta luta nada veio,
Apenas este olhar ausente, alheio
E o velho coração, ledo remendo.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

29/4

Que enquanto houver desejo ainda sinto
O vento me tocando, mansamente
Ainda quando a sorte não pressente
O todo que pensara estar extinto
Reavivando a fúria deste instinto
Tramando o que deveras se apresente
No rumo que se trama novamente
O fato se mostrara mais distinto,
Vestígios que carrego dentro da alma
A luta sem remédio não me acalma
Apenas traduzisse o mesmo nada,
Enquanto a sorte morre pouco a pouco
Somente sem sentido algum, treslouco,
Vivendo a noite em dor anunciada.

terça-feira, 28 de abril de 2015

28/4

Opaco sentimento, torto sonho
Gerando dentro em nós esta emoção
Vagando sem sequer a precisão
Do todo que deveras recomponho,
Ousasse acreditar e não me oponho
Vestindo com beleza esta estação
Vivendo mesmo quando fosse em vão
Um tempo tanto rude quão bisonho.
Amar e ser feliz? Já não consigo,
O tempo se produz aquém do trigo
Que tanto necessito em mantimento,
E nesta mesma ausência de colheita
A vida noutro tanto se deleita
E mesmo contra a sorte o rumo eu tento.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

27/4

Após tanto seguir, dará em nada
A luta não descansa e a vida sim,
O tempo não trouxera para mim
Sequer a mesma face desejada
Da noite que se deita na calçada
E trama este luar, raro marfim,
Vagando o que pudera e sendo assim
A sorte de tal forma não se evada,
Vestindo esta ilusão que não pondera
A luta se desenha mais sincera
Marcando com tal fato o dia a dia,
E morto sem saber se existe nexo,
Espalho da esperança o vão reflexo
E nada em meu apoio se veria.

domingo, 26 de abril de 2015

26/4

Enveredando estrada amarga e escura,
O prazo determina o fim de tudo
E sei quanto em verdade desiludo
Na sorte que moldasse esta procura,
A vida noutra forma se assegura
E mesmo que pudesse não transmudo
E sigo este caminho e nunca ajudo
Quem tanto procurara a luz segura.
Mergulho nas entranhas deste ocaso
E quando a cada passo já me atraso
Vagando sem saber se possa além,
O sonho se traduz em tal rudeza
Expondo a fantasia sobre a mesa
E nada que se espere ainda vem.

sábado, 25 de abril de 2015

25/4

Que sei se derrapando a cada queda
O tempo não traria novo brilho
E quando no vazio ora palmilho
A sorte noutra face se envereda
Verdade sem sentido não nos seda,
E sendo da esperança este andarilho
Ousando no momento em estribilho
A vida cobra sempre igual moeda;
Resumos de momentos mais diversos
E sei da incontinência destes versos
Ousando acreditar em melhor sorte
Tentara ter nas mãos o novo tempo,
Porém o que se fez em contratempo
Deixando como rastro apenas morte.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

24/4


Contudo sigo em frente este caminho
Ausente da esperança costumeira
A sorte renegando uma roseira
Deixando tão somente cada espinho.
E sei do quanto amor se faz daninho
E molda o que em verdade não mais queira
Vagando sem saber a sorte, inteira
Ou mesmo do que possa aonde aninho.
Verdugo dos meus sonhos, insensato,
Momento aonde tanto o que constato
Transcende ao que pudesse ser em paz
A tétrica faceta se desnuda
Na adaga que se faz pontiaguda
No quanto esta verdade nada traz.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

23/4

Por vezes, poucas vezes ou nenhuma,
Jamais me importaria desde quando
O verso noutro tempo se moldando
Enquanto a solidão atroz se esfuma,
Correndo sobre a sorte que se apruma
Pousando em desencanto, ou navegando
No tempo que pensara bem mais brando
A vida sem sentido se acostuma;
Redimo cada engano do passado
E tento novo tempo desolado
Vagando sobre as ondas, tenso mar,
Já não me caberia mais sentir
O quanto possa haver neste porvir
Que custo mesmo até imaginar.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

