segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31/12

Julgado pelos erros contumazes
Apenas restaria alguma luz
A quem ao carregar a imensa cruz
Expressa a solidão em tantas fases.

E mesmo que deveras logo atrases
No bojo deste engodo se produz
A farta sensação e faço jus
Aos dias que deveras não mais trazes.

Escárnio tão somente e nada além,
O medo na verdade não convém,
Porém o que me resta não seria

Diverso do que possa em tal verdade
E o fato traduzindo a ansiedade
Explode num momento de agonia.

domingo, 30 de dezembro de 2012

30/12

No prazo que esta vida determina
O manto se rasgando, sou remendo
E tanto quanto possa não desvendo
Nem mesmo a falsa senda cristalina.

Um verso se anuncia e desatina
Matando com tal sonho o mundo horrendo
Que possa presumir e não se vendo
Sequer o quanto tente e me fascina,

A luta se estendendo para além
O tempo quando enreda e não mais vem
Expressaria o fim quando retenho

Os olhos no que possa em raro empenho,
Traçando cada passo rumo ao fim,
Morrendo sempre um pouco dentro em mim.

sábado, 29 de dezembro de 2012

29/12

Quisera pelo menos em minha vida
O tanto que se perde num instante
E a sorte quanto mais se faz constante
Deveras noutro engano não me agrida,

Apenas alimento a vã ferida
E tento novo rumo deslumbrante,
Porém nada no fim volve e garante
Ou mesmo traz a senda concebida.

Negar cada momento e crer no fato
Que tanto quanto possa não resgato
E marco com as minhas digitais,

Decerto inda adivinho o que viria
Marcando com terror esta agonia
Em dias na verdade sempre iguais.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

28/12

Na farsa desenhada em cada engano
O manto se traduz em falsidade
E sei do quanto vivo ansiedade
E tanto sem destino não me ufano.

E sinto o teu silêncio e se me dano
O vento toma toda a liberdade
E gera no final diversidade
Traçando este cenário tão profano.

Inebriadamente o que me resta
Não traz sequer o quanto houvera em festa
Ou mesmo numa sórdida expressão.

Meu canto sem saber do que destina
A vida noutra face doma a sina
E trama o desafeto sempre em vão.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

27/12

Negando cada passo rumo ao farto
Encontro o meu retrato em vaga senda
E sei do quanto possa e já desvenda
O todo que deveras não comparto,

Sabendo tão doloso e rude o parto
A vida se traduz numa contenda
Tramando a mesma face agora horrenda
E nisto o meu anseio em dor reparto.

Cravejo de ilusões o peito e tento
Vencer o mais temido sofrimento
Grassando por espaços mais diversos.

Na queda prenuncio o fim de tudo
E sei que na verdade se me iludo
Enfrento os dias turvos com meus versos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

26/12

Não quero acreditar em cada fase
Da vida como fosse uma constância
A luta se desenha a cada estância
E mesmo quando o tempo sempre atrase.

Não quero esta certeza como base
Tampouco a mesma sorte em arrogância
Vencido caminheiro em discrepância
Traçando o que pudera e não defase,

O vento traz teu nome, mas não voltas
As horas representam tais revoltas
E nada do que tento conseguira,

Meu sonho sem segredo morre ao léu
E sigo sendo atroz, mesmo cruel
Enquanto a solidão não se retira.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

25/12

Jamais ao ter nas mãos qualquer verdade
Pudesse ser diverso e tanto quanto
O mundo se mostrara em desencanto
Enquanto a fantasia se degrade.

Não possa mais viver tranquilidade
Tampouco alguma luz; jamais garanto
Sabendo do que pulsa bebo o pranto
E tento resgatar esta igualdade.

Meu verso se perdendo desde quando
A vida noutro fato se moldando
Expressaria o fim e nada mais

Os olhos procurando alguma luz
O verso sem sentido reproduz
O quanto desejara em tons venais.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

24/12

Pousando nos meus velhos sentimentos
Apresentando apenas tais promessas
Sabendo quando agora recomeças
Expressas os diversos desalentos.

Os dias são deveras desatentos
E quando no vazio tu tropeças
As horas disseminam velhas peças
E as sortes se perdendo em toscos ventos,

A morte não seria o quanto eu quis
Nem mesmo se pudesse por um triz
Viver a plenitude que me aguarda,

Quem tem esta ilusão qual fora farda
E segue a mais complexa dimensão
Encontra o seu caminho amargo e em vão.

domingo, 23 de dezembro de 2012

23/12

Ocasionando a queda de quem tenta
Vencer outro caminho em espinhosa
Vertente sonegando valsa e rosa
Tramando a solidão tão virulenta.

O prazo determina e não se aguenta
Sequer o que pudera em caprichosa
Versão gerando o fim que a majestosa
Expressa a mesma face dolorosa.

E prazerosamente posso ver
O quanto não trouxera amanhecer
A quem se fez ausente em noite escusa.

Meu passo impertinente não permite
O tanto que alegria delimite
E sei desta expressão que em dor abusa.

sábado, 22 de dezembro de 2012

22/12

Acrescentando ao sonho um novo enfoque
Que possa traduzir clara esperança
Enquanto a minha vida ao fim se lança
O mundo novo encanto já provoque.

O preço a se pagar não mais desloque
O quanto se tentara e não avança
A própria desventura em tal fiança
Levando a sensação que em vão reboque.

Marcando com ternura o dia a dia
A luta não pudesse e nem viria
Ousadamente crer no quanto é rude

Cenário sem que veja mais distinto
O tanto quanto possa e não desminto
Soando como a vida desilude.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21/12

Nos erros costumeiros de quem sonha,
A vida se repete e vejo apenas
As sortes quando muito me condenas
Traçando o meu cenário em tal vergonha.

Sem nada que deveras já me oponha,
As tantas ilusões são velhas cenas
E sei das fantasias mais amenas
Enquanto a minha vida não componha

Sequer o quanto quis e não viera
Bradando contra a fúria da insincera
Vertente que desaba noutra farsa.

Presumo meus anseios mais diversos
E tento acreditar em tolos versos,
Mas sei desta emoção bem mais esparsa.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

20/12

Transcende ao que pudesse noutro engano
O peso de uma vida não traduz
O quanto deveria em farta luz
Gerando o que decerto em dor me dano.

O caos se desenhando e ser profano
Expressaria além do que propus
Vertiginosamente salto em contraluz
E nisto redundando em velho plano:

Sentir em minha face; a fúria em vento
Enquanto na verdade o ser atento
Dispersa o quanto vejo dentro da alma,

A luta se percebe e sei que o nada
Expressa a dor deveras deflagrada
Aonde nem o tempo em paz me acalma.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

19/12

Acolho meus enganos e procuro
Traçar em tons diversos barco e vela
Ousando nas tinturas da aquarela
Enquanto no passado fora escuro.

O mundo tantas vezes tão obscuro
E o preço a se pagar tanto revela
O vento noutro rumo e desta cela
O prazo trama o solo amargo e duro.

Jocosamente andaste sem destino,
E vendo este desdém eu me alucino
E vago pelas noites inconstantes.

O quadro se repete e novamente
O tanto que se quer não represente
Sequer o que deveras não garantes.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

18/12

Não mais acreditando no que um dia
Servisse como parte deste enredo,
Ao menos quando além eu me concedo
A vida na verdade não veria,

Bebendo gole a gole a fantasia
O tempo traduzisse tanto medo,
E o passo em desencanto desde cedo
Expressa a mais dorida sintonia.

Apresentando apenas o vazio,
Meu canto noutro tanto eu desafio
E bebo sem sentido e sem certeza

O quanto poderia e não tivesse
Tentando acrescentar ao sonho a prece
Marcando a solidão já sem surpresa.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

17/12

Não mais se acreditasse na vitória
Depois de tantos erros no caminho
E sei que poderia estar sozinho,
Vencendo a mais diversa e rude história.

A vida traz nesta alma a dor da escória
Que tenta acreditar, mas tão mesquinho
O mundo se anuncia e se me alinho
A luta se desenha merencória.

Não quero acreditar no quanto visse
Tampouco desvendando esta tolice
Que amor ao proclamar nos trouxe em vão.

E desta mais sutil realidade
O quanto da esperança se degrade
Causando no final ebulição.

domingo, 16 de dezembro de 2012

16/12

Jamais conceberia nova senda
Aonde esta seara se inundasse
Do quanto poderia e tanto grasse
Além do que tentara e não desvenda,

A luta se anuncia e sei da horrenda
Vontade que talvez em vago enlace
Mostrando o quanto possa e já se trace
Na sorte mais atroz, que em dor se estenda.

Vestígios de uma vida sem sentido,
O tempo noutro fato resumido
Agora acorda apenas a ilusão

E vivo em consonância cada passo,
Tentando caminhar, mas sei escasso
Os dias que decerto inda virão.

sábado, 15 de dezembro de 2012

15/12

Reparo cada engano e vejo bem
A sorte que pudera ser amiga,
O quanto na verdade desabriga
Expressa o quanto quero e nunca vem,

O mundo se anuncia e sem ninguém
A própria fantasia desobriga
Quem tanto poderia em rude intriga
Vencer esta ironia e crer também.

O medo não presume algum infausto,
A sorte não precisa do holocausto
Nem mesmo do que possa ser diverso,

O manto consagrado e constelar
Agora solidário a se moldar
Brilhando mais que todo este universo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

14/12

Num prazo a se propor a vida trama
O tanto que depois não me acrescente
Sequer o quanto pude e num repente
A luta se esvaindo em medo e lama,

Apenas a saudade não reclama
O vento que soubera impertinente
E sinto quando a vida enfim se ausente
Deixando para trás a leda fama.

O método traduz o que se queira
Vencendo a mesma sorte corriqueira
Trazendo nos meus olhos o passado,

O vértice dos sonhos já prevendo
A queda num anseio mesmo horrendo
E nisto noutro instante enfim me evado.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

13/12

Infausta madrugada nega o sol
Que possa traduzir renovação,
Cerzindo a mesma velha imprecisão
Tomando já de assalto este arrebol,

O coração servindo de farol
Tramando a mais diversa sensação
E nisto novos dias moldarão
Meu canto na verdade sempre em prol,

O preço a se pagar não mais presume
Sequer o quanto possa em ledo lume
Vestígios de uma vida que se tenta

Prever qualquer razão e me oriente
No fato que se faz mais plenamente
Vencendo a solidão tão virulenta.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

12/12

Negar a solidão e crer no fato
Gerado pelas vagas ilusões
E quando na verdade decompões
O todo que jamais quero e resgato.

Mergulho tão somente e não constato
Sequer a minha vida em tais versões
Marcando com terror novos verões
Quebrando a cada engodo um novo prato,

E sei da vaga sombra que se traz
Num ato tão atroz quanto voraz
Jazendo noutro canto, sem saída.

A luta se aproxima do final
E bebo a mesma sorte desigual,
Ainda quando a vida nos agrida.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

11/12

Nas tantas emoções que a vida trama
A ventania assola quem persiste
Vencendo o coração deveras triste
Tentando acreditar no que se exclama,

A sórdida presença se reclama
E gera a solidão que inda resiste
E o velho desvendar em vão consiste
No que fora deveras clara chama.

O prazo determina o fim de tudo
E quando no final tanto me iludo
Vagando sem sentido, sem ser prático

O mundo que pudesse ser além
Expressa tão somente o que não tem
Num sofrimento além mesmo didático.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

10/12

Num ermo sem sentido e previsão
As tramas entrelaçam cada engano
E sei do que pudesse em desumano
Caminho traduzir desunião,

Apenas novos dias moldarão
O velho desejar do qual me ufano
E sei que na verdade o ledo plano
Exprime a mais complexa solidão.

Percorro cada parte desta estrada
Tramando o que viesse não se evada
Matando esta emoção de ser feliz.

O verso sendo sempre tão incauto,
Negando o que pudesse ser tão lauto
Somente o meu anseio contradiz.

domingo, 9 de dezembro de 2012

09/12

Não creio que o futuro nos trará
A sorte quando a busco em tom audaz
O tempo na verdade se desfaz
E sei do quanto possa desde já.

O verso que jamais traduzirá
O todo quanto quis e não se traz
Deixando a sensação do ser mordaz
Matando o que decerto mudará.

O preço a se pagar não mais compensa
E a sorte que pudera ser imensa
Somente semeasse este infinito

E tanto quanto tente acreditar
Tomando mansamente o seu lugar
Expressa muito mais que necessito.

sábado, 8 de dezembro de 2012

08/12

Das trevas emergindo o sonho rude
Expressa o que tentara noutra face
E sei do quanto a vida me embarace
E mostre no final esta amplitude,

Irmano meu caminho em magnitude
Diversa da que possa e demonstrasse
Ousando acreditar no que tocasse
A sorte sem saber do quanto a mude.

Restauro os meus anseios e prossigo
Vencendo em manso afeto algum perigo
Pousando nos insanos desafetos,

O mundo se anuncia em turbilhão
E desta noite vaga se verão
Os erros tantas vezes prediletos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

07/12

Negar a própria sorte e ver após
A senda aonde um dia quis a paz,
A vida noutro instante se desfaz
E deixa já calada a minha voz.

Enfrento a insensatez dos tantos pós
E bebo o descaminho mais voraz,
Apesar se saber o quanto audaz
Jamais enfrentaria firmes mós.

A rude face molda outro cenário
E sei do meu momento solitário
Erguendo o velho sonho no vazio,

E quanto mais pudesse acreditar
A luta não presume o navegar
E mata em nascedouro o frágil rio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

06/12

Não sou quem tanto quis a liberdade
Pousando na esperança mais distante
A vida noutro engodo não garante
Sequer o quanto possa e mesmo agrade.

O verso que entranhou tranquilidade
Expressa esta emoção rude e constante
O medo na verdade se agigante
Negando com firmeza a claridade.

Meus dias que entremeio com audácia
Redundam neste ocaso em vã falácia
Trazendo o quanto vivo na incerteza

Da vida sem saber do quanto é belo
O sonho que deveras não revelo,
Sabendo ser apenas mera presa.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

05/12

No entanto nada trago senão isto,
E vivo por viver cada segundo
Enquanto no vazio eu me aprofundo
Deveras já cansado não desisto,

Sabendo do que possa quando insisto
O velho coração de um vagabundo
Ousando mesmo sendo e estando imundo
A fera num instante ora despisto.

Acordo e nada trago do passado,
Somente o que devera já degrado
Marcada consistência em solidão.

Os dias no futuro? Imprecisão.
O tanto se desfaz e neste pouco
Retrato o meu anseio feito um louco.
05/12

No entanto nada trago senão isto,
E vivo por viver cada segundo
Enquanto no vazio eu me aprofundo
Deveras já cansado não desisto,

Sabendo do que possa quando insisto
O velho coração de um vagabundo
Ousando mesmo sendo e estando imundo
A fera num instante ora despisto.

Acordo e nada trago do passado,
Somente o que devera já degrado
Marcada consistência em solidão.

Os dias no futuro? Imprecisão.
O tanto se desfaz e neste pouco
Retrato o meu anseio feito um louco.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

04/12

Negar a minha própria desventura
E crer no que talvez nunca eu vivesse
O mundo na verdade me esquecesse
Enquanto esta lembrança me tortura.

O risco de viver tanto amargura
E nada do possa merecesse
A vida que deveras não tecesse
Encantos tantos quanto se assegura.

O manto consagrado em vã discórdia
A luta nesta tétrica mixórdia
O vento se espalhando além do sonho,

E quando na verdade outra vertente
A vida simplesmente me apresente
O fim das ilusões; quero e proponho.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

03/12

Pressinto o fim de tudo e não pudesse
Traçar novo caminho enquanto é rude
A velha sensação de plenitude
Que nada neste mundo agora tece.

A sorte se vendendo em vã quermesse
O mundo quando tanto desilude
Ainda quanta ver enfim transmude
Deixando para trás o que merece.

Quisera ter somente algum instante
Aonde o meu caminho se garante
Marcantes emoções em tom atroz.

Desato na verdade velhos nós
E sinto o mesmo rumo sem proveito
E tanto quanto possa a morte, aceito.

domingo, 2 de dezembro de 2012

02/12

Não pude acreditar, mas bem tentei
Ousar em pensamentos ir além
Do quanto em realidade sempre vem
Marcando com terror a velha grei.

O manto que de fato consternei
O canto noutro encanto diz desdém
E sei do quanto vague sem ninguém
Fazendo da esperança mais que lei.

Ocasionando a queda sem igual,
O tempo bem pudesse racional
Embora na verdade se consuma,

De tantas expressões que tanto busco
O mundo se mostrando bem mais brusco,
Não deixa que se escute mais nenhuma.

sábado, 1 de dezembro de 2012

01/12

Já não mais caberia melhor sorte
A quem se fez aquém do quanto possa
E a vida rege apenas velha troça
E marca o que deveras desconforte.

O prazo se expressando não suporte
O manto que decerto ora se apossa
Da luta quando a sorte fosse nossa
Ou mesmo a fantasia já nos corte.

Bebendo cada gole em frágil sonho,
Apenas apresento o que componho
Num ato tão cruel quanto ferrenho,

E sendo de tal forma o descaminho,
Meu mundo se tramasse mais mesquinho
E na verdade nada mais contenho.