quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31/12

Desejo a todos os meus amigos um feliz 2016
Abraços e felicidades.
31/12



Meu tempo se esvaindo e nada traz
Senão a mesma face em ironia
De quem tanto pudera e não veria
O passo mais sublime enquanto audaz,

Meu verso se moldara contumaz
E o tempo noutro instante de agonia
O pouco que inda tenho ou mais teria
Jamais se imaginasse em plena paz.

O verso sendo assim, o meu conforto,
A vida tão distante deste porto
Apenas expressando o que tentasse

Meu canto sem sentido e sem razão
Expressa tão somente a solidão
E dela sempre vejo a mesma face.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

30/12

Se acaso tu vieres não repare
Na sorte quando a vejo de tal forma
E nisto o quanto possa se transforma
E nada mais deveras nos ampare.

A vida noutro instante se prepare
E a queda novamente nos informa
Do tempo sem sentido e sem reforma
Ainda que tentasse e jamais pare.

O preço a se pagar em alto juro
Traduz o quanto quero e se procuro
Agulha no palheiro e nada vejo.

Somente o quanto resta por fazer
E nisto a cada passo o meu viver
Expressa muito aquém do meu desejo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

29/12

O quanto poderia cada idolo
Falar do quanto a vida se fizera
Diversa da que tanto em nova esfera
Trouxesse qualquer forma de consolo,

O verso mais agudo, o tempo, o tolo
A lúdica expressão que não pudera
Apresentar a força mais sincera
De quem se misturasse em mesmo bolo.

O vento noutra face se desnuda
E sei da minha sorte em face aguda
Matando o quanto pude em ironia,

Meu canto se aproxima do final
E o vento transformando bem ou mal
Apenas noutro tom se expressaria.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

28/12


Meu verso sem sentido e sem vontade
Expressaria o fim de cada passo,
E quando noutro instante me refaço
Buscando o que deveras nos invade.

O tempo que traduz felicidade
Já tanto quanto perca o seu compasso
Desnuda esta verdade e mesmo escasso,
Meu mundo não teria a qualidade.

Ocasos são comuns, e sei bem disto,
Porém a cada instante mais insisto
Até me aprofundar no juramento

Que possa me trazer novo formato
Do quanto noutra luta ora constato
E nisto a imensa paz decerto eu tento.

domingo, 27 de dezembro de 2015

27/12

Não quero tão somente o mesmo enredo
Que tanto conhecera no passado,
O verso que deveras tento e brado
Expressa este carinho que concedo.

O manto noutro rumo sem segredo
O lento e mais sublime desejado
Vestindo cada instante neste fado
O tanto que pudera em paz procedo.

Jamais imaginasse qualquer fato
E nisto cada sonho onde resgato
Meus erros cometidos numa etapa

Diversa aonde o todo se perdera
E a vida noutro engodo amortecera
E mesmo a solidão não mais me escapa.

sábado, 26 de dezembro de 2015

26/12

Voltando desde sempre ao recomeço
Do passo sem destino ou previsão
A luta se transforma e desde então
Apenas outro enredo eu reconheço,

A sorte já não traz como adereço
As ondas que pudessem, tradução
Dos dias mais amáveis de um verão,
Aonde o coração fora endereço.

Num ato mais diverso e soberano
O quanto na verdade até me dano
Presume outro recado e sei do fim,

Apenas não tivesse melhor sorte
Gerando dentro em mim o quanto aborte
A solidão da qual, decerto eu vim.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

25/12

O tempo não traria melhor sorte
Tampouco eu poderia acreditar
Nas tramas mais diversas; céu e mar,
Aonde o que se tente nos conforte,

Meu mundo se anuncia hoje sem norte
E bebo até talvez me embriagar
Das tramas que buscara a divagar
Sem ter o quanto possa e me comporte.

Sonego qualquer mito que se tente
E vivo meu anseio permanente
Em pânico ou talvez em mais diverso

Cenário aonde o todo se apresente
Marcando cada passo rudemente
Deixando para trás meu universo.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

24/12

Não tento acreditar nas mesmas farsas
E bebo cada gole do que um dia
Pudesse transformar e não veria,
Enquanto na verdade tu disfarças,

As horas sem sentido tanto esgarças
E geras a total melancolia
Marcando com terror cada utopia
Esperanças migrantes alvas garças.

O canto em consonância não existe,
O mesmo caminhar, minha alma em riste
E o rústico cenário aonde eu possa

Viver sem ter sequer alguma ideia
Do todo que pudera em fronte ateia
E nisto o quanto a vida não foi nossa.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

23/12

Já não coubera apenas o que tento
Vencer em ironia ou mesmo até
Gerando o quanto possa qual maré
Vivendo na verdade mais atento,
Aonde se permite o pensamento
Buscando com ternura e mesmo fé
O rumo se tramando por quem é
O tempo resumisse em sofrimento.
Apenas me alimento da esperança
E sei que na verdade o que se lança
Jamais se moldaria com ternura,
Cerzindo a imprevisão de cada sonho,
O tanto quanto possa e recomponho
Expressaria apenas tal moldura.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

22/12

Num erro tão comum eu vejo apenas
As tramas que entrelaças sutilmente
E a vida noutro instante não desmente
Enquanto na verdade me condenas.

As horas que pudessem mais amenas
O tempo noutro fato impertinente
E o corte que deveras se apresente
Expressaria noites tão serenas.

A rude sintonia entre nós dois
Não deixa quase nada p’ra depois
E o verso se exalasse qual promessa

Da vida sem sentido e sem razão
Marcando cada instante rude e vão
No quanto o meu momento se confessa.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

21/12


Não quero que se pense de tal forma
Na vida como fosse algum processo
Diverso do que agora recomeço
E o tempo noutro instante já transforma,

O verso se pudesse enquanto informa
Gerar o quanto tento e se regresso
Tentara de tal forma algum progresso
Na vida sem sentido em rude norma.

Meu tempo se anuncia e nada mais
Do quanto poderia entre sinais
Expressaria o passo impertinente,

Vagando sem saber do que me resta
Apenas a saudade ainda empesta
O coração e toma toda a mente.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Acrescentando ao quanto pude outrora
Viver em tom diverso esta ilusão
Grassando sem sentido e dimensão
A sorte que deveras me apavora,

Gerando o que pudera sem ter hora
Nem mesmo redimisse outra emoção
Vagando sem saber da precisão
Do passo que deveras desancora.
Pudesse pelo menos ter em mente
O quanto na verdade se apresente
E gere o meu momento mais sutil,

O preço a se pagar não mais viera
Certeza se moldando em leda espera
E o tempo noutro engano se previu.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Já nada mais se vendo neste instante
Sequer o quanto quis ou garantisse
A vida se transforma em tal mesmice
E o verso noutro passo não garante,

O tanto que pudera deslumbrante
Encontra nos teus braços o que disse
A sorte sem sentido em vã tolice
E o prazo na verdade se adiante.

O tempo se transcorre e não quisera
Manter sob meus olhos o que um dia
Gerasse na verdade a fantasia

E nisto o meu anseio noutra esfera
Traduz o que jamais se esqueceria
E tanto noutro tempo destempera.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Revejo tantos erros de um passado
Sem nexo, sem sentido e direção
Apenas sei da própria imensidão
Do tempo noutro tempo desenhado,

O medo me acompanha lado a lado,
E busco quem me dera outra emoção,
Sabendo dos momentos que trarão
O verso tanto quanto desejado.

Um erro cometido, novo engano
E o tempo se mostrara mais profano
Nas tétricas e loucas desventuras

Ainda que se faça de tal forma
A vida no final tudo deforma
Diverso do que queres e procuras.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Meu mundo sem sentido e sem proveito
A luta não pudera ser diversa
E sei da solidão aonde imersa
A vida se transforma e rouba o leito,

O rio se perdendo não aceito
E tanto quanto a sorte desconversa
A noite se presume e se dispersa
Marcando com terror o medo, o pleito.

Recorro aos meus enganos mais sutis
E quanto da verdade sempre quis
Grassando sobre os ermos mais atrozes,

Não quero que se sinta nem sequer
O gosto do caminho que vier
E nele não se tentem tons ferozes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

16/12

Não quero que se tente novo passo
Enquanto o que me resta não traduz
Sequer o quanto pude em clara luz
Nem mesmo este sentido que ora traço,

Vagando sem saber sequer do espaço
Aonde o mundo perde e se conduz
Galgando em desespero faço jus
Ao todo que viera mesmo escasso.

Reparo cada engano e sei de cor
Meu mundo que pensara bem melhor
Desnudo me apavora simplesmente.

O tétrico cenário se desvenda
Enquanto o coração trama a contenda
Que tanto quanto fere também mente.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Olhando para trás não poderia
Tramar qualquer cenário aonde a vida
Explode sem sentido e dolorida
Marcando cada sorte em agonia,

Meu tempo na verdade prenuncia
A luta noutra senda já perdida
E vejo a solidão quando provida
Da velha e sem sentido fantasia.

Mergulho nos meus erros e percebes
A sutileza rude de tais sebes
Vestígios de momentos que vivemos.

Agora sem sentido e nem proveito
O quanto mais se possa mesmo aceito,
Vivendo tão somente em tais extremos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

14/12


Jamais imaginei novo cenário
E sei da minha sorte imprevidente
E quando na verdade o que se tente
Expressa este caminho temerário,

O verso noutro tom, o passo hilário
O mundo sem saber quão envolvente
Pudesse ser da vida o contingente
Gerado pelo rito necessário.

Apenas apresento sem sentido
O quanto neste tom já não me olvido
E vivo sem saber do que se queira

Na luta mais atroz e corriqueira
O verso se resume noutro passo
E o todo que pudera não mais faço.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Jazigos da esperança são apenas
Momentos onde tudo não se fez
A sorte dita a velha insensatez
Enquanto na verdade me condenas.

O tanto que deveras ora vês
Não possa mais surtir diversas penas
Nem mesmo as noites brandas e serenas
Marcando os meus anseios na altivez.

O rude desenhar do que se faça
Gestando dentro da alma esta trapaça
Que nada mais permita consistir,

Na vaga sensação que se acoberta
Da vida sendo apenas descoberta
Nos erros que decerto inda hão de vir.

sábado, 12 de dezembro de 2015

12/12

Meus dias entre tantos se perdendo
E sei que no final nada teria
Sabendo da total aleivosia
O mundo que se mostra é vão remendo.

O porto noutro instante se prevendo
O verso traz apenas a agonia
E o canto sem saber de uma harmonia
Somente traduzindo o quanto emendo.

Versando sobre o medo e nada após
A luta se aproxima em rudes nós
E as nódoas demarcadas: solidão,

Meu verso se tentara pelo menos
Viver dias suaves e serenos,
Mas sei que na verdade não virão.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

11/12

Já nada caberia dentro da alma
De quem pudesse crer noutro momento
E a sorte se moldando quando a tento
Expressa a solidão e vive o trauma,

Quisera ter além a simples calma
E o manto que prometa algum alento
Sentindo o mais temível sortimento
Nem mesmo outra esperança agora acalma.

Não vejo e nem pudera ser a mais
Dos erros tão comuns quanto fatais
De tantas e diversas farsas rudes,

E nada do que fomos; meu passado,
Agora noutro tom enfastiado
Enquanto na verdade tanto iludes.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

10/12

Apenas sendo um velho marinheiro
Tranquilamente busco além do mar
O porto que pudera me abrigar
E nisto seja a sorte um timoneiro.

O verso que pudera por inteiro
Meu mundo num momento transformar
Gerando dentro da alma algum luar
Ou mesmo o meu cantar, o derradeiro.

A sorte se presume de tal forma
Que enquanto a própria vida nos deforma
O fim se aproximando não presume

O tanto quanto quis e não sabia
Ousando acreditar na fantasia
Que roube da esperança o seu perfume.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

09/12

Frequente caminhar ditasse engano
E o tempo se anuncia em rude ideia
Meu verso se presume e na plateia
Apenas o que possa em rude dano.

Meu passo se apresente soberano
E vejo todo o tempo em panaceia
Ainda quando fora em assembleia
Diversa da que agora ainda explano.

Revoo sobre meus erros e concebo
O amor que na verdade não recebo
Tampouco contrassenhas desejasse.

O prazo a se traçar não me permite
Singrar o quanto vivo em tal limite
Ousando acreditar num novo impasse.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Jamais quisera ter qualquer promessa
E a vida não faria mais o quanto
Espero no final e não garanto
Sequer quando a vontade recomeça.

O preço a se pagar, a morte expressa
Na sorte tão diversa e se me espanto
Aceno com terror e desencanto
Buscando qualquer fuga, mas sem pressa.

Cevando o que jamais recolheria,
A luta se expressando em ironia
Não traz sequer o quanto desejei,

O preço a se pagar não mais garante
Sequer o quanto quis em novo instante
Fazendo da esperança a rude lei.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

07/12

Já não mais caberia qualquer verso
Enquanto o que procuro não me traz
Sequer algum momento feito em paz
Ou mesmo alguma luz noutro universo

Vagando sem sentido eu me disperso
E bebo deste sonho tão fugaz
A vida que pudera contumaz
Expressa a solidão e desconverso.

Regendo cada passo rumo ao fim
E nisto o quanto trago viva em mim
Ainda que se possa ser aquém

Meu tempo se perdendo sem sentido
O canto noutro encanto resumido
E apenas a saudade, amarga vem.

domingo, 6 de dezembro de 2015

06/12/15


Centelhas que me tocam; meu passado
Jogado sobre as rocas, simplesmente
E quanto na verdade o que se sente
Traduz a solidão em rude enfado,

E quando pouco a pouco eu já me evado
E a vida num instante incoerente
Transforme o quanto quero e nada ausente
No tempo de tal forma desolado.

Apresentando apenas o que um dia
Pudesse traduzir felicidade
O verso noutro tom ecoaria

Marcando com ternura a e claridade
A senda que se fora tão sombria
Agora noutro tom diz liberdade.

sábado, 5 de dezembro de 2015

As obras que em beleza são além
Das próprias emoções traçando um mundo
Aonde com fartura eu me aprofundo
Tramando muito mais que algum desdém,
O quanto na verdade me convém
Gerasse muito mais do que ora inundo
Vagante coração que num segundo
Ditasse o quanto em vão agora vem,
Não quero e nem pudera ser diverso
E sei do quanto tento e desconverso
Nas rudes emoções da vida em caos;
Mas quando me anuncias outro tempo,
Vencendo qualquer medo em contratempo
Meus dias não seriam turvos, maus.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Os dias vaporosos noutro rumo
Vacante sensação do bem em nós
Meu verso que pudera ser atroz
Expressa este vazio onde me esfumo,
O quanto se perdera em ledo sumo
Meu canto sem encantos, meu algoz;
Verdugo do que possa já sem voz
Trazer desta expressão ledo resumo.
Um tempo noutro tempo se consume
E o todo sem sentido em vago ardume,
Enraizada luta mais feliz,
Deixando para trás qualquer tormento
O quanto no final eu alimento
O tempo desatento, o contradiz.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Meu canto se discorda do que há tanto
Ousara no momento mais sutil,
E o verso que deveras se reviu
Recende ao quanto reste em desencanto.

Vagando sem sentir nem mais me espanto
E bebo o que pudera ser tão vil
Negar o quanto tenha e se previu
Marcando o mesmo instante em ledo pranto.

Audaciosamente vejo apenas
O quanto na verdade me condenas
E geras o que tanto desejei

Meu mundo se perdendo sem enredo
O tanto que pudera mal concedo
E nisto noutro instante mergulhei...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Jamais acreditasse no que um dia
Pudesse ser diverso do caminho
Gerado pelo quanto ser sozinho
Trouxesse tão somente a fantasia,

A sombra me acompanha e não traria
Sequer o quanto pude e me avizinho
Dos ermos mais diversos num daninho
Momento sem saber da poesia.

Meu verso se esperasse noutro acento
E quando na verdade o tanto eu tento
Esbarro nos meus erros contumazes.

E sei do que pudera noutro tempo
Vagando em meio ao rude contratempo
Que sei quando em verdade tu me trazes.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Pelo abraço companheiro,
Pela vida que se trama
Na verdade em mero drama
Ou quem sabe num canteiro
Onde o mundo, derradeiro,
Prepara-se então a chama
Que a vontade já reclama
E da qual jamais me inteiro.
Vivo apenas por saber
Que o caminho a percorrer
Trará sempre uma surpresa.
Da esperança, vaga presa
Sei do quanto possa ter
Ao seguir tal correnteza.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Obrigado, então, querida,
Pela farsa já montada
Desta história em despedida
Redundando mesmo em nada,
A certeza desprovida
A lembrança deformada
O que pude nesta vida,
Resumindo em alvorada,
Trace um tempo mais feliz
E diverso do caminho
E se tanto a sorte eu quis,
Já não posso mais sozinho,
Traduzir o que não fiz
Num cenário tão mesquinho.

domingo, 29 de novembro de 2015

Dos amigos mais constantes
Ou quem sabe os mais antigos,
Mas os erros delirantes
Revivendo tais castigos,
Erros crassos tu garantes
E se mostram desabrigos
Onde tantos sonhos, antes
Superavam tais perigos.
Nada mais pudesse ou vejo
E se possa benfazejo
O cenário que procuro,
Tramo além meu pensamento
E se tente onde me alento
Já não vejo o céu escuro.

sábado, 28 de novembro de 2015

Precisamos de esperança
Nada mais do que este sonho,
Onde o tempo quando o ponho
Novo rumo agora alcança,
A certeza que se avança
Outro canto mais risonho,
O momento ora enfadonho
Oura voz dispersa e lança,
A fartura do que fora
Alma pura e sonhadora
Antevendo mesmo o fim,
Sem certeza do que reste,
O cenário mais agreste
Cultivado dentro em mim.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Nos momentos mais cruéis,
Aprendi a ser bem manso,
E se possa onde me lanço
Vago além dos medos, féis,
Ouso crer nos meu s corcéis
E se possa além alcanço
Um cenário onde o remanso,
Molde cantos mais fiéis.
Nada trago deste incauto
Caminhar em quente asfalto
Na procura mais atroz
Do cenário em perfeição
E percebo desde então,
Que ninguém ouviu ma voz.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Amigo, na adversidade,
Percebemos onde estamos
Quem deveras; encontramos
Trazem tudo quanto brade
Muitas vezes, tempestade
Do arvoredo novos ramos
E quem sabe o que tratamos
Diz apenas da verdade,
Ouso crer no quanto venha
Acendendo cada lenha
Que permita nova frágua,
Dispersando meus engodos
Entro em tantos, vários lodos,
E minha alma ali deságua.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

De vencer o sofrimento
E tentar um novo dia
Mesmo quando não havia
Nem sequer algum alento,
Outras vezes sei que tento
E de fato poderia
Não sentisse esta agonia
Que já ronda o pensamento,
Vago alheio ao quanto pude
Quantas vezes sendo rude
Nada mais pensasse além,
Do que pude e não viera
A saudade noutra esfera
Novo vórtice contém.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Na nossa amizade eu vejo
O caminho a ser mostrado
Quando sigo lado a lado
De quem traz este lampejo
Onde o mundo em azulejo
Possa sempre anunciado,
Vendo as trilhas do passado
E o cenário que prevejo.
Tantas vezes dissonante
O que possa num instante
Já garante este momento,
Vivo sem temer mais nada
Ouso crer que nesta estrada
Há deveras tanto alento.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

23/11

O saber que estás aqui
Já permite um dia manso
E se trago este remanso
Onde e quando percebi
A esperança vive em ti
E decerto não me canso,
Mesmo quando não alcanço
Este sonho em frenesi.
Poderia ser diverso,
Mas encontro este universo
Feito em rara maravilha,
De tal forma sorvo a vida
Que não tendo mais ferida
Plena paz já se palmilha.

domingo, 22 de novembro de 2015

Permite ao grande amor profundamente
Anseios onde eu possa pernoitar
Os sonhos que tentara a divagar
E nada mais nos tome em corpo e mente
O mundo na verdade já se ausente
Aonde imaginasse céu e mar
Apenas vejo aquém o véu e amar
Tornou-se; com certeza, impertinente.
Vestindo a fantasia que se possa
Trazer numa esperança toda nossa
A rústica lembrança de quem siga
Quem possa nos traçar outro caminho,
Vagando muitas vezes vou sozinho
Cada saudade em mim, destroça a viga.

sábado, 21 de novembro de 2015

Quebrando este ciúme que nos toca
E gera este tormento mais atroz,
O tempo se desenha em nova voz
O quanto se tentara, já provoca,
A sorte se escondendo em velha loca
O rito se moldara tão feroz
A vida se destroça e logo após
Escondo o coração em rude toca,
Apenas o momento traduzisse
O quanto se pudera em tal crendice
No rústico cenário já desnudo
O que inda mais tentara quando acudo
Transforma todo o sonho e se desdiz
Gerando o meu olhar, rude e infeliz.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O quanto é necessário o sonho e tudo
Que possa nos trazer novo caminho,
Ainda que se mostre mais mesquinho
Meu mundo noutro passo, ora me iludo.
O vasto caminhar traçando mudo
O velho coração em desalinho,
Do máximo que possa me avizinho,
Ainda que persista além, contudo.
Vestígios de uma sorte tão diversa
A luta noutro tom já desconversa
E bebe esta insensata maravilha
Quisera muito mais que meramente
O todo que se teima e se apresente
Apenas esperança em vão polvilha.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

19/11

Dourando em alegria se percebe
A imensa e mais diversa companhia
Do tempo que sem tempo não teria
Nas mãos a rara e bela, rica sebe.
Protejo cada passo e já recebe
A vida com ternura em alegria
Vacante coração noite sombria
O medo em ilusão ora me embebe.
E nada do que pude em desafeto,
Traçando este vazio e não completo
Sequer o que pudera noutro instante.
A vida se tornando mais audaz,
A sorte pouco a pouco se desfaz
E o fim do velho jogo se garante.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Trazendo em relação ao quanto eu quis
Apenas lenitivo, a vida sinto
Vagando sobre o mero e louco instinto
Tentando acreditar no ser feliz,
Gestando dentro da alma a cicatriz
O verso sem saber do que é distinto
Do medo quando adentro o labirinto
E escapo tão somente por um triz.
Resumos destes fatos, dor e medo
Somente o quanto possa e já concedo
Tramando noutro engodo o velho rumo,
Tramóia após tramóia, a vida segue
E sem ter mais sequer quem inda negue
Sem nexo mais algum jamais me aprumo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Amor em amizade é feito nobre
E traça com firmeza o passo além
Bem mais do que pudera com desdém
O quanto a própria vida não recobre
Ainda que se mostre e se descobre
O passo sem temor traduz e bem
O todo anunciado que já vem
Por mais que a fantasia em vão desdobre.
O medo se moldara nesta face
Sem nada quando muito que moldasse
O prazo já no fim sem nada ter,
Meu canto sem proveito e sem medida,
Ousando acreditar na plena vida
Mergulha nas entranhas do meu ser.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Certeza está presente num momento
Aonde o que se fez não pude ver
Ainda que tentasse amanhecer
A vida traduzindo o quanto alento.
Bebesse muito além do sofrimento
E vendo o quanto é rude o tal querer
Não tento nem sequer mesmo poder
Vagando contra a fúria deste vento.
Impertinente; eu sigo cada passo
E sei da solidão que agora traço
Depositando o sonho no jamais
Os dias se repetem mansamente,
Bem antes que em verdade o sonho eu tente
Procuro o quanto viva em vendavais.

domingo, 15 de novembro de 2015

Servir a todos nós e ser assim
O mundo que se busca com ternura,
Depois da solidão que me amargura
O todo se aproxima em raro fim,
Presença desta flor no meu jardim,
A sorte se moldando com brandura
A velha solidão não mais tortura
Do velho carrossel, cada rocim,
A senda mais audaz e mais profana
A vida noutro instante ora se dana
E gera o que temesse no passado,
E bebo do que mesmo renuncio
E sei da tempestade em tom sombrio
Marcando cada fato desfraldado.

sábado, 14 de novembro de 2015

Que é capaz da vida disto eu sei,
Quem fosse mais além de meramente
O mundo que talvez já se apresente
Traduz o quanto pense em rara lei,
Ousando acreditar se mergulhei
Navego contra a fúria da corrente
E mesmo que pareça impertinente
Contigo tenho tudo o que sonhei,
Não tenho mais o tempo que tivera
A sorte não seria a velha fera
Marcando com seu bote num momento
Vestígios do que tento e não vivesse
Apenas o que possa e se esquecesse
Trazendo tão somente o quanto eu tento.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Distante dos espinhos e mazelas
Da vida sem sentido e sem a crença
No quanto com certeza nos convença
E sei que no final nada revelas
As horas preparando velhas celas
Apenas se observando a desavença
Que possa nos trazer em recompensa
A luta pela qual tu já não velas.
Ascendo ao quanto pude e não tivesse
A vida não suporta a mesma prece
Nem mesmo o descaminho mais sutil,
O vago desejar se faz ausente
E o quanto na verdade se apresente
Explode enquanto a vida não se viu.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Floresce uma amizade num rosal
Enquanto viva em sonho a primavera
O tempo se mostrara desigual
E a própria juventude destempera
O passo que pudera sempre igual
Ousando acreditar nesta quimera
Que traz apenas velho ritual
E sabe do vazio que se gera.
Não tento e nem prossigo contra a fúria
Embora saiba bem desta penúria
Desnuda simplesmente e nada além,
Meu canto se perdendo no vazio,
Apenas o que eu possa desafio
E sei quanto em verdade nada vem.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A sorte nos mostrando tão diversos
Do quanto desejávamos; querida
Assim ao demonstrar a nossa vida
Vagássemos vazios universos,
Sacrário desenhado em vagos versos
A senda que julgara já perdida,
Agora na verdade dilapida
Meus últimos momentos, mais perversos.
Negando cada passo rumo ao tanto
Ao que se desejasse não me espanto
Pousando novamente em manso porto,
Quem possa caminhar em luz ou treva
No fundo uma esperança sempre ceva
Ainda que se veja quase morto.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Que a vida assim serene a cada instante
Vagando sobre as ondas deste mar
E o quanto poderia e sei amar
O mundo noutro fato não garante,
Vencido caminheiro, galopante
A sorte não tentasse desejar
Ainda quando há muito; este almejar
Nem mesmo outro caminho ora adiante.
Bebendo em tua boca cada gole
Do quanto em ironia a vida assole
E mostre tantas vezes o meu fim,
Ainda que se faça sem sentido
O tempo noutro fato resumido
Tramando o que persista vivo em mim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Os sonhos mais difíceis e temidos
Os olhos procurando novo cais,
Ainda que pudesse e já te vais,
Os tempos são deveras divididos
A noite nega os sonhos presumidos
E os erros entre tantos, mais venais
O verso se anuncia e nunca mais
Teremos outros cantos resumidos.
Perfaço o meu caminho rumo ao fato
Do qual não mais pudera ter ao menos
Os dias mais audazes ou serenos
Ousando neste todo que constato,
Os dias entre tantos vãos venenos
E o passo que tardio não resgato.

domingo, 8 de novembro de 2015

08/11

A permissão perene que permita
O passo noutro rumo ou mesmo neste
Que tanto quanto queres, percebeste
Ousando na palavra mais bonita,
Buscando o tanto quanto se acredita
Tentando aonde e como mereceste
Sem ter o que jamais ora esqueceste
O mundo traz em si própria desdita.
Lutando contra toda esta heresia
O tempo na verdade não viria
Nem mesmo moldaria a tempestade
Vagando contra todo o canto atroz
Ninguém mais ouviria a minha voz
No todo que deveras sempre brade.

sábado, 7 de novembro de 2015

Fiel, em sentimentos mais vivazes,
Não posso me calar perante o fato
Do grande sentimento que constato
Enquanto novo rumo tu me trazes,
Vagando entre as estrelas são audazes
Momentos onde o todo que retrato
Traduza tão somente o quanto em ato
Amor se revelasse em novas fases.
Seguindo cada passo até o tanto
Aonde com certeza o que garanto
Espelha a maravilha de ser teu,
Meu mundo num instante desenhado
O tempo muitas vezes desejado
E o quanto da esperança se acolheu.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Que possa me amparar enquanto luto
O tempo mais sutil e mesmo astuto
A sorte vai além do que eu consiga,
Vencer a tempestade onde se abriga
O mundo quando além já nada escuto
E sigo muito além do que permuto
Tramando o quanto tanto se consiga.
Vestígios de outras eras, mais distantes
E nisto esta alegria tu garantes
Ousando acreditar noutro caminho,
Meu verso sem sentido e sem razão
A luta desenhando esta emoção,
Traçando em claridade onde me aninho.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

05/11


Que de toda a dor, espero
Tão somente a mesma face
Quando muito me embarace
Ou traduza o ser sincero,
Quantas vezes; nada espero
Nem talvez o quanto passe
Neste mundo em desenlace
Mais diverso, ou mesmo fero.
Vestimentas onde possa
Na palavra toda nossa
A verdade em tom sutil,
O que pude num momento
Traz a luta aonde eu tento
O cenário e; ninguém viu.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Meu tempo se transforma no vazio
E sei do quanto possa em turbilhão
Tentando adivinhar a dimensão
Do quanto a cada engano mal recrio,

Vestindo o mesmo nada eu desafio
E bebo a rude e tétrica ilusão,
Versando sobre o mesmo e etéreo não,
Enfrento a corredeira anos a fio.

Meu verso não traria melhor sorte
Sem ter o quanto possa ou mais suporte
O mundo até seria divertido,

Mas quando me presumo neste nada
A luta a cada passo desenhada
Expressa o que deveras dilapido.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Resulto desta farsa que me trazes
E venço os desafetos costumeiros
Aonde quis decerto meus canteiros
Outros caminhos rudes, velhas fases,

Os medos são deveras contumazes
E os tempos não traduzem os inteiros
Cenários que pudessem; verdadeiros,
Moldar o quanto aquém de mim te atrases.

As asas não se abrindo, a queda trama
Em Ícaro a verdade se traduz,
E vejo o quanto pesa a rude cruz

E nisto o tempo gera um novo drama,
Mergulho sem defesas, plenamente
Enquanto a própria vida tanto mente…

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Não quero que se faça da promessa
Qual fosse algum cavalo de batalha
A vida noutro tempo já se espalha
E vejo o que decerto recomeça

Na sorte que tentara e sem ter pressa
A mesma sintonia agora falha
E quanto mais afias a navalha
A sorte no vazio se endereça.

O rústico momento em tal tocaia
A luta que pudera e não se esvaia
Gerando apenas medo e nada além,

Depositando arquivos do passado
No tempo tantas vezes desolado
Enquanto o meu futuro inda não vem.

domingo, 1 de novembro de 2015

01/11/15

Nas vezes em que luto, simplesmente
Tramando alguma sorte que não vem,
A senda se traduz onde ninguém
Deveras noutro tom já se apresente,

O mundo quando o vejo descontente
E sei da fantasia muito aquém
Do quanto na verdade me convém
Gerando o passo rude, impertinente.

Escalo tais escarpas e montanhas
E quando noutro passo tu te assanhas
Esbarro nos vazios que geraste,

O manto já puído da saudade
Aos poucos noutro tom já se degrade
Marcando com temor, rude desgaste.

sábado, 31 de outubro de 2015

Há muito que se possa traduzir
O vento sem sentido e sem razão
Nos dias mais audazes de verão
O sol ao longe eu vejo ressurgir,

E tento na verdade redimir
Os tempos na diversa sensação
Dos olhos que deveras não verão
O quanto possa haver ou há de vir.

No fim apresentando a mesma face
Que tanto noutro tom mesmo embarace
Quem ousa acreditar no que não vem,

Apenas resumindo cada fato
Agora novamente o que constato
Traduz a fantasia em tal desdém.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Não mais se apresentando alguma sorte
E sei dos descaminhos onde pude
Viver a solidão em plenitude
Sem nada que deveras me conforte,

A própria sensação recende à morte
E o manto noutro passo ou atitude
Vestígios do que tanto nos ilude
Gerando no final o que comporte,

Reparo e não consigo conviver
Com toda expectativa do saber
O quanto não restara dentro em nós

Do todo desejado e mesmo assim,
O verso se traduz e nele o fim
Gerasse simplesmente um novo algoz.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Nada além de mero sonho
Ou tampouco alguma sorte
Que deveras nos conforte
Onde o todo recomponho,

Gera o tempo onde bisonho
O meu mundo sem aporte
Grassa sem ter mero norte,
E o vazio ora reponho.

Na verdade o que me resta
Não pudesse ter em festa
O que tanto desejei,

A esperança se produz
E resume o quanto eu pus
No vazio desta grei.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Já não tenho qualquer sorte
Nem mereço nova chance
O que agora enfim alcance
No final não me comporte,

A esperança onde se aborte
Não traduz qualquer nuance
Do caminho aonde avance
Sem saber sequer o norte,

A verdade se resume
No que possa em tal ardume
Conduzir ao cadafalso,

O meu passo sem sentido
O meu tempo resumido
Meu caminho em tal percalço.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

27/10

Nada tenho e nem pudera
Desejar além do cais
E se tanto desiguais
Os cenários desta esfera

Geram tanto a primavera
Quanto os dias invernais,
Os meus passos desiguais
Esperando uma quimera

Nada mais se aproximando
Ou tentando vez em quando
Uma sorte mais diversa

O meu erro costumeiro
Traz o sonho derradeiro,
E meu canto desconversa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

26/10

Minha vida não traria
Nem sequer o que procuro
E se salto em poesia
Morro atrás no solo duro,

A verdade se faria
No caminho mais obscuro
Ou se trame em nostalgia
O final onde asseguro,

O versar sobre o vazio
O cenário mais sombrio
O momento em turbulência

Nas vontades mais sutis
Pude até ser mais feliz,
Fora mera coincidência?

domingo, 25 de outubro de 2015

25/10

Nada mais se vendo após
O que um dia fosse tanto
Na verdade vejo a foz
E me perco em desencanto,

O meu tempo meu algoz
O que agora não garanto
Gera o sonho mais atroz
E no prazo o desencanto.

Muitas vezes fui feliz
Outras tantas bem mais gris
O meu céu não se azuleja

O caminho que percorra
Na verdade não socorra
Quem em vão tanto peleja.

sábado, 24 de outubro de 2015

24/10

O meu jeito determina
O que tanto pude crer
Na vontade de viver
No momento em nova sina,

A palavra cristalina
A certeza do saber
Quanto mais tentasse ver
Outra luz não me fascina.

Tantas dores, medo e credo,
Quando em ti eu me enveredo
Procurando a plenitude,

O meu canto sem proveito
Na verdade mesmo aceito
Muito embora, amor ilude.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Havendo pelo menos um momento
Aonde o que se faz não mais calasse
No peito de quem tanto desejasse
Quem dera finalmente algum alento,

E sei que na verdade me contento
Com toda esta incerteza que se trace
Pousando com certeza em raro enlace
Marcando o que pudera com tal vento.

Negar o descaminho e ter nas mãos
Apenas simplesmente tantos nãos
E os ermos desta sorte tão maldita.

Minha alma sem sentir qualquer vontade
Expressa a dolorosa realidade
E em nada com certeza ela acredita.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Meu dia se emoldura nesta tela
Apenas na parede, ora esquecida,
E assim também se faz a minha vida
No quanto a mais diversa voz se atrela,

A velha solidão já se revela
E sei que permaneço sem saída
Tramando a cada queda outra ferida
E o tempo resumindo em rude cela,

O vento me levasse para além
Sabendo o que em verdade não mais vem
E trague a traiçoeira e turva paz

Que possa noutro ponto traduzir
O quanto ainda resta e sem porvir
Meu mundo na verdade nada traz.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Não tento acreditar no que não venha
Moldando a solidão e nisto creio
Ousando permitir o quanto alheio
Cenário noutra sorte mais ferrenha,

A vida que pudesse segue prenha
Da luz quando desejo e tanto anseio
Vagando sobre o velho devaneio
Sem nada que deveras me convenha,

O passo noutro prazo se denota
E sei do quanto a vida muda a rota
E expressa a solidão e nada mais,

Os erros costumeiros deste amor,
Matando em nascedouro cada flor
Expressa o quanto em luz; tu já me trais.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

20/10

Não quero qualquer tom que já divirja
Da luta que pudera nos trazer
O dia quando vejo amanhecer
Ou mesmo esta ilusão quando convirja.

O preço a se pagar a vida exija
E sei da mesma face que se vê
No tanto que pudera sem por que
Revigorada sorte agora rija.

O mundo dividido em tal litígio
O corte se aproxima como crês
E sei desta total insensatez
E nada me restando nem vestígio.

O passo que pudera ser mais régio
Agora se tornando um sacrilégio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

19/10


O tempo se vislumbra em tom atroz
E sempre que pudesse não moldara
A luta mais temida, esta seara
Não traz o quanto viva ainda em nós,

Certeza do que possa logo após
E nada do meu mundo se prepara
Apenas a verdade que escancara
Tramando a cada olhar um novo algoz.

O mundo em discordância nada trama
A vida em avidez expressa o drama
E quando poderia nada veio,

A sórdida presença do passado
Na mórbida lembrança quando invado
O todo noutro tom, num mero anseio.

domingo, 18 de outubro de 2015

Restauro os meus demônios quando crio
O tempo sem limites, desde outrora
A sede que deveras me apavora
Gerando dentro da alma o mesmo estio,

O quanto poderia em desvario
E o corte na verdade não demora
E gesta o quanto pude e desde agora
Apenas outro instante eu desafio.

Versáteis sonhos dizem do que há tanto
Pudesse mergulhar e não garanto
Senão a mesma rude fantasia,

E o vento noutro alento não percebo
O amor que se fizera vão placebo
Somente o meu anseio negaria.

sábado, 17 de outubro de 2015

17/10

A porta que se abrira permitindo
O vento se adentrando em cada ponto
Aonde na verdade não aponto
O tempo noutro instante quase infindo,

Versando sobre o todo e distraindo
Enquanto se desenha um novo conto
O todo se anuncia e sem desconto
O mundo noutro tom já se esvaindo,

Resumos de uma sorte mais atroz
E nada inda comporte a nossa voz,
Agraciando o tempo mais sutil,

O tolo se entorpece a cada queda
E o mundo onde meu sonho se envereda
Apenas o vazio ora previu.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

16/10

Não tento acreditar no que não venha
Senão a sorte trama o fim do sonho
E quando a solidão tanto eu componho,
A vida não traria nova ordenha,

O manto se anuncia e a voz ferrenha
Do todo que pudera ser medonho
Aonde dia a dia mais me enfronho
E sei que na verdade não contenha

Sequer o quanto pude e mesmo assim
Vagando num tormento já sem fim,
Pousando nos meus vastos temporais,

Anunciando agora o quanto trais
Embora acreditando no jardim
Envolto nos diversos bons florais.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

15/10

Não tento e nem pudesse ser diverso
Meu canto sem sentido nada traz
E apenas a vontade mais mordaz
Expressaria o vago em cada verso,

O mundo aonde possa e me disperso
Trazendo a sorte rude e tão falaz
Resisto e a sensação de ser tenaz
Transforma o quanto resta no universo.

Prevejo o fim de tudo e não mais quero
Sequer o que pudesse ser sincero
No austero delirar de algum poeta,

A morte se anuncia mais concreta
E o peso onde o mundo eu destempero
Apenas no vazio me completa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

As margens da esperança não mais vejo
E sei do quanto pude ou mesmo quis
A senda se perdendo em tom tão gris
E o manto se transcende num ensejo,

O quanto noutro rumo ora dardejo
Tentando ser além de um aprendiz,
O verso se moldando qual matriz
E nela a solução como um lampejo,

Versando sobre o fim que se aproxima
A luta noutro tom mudando o clima
Que logo se atormenta e nos transforme,

O que mais poderia acreditar
Nas tramas deste sonho lapidar
Gerasse a solidão, velha disforme.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

13/10

O quanto se expressasse em verso e prosa
Gerando a sorte atroz e mais suave
Na vida que supera algum entrave
A sorte tantas vezes caprichosa,

O verso se anuncia em polvorosa
E bebo do vazio onde se agrave
A luta que pudesse e não se trave
Tentando contra a senda tormentosa.

Pousando noutros ermos caminhares
Enquanto tantas vezes ao voltares
Verás somente a farsa e nada mais,

O tempo se anuncia de tal forma
Que toda a solidão já se deforma
E gera novos dias desiguais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

12/10

Não quisera nem notícias
Do que pude noutro passo
E se tanto me desfaço
Nos momentos em carícias

Desfrutando tais delícias
Trago a sorte e num compasso
A verdade que ora traço
Já não sabe das sevícias

Não mais quero o que pudesse
Transformar o dia a dia
E nesta solidão já recomece

O quanto se vencesse em ironia
E o mundo se negando a tal benesse
Apenas no final nada traria.

domingo, 11 de outubro de 2015

Enfrentando a tempestade
Que pudesse desfazer
No caminho onde degrade
Sonegando amanhecer

O cenário em liberdade
Tanto pude conceber
E se possa na verdade
Outro tom enternecer

Esbarrando no vazio
Ou quem sabe no inseguro
Novamente se eu recrio

O que tento e configuro
Outra sorte em desvario
Traduzindo o que procuro.
Enfrentando a tempestade
Que pudesse desfazer
No caminho onde degrade
Sonegando amanhecer

O cenário em liberdade
Tanto pude conceber
E se possa na verdade
Outro tom enternecer

Esbarrando no vazio
Ou quem sabe no inseguro
Novamente se eu recrio

O que tento e configuro
Outra sorte em desvario
Traduzindo o que procuro.

sábado, 10 de outubro de 2015

Outra senda desenhada
Nas entranhas de meu mundo
O que possa dar em nada
Dita o canto mais profundo,

E se vejo a anunciada
Expressão de um sonho imundo
Reduzindo a velha estada
Neste passo, vagabundo.

O velório se aproxima
E meu canto não presume
Num tormento em rude clima

A beleza em raro lume,
O que possa e não se estima
No final nada resume.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

09/10

Jamais pude acreditar
Nem tampouco desejara
A verdade dominara
O que fosse meu lugar,

A palavra a se moldar
No caminho que escancara
Minha sorte mesmo rara
Não teria onde pousar.

A incerteza que nos rege
O meu mundo tão herege
Em ternura ou na rudez

Expressasse tão somente
O que agora se apresente
E deveras não mais vês.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

08/10

Caminhar bem que pudera
Entre tantas noites vagas
E se agora tu me alagas
A palavra mais sincera

Rudimento que se espera
E decerto não divagas
Invadindo novas plagas
Outras tantas ditam fera.

Produzindo o desalento
Quantas vezes mesmo tento
Caminhar entre os espinhos,

E percebo com meus olhos
Os tormentos e os abrolhos
Nos enganos mais mesquinhos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

07/10

A sorte descrevendo há muito tempo
O quanto na verdade não se visse
Nem mesmo merecesse o que a mesmice
Traduza como fosse contratempo,

Mergulho neste incauto e rude espaço
Vagando sem sentido em rumo atroz
O lento caminhar procura a foz
E nisto outro cenário eu tento e traço,

Avisos entre traças e retalhos
Os olhos já cansados do vazio,
E quando no final nada recrio,
Apenas somos sempre ledos, falhos

E quero acreditar no que viria
Gerando dentro da alma a fantasia.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O quanto poderia haver em não
E sei que na verdade se adianta
O tempo que afinal apenas tanta
Vontade negaria em expressão,

E sei do quanto a vida diz e nem
Percebes quando segues tão sozinha
E nesta solidão que fora minha
Agora nada mais tenta ou retém,

E quantas vezes pude até tentar
O mundo que vivera e ao merecer
Traduza o quanto venha a te esquecer
Sem ter sequer algum manso lugar.

E tanto em ti pensara que durante
A vida noutro caos eu agigante.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

05/10

Não mais vejo outro cenário
Nem tampouco o desejasse
Na verdade a cada face
Outro rumo é necessário,

E se tenho meu fadário
E talvez em desenlace
O momento que se trace
Seja sempre temerário,

O meu canto em desatino
Onde possa e não domino
Nem sequer o que viria,

Bebo a sorte quando a trazes
E percebo em rudes fases
A total hipocrisia.

domingo, 4 de outubro de 2015

Nada mais se apresentando
Nem o rude que se trame
No caminho sem ditame
Noutro tempo mais infando,

O momento desde quando
A palavra não reclame
E a saudade quando clame
Noutro rumo desabando;

O meu prazo determina
O final da dura sina
Que jamais suportaria.

A verdade traz o fim
Que alimento dentro em mim,
Pouco a pouco, dia a dia...

sábado, 3 de outubro de 2015

03/10

Nas palavras mais amargas
Nos momentos infernais
Quando a sorte enfim tu largas
E procure sempre mais,

As palavras que ora embargas
Os sentidos desiguais
Carregando tantas cargas
Entre tantos temporais.

Ouso mesmo acreditar
No que pude e não trouxera
Na essência de um lugar

Onde vive em rude esfera
O que possa se moldar
Como fosse primavera.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

02/10

A palavra que editasse
Um momento mais sutil
Traduzindo cada impasse
No final tanto reviu

A verdade em desenlace
Ou a cena mais gentil,
Meu caminho destroçasse
Tanto quanto o repartiu.

Vejo o ocaso e a queda traz
Traiçoeira realidade
E o meu mundo contumaz

Já não tendo a qualidade
Do que possa ser capaz
No final tudo degrade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

01/10

O meu sonho não traria
O que tanto desejei
E se possa nesta grei
Desfrutar da fantasia,

O meu mundo em agonia
Na verdade mergulhei
No que tanto desenhei
Mera e rude alegoria.

O passado não condiz
Com o quanto eu esperava
E meu mundo em cicatriz

Adentrando a rude lava
Noutro tempo já não quis
Nem o que mais desejava.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

30/09

O que tenta algum descanso
Depois desta tempestade
O caminho aonde alcanço
A total felicidade,
O meu mundo este remanso
Nada traz e não se agrade
O tormento em passo manso
Entremeio esta verdade
Nos anseios mais diversos
Ou nos tons onde pudera
Trazer velhos universos
E sentir a cada espera
O que possam novos versos,
Revivendo a primavera.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

29/09

Sou teu amo e teu escravo,
E se possa quero a paz
Mesmo quando o sonho lavo
Nos anseios que me traz
A verdade em que fui bravo,
Mas agora sou tenaz
Sepultura que ora cavo
Molda o mundo mais mordaz,
Investindo cada passo
No que traço e não viria,
A verdade aonde enlaço
Tão somente a fantasia
Meu momento eu embaraço
Na certeza da agonia.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Neste amor eu não me calo,
Sigo apenas o que manda
Coração quando desanda
Faz do sonho o seu vassalo,
E se possa e num regalo,
Outro tempo anda de banda
A palavra bem mais branda
O cenário enquanto falo
Ousaria noutro tanto
Vestimentas mais condignas
As tormentas mais indignas
Nada mais possa e garanto
Tão somente cada grão
Que espalhaste pelo chão.

domingo, 27 de setembro de 2015

27/09

Vencedor sendo vencido
Após tantas vãs batalhas
E se agora além espalhas
O meu mundo faz sentido
O meu verso resumido
Noutros ermos, nas navalhas
As versões ditando as falhas
Outro tempo reunido.
Vagamente quero a sorte
Que pudesse e me conforte
Sem sentir qualquer aragem,
A certeza de outro passo
No momento onde desfaço
Toda a velha e vã bagagem.

sábado, 26 de setembro de 2015

26/09


Emoção em rara luz
Outro tanto que pudesse
No caminho que se tece
O vazio me produz
A esperança em contraluz
O momento em tal benesse
A verdade não se esquece
E o tormento me seduz.
Este preço que ora pago
O momento em raro afago
O delírio em ser feliz,
Marco o tempo com anseio
E se tanto a vida veio
Não foi como um dia eu quis.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

25/09


Poderia ser além
Do que nunca desejei
O meu passo que entranhei
Pouca coisa inda contém
Do caminho deste alguém
Que jamais imaginei
Fosse aquele que sonhei
Sem saber nenhum desdém.
Se eu jamais pudesse ouvir
O que possa no porvir
A emoção que desatina,
Mergulhando no vazio
O momento onde recrio
Traz a dura e amarga sina.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

24/09

O que molda a nossa história
Poderia ser diverso
Do caminho aonde eu verso
Muito aquém desta memória,
O meu tempo feito escória
O meu mundo, este universo
Onde possa mais disperso
Traz a luta merencória
Jogo os olhos para trás
E procuro o que se faz
E jamais imaginasse
O momento mais sutil,
Onde o todo que se viu
Traduzisse a rude face.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

23/09

Na alegria que ora trago,
A vontade não completa
A verdade mais dileta
E tampouco algum afago,
Onde a vida traz o lago
Sensação que se repleta
No que possa ser poeta
Outro tempo não divago,
Esperando na tocaia
O que tanto agora espraia
Vagamente em mar imenso,
No vazio de teus dias
Ouço as noites que querias
Muito embora, contrassenso...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

22/09


O desenho do andarilho
Sem paragem nem sustento
O que possa livre ao vento
Sob a sorte em mero trilho,
Vago e sem ter empecilho
Sigo o tanto que provento
Renegando o sofrimento,
Outro tempo agora eu brilho,
Investindo cada passo
No que possa e me desfaço
Gerações de erros fartos,
Os momentos mais algozes
Esperanças dizem vozes
Destes mortos pelos quartos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

21/09

Da esperança mais audaz
Nada guardo dentro em mim,
O que o tempo ora desfaz
Traz a morte do jardim,
A versão dura e falaz
O momento chega ao fim,
E se posso ser tenaz
Não quisera tanto assim.
Nada mais se vendo após
O que tanto desejei
Ouço firme a velha voz
Dominando a nossa grei,
E se possa mais veloz
Na esperança eu mergulhei.

domingo, 20 de setembro de 2015

Quem me dera ser o filho
Que jamais desistiria
Do que possa enquanto trilho
Mesmo em noite dura e fria,
A palavra em estribilho
Outro tom em agonia
O que veja este andarilho
Noutro engodo se faria.
Jamais pude acreditar
Nem tampouco tive o canto
Que pudera e já garanto
Traduzisse o bem de amar
E se possa a cada pranto
Nada tento divisar.

sábado, 19 de setembro de 2015

19/09

Deste encanto em rara sorte
Nada mais pudesse ter
Senão mesmo amanhecer
Que pudera e me conforte,
A certeza do mais forte,
A loucura do saber
O que tente obedecer
Quando a vida ora nos corte,
Nada mais se representa
O momento mais sutil,
O tormento onde se viu
A palavra virulenta,
O meu passo até senil
A verdade mais sangrenta.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

18/09

Deste amor já sem sentido
Deste encanto sem razão
Outro tempo que lapido
Modulando esta estação
Sendo o verso presumido
Nos anseios da paixão
Cada sonho redimido
Nas entranhas, no porão,
A palavra não traduz
O que pude em tom solene
A verdade contra a luz
O momento que condene
O meu verso em contraluz
Dita o quanto não me acene.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Nesta força incomparável
Que não posso suportar
Outro sonho desejável
Perde o rumo e sem lugar
O que fora ora agradável
Não se deixa navegar,
O terreno mais arável
Pouco a pouco a se notar.
Versejando sobre o nada
Nada mais se poderia
A palavra desenhada
Noutro tom vaga sombria,
E vencendo a rude estrada
Meu cenário não veria.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

16/09

O meu mundo se desnuda
Onde nada mais se faça
A não ser esta trapaça
Tão atroz, audaz e aguda.
A verdade se amiúda
E bebendo em rude taça
Sensação que se esfumaça
Sem mais nada que me acuda,
Vejo o fim de cada verso
Noutro tom e sigo imerso
No vazio de minha alma
O meu mundo em pesadelo,
A vontade de revê-lo
Nada mais ora me acalma.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

15/09

E se tanto já quisesse
Onde o nada se aproxima
A verdade dita a rima
Renegando esta benesse,
O momento que se tece
A versão que não me estima,
A palavra que se prima
Pelo tom e nada esquece,
Nem somente o quanto teima
A vontade em cada queima
No final desnuda o solo,
Na insensata solidão,
Outro tempo diz do não,
E sozinho enfim me assolo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Vejo apenas claridade
Num reflexo sem proveito
E sozinho, quando deito
A saudade já me invade
E traduz a ansiedade
Dominando todo o leito
Cada farsa que eu aceito
Traduzisse em liberdade...
Nada tenho mais de meu
O meu mundo em apogeu
Fora bem diverso até,
Mas meu prumo se perdeu,
O meu tempo me esqueceu,
Não restando nem a fé.

domingo, 13 de setembro de 2015

13/09


Dos anseios mais audazes
E dos medos tão sutis
Quantas vezes tu me trazes
Os momentos quando os quis,
No final, dias falazes
Outros tantos, nada diz
Do que pude em longas fases
Traduzir o ser feliz,
À feição do matador
Ou talvez de quem viria,
Não trazendo em fantasia
O meu passo em rumo e dor,
Pouco a pouco me traria
O que tento recompor.

sábado, 12 de setembro de 2015

12/09

Um tempo após o tempo de sonhar
Determinando o quanto poderia
Vencer a minha sorte em utopia
E mesmo noutro encanto mergulhar,

A vida se desenha sem lugar
E a luta que se faz turva e sombria
Matando o quanto resta em poesia
Pudesse novamente me entranhar,

Porém sem ter sequer alguma paz
O quanto que se quer tanto desfaz
Gerando a solidão e o verso rude,

Meu passo sem sentido e sem por que,
Apenas o vazio agora vê
E nisto com certeza desilude.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

11/09

Não quero apenas restos e teimando
Na luta sem sequer um resultado
O tempo noutro tempo degradado
E o gesto se mostrando em contrabando,

O mundo que pudera desde quando
O verso noutro tempo agora invado
E gero a solução em desregrado
Caminho sem sentido mesmo infando.

O prazo determina o fim do jogo
E possa na verdade arder no fogo
Das tantas ilusões que me tocassem,

O tempo se angustia e se negara
Gerando tão somente esta seara
Aonde os meus anseios destroçassem.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

10/09


Não tente adivinhar, porquanto seja
A vida de tal forma tão mutável
O solo que pudesse ser arável
Agora num deserto se preveja,

A morte quando uma alma mais andeja
Percorre esse caminho imaginável
Traçando o quanto pode ora intragável
Entrega a nossa sorte de bandeja.

O vento noutro rumo se esvaindo
O todo se aproxima e se bem-vindo
O canto poderia ser suave,

Mas sei do mesmo engodo que me trazes
E a vida com temíveis vãs tenazes
A cada novo sonho tudo agrave.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Não quero acreditar no que não veio
Tampouco a vida trace nova história
Deixando a solidão, rude memória
Enquanto noutro tom dita o receio,

O mundo se presume em devaneio
E a senda mais atroz e merencória
Gerasse tão somente a mesma escória
E nela o quanto em vão tanto rodeio,

Esperaria apenas um sinal
E sei do desencanto terminal
Que a vida nos prepara a cada ensejo,

Porém noutro sentido a plena luz
Tramando cada passo aonde eu pus
O amor que na verdade eu mais desejo.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Negaste o que deveras não se nega
O amor quando demais já não consigo
Traçar além do caos qualquer perigo
E a vida se presume mesmo cega,

E o quanto no vazio já trafega
Sabendo do que venha em desabrigo,
O todo quanto possa desobrigo
E a sorte no não ser em dor se emprega.

A luta se aproxima do final
E vejo a mesma face irracional
De quem se fez audaz e agora mente,

O todo noutro cais já não aporte
E sei que restaria a minha morte
E nela o quanto pude rudemente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Há tanto se perdera esta noção
Do quanto a vida trace outro momento
Enquanto no vazio eu me alimento
Tentando adivinhar a dimensão,

E sei que novos dias poderão
Traçar além do quanto este tormento
Gerasse na impressão do forte vento
Que marca com temível solidão.

Ocasionando a queda de quem tanto
Vagasse sem saber sequer do quanto
A vida poderia me trazer,

O verso sem perfume, a mão ferida
Especular noção da despedida
Matando pouco a pouco, eu possa ver.

domingo, 6 de setembro de 2015

06/09

Não tento acreditar no que me dizes
Tampouco poderia ter além
Do pouco que em verdade sempre vem
Grassando sobre velhas cicatrizes,

Acumulando quedas e deslizes
O verso se traduz e mais ninguém
Expressaria o quanto ainda vem
Gerando na verdade tantas crises.

O caos se aproximando e nada veja
Quem foge sorrateiro da peleja
Inutilmente posta sobre a mesa.

A sorte mostraria esta incerteza
Gerindo cada passo mesmo em falso
E nisto a solidão, deveras calço.

sábado, 5 de setembro de 2015

05/09

Jamais imaginasse outro caminho
Nem mesmo o que inda reste dentro em mim,
O sonho se prevendo dita enfim
O passo mais audaz, mesmo daninho,

Apresentando o canto mais mesquinho
Regendo o que pudera desde o fim,
Matando o quanto veja e mesmo assim,
No fundo na esperança ainda aninho,

O caos se aproximando da verdade
E o medo noutro tom tanto degrade
Gerando dentro em pouco o que viria

Mecânicas diversas, rude vida
E a sorte no final vai desprovida
Do quanto quis em mera poesia,.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Acordos que deveras não cumpriste
A sorte do teu lado se evadindo,
O quanto poderia ser infindo
Agora se anuncia bem mais triste,

E o tanto que deveras não sentiste
Sequer noutro momento confundindo
O passo com meu tempo se abstraindo
Gerando a solidão agora em riste.

Negando qualquer tom que me aproxime
Do verso que pudesse ser sublime,
Eu tento e não prossigo em vaga estrada,

Numa escalada ausento do meu sonho
E o tanto quanto o quis já não componho,
A própria solidão, decerto enfada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

03/09

Apresentando apenas as escusas
De quem tanto quisesse e não veria
Sequer a mesma face em atipia
De quem noutro cenário tanto abusas.

E sei quando deveras entrecruzas
As sortes numa falsa sintonia,
Marcando com terror tanta ironia,
Palavras descrevendo rudes musas.

O peso de uma vida me vergando
O tempo noutro enredo mais infando
E o bando se moldando arribação,

Os sonhos, pedregulhos no caminho,
O tanto quanto possa ser daninho
Meu mundo no vazio dita o não.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Acrescentando o nada ao que me resta
O tempo em total e erma insegurança
Ao nada com certeza já me lança
Na imagem mais atroz, mesmo funesta,

A rede que pudera noutra fresta
A lua se transforma e em tal mudança
A vida noutro tom contrabalança
Gerando a solidão que o fim atesta.

Não quero a sorte rude de quem tente
Versar sobre o que possa e impertinente
Expresse este vazio em rudimento,

Apenas desvendando o mesmo engano,
O passo que pudera soberano
Agora se transforma em sofrimento.
Acrescentando o nada ao que me resta
O tempo em total e erma insegurança
Ao nada com certeza já me lança
Na imagem mais atroz, mesmo funesta,

A rede que pudera noutra fresta
A lua se transforma e em tal mudança
A vida noutro tom contrabalança
Gerando a solidão que o fim atesta.

Não quero a sorte rude de quem tente
Versar sobre o que possa e impertinente
Expresse este vazio em rudimento,

Apenas desvendando o mesmo engano,
O passo que pudera soberano
Agora se transforma em sofrimento.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pudesse em novo tempo desenhar
As tramas mais complexas de uma vida
Já tanto noutro tempo corroída
Sem mesmo ter por onde começar.

Havendo com certeza outro lugar
A frase mais completa e mais cumprida
O medo transformando esta ferida
Que agora vejo enfim cicatrizar.

O amor que tantas vezes tu constróis
E tramas como fosse os teus faróis
Nos ermos de uma noite tão soturna,

Enquanto a solidão reinando após
Gerasse tão somente os vagos nós
E neles a saudade em vão se enfurna.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

31/08

Não mais se aproximasse deste vago
Momento aonde a vida se ausentasse
A vida noutro tempo em desenlace
Diverso do que tanto ainda trago,

O mundo sem sentido onde divago
O verso no vazio se moldasse
E sei da solidão em rude face
Enquanto nos teus braços busco afago.

O peso de uma vida me envergando
O tempo noutro caos trouxera o brando
Momento que pudera transformar

A sorte não seria mais feliz
E o todo num anseio se desdiz
Gerando o quanto pude conformar.

domingo, 30 de agosto de 2015

Já não concederia qualquer chance
E nem mesmo pudera divisar
A sorte noutro rumo a me levar
Sabendo que deveras nada alcance

O manto quando rompe e não me lance
O tempo sem saber de céu e mar,
Aonde poderia trafegar
A luta se transforma em vão nuance,

O caos gerado após a tempestade
No fundo a cada ocaso se degrade
E gere o meu anseio e me atormenta,

No fundo o que se fez mera tormenta
Vagando sem saber o que se traça
Tramando a cada engano outra trapaça.

sábado, 29 de agosto de 2015

29/08


Não quero que me tragues o vazio
Tampouco novos erros cometidos
Ousando penetrar em desvalidos
Momentos onde o todo eu desafio,

Versando sobre o tom rude e vazio
Tentando prevenir os mais doídos
Anseios que pudessem reunidos
No tom que se anuncia mais sombrio,

Meu prazo terminando a cada queda
A luta noutro tom já se envereda
E sei do meu cenário em tal rudez

O quanto se perdera simplesmente
Traduz a solução e não desmente
Sequer o quanto vejo e mais não crês.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Aplacas com palavras solidárias
As noites que pudesse em rudimento
E vejo o quanto tente e mesmo aguento
As dores como fossem vãs corsárias,

As lutas sei que foram necessárias
E o preço se mostrara em tal fomento
Gerando o que inda vejo e me alimento
Além das tempestades, procelárias.

O tempo na verdade já me engana
Quebrando o quanto houvera em porcelana
Numa parcela rude e mais cruel,

Insisto contra tudo o quanto reste
E sei do meu anseio a cada teste
Ousando navegar além do céu,

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

27/08

Nos tantos caminhares que procuro
Aprendo com meus erros, mas persisto
Vivendo e sei do sonho quando nisto
O mundo não seria tão escuro,

O solo se apresenta e me asseguro
Do todo quando em partes eu insisto,
Tramando a solidão e não despisto,
O medo noutro enredo, o configuro.

O verso mais audaz, a voz sombria
O quanto se expressasse e não viria
Sequer a menor sombra do que tanto

Tivemos num momento mais feliz
E a sorte na verdade contradiz
O que já não concebo e nem garanto.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Resumo a minha vida aonde um dia
Pudesse transformar em calma luz
O todo que deveras reproduz
A vida numa farsa em agonia,

O verso noutro tom se perderia
E a sorte que decerto me conduz
Gerando tão somente o que me opus
Matando a noite amarga, dura e fria.

Travando esta batalha e nada tendo
Sequer o que pudesse em dividendo
Após a queda insana e sem talvez

Ainda que se queira novo tempo
A morte não seria um contratempo,
Apenas um detalhe, como vês.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Não vejo e nem pudesse acreditar
No canto sem sentido do passado
Aonde o meu caminho acorrentado
Ousasse noutro tom se desvendar,

Apenas o que trame em tal lugar
O leme há tanto tempo destroçado
E o verso que pudera anunciado,
Já nada me trouxesse em vão lutar,

Acordo e não revendo os meus enganos,
Somente se expressando em rudes danos
Os anos mais felizes; não revejo,

E quando a sorte mostra ser lampejo
Os dias são deveras tão atrozes
Negando o que pudessem nossas vozes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não quero acreditar no refrigério
Que um sonho nos trouxesse em noite rude,
E sei do quanto a vida nos ilude
Vivendo sem saber qualquer critério,

O prazo determina o fim do império
E o tempo noutro caos, em atitude
Expressaria o quanto se transmude
Traçando a cada dia o cemitério,

E tento navegar sem mesmo até
Sentir a liberdade e sem a fé
A praia se afastando, em rumo vago,

Apenas o que tento e não percebes
Expressa a solidão das duras sebes
Enquanto sem respostas eu naufrago.

domingo, 23 de agosto de 2015

A vida poderia programada
Trazer nova expressão e sei que assim,
Tramando o quanto possa dentro em mim
Da sorte que se tente e molde o nada,

Ainda que pudesse noutro início
Meu hoje não traduz o que eu sentisse
A sorte se transforma e sem mesmice
Escapo deste imenso precipício,

A luta se ascendendo tão fortuita
Gerando no final em transparência
O quanto eu não veria, impertinência
Da mesma dimensão rude ou gratuita,

Apenas recolhendo dos litígios
O sonho ou pelo menos seus vestígios.

sábado, 22 de agosto de 2015

Expresso o que pudera de tal forma
Que tudo se perdera noutro enredo
E quando deste jeito em vão procedo
Verdade tão somente se deforma

E nada se resume no que informa
A luta traduzindo desde cedo
A sorte sem sentido, num segredo
Que tanto poderia e não transforma,

Vergando sob o peso do que um dia
Pousasse na incerteza e me traria
A mesma sensação que não mais vivo,

O passo se anuncia a cada engano
E quantas vezes tento e mudo o plano,
Porém sempre persisto em vão, cativo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Ausente dos meus olhos o horizonte
E nele esta esperança se esvaíra
A sorte se traduz noutra mentira
Que a cada novo engano desaponte,

O verso traduzindo a leda fonte
Que possa nos tramar além da pira
O tanto quanto a vida nos retira
Destroça o que pudera ser a ponte.

Não tive e nem teria maior chance
E sei do quanto o passo em vão avance
Matando a solidão e mesmo após

O tempo se transforma em rude face
E sei que na verdade o que mostrasse
Tramasse noutro engodo a nossa foz.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

20/08



O manto que cobrisse nosso sonho
Gerando uma expressão mais dolorosa
O quanto a vida dita em verso e prosa
O tanto enquanto possa e até componho,

Vagando sem saber deste enfadonho
Cenário aonde a sorte em polvorosa
Demonstre a mesma angústia caprichosa
Ou torne o dia a dia mais bisonho.

Não ouso penetrar nas tantas farsas
E sei que quanto mais ora disfarças
Não poderia ter novo alimento,

E tanto quanto pude noutro engodo,
A sorte se aproxima e deste todo
Apenas sem sentido, me atormento.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

19/09


O medo não traduz a realidade
De quem tentara além do próprio passo,
O verso que decerto em dor eu traço
Não tendo nem sequer tranquilidade,

Vagando sobre o fato, quando evade
O mundo noutro tom eu me embaraço
E bebo tão somente este cansaço
Que a vida sonegasse em liberdade.

Ecoa dentro da alma este vazio
E o tempo noutro enredo desafio
E destinando a sorte ao que se trame,

A vida não permite qualquer luz
E nisto tão somente reproduz
A mesma sintonia em vão ditame.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

18/08

Escuto o mar bramindo e me presumo
Diverso do que possa noutra face
A sorte quando muito mal gerasse
Da solidão extrema o vão consumo,

Negar o quanto venha enquanto o rumo
Perdesse como fosse algum impasse,
E o tempo no vazio emoldurasse
O verso sem sentido em duro prumo,

Negar a minha essência e presumir
O quanto poderia resumir
Num ato ou mesmo até em leda frase,

O tanto que se veja noutro instante
Apenas o vazio me garante
E o corte a cada engano mais defase.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

17/08

O tempo não pudesse ser ausente
Dos ermos que carrego no meu peito
E quando no final já nada aceito
Moldando o quanto mude num repente,

A luta ensandecida se apresente
E veja o mesmo tom onde eu espreito
A velha sensação e me deleito
Nos ermos deste vago que apresente.

O tétrico caminho se emoldura
Nas garras mais profundas da amargura
E gera deste infausto, o temerário.

Ainda que pudesse relutar
Não vendo nem por onde começar
O tempo determina o itinerário.

domingo, 16 de agosto de 2015

16/08

Já não me caberia outra resposta
Nem mesmo o que pudesse me trazer
A luz de um raro e belo amanhecer
Na face tantas vezes decomposta,

E sei do quanto o tempo ainda aposta
Tentando desvendar algum prazer
Enquanto na verdade eu possa ver
Somente a mesma face sem proposta.

O verso agonizando não trouxesse
Sequer o que pudera em vã benesse
Ou mesmo o que enobrece o coração

De um velho caminheiro sem destino,
Um andarilho atroz; já nem domino
Meus dias só respondem sempre não.

sábado, 15 de agosto de 2015

15/08

Ocasionando apenas desventura
O mundo não traria nem a sorte
Que tantas vezes gera o raro aporte
E até novo momento configura.

A luta se traduz numa tortura
E o peso prenuncia a própria morte
No prazo onde esperança já se aborte
A noite se perdera sem ternura,

Encontro a sordidez e não me visto
Dos erros mais diversos, num previsto
Caminho sem sentido ou sem razão,

Apreços encontrara desde quando
O tempo noutro rumo se moldando
Expressaria a nova dimensão.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

14/08


Um tempo onde se possa traduzir
Felicidade ou mesmo a previsão
Dos erros que pressinto desde então
Matando em nascedouro algum porvir,

O todo noutro engodo a resumir
A velha e mais sobeja sensação
Da sorte resguardada no porão
Do tempo que pudera redimir.

Mas nada da esperança ainda ronde
O mundo num vazio e mal sei onde
O tanto me trouxesse ao menos paz.

O canto se anuncia e não mereço
E a cada novo dia outro tropeço
E a vida sem ternura se desfaz.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

13/08

Reparo cada estrela e vejo além
Do tanto que pudera e não sentisse
O mundo se transforma e da mesmice
Apenas outro sonho igual já vem,

O todo na verdade diz desdém
E o mundo com tamanha e vã tolice
Expressaria mais que esta crendice
Roçando o que deveras não convém,

Meu prazo se extermina e nada veio
Somente a mesma face onde o receio
Domina totalmente o que inda resta,

A parte que me coube ora indigesta
O tempo se perdendo e de permeio
A luta se moldando, o fim atesta.
13/08

Reparo cada estrela e vejo além
Do tanto que pudera e não sentisse
O mundo se transforma e da mesmice
Apenas outro sonho igual já vem,

O todo na verdade diz desdém
E o mundo com tamanha e vã tolice
Expressaria mais que esta crendice
Roçando o que deveras não convém,

Meu prazo se extermina e nada veio
Somente a mesma face onde o receio
Domina totalmente o que inda resta,

A parte que me coube ora indigesta
O tempo se perdendo e de permeio
A luta se moldando, o fim atesta.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

12/08


Jamais imaginasse outro destino
E quando a vida trama a redenção
O preço a se pagar traz sensação
Do tanto quanto em vida desatino,

O todo que eu sonhara, cristalino,
As lutas noutros tons cedo verão
A mais completa e rude dimensão
Do verso onde procuro e me alucino.

O passo noutro tom já mal pressinto
E sei do quanto a vida em raro instinto
Propaga no vazio o mesmo tom,

Diversidade expressa o meu tormento
E quando na esperança eu me alimento,
A vida se presume sem tal dom.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

11/08


Não quero e nem tivesse alguma luz
Jamais imaginei novo caminho
E sei do quanto possa ser mesquinho
Enquanto a solidão já me conduz.

O prazo determina a mera cruz
E tento adivinhar o mais daninho
Sentido resoluto a cada espinho
Gestando outro cenário onde me pus.

O canto determina o fim da sorte,
E sei do que deveras mais comporte
O vento em tempestade mais audaz,

O mundo não teria algum encanto
Somente este cenário aonde o tanto
Aos poucos no vazio se desfaz.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

10/08

Não tente acreditar no que te digo
O manto se rompera, tão puído
E o verso noutro tom já dilapido
E sei do quanto possa haver comigo.

Cerzindo o dia a dia em desabrigo
Apenas o que aprendo agora olvido
E sinto o mesmo sonho, distraído
Negado o quanto tente além perigo.

O medo não produz ressentimento
Nem mesmo o que garanto agora invento
Gerando o meu anseio em rude face,

A luta se moldara mais dispersa
E quando na saudade o tempo versa
Somente este vazio se mostrasse.

domingo, 9 de agosto de 2015

09/08


Não quero e tento mesmo disfarçar
As tramas são diversas, mas não posso
Viver sendo somente este destroço
Que tenta novamente se moldar,

O verso que pudesse divisar
O vento pelo qual do todo aposso
E sei do quanto trame e não endosso
O tempo que se perde a delirar.

O mundo noutro tom, raro fastio,
O canto sem resposta, desafio,
E tento pelo menos um momento

Aonde a vida seja tão diversa
E quando a realidade desconversa
A dura fantasia ora alimento.

sábado, 8 de agosto de 2015

08/08/


Já não quisera ter nas mãos o tanto
Que a vida não permite e nem presume
Aonde na verdade o tempo rume
Gerando tão somente o desencanto,

Meu passo noutro rumo eu não garanto
E bebo a solidão em rude ardume,
O corte se anuncia e se resume
Apenas na saudade, em ledo pranto,

Vestígios de outro tempo em cada passo
Trazendo este cenário atroz e escasso,
Os sonhos perfilando em tal comboio,

Vagando sem destino vida afora,
Apenas a saudade ainda ancora
O quanto deveria ser apoio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

07/08/2015

Ourives da emoção, cada palavra
Traduz e mesmo até tanto lapida
Ousando acreditar no bem da vida
Que em solo mais atroz, decerto lavra.

Meu sonho se perdendo enquanto quis
Viver o todo e nele crer que a luz
Deveras noutro passo me conduz
Gerando o quanto quero e peço bis.

Areias escaldantes, movediças
As praias da ilusão são mais distantes
E sei que no final somente espantes
Enquanto a cada queda novas liças.

Os passos no porão, a noite escura,
Saudade tanto rói quanto amargura.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

06/08



O que possa mais diverso
Do que tanto desejei
Traz apenas o que verso
Onde e quando, amarga grei,
Nas tramóias do universo
Fosse apenas o que sei,
Um vazio mais disperso
Do que tanto imaginei.
Visto a sorte mais cruel,
Ando sem saber de um porto
Sigo feito um semimorto
Rodopio em carrossel,
E se possa algum descanso,
Nada mais agora alcanço.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

05/08

Os meus versos, teu revés
O caminho se perdendo
Noutro tom diverso e horrendo
Mesmo quando sei quem és
O momento em rudes fés
Morte segue em dividendo
Produzindo em dividendo
Outro passo de viés
Nada mais se poderia
Contra a sorte mais venal,
Ou somente a poesia
Ou vivendo este boçal
Ansiar em agonia,
Que presume este final.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

04/08


Entre dias, claros rumos
Da esperança em seus anseios
O que possa em tantos veios
Procurando meus aprumos,
Bebo a luta em ledos sumos,
E procuro meus receios
Dias frágeis, tons alheios
Esvaindo; somos fumos...
Esperei algum momento,
Porém nada mais viera,
O que traga algum alento
Gera a morta primavera
E se entregue ao rude vento
O que vivo não se espera.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

03/08

O que tanto ora predigo
Não traria de tal forma
E esta senda se deforma
Quando busco o meu abrigo,
E se tanto ora não ligo
O caminho se transforma
Na verdade o que se informa
Traz o tempo em vão perigo.
Assolando este vazio
Outro tanto desafio
E bebendo desta sorte,
Já não cabe ao sonhador
Outra sorte e sem pudor,
Esperasse ao menos, morte.

domingo, 2 de agosto de 2015

02/08



E desenhas com teu sonho
Mil fantoches neste céu,
O meu canto, vão corcel
Vaga em tom mesmo bisonho,
E pudera e te proponho
Da esperança em rude véu
Outro tempo em carrossel
Num anseio onde o componho,
Vejo apenas o final
E não basta sempre igual
Desvendar em noite branda,
A palavra não se trace
Onde quer que o desenlace
Agigante o que desanda.

sábado, 1 de agosto de 2015

01/08


Já me tomas nos teus braços
Depois desta tempestade
E os momentos mais devassos
Restam vivos na saudade,
O que possa entre os escassos
Lumes onde a sorte evade
Expressando nestes laços
O que pude na verdade.
Investigo cada estrada
E percebo dando em nada
O caminho que escolhi,
Tanto tempo se destina
Ao que possa em dura sina
Ou temível frenesi.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

31/07


Ou fugir do quanto, vaga
Noite imersa no vazio,
O sensório desafio
Quando a luta em vária plaga
Desenhando o quanto apaga
Deste sonho em desvario,
Outro tanto rege estio,
Ou talvez resuma a draga
Que devora cada engodo
E se posso deste todo
Aprender esta lição,
Bebo enfim o teu veneno
E deveras me condeno,
Sigo em torpe solidão.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

30/07


Viver sem tão raro sonho
Procurando alguma paz,
O que possa e satisfaz
Gesta sobre o que proponho
Na verdade o que componho
Dita o rito mais tenaz
E o momento não compraz
Com o quanto foi risonho,
Gerações se transformando
Outras tantas se moldando
Na esperança em liberdade,
Vago sem qualquer paragem,
Cada estrela na bagagem
Redimindo a claridade.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

29/07



Imagino e não consigo
Nem um porto, nem um cais,
E se tanto agora trais
O que outrora foi perigo
Noutro senso mais antigo
No momento em que venais
Esperanças dizem mais
Do que possa em desabrigo,
Vencedor ou já vencido
O que possa e sem sentido
Incentivo com a queda
Da palavra mais sincera
Que devora e desespera
E no fim nada envereda.

terça-feira, 28 de julho de 2015

27/07


Cenários onde a vida poderia
Tramar o quanto quero e não se vê
Apenas o desenho sem por que
Da sorte em mais diversa fantasia,

O mundo se descarta noutro tempo
E bebo os seus resquícios e me esqueço
Do quanto maltratasse outro tropeço
Gerado pelo vago contratempo.

Cadenciando o passo, sigo aquém
Do quanto na verdade não mais reste
E sei do meu anseio, duro e agreste
E tanto quanto o nada me convém,

Versando sobre o fato, nada tenho,
Somente a sutileza em rude empenho.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

26/07


O mundo se permite alguma escolha
E nada se criando, apenas vejo
O quanto se moldara noutro ensejo
Restando tudo envolto em mesma bolha,

Eu sei ser na verdade simples bolha
Que tento acreditar ter um desejo,
Sabendo o quanto possa e num lampejo
Apenas ao princípio me recolha.

Num ato tão insano em vã bravata
A sorte noutro passo se arremata
E tenta acreditar na plenitude.

Somente uma ilusão. E nada sou
E sei do quanto pude e me restou
A falsa magnitude que ora ilude.

domingo, 26 de julho de 2015

28/07


A cada novo engodo outro jazigo
E a vida se proclama de tal sorte
Que tanto quanto possa e não conforte
Expressa o quanto quero ou já nem ligo,

Apesar de viver o que consigo
Numa vontade atroz, num ledo norte
O verso semeando o que comporte
Da morte noutro tom bebo o castigo.

E sigo sem temer o quanto possa
A velha solução jamais é nossa
E endossa cada engano quando o medo

Presume na incerteza o que veria
Gerando dentro da alma esta ironia
Que tanto quanto possa enfim concedo.

sábado, 25 de julho de 2015

25/07

Enquanto no passado ainda crês
Tentando como fosse salvação
A luta se moldando desde então
Na mais completa e rude insensatez,

O mundo variando a velha tez,
O passo deste espectro no porão
E a mesma tão temida solidão
Aonde o que pudera se desfez

Gerasse apenas isso e nada mais
Tentando mergulhar em temporais
Que empossam a verdade a cada ocaso,

E sem sentido algum mergulho em nada,
A sorte sobre a mesa está lançada
E no final de tudo não me aprazo.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

24/07

Ao ler em tuas mãos o meu futuro,
Encontro tais sinais e não renego,
Meu mundo se aproxima de um nó cego
E apenas o vazio eu configuro.

E quando noutro instante em vão perduro,
O tempo quando muito ainda o nego
Envolve o dia a dia e se trafego
No caos meu passo nunca foi seguro.

E vejo tão somente a mesma face
De quem aquém de tudo se mostrasse
Versando sobre os erros, tão somente.

O quanto na verdade se promete
A vida noutro tom já me arremete
E mata em nascedouro esta semente

quinta-feira, 23 de julho de 2015

23/07


Negar o quanto creia e ser diverso
Aquém da mesma sorte que indiscreta
Permite o dia a dia e não completa
O tempo quando em sonhos me disperso.

Tramando a cada noite outro universo
A senda que jamais se fez concreta
Refaz a turbulência e se repleta
Da imensa sensação do ser perverso.

O preço a ser pago não garante
Sequer o que pudera noutro instante
Sem termos nem sublime fantasia.

O prazo determina o fim do jogo
E quando se anuncia em triste rogo
No fogo do passado eu arderia.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

22/07


Jamais se perderia alguma luz
Enquanto a nossa vida fosse assim,
O tanto se aproxima deste fim
Que nisto tão somente o reproduz,

O sonho na verdade já faz jus
Ao que restara vivo dentro em mim,
Sabendo do que possa agora eu vim,
Tramando o quanto veja em medo e cruz.

Restando muito pouco ou quase nada
A sorte na verdade desenhada
Expressaria o todo sem tropeço,

E quando ao teu caminho me endereço
Extremos tão diversos; desenhara
Marcando com terror cada seara.

terça-feira, 21 de julho de 2015

21/07


Enquanto tanto amaste e me perdi
Vagando em noite escusa, vida afora
O tempo noutro tom já me apavora
E a sorte sonegando em frenesi,

O verso que deveras presumi,
A fonte se secando sem demora,
E o tanto que se molda enquanto explora
Matando o quanto tenho inda de ti.

Não possa mais seguir tal descaminho
E quando noutro tom diverso alinho
Meus passos se perdendo sem descanso,

E sei que após a luta sem promessa
Apenas outro tempo recomeça
E nada do que eu queira, ainda alcanço.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

20/07

Sinceramente falo deste encanto
Que tanto poderia e não se faz,
A voz se perde além e mesmo audaz
O mundo não presume o que garanto,

Reparo cada verso e se me espanto,
A sorte deveria ser tenaz,
Mas quando nada além me satisfaz
O mundo se aproxima de um quebranto.

Apenas açodando o que passaste
A luta nos trazendo este desgaste
Sem nada que pudera reviver,

O quanto se anuncia em tempo manso
O passo que deveras mais alcanço
Expressa da alegria, o amanhecer.

domingo, 19 de julho de 2015

19/07

Quando senti o vento me tocando
E ouvi tua palavra mais gentil,
O tanto que deveras já partiu
Mostrara outro cenário bem mais brando.

O verso no vazio emoldurando
O passo muitas vezes bem mais vil
Que o tempo aonde o mundo mais sutil
Expressa o que se fez nos devorando.

Acenos tão diversos desta vida
Que tanto quanto corta e nos acida
Permite qualquer tom em agonia.

Herético cenário turbulento
E quando na verdade o amor invento
Somente a farsa em nós reviveria.

sábado, 18 de julho de 2015

18/07


O que eu te disse possa confirmar
Nos sonhos e nos cantos, nas promessas
E quando na verdade recomeças
O tempo ocupa aos poucos tal lugar,

Vagando sem sentido a procurar
Os ermos que talvez quando interessas
Expresse com certeza falsas pressas
Matando cada sonho, devagar.

Peçonhas entre tantas heresias
E as sortes que deveras me trarias
Amortalhada face da ilusão,

O vento se presume noutro rumo
E quando em próprio vento ora me esfumo
Encontro do vazio, esta ilusão.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

17/07


Só peço não sonegues a verdade
E deixes cada passo demarcado
No quanto fora outrora, no passado,
O todo que tentasse a liberdade,

Vestígios deste medo que me invade
O resto noutro tom já degradado
O prazo que pudera agora é dado
No custo do que tanto se degrade,

Adicionando apenas solidão
Aos dias que não vejo nem virão
Ousando acreditar num novo tempo,

Apenas acionando o pára-quedas
O mundo quando além tanto enveredas
Expressa o mais diverso contratempo.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

16/07

Jamais se consentisse em tal cenário
E o vento que assolasse meus umbrais
Trouxera tão somente estes sinais
De um mundo rude enquanto temerário.

O tanto que se apressa é necessário
E dele se procura muito mais
Que meras fantasias entre as quais
O todo se moldara em tom tão vário.

Versáteis nuvens vagam nos meus céus
E sei das esperanças, verdes véus
Cobrindo o quanto tive e não teria.

Meu canto sem encanto, rudemente
Presume o que deveras já se sente
Matando o quanto possa o dia a dia.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

15/07


O quanto parecesse ser incrível
Agora retornando ao dia a dia
Expressa o quanto pode ser terrível
A sorte que jamais me tocaria,

O muno se presume e corruptível
O verso noutro tom se moldaria
Marcando o que pudera noutro nível
Ousando acreditar no que viria.

Perfaço cada passo em noite escusa
E o tanto quanto quero usando abusa
Do tempo aonde a vida quis um mote

Diverso do que tanto me trouxera
E vendo a vida amarga ou insincera
Apenas o vazio ora denote.

terça-feira, 14 de julho de 2015

14/07


Acrescentando à vida algum alento,
Depois de me perder durante os anos
E sei dos meus anseios soberanos
E o tempo se perdendo em rude vento.

Olhando mansamente em sofrimento
Coleto a cada dia novos danos
E bebo dos venenos, desenganos,
E sei que me restara este tormento.

Negar o quanto venha e permita
A sorte mais audaz nesta desdita
E dedilhando o pinho em solidão,

Serestas do passado, nada agora
Saudade a cada dia me apavora
Deixando ao meu futuro a negação.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

13/07


Não mais me caberia qualquer sonho
Tampouco o quanto pude no passado,
O vento noutro rumo demonstrado
E o prazo que deveras mal componho,

Reparo o que seria ora enfadonho
E bebo o mesmo gole desejado
E sei que na verdade se me evado
Apenas outro tanto recomponho.

Negar o quanto venha de uma sorte
Diversa e que deveras não conforte
Quem tenta na expressão bem mais suave,

O gesto em intenção não mais se expresse
E tento acreditar na mesma prece
Que ao menos noutro tom jamais agrave.

domingo, 12 de julho de 2015

12/07


Coragem, companheiro. A vida é luta
E sei que no final não restará
Sequer o quanto a gente tentará
Ao ter a sensação atroz e bruta,

Apenas o lamento que se escuta
O tempo sonegando algum maná
E o verso se desenha desde já
Somente no que possa uma labuta,

Esquinas mais diversas, tanto medo,
O prazo que deveras me concedo
Há tanto terminara, sem sucesso,

E passo feito um louco sem destino,
E sei do quanto tento e mal domino
O mundo, quando em erros recomeço.

sábado, 11 de julho de 2015

11/07


Vagando entre cenários mais sombrios
Os barcos enfrentando tempestades
E sei que noutro tom o quanto invades
Expressa muito além dos desafios.

Meus olhos seguem ledos e vazios,
Procuram sem sucesso claridades
E tento navegar e iniquidades
Deixando a sorte presa em finos fios.

Jazendo sobre o quanto desejei
A solidão perfaz a dura lei
E trama o quanto pude e não viera,

O resto se desvia e leva ao caos,
Subindo esta ladeira em seus degraus
A vida transtornando dita a fera.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

10/07


Além do quanto pude e não sentira
Vestígios de litígios do passado
O verso noutro tom desalojado
A sorte que deveras se retira,

Do todo que quisesse em nova mira
O tempo tão somente destroçado,
E sei do quanto possa neste enfado
Que toda a solidão não interfira.

O medo se aproxima mansamente
E gera a sorte enquanto a vida mente
Tramando a simples queda de quem fora

Uma alma em lamaçal tão sonhadora,
Versando em ledo fim e agora exangue
Rondando o que lhe resta em ledo mangue.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

09/07

E corriqueiramente a vida dita
O tempo mais feliz que não soubera
Ascendo ao que pudesse e sigo à vera
O todo quanto trague a luz bendita,

Restando alma sofrida e mesmo aflita
Palavra quando muito mais sincera,
Apascentando enfim a rude fera
Traçando a palavra mais bonita,

Num gestual diverso do que outrora
Vivesse sem sentido e sem razão
A luta noutro passo me apavora,

Porém sei da diversa dimensão
Do quanto a cada dia a velha escora
Expresse tão somente a podridão.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

08/07

Não quero que esta sorte mude o rumo
Tampouco quando a vida se apresenta
Na face mais atroz, sanguinolenta
Versando sobre o sonho enquanto esfumo.

Vagando sem sentido, perco o prumo
E a noite de emoções segue sedenta
Somente esta lembrança me apascenta
E traça do que possa em suprassumo.

Restauro dias fartos entre tantos
Gerados pelos mágicos encantos
De um tanto que eu devesse desenhar,

O todo em sofrimento e dor; congele-se
E traga neste encanto além desta hélice
Que possa permitir o libertar.

terça-feira, 7 de julho de 2015

07/07/15


Renascendo!

Se a vida fez-me um dia, todo prosa
E ora faz-me, urrar de tanta dor
Pra outrem, seja causa de estupor
Eu sinto-a, como fosse, cor de rosa

Estou apto, para galgar esta prova
Sou um trapo, e to cagando pra desdita
Se a vida foi-me outrora mais bonita
Hoje na morte, dolorosa, se renova

Não! Não serei eu, um coitadinho
Sozinho sou, o maestro, e a orquestra
E nem tentar, quebrar a viga mestra

A balançar na corda, vil, mesquinho
Se esta fase deu-me tanto, não duvido...
Que a outra, me de mais, que hei sofrido



Cesar Cassemiro Liczbinski



Jamais imaginei que a sorte após
A queda neste infausto me traria
O tom bem mais suave da utopia
Numa esperança a viva e clara voz.

O quanto se transforma e nos nós
Unindo o que inda venha e o que teria
Refaz ao renascer esta magia
Que nos permite além de qualquer foz.

Riacho do passado se agiganta
E as lágrimas levando para além
Na imensidão do mar a força tanta

Salgada pelas dores do passado
E o todo que em fortuna sempre vem
Valendo cada dia amargurado.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

06/07


Levando ao longe a voz de quem tentara
Atravessar as noites mais escuras
E sei quando em verdade tu depuras
A sorte noutra face bem mais clara,

O rústico momento se escancara
E gera tão somente tais torturas
E quando no final nada asseguras
A luta noutro rumo desprepara.

O vento sem sentido e sem razão
Tramando a mais diversa dimensão
Expressaria então o fim de tudo,

Minúscula vontade nada traz
Somente a mesma face tão mordaz
E nisto simplesmente em vão me acudo.

domingo, 5 de julho de 2015

05/07

Jamais imaginasse nova fonte
Aonde o que se perca em luz consiga
Vivenciar a sorte mesmo antiga
E nela novo tempo que se aponte,

O rústico cenário em horizonte
Diverso do que tanto em vão prossiga
E a luta me invadindo rompe a viga
E ao fim desta ilusão, me desaponte,

Restauro cada engano e sei que o todo
Tramasse em manguezais o imenso lodo
E nesta charqueada a vida passa,

Ousando acreditar no que não veio,
Presumo tão somente este receio
Que tanto nos expresse uma trapaça.

sábado, 4 de julho de 2015

04/07

Se dentro d’alma tua apenas neva
E a vida para ti parece um fardo,
Perdida n’horizonte qual um dardo
Longe atirado contra a densa treva...

Se o mundo a ti parece triste e pardo,
E a solidão mantens em tua ceva,
Bem sabes que, da vida, não se leva
Nem mesmo a lira que tocaste, ó, bardo!

Se a luta é muito grande e te excrucia,
Viver é dom, é pura travessia,
E, feito a lua, tem as suas fases...

Se os caminhos são demais mordazes,
E a morte tem as garras mui vorazes,
Tu tens as asas ágeis da poesia


Edir Pina de Barros


Ousasse num momento mais audaz
Viver o quanto tente ou acredite,
Ultrapassando assim qualquer limite
Bebendo o quanto em sonhos satisfaz,

O verso se mostrara mais capaz
Akhenaton encontra em Nefertite
O encanto de uma deusa, uma Afrodite
E o todo se transforma além da paz.

O canto em poesia sem fronteiras
Penetra constelares e se queiras
Adentra em infinitos sem igual.

E a cada verso tento muito além
Do quanto na verdade a vida tem
Criando em fantasia um Taj Mahal.