sábado, 30 de setembro de 2017

Carrego o tempo inteiro esta bagagem
Que encanto desenhara no passado
E mesmo quando agora já me evado
O marco se desenha em nova aragem
O verso anunciando outra paisagem
E nisto cada passo é meu legado
O vento nos tocando no imenso prado
E sinto o quanto possa em tal visagem,
Verdugo da esperança o desamor
Deixando para trás a fina flor
Do sonho mais voraz, e nada resta
Senão a mesma face aonde um dia
O tanto quanto quis não se veria
Somente uma ilusão adentra a fresta.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Imagem deslumbrante trago agora
De um tempo que pudesse ser bem mais
Que meras fantasias tão banais
Enquanto a solidão já nos devora
O passo sem sentido me apavora
E sigo mesmo enquanto em temporais
A vida se desenha em desiguais
Caminhos onde o nada tanto ancora.
Resumo cada verso em atitude
E sei da solidão que desilude
Ou mesmo da sanguínea sensação
Do término de um sonho, do abandono
E quanto desta sorte agora adono
Marcando os dias mansos que virão.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Embora não te veja junto a mim.
Durante tanto tempo procurara
A sorte que deveras sei tão rara
O mundo em desafeto, o torpe fim,
A lenta caminhada diz que enfim
O todo se aproxima e se prepara
Enquanto esta emoção já se escancara
Trazendo a poesia em meu jardim,
Na flor que irradiasse tanto brilho
O sonho sem impasse que palmilho
E nisto um andarilho traz o tanto
Que possa e sendo a vida mais sutil
O canto com certeza amor ouviu
E nisto novo tempo em paz garanto.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Rondando vai ao léu e não se cansa
Do tanto que pudera em carrossel
Gerando da esperança o rude véu
E mesmo quando a sorte fora mansa
Gestando com firmeza esta fiança
Que a vida nos traduz em sonho e mel
O passo se transforma e seu papel
Apenas tentaria e não alcança
A luta sem sentido e sem promessa
A sorte noutra senda recomeça
E trama a dor que possa dentro em mim
Viver a sensação agora rude
Deixando o quanto veja e desilude
Marcando em tal temor o ledo fim.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Olhar entristecido a dor no peito
O verso sem sentido ou sem caminho
E quando no vazio ora me alinho
O todo se transforma em rude pleito
Jamais pudera crer quando me deito
Nas tramas onde o mundo mais mesquinho
Presume com terror o desalinho
Aonde este cenário foi desfeito,
Restando ao sonhador apenas isto,
O canto pelo qual decerto insisto
Vivendo a solidão e nada mais,
A sorte se derrama noutro rumo
E tanto quanto possa agora assumo
Os erros tantas vezes mais venais.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Espaços percorrendo num segundo,
O velho pensamento não transmite
Tampouco respeitando algum limite
No todo sem sentido eu me aprofundo,
E bebo a solidão, um vagabundo
Apenas noutro tom já se permite
E mesmo quando muito necessite
Procura seu espaço em ledo mundo.
Resumo de um passado inconsequente
A sorte que deveras poderia
Traçar algo maior que a alegoria
Ainda que deveras já se tente
Expressa o quanto resta dentro da alma
E toda esta emoção bem mais me acalma.

domingo, 24 de setembro de 2017

Buscando o céu mais claro em plenitude
Na dimensão suprema de um amor
Aonde se mostrara o redentor
Caminho que deveras não ilude
Sabendo deste tanto quanto pude
Viver em claridade ou no fulgor
Do passo que cerzido em teu calor
Transforma qualquer sonho em atitude.
Vestindo esta expressão que não sonega
A vida tantas vezes rude e cega
Navega entre infinitos mares quando
Vestígios do passado nos tocando
Ou mesmo sem futuro ou sem um cais
Enfrento os mais diversos temporais.

sábado, 23 de setembro de 2017

Percorro em pensamento, chego a ti
E sei do quanto possa acreditando
Num tempo mais suave e mesmo brando
Deixando no passado o que perdi,
O resto se desenha e mesmo aqui
O tanto que pudera desde quando
A vida noutro rumo desabando
Transcende ao quanto quero e não vivi.
Expresso a voz suave de quem ama
E sei da realidade feita em drama
Marcantes ironias ditam medo
E sendo de tal forma o desencanto
Versando sobre o mundo em rude manto
Na luta sempre inútil mal concedo.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Castelo de ilusões ditando o passo
Que tento acreditar e não se faz
Moldando este caminho mais audaz
E nisto se presume qualquer traço
O quanto poderia num compasso
Vencendo o pensamento mais tenaz
E sei da realidade e se desfaz
O quanto sem sentido eu me embaraço.
Resumo cada verso no passado
De quem renunciando em ermo brado
Expressa a solidão que nos afeta
A vida se mostrando em turbulência
Das tantas ilusões leda ciência
Ou mesmo uma vontade, a predileta.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Guaiaca vai vazia, busco estrelas
E sei que na verdade nada vem,
O tempo mais atroz trama o desdém
E as sortes não consigo mais retê-las
O tanto quanto queira e sem vivê-las
As noites são deveras o que têm
Sinais de um novo instante, mas ninguém
Soubesse com firmeza e paz contê-las
A noite se perdendo de tal sorte
Que nada mais pudera num instante
Aonde esta ilusão já se agigante
E nada mais decerto nos conforte
A sorte na verdade não entenda
Tal sonho desenhando em luz a prenda.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Eu sinto o minuano me tocando
E adentro nas coxilhas da esperança
Meu passo neste todo sempre avança
Buscando algum caminho bem mais brando
Tramando o que pudera em contrabando
Vestindo com ternura esta lembrança
A vida se desenha em confiança
E sigo contra todos me afastado.
Na sorte se mostrando esta incerteza
Ainda que se trame sem surpresa
O tempo não recende ao que eu queria
No encanto mais suave em verso manso
O todo que desejo agora alcanço
E deixo para trás esta agonia.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Às vezes ao olhar o teu retrato
Eu vejo a minha face refletida
Tu és toda a razão da amarga vida
E nisto outro vazio em mim constato,
Pudesse ter nas mãos sobejo fato
E sei da luta tanto presumida
Na farsa que presume a despedida
E nisto outro momento mal resgato.
Veiculo cada verso ao que pudera
Gerando falsamente a primavera
E tento acreditar no que não veio
Olhando de soslaio sigo em frente
Ainda que deveras mesmo tente
Vencer o quanto possa em tal anseio.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

No quanto eu te desejo, imensamente
O manto que recobre esta esperança
Aos poucos com certeza nos alcança
E nada nem a vida mais desmente
O tempo se mostrara mais presente
E nisto se desenha a confiança
A voz noutro cenário já se lança
E veste o que se tenta plenamente.
Resisto ao quanto pude e não viera
Tentando na verdade contra a fera
Que apenas se desenha em luta atroz,
Grassando noutro rumo desde quando
O sonho novamente deformando
Calando da alegria a mansa voz.

domingo, 17 de setembro de 2017

Talvez seja difícil conceber
O tanto que se queira noutro rumo,
E quando no vazio ora me esfumo
Percebo o tão difícil do querer.
Ousando acreditar neste poder
Que tento noutro instante e se resumo
Bebendo da esperança todo o sumo,
Tentando na verdade sempre ser
A rima sem temores, nova estima
O tanto quanto venha e nos redima
Dos ermos do passado sem ninguém
O verso se traduz em plena dor
Matando o quanto fora redentor
E agora na verdade nada vem.

sábado, 16 de setembro de 2017

O quanto que eu te quero e nada vês
Senão a mesma face do passado
Aonde o tempo fora derrotado
Na mais diversa e rude insensatez
O tempo quando muito se desfez
Gerando o que pudera noutro brado
E desta sensação enquanto evado
O todo perde a rara lucidez.
Mergulho nos anseios de um caminho
Que fora na verdade onde me alinho
Ousando acreditar em novo tempo,
A vida se traduz enquanto encampo
A luz quando se expressa em raro campo
Matando o quanto houvera em contratempo.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

E a dor deste vazio inda se vendo
Enquanto no passado houvera o brilho
Do sonho que deveras tento e trilho
Deixando para trás um mundo horrendo
E sei do quanto possa e já desvendo
O todo que anuncia e ora palmilho
Vagando sobre o quanto em empecilho
Traduza o meu caminho qual remendo.
Espero pelo menos outro instante
E a vida na certeza se garante
Gestando o quanto quero e mais procuro,
Presumo a soberana fantasia
E nisto o meu amor se moldaria
Deixando para trás o tempo escuro.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Beleza aonde a vida não se traga
Moldando novamente novo passo,
Vivendo tão somente o que ora traço
Gerando esta verdade feita adaga
Viceja esta esperança em cada plaga
E vejo o quanto possa e não desfaço
Meu mundo se prevendo em raro espaço
Enquanto o coração aquém divaga,
Diversa sensação traduz o efeito
Do tanto quanto queira e mesmo aceito
Vestindo a imensidão de cada verso
Resumo no que tanto poderia
A sorte sem saber de rebeldia
E nos teus braços sigo agora imerso.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tristeza não permite mais que eu veja
Além da solidão a dor que emana
A voz quando se mostra mais insana
E nisto se anuncia a vã peleja,
O tempo na verdade sempre seja
O todo que decerto em voz humana
Gerasse esta palavra soberana
Enquanto esta esperança ora dardeja
Já nada mais tivesse além do quanto
Pudera noutro tanto e já garanto
Vestígios de um anseio que se trame
Deixando para trás o quanto é rude
O mundo que deveras desilude
Ousando no vazio qual ditame.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Tomando toda casa, a sala, o quarto
A luz que irradiaste num momento
Traduz o que em verdade sempre tento
E deixo para trás o que descarto,
O amor que se mostrara como um parto
Trazendo para nós o manso alento
Vivendo o que decerto ora fomento
Transcende ao quanto queira e já comparto.
Negando meus engodos do passado
O verso noutro tom elaborado
Eras diversas mostram desenganos,
Os dias são deveras mais insanos
Na ausência de quem possa tanto amar
Buscando na incerteza este lugar.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O amor que nos transforma e nos embala
Gerando este momento mais sutil
O tempo na verdade se sentiu
Ousado tendo a sorte qual vassala
Bebendo toda a luz em rara gala
O quanto poderia ser gentil
Transita no caminho onde se ouviu
A voz em harmonia, nova escala.
Tramita no horizonte a bela lua
A deusa que imagino agora nua
Expressa esta emoção e sei tão minha,
A luta sem sentido deixo além
E trago esta esperança que contém
O tanto quanto a paz em nós se aninha.

domingo, 10 de setembro de 2017

Não deixe que se perca num segundo
A vida que sonhamos, toda nossa
E sei do quanto a sorte já se apossa
Do manto que moldara amor profundo
Resumo cada verso onde me inundo
Da imensidão vencendo a velha troça
A sorte tão diversa da que possa
Trazer o coração atroz e imundo,
Resumo em novos tempos, todo o sonho
Que possa e na verdade recomponho
Meu tempo em claridade, mais liberto,
Destarte sem temor ou mesmo tédio
No nosso amor encontro este remédio
E para a minha vida ora desperta.

sábado, 9 de setembro de 2017

Que viva intensamente esta ternura
Da sorte sem temor, rara beleza
A vida se mostrando na incerteza
Diversa da que tanto me tortura
Ainda que pudesse em amargura
Ousar na solidão, não sou tal presa
E sei do quanto possa a correnteza
Tramando novo instante com brandura,
Ocasionando em mim tal alegria
Que o tempo noutro instante me traria
Ousadamente vejo o quanto espero
Do amor que na verdade nos domina
Na senda mais suave e cristalina
Aonde o mundo fora, outrora, austero.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Amor que não permita a derrocada
Dos sonhos mais felizes que eu pudesse
Vivendo com certeza esta benesse
Deixando para trás o mesmo nada,
A luta noutra sorte anunciada
Vereda que em verdades entorpece
Gerando o quanto a vida me oferece
Regendo com ternura a velha estrada.
Depois do que se nega vejo em frente
O tanto quanto pude e mais contente
Jamais imaginasse outro momento,
Embora seja amargo, vez em quando,
O tanto de esperança me tomando
Trazendo o quanto busco e mesmo invento.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Além do corriqueiro, muito espero
Do vento que nos toca e seja manso
O verso quando muito sempre alcanço
O mundo que pudera mesmo fero
Gestando dentro da alma o quanto quero
E vejo nos teus braços o remanso
Que tanto poderia e não canso
De ser além do todo o que venero.
Marcantes ilusões dominam tudo,
E sei que na verdade nada mudo
Ou mesmo a juventude que se fora
Numa alma sem sentido ou sensatez
O tanto noutro engodo se desfez
Buscando uma palavra redentora.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O quanto eu te desejo e já propus
Vagando pelas noites solitárias
Ainda que se vejam necessárias
Tentando no infinito a calma luz,
Agora se em verdade nos conduz
As horas entre tantas procelárias
As raras ilusões são luminárias
Distantes do cenário que eu compus.
Vivendo por viver e nada além
Do todo que deveras me convém
Anunciando o sonho onde mergulho,
Ocasiões diversas, riso farto
E cada novo enredo que comparto
Trazendo tanto amor quanto me orgulho.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Não temo mais sequer os vendavais,
Nem mesmo o que pudesse maltratar
Quem tanto desejara o farto amar
E nisto a sensação em tais cristais,
E sei da solidão e seus punhais
A morte muitas vezes a rondar
O todo que pudera desenhar
Cerzindo esta esperança e muito mais,
Vestígios de outra sorte, lentamente
A vida noutro fato se apresente
Rondando cada instante mais sutil,
Meu verso se anuncia desta forma
E bebo a solidão que nos deforma
Matando o que esperança não previu.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Sabendo ser possível nosso sonho
De amor que se desenha num anseio
Eu sinto quando o todo quando veio
Traduz a imensidão que te proponho,
A face deste encanto tão risonho,
O mundo aonde em paz a luz rodeio
Qual fossa uma falena em devaneio,
Meu verso ao teu dispor, amada eu ponho.
E beijo lentamente o teu retrato
Assim de certa forma eu te resgato
E vibro na emoção de ser só teu,
Embora tão distante dos teus braços
Os vértices são ermos tão escassos,
Em sonhos atingira este apogeu.

domingo, 3 de setembro de 2017

Aguarda a flor mais bela e perfumada
Ousando acreditar no que viria
Tramando desde já tal fantasia
E nisto vejo a sorte desenhada
Após cada momento, ou mesmo nada
A lenta procissão do dia a dia
No amor que traz apenas a harmonia
A sorte tantas vezes desejada.
Repare cada encanto e se perceba
O tanto quanto a vida nos conceba
Trazendo a plenitude pertinaz
Vasculho cada canto e te procuro
Sabendo do caminho atroz e escuro
Que tento ora deixar já para trás.

sábado, 2 de setembro de 2017

02/09

Que tanto se dedica e desta forma
O todo se aproxima da verdade
Ousando acreditar enquanto brade
A vida quando tanto nos informa
Do mundo que deveras já transforma
E traça a verdadeira liberdade
Deixando para trás a ansiedade
Promete tão somente esta reforma,
E vejo novamente o quanto possa
Tramar esta esperança toda nossa
E vivo doravante cada instante
Que a sorte desenhasse em tom sublime
O tanto quanto busco não suprime
O amor que se mostrara e se garante.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Bordados co’os etéreos fios doirados
Do arrebol das tardes langorosas,
Daquelas que desmaiam preguiçosas,
Em meio a tantos raios purpurados..

Co’os fios de sonho, sempre assim bordados,
E co’o perfume, que provém das rosas,
Vamos tecendo estes versos, glosas,
Estes sonetos, sempre entrelaçados.

Cantar outonos, lindas primaveras,
O céu d’agosto, gris e mui discreto
A vida e a morte, sua travessia.

E versejar os sonhos, mil quimeras,
Entretecer os fios com muito afeto,
Urdir, tecer a rede de poesia.

Edir Pina de Barros


Ousar ter o poder de criação
Usando da palavra qual buril,
Gerar o que deveras não se viu
Ou ter no olhar diversa dimensão.

Viceja noutro ritmo esta explosão
Que possa ser fatal, rude ou gentil,
Porquanto destas teias emergiu
O que tantos; por certo, não verão.

E donos do que somos ou criamos
Podemos – capatazes, servos, amos...
Viver a eternidade em um segundo,

Alucinadamente entorpecidos
Tentando na ilusão, novos tecidos,
Pousando nossa nave em novo mundo.