22/4


Sentindo as tuas mãos quais de veludo,
Sensíveis os carinhos mais suaves
E sei do quanto nada mais entraves
Vagando sobre o todo, eu vou com tudo,
E nisto mesmo quando desiludo
Pousando no meu peito antigas aves
Migrantes emoções que ainda caves
Deixando o coração ausente ou mudo.
Na velha sordidez de algum engano,
O quanto poderia e já me dano,
Vestígios de uma vida sem proveito,
O todo que pudera noutro fato,
Somente vendo a ti ora constato
O quanto mais se quis e mais aceito.

terça-feira, 21 de abril de 2015

21/4

Quimera à qual me entrego em desistência
Tentando na mortalha a minha paz,
O quanto a cada passo se desfaz
A vida não trouxesse nova ciência
Apenas o que move em paciência
O rústico cenário que se traz
Moldando com certeza o tom mordaz
Fazendo da esperança esta inclemência
A vida não trouxera novo rumo
E bebo do que possa e já resumo
Fortalecendo engodos do passado,
O verso se mostrara tão silente
Ainda que a verdade sempre tente
Trazer além do quanto agora evado.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

20/4

Sonhando com teu rio, lagos, passo
O tempo sem sentir qualquer mudança
E quanto mais a sorte em vão avança
Menor; vejo este anseio em raro espaço
O mundo quando possa e já desfaço
Assisto o quanto quero e não me alcança
No traço sem sentido onde me lança
A sorte de tal forma sem compasso,
Vagando noite afora sem ter porto
O barco se moldara e semimorto
O vento torturando cada engano,
Não pude acreditar no desafio
E vendo tão somente o que desfio
Aos poucos sem sentido algum me dano.

domingo, 19 de abril de 2015

19/4


Agora ando distante destes bares
Nas noites solitárias sem meu bem,
O quanto da verdade sempre vem
E não prossigo enquanto mal notares
A vida desenhando em seus altares
A fúria que em verdade busca e tem
Vontade de encontrar além desdém
Estrelas a luzirem céus e mares.
Já não me caberia mais o verso
E quando no momento sigo imerso
Vagando sobre as ondas, tão somente
Sem nada que pudesse desenhar
O mundo noutro tanto caminhar
Traduz o que em verdade esta alma mente.

sábado, 18 de abril de 2015

18/4



Minha alma sempre a quis bem mais alerta
Ousando mesmo quando a sorte nega
O tempo que talvez trouxesse cega
A vida quando muito não desperta.
Versando sobre a sorte que completa
A luta noutro tempo já navega
E sei do quanto o todo me carrega
Vagando pela senda predileta.
Tentasse acreditar em ser feliz
E tendo todo o sonho que mais quis
Vivesse e vicejasse num instante
Meu mundo nada tendo de tão seu
Aos poucos no vazio se perdeu
E nada mais se tente e se garante.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

17/4


Quem vive na cidade esquece a roça
E tenta acreditar noutro momento,
Embora na verdade em desalento
Todo o passado em si ora destroça
Vagando sem sequer por onde possa
Traçar o que pudera o sentimento
Vestindo a pura face em sofrimento
A vida desenhando outra palhoça.
Não pude e nem quisera ter por perto
O sonho que deveras eu deserto
Bebendo gole a gole este vazio
No quanto pude crer e não vieste
O todo se desenha mais agreste
E neste caminhar nada mais crio.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

16/4


Os erros mais comuns e contumazes
Refletem o que trazes dia a dia,
Não sei o quanto possa e nem teria
Sequer novo cenário que me trazes,
Olhando para trás, diversas fases
E o vento se espalhando em agonia
No tanto que se busca a alegoria
Transcende com certeza ao que ora fazes.
Gerando a primavera mais sutil,
O tanto que se perde e nada viu
Sequer este florir em novas cores
Marcando cada passo com engodos
Os dias adentrando velhos lodos
Os erros dizem tanto quanto fores.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

15/4

Perpetuando a noite, em tempestade,
O verso não traria mais o brilho
Sequer representando aonde trilho
Ou mesmo o velho tempo que me agrade,
Não possa acreditar em realidade
Não vejo e não teria outro empecilho,
Vagando sem saber fosse andarilho
Buscando inalcançável claridade.
Meu verso se envereda sem sentido
E todo o meu caminho eu dilapido
Num turvo delirar em noite vaga,
A sorte não condiz com o futuro
E tanto quanto possa e não procuro
Apenas solidão, a vida traga.

terça-feira, 14 de abril de 2015

14/4


Aonde imaginara uma bonança
Apenas encontrando o ledo encanto
Da vida sem saber sequer nem quanto
Do meu momento em paz agora alcança
A luta se moldara em tal fiança
E nada do que possa eu te garanto
Gerando tão somente medo e pranto,
E nada do que a sorte agora trança.
Esqueço cada passo no sereno
E quando no final já me enveneno
Na sórdida expressão que não se faça
As dores deste medo em turbilhão,
A vida se perdendo em direção
Resume tão somente esta desgraça.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

13/4



Nos sonhos; busco a paz e me arremeto
Enquanto poderia ser além
Do todo que deveras quando vem
Traduz o que não quero nem prometo
A vida não se faz em poemeto
Nem mesmo outra esperança sempre tem
Olhando mansamente em tal desdém
O amor invadiria qualquer gueto,
No tanto que tentara ser bem mais
Do quanto se mostrasse e já me trais
Ousando acreditar neste vazio,
Sorvendo gota a gota todo o sonho,
E quando no final me decomponho,
Ao menos esperança em vão recrio.

domingo, 12 de abril de 2015

12/4


Merece muito mais do que um momento
Aonde poderia calmamente
Trazer outro cenário e nada sente
Quem sabe noutro fato estar atento,
O rumo se perdendo em sentimento,
O todo na verdade não pressente
O risco de sonhar se faz urgente
E bebo o que pudera, ou mesmo tento.
Singrando no oceano entre procelas
O quanto eu necessito, tu revelas
E moldas o futuro em tom atroz,
O rústico cenário se desnuda
A faca da esperança pontiaguda
O mundo se perdendo dentro em nós.

sábado, 11 de abril de 2015

11/4




Imune ao mau agouro dos insanos
Ou mesmo até lutando contra os erros
Que possam traduzir velhos desterros
Matando com furor; antigos planos
Ousasse noutros rumos, soberanos
Das sortes adivinho seus enterros
E bebo da expressão diversos cerros
Vacante coração exposto em danos.
A vida se divisa em vão cortejo
E sei do quanto possa e mais desejo,
Embora minha sorte eu já perdesse,
No fundo cada infausto que se tem
Apenas dita a luta em tal desdém
E nisto o quanto em luto merecesse.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

10/4



Sequer como um sinal após a queda
A luta não traria novo rumo
E sei do que pudera e não resumo
Pagando com o dobro, esta moeda
E sei da poesia que envereda
Passando tantas vezes já do prumo,
Mergulho meu caminho e me acostumo
Ao todo que decerto não me seda.
Apenas seduzido no passado,
Agora não presumo libertado
O canto que pudesse ser diverso
Marcando com terror o dia a dia,
A luta com certeza não traria
O brilho redentor deste universo.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

9/4



Porém enquanto houver uma amizade
Que possa nos trazer um bom momento
A vida se moldando no incremento
Do sonho que traria a liberdade
Encontro cada ponto e já me invade
O sonho que deveras tanto tento
Marcando com ternura cada alento
Ousando neste tom em claridade,
Reparo cada queda no caminho
E sei que na verdade irei sozinho
Lutando contra tudo e contra todos.
Apenas coletasse o que há em mim,
Vagando nos anseios de um jardim
Imerso nos tormentos dos engodos.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

8/4

Sozinhos amarguram, avassalam
E nada resistindo a tal loucura
Enquanto na verdade se procura
A luz tristezas tantas tudo falam,
Apenas o que pude constatar
Não trame nova senda nem pudesse
Ainda quando inúteis sonhos, prece
O vasto sol se faz mais desejar,
Espero tão somente o que não veio
O mundo noutro tanto diz do fardo
E sei que sutilmente tanto aguardo
Tentando ser bem mais que este receio.
O passo sem sentido ora refugo
O amor que tanto eu quis, vira verdugo.

terça-feira, 7 de abril de 2015

7/4


Enquanto a vida segue seu enredo,
O tempo não traria melhor sorte
Ainda que deveras me comporte
O todo noutro tempo não concedo,
E sei do quanto pude mesmo cedo
Vagando sem saber sequer meu norte,
A fonte consagrada não suporte
Sequer o quanto quis ter em segredo,
Vestígios da fortuna desairosa
A luta se travando poderosa
E sei do coração, seu velho nicho,
E quanto mais decerto ora capricho
O passo desdobrando se antegoza
Como o rosnar audaz de um fero bicho.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

6/4

Medonhos sentimentos os tomando
Audaciosamente a vida traça
O quanto se perdera na fumaça
Ou mesmo se pensara como e quando
O vento noutro rumo se entornado
Apenas o que possa já sem graça
Vestir a solidão que sem trapaça
Espalha o verso outrora bem mais brando.
Negar qualquer caminho a quem procura
Vencer a solidão, amarga e dura
Nesta insegura face do sombrio
Momento aonde o todo não permita
Sequer que se lapide esta pepita
Que trazes nos teus sonhos, desafio...

domingo, 5 de abril de 2015

5/4

Destroem esperanças, matam sonhos,
Não deixam quase nada após o tanto
Que a vida noutro instante mal garanto
Apenas os tormentos mais medonhos,
Os dias que se foram; enfadonhos,
Os olhos noutro rumo, certo pranto
Vencendo o quanto pude e neste espanto
Os riscos são deveras mais tristonhos.
Não pude navegar embora tente
Saber do que pudesse ser urgente
Marcando tenebrosa sorte aonde
O término do encanto se anuncia
E sei da solidão que mais sombria
Ao quanto em desamor nada responde.

sábado, 4 de abril de 2015

4/4

Ninhos alvoroçando e destruindo
O quanto se pudera noutro espaço
O verso sem proveito que hoje faço
Num sonho muitas vezes bem mais lindo,
O canto se desenha reunindo
O velho caminhar agora escasso
Tentando novamente o mesmo traço,
Que outrora fosse além e o permitindo.
Refaço a mesma estrada que percorro
Ousando acreditar neste socorro
Que nunca poderia ter comigo,
Apenas o momento mais sutil,
O quanto em tanto ardume se previu
Morrendo quando tento e não consigo.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

03/04



Tramam empecilhos nos caminhos,
Engodos tão comuns; e quem espera
Vencer com ironia a sorte fera
Não sabe dos momentos mais mesquinhos
E bebo do passado antigos vinhos
E sei do quanto a vida desespera
Ainda quando fosse mais sincera,
Resumo meus anseios, tão daninhos.
Ausento-me decerto e nada vindo
Apenas o que pude neste infindo
Cenário que desvendo sem saber,
A luta traz o luto da mortalha
E quanto mais a gente ora batalha
Distante cada novo amanhecer.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

02/04

Não quero e nem pudesse ser diverso
Do todo que destoa a cada passo,
O quanto a cada dia desenlaço
Expressa o caminhar rude e perverso.

Presumo os mesmo erros, desconverso
E tento a solidez de novo espaço,
O rústico momento em velho traço
O canto tantas vezes controverso,

Acendo a fantasia viciosa
O verso resumindo a leda prosa
Empoça esta expressão mais solitária,

E sendo a minha luta sem descanso
Enquanto no final mais nada alcança
A paz se faz deveras necessária.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

01/04/2015

Juntando cada parte tento além
Da mera fantasia que tramasse
O todo num diverso desenlace
E sei o quanto em caos a vida tem.

O passo se desdenha e em tal desdém
A luta se moldando sem impasse
Enquanto cada passo nos traçasse
A vida que deveras nos convém.

O prazo determina o fim do jogo
E quando no final enfrento o fogo
Que tanto disseminas vida afora,

A chama mais audaz se perpetua
Minha alma procurando a vaga lua
Somente no vazio agora ancora.