quinta-feira, 30 de junho de 2022

Esqueça qualquer fato que pudesse
Trazer ao nosso sonho apenas mágoa
O tempo noutro tanto já deságua
E o corte a cada engano me apetece,
O rústico cenário aonde tece
A vida sem sentido; chama e frágua
Nos ermos de meu canto dentro d’água
Dos olhos de quem ama e não te esquece
Já nada pôde na verdade
O canto aonde a sorte já degrade
O manto sem sentido em traça e medo
E quanto no final nada restando
Apenas o que outrora fora brando
Destarte no vazio em vão procedo.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Fechando a velha porta aonde um dia
O tempo no final já não quisera
Traçar dentro de nós além da espera
E nisto o meu caminho fecharia,
Espero a consonância em poesia
E o medo dita em nós além da fera
O quanto se tentara e não pudera
Marcando a minha morte em ironia,
Esqueço cada passo rumo ao farto
E neste desenhar tanto descarto
O rumo sem sentido e sem final,
Ainda que pudesse acreditar
Na vida sem desejo e sem lutar
Moldando a cada instante o vendaval.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Blindando cada passo com a sorte
Deveras mais disforme e sem certeza
A vida se pensara em tal surpresa
E nada mais deveras me conforte,
O mundo se aproxima em novo norte
E sinto após o bote esta leveza
Enquanto se pudesse sobre a mesