domingo, 31 de agosto de 2014

31/08

Resumida e claramente
O cenário não se traz
Entre o quanto se desmente
E a verdade mais audaz
Deixo o mundo num repente
Num anseio tão mordaz
Mesmo sendo insanamente
Largo tudo para trás.
O momento se incendeia
A incerteza não sonego
A esperança em lua cheia,
Nada traz a quem é cego
Jamais pude acreditar
No caminho a divagar...

sábado, 30 de agosto de 2014

30/08


Vagões vejo e descarrilo
Meu caminho se tortura
E se possa a cada estilo
Novo tempo em amargura,
Tantas vezes mal desfilo
O cenário que a ternura
Traduzisse e não destilo
O que possa esta loucura.
Velho e tosco camarada,
Meu amigo e companheiro
A esperança desolada
A mortalha em meu canteiro,
Depois disto vejo o nada
E no fim após me esgueiro.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

29/08


Nada vejo doravante
E pudesse tão somente
Escrever o que adiante
E traduz velha semente
E se possa noutro instante
O caminho não desmente
O que possa em tom brilhante,
Velha sorte meramente.
O cenário se mostrara
Noutro fato onde clemência
Diz do quanto sempre é rara
A verdade em tal ciência
E meu canto ora prepara
Outro corte; irreverência...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

28/08


Nada mais se tentaria
Mesmo quando digo o não
Que se mostra em ironia
Onde os dias moldarão
O que possa e não teria
Simplesmente em sensação
Do que viva em agonia
Ou morresse um passo em vão.
Nada tive nem terei
O momento se resume,
Onde traz a vida em lei
Ou reduza este perfume
No caminho que criei
Sem saber sequer o lume.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

27/08

Vagamente vejo a luz
De quem tanto desenhara
Outro passo e me conduz
Nas veredas, tal seara
Que pudesse fazer jus
Ao que a vida nos declara,
Carregando já reluz
Mesmo a sorte bem mais clara,
Vejo o tempo e se perdendo
O que houvera em dividendo
Nada mais acrescentando,
Estupenda noite sonho
E se vejo este enfadonho
Delirar; pergunto quando.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

26/08

Vejo apenas o que tente
Quem se fez um sonhador,
O caminho imprevidente
O cenário sem rancor,
A verdade que me alente
Seja aonde e como for
O momento num repente
Já não traz canteiro e flor.
Resumindo cada fato
No vazio que viria,
O que tanto ora constato
Traz apenas fantasia
E se possa neste prato,
Nova luz dita a agonia.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

25/08

Bravamente vejo a sorte
Já diversa do que pude,
O meu mundo sempre forte
O passado mesmo rude,
A verdade não conforte,
E matando a juventude
O meu canto se reporte
Ao momento em plenitude.
Vagamente me recordo
Deste sonho sempre a bordo
Deste mar ledo e distante,
E se possa desejar
Onde tente divagar,
O vazio se garante.

domingo, 24 de agosto de 2014

24/08


Bebo a vida a cada instante
E navego sobre as ondas
Onde quer e se garante
O que tanto já respondas
E se possa doravante
Procurar diversas sondas
Sendo a vida esta gigante
E meu verso tanto escondas,
Resplandece num anseio
O que fora nosso sol,
Vou vivendo enquanto veio
Nos meus olhos o farol,
Que deveras se rodeio
Dominando este arrebol.

sábado, 23 de agosto de 2014

23/08


Vicejando em primavera
O que a vida poderia
Noutro tempo em longa espera
Ou quem sabe a fantasia,
Vendo o quanto degenera
A esperança em agonia,
O meu verso destempera
Neste longo e novo dia.
Ao versar sobre o infinito
Na incerteza deste tanto,
O que possa e já não grito
Outro rumo em vão garanto
E se possa sempre aflito
O momento em raro encanto.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

22/08

Nos ermos de um caminho solitário
Os tantos desejares não mais visse
Gerando desde já tanta crendice
Mudando da esperança o itinerário,

A vida se mostrara em relicário
Ousando prescrever o que se ouvisse
Nas tramas onde a sorte em vã mesmice
Marcasse com ternura o necessário.

Meu passo se resume no que um dia
Pudera acrescentar em fantasia
E sei que no final não mais viera,

A luta se anuncia em tom sombrio
E o quanto cada verso desafio
Expressa a dolorosa e rude espera.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

21/08


Já não comportaria melhor sorte
Quem tanto procurara outro destino
Tentando o quanto possa e mal domino
A vida ao infinito me transporte,

Erguendo o meu olhar buscando o norte
Enquanto no final eu me alucino
O tempo se desenha e se amofino
O sonho no final nada comporte.

Vagando entre diversas tempestades
Apenas enfrentar diversidades
Não basta para ser liberto, eu sei.

O canto mais audaz se perde aquém
Do quanto a fantasia me convém
Tomando já de assalto a velha grei.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

20/08

Acreditando até no que não veio,
Seguindo o meu caminho já sem paz,
O tanto que pudera e não se faz
Expressa o quanto siga mais alheio,

No cândido caminho onde permeio
O verso convertido em tom audaz,
O pouco que viera contrafaz
O todo desejado em devaneio.

O vento se espalhando nesta senda
O tanto quanto possa não se estenda
Aquém desta emoção atroz e rude,

O manto mais diverso feito em luta
Entoa esta verdade e sei permuta
O quanto se pudesse e o que me ilude.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

19/08

Não mais acrescentasse nem um til
Ao quanto pude e nada mais se visse
A vida se propõe mesmo em tolice
Gerando o quanto o sonho em vão previu,

O rústico cenário presumiu
A sorte que se fez idiotice
E o tempo revivendo esta mesmice
Não traz sequer um ato mais gentil.

O peso desta vida sem apoio
Traduz somente o torpe e ledo joio
E vago sem sentido noite afora,

Na constelar loucura que entranhasse
A vida se mostrando em rude face
Apenas pouco a pouco nos devora.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

18/08

Já não mais caberia qualquer luta
E nada do que eu possa inda traduza
Na sorte mais audaz mesmo confusa
E nisto a solidão somente escuta,

A vida noutro tom tanto labuta
E sei da solução já sem escusa
Vagando sem saber do quando abduza
A velha sensação que não reluta.

E bebo o fim do sonho, simplesmente
Tentando noutro tom o que se sente
Vestindo a mesma farsa costumeira,

O prazo determina o fim do jogo
E tanto quanto possa em vago rogo
A vida traz o todo que não queira.

domingo, 17 de agosto de 2014

17/08

Jamais imaginasse o quanto ouvisse
A sorte numa insana indecisão
Marcando com as chuvas de verão
A sorte desenhada em tal mesmice,

O verso noutro tom já se impedisse
Dos dias que deveras moldarão
A senda na imperfeita dimensão
E nisto o quanto resta não se ouvisse.

Meu tom mais dispersivo, a voz altiva
E sei que na verdade o que nos priva
Do sonho se expressando no vazio.

O tempo sem temer qualquer engodo
Invade esta incerteza e neste todo
Apenas o que resta ora desfio.

sábado, 16 de agosto de 2014

16/08

Já não mais comportasse dentro da alma
Sequer o quanto pude no passado,
O dia noutro tom segue enfadado
E nem uma esperança traz a calma.

A vida redundando em ledo trauma
O verso aonde o tempo enfim invado
E o vento noutro tom já demonstrado
E sei que na verdade nada acalma,

O passo se perdendo em rota escusa
A dura redundância se entrecruza
Matando o quanto pude e não veria,

Somente esta semente que se espalha
Regendo a decisão deveras falha
Do sonho que vivesse em poesia.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

15/08


Não vejo e nem tivesse a menor chance
De ter em minhas mãos o que viria,
Ousando acreditar na fantasia
Ainda que meu passo em vão se lance,

O tempo se mostrara em rude alcance
A sorte noutro tom se perderia
E simplesmente escravo da agonia
O sonho no vazio não me amanse.

Apenas sortilégios e temores
E quando no final deveras fores
Tateio na procura de algum porto,

O mundo se desaba em erros tais
Marcando desde agora os funerais
Do velho coração já semimorto.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

14/08

Não caberia ao menos a quem sonha
Singrar este vazio feito em mar,
O quanto poderia em vão amar
Expressa a mesma face tão bisonha,

E tento acreditar quando se enfronha
A velha poesia a nos tocar
Gerando o quanto tente caminhar
No todo ou mesmo em tez rude e medonha.

Meu verso não traria qualquer sorte
Nem mesmo o quanto possa e me conforte
Tramando a cada passo a discordância.

O tanto que se veja a cada esquina
No fundo pouco a pouco determina
Desta esperança agora a vã distância.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

13/08


Meu tempo não teria qualquer chance
Não fosse esta vontade que nos toca,
A noite que em verdade ora provoca
Expressa o quanto em luz a vida alcance.

E sei da poesia em um nuance
Marcando o que deveras já se enfoca
Tocando num naufrágio a dura roca
E nisto em suicídio o barco avance,

A lenta caminhada sem paragem
O verso se transforma em tal bobagem
E a gente sem sentido segue ao léu,

Do tanto que pudera e não mais visse
Apenas refletindo esta mesmice
Do mundo num diverso carrossel.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

12/08

Ourives da palavra, quem procura
Viver algum momento em fantasia
Ousasse no que tanto poderia
E ao fim se aproximando da loucura,

No fato de sentir rara ternura
Ou mesmo ao adentrar a noite fria
Deveras tão atroz quanto sombria
Sabendo o quanto a vida nos tortura.

Não quero e nem pudera ser diverso,
Meu mundo ultrapassando este universo
Já não mais caberia dentro em mim,

E quando me implodindo num instante
O todo noutro espaço se garante
Deixando para trás começo e fim.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

11/08

Passando o tempo vejo a mesma face
Que um dia se escarrando no meu rosto
Trouxera o quanto sou enfim exposto
E nisto o meu caminho desenhasse.

O manto que recobre e me mostrasse
O velho coração e do desgosto
Gerara na verdade o amor deposto
No tramitar diverso de um impasse,

Grassando sobre o nada, simplesmente
A vida noutro tom já se apresente
Marcando com temível virulência

O tanto que pudera acreditar
Deixando para trás qualquer lugar
Matando em nascedouro a consciência.

domingo, 10 de agosto de 2014

10/08


Acreditar na vida de tal forma
Que nada mais coubesse dentro em nós
Sabendo da esperança um rude algoz
Que a cada novo passo nos deforma,

O mundo sem sentido algum transforma
E gera esta figura mais atroz,
Marcando com terror o quanto após
O tempo moldaria o que me informa.

Reparo cada farsa e vejo bem
O quanto na verdade mal contém
O sonho em liberdade, mesmo quando

Meu verso noutro tom já se esvaindo
E o quanto imaginara bem mais lindo
Num ermo caminhar se transformando.

sábado, 9 de agosto de 2014

09/08

Não mais se aproximasse do meu passo
O velho delirar em poesia,
E o quanto na verdade se recria
Traduz o sonho enquanto além eu traço.

O mundo se moldando noutro escasso
Momento aonde o todo se faria
Vencendo a mais completa hipocrisia
E nisto se presume o vão cansaço.

Num ato que pudesse num instante
Gerar outro momento onde atuante
A vida fascinante nos trouxesse

Além da sorte rara em ser feliz
O quanto a vida molde em cicatriz
Gerando na verdade a rara messe.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

08/08


Rastreio os tantos rastros que deixaste
Ousando até sentir o teu perfume
E quando para além minha alma rume
Encontra nos teus braços a minha haste.

E sei que contra o vento caminhaste,
Gerando tão somente o mesmo ardume
Que possa nos trazer imenso lume
Gerando com a noite este contraste.

E quando me tocaste mansamente
O dia que viera não mais mente
E traça a previdente caminhada,

Depois de tanto tempo em solidão
Os olhos adentrando o coração
Regendo com ternura cada estrada.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

07/08

Espero qualquer sorte que não venha
E tento acreditar no quanto é bela
A sorte que deveras se revela
Na forma mais audaz, mesmo ferrenha.

O tempo no vazio não detenha
A senda que tampouco em paz se atrela
E sei da imensidão abrindo a vela
E nisto o mar em paz não se contenha.

O canto em alforria traz enfim
O quanto poderia haver em mim
Na trama mais audaz ou mais sincera,

Nos erros costumeiros de quem ama
Acesa com certeza a velha chama
Procura renascer em primavera.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

06/08

Não mais me caberia acreditar
Sequer nalgum instante mais gentil,
E tendo o que deveras não se viu
O tempo não serviu para mudar,

O ser que imaginasse a desvendar
Caminho mais audaz e mesmo vil,
O tanto quanto a vida se reviu
Presume o mais disperso imaginar.

Entranho nos vazios deste sonho
E quando na verdade enfim componho
O mundo que imagino e não se vê

A vida se moldando sem por que
O canto se perdendo sem um verso
Encanto se demonstra mais disperso.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

05/08

Quisesse acreditar e não mais pude
Tentando adivinhar o que viria
Sabendo sem vagar a poesia
Que tanto nos modula em amplitude.

De que me valeria a magnitude
De um tempo aonde viva em fantasia
O quanto se perdesse dia a dia
Marcando o que deveras nos ilude.

Jogando minhas tramas em sargaços
Os dias expressando mais escassos
Momentos onde o todo se concebe,

Entre diversas sortes entrecruzas
Na rede empapuçada por medusas
A luta se desenha em tosca sebe.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

04/08

Levado contra a fúria das procelas
Meu barco se perdera e nos rochedos
Traçando os dias rudes, meros, ledos
Deixando no final o quanto atrelas

E bebes sem sentido estas mazelas
Da vida sem saber dos meus segredos
E possa conviver com desenredos
Que aos poucos noutro tom tu me revelas.

Ousando acreditar no que não veio
E tendo em minhas mãos o mar alheio
Aos tantos navegares que sonhara.

A sorte perde o rumo e sem o leme
O quanto se teria agora teme
O fim desta ventura bela e rara.
04/08

Levado contra a fúria das procelas
Meu barco se perdera e nos rochedos
Traçando os dias rudes, meros, ledos
Deixando no final o quanto atrelas

E bebes sem sentido estas mazelas
Da vida sem saber dos meus segredos
E possa conviver com desenredos
Que aos poucos noutro tom tu me revelas.

Ousando acreditar no que não veio
E tendo em minhas mãos o mar alheio
Aos tantos navegares que sonhara.

A sorte perde o rumo e sem o leme
O quanto se teria agora teme
O fim desta ventura bela e rara.

domingo, 3 de agosto de 2014

03/08

Não mais acreditasse no que tanto
Pudesse em desafios controlar
A vida que tentasse navegar
Ou mesmo noutro tom já não garanto,

Meu verso se mostrando em desencanto
Vontade de partir e de ficar,
Sabendo não haver qualquer lugar
Sequer imaginar um novo canto.

O pranto que me envolve agora diz
Do ser quando revive a cicatriz
Deixada pela vida sem proveito,

Nos ermos de um caminho sem chegada
A luta noutro tom já desvendada
E ao fim cada tortura enfim aceito.

sábado, 2 de agosto de 2014

02/08

Não mais aproximasse algum alento
E no final a vida se perdendo
No quanto poderia ser adendo
E vejo noutro rumo, desatento,

O quanto reina em nós tal sentimento
E nele qualquer tom se molda horrendo,
Vagando sem sentido e me tecendo
Ao menos quando busco e mesmo invento.

Proventos da esperança, verso em vão
O rústico cenário desde então
Expressa a solidão de quem batalha,

No cântico feroz este silente
Caminho se moldando indiferente
Encontra o fino fio da navalha.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

01/08

Aprendo com a vida e sigo apenas
O quanto poderia ser sincero
E tanto quanto vejo e degenero
Aos poucos sem defesas, me condenas.

E bebo as ilusões diversas, plenas
Vagando sobre o quanto desespero
E tento acreditar num mundo fero
E nele tantas hordas, duras cenas.

Mas quando a poesia me entranhasse
Marcando o dia a dia sem impasse
Tomando cada ponto aonde eu pude

Viver com tanta força o dia a dia,
Somente o sol imenso tocaria
Gerando dentro da alma a plenitude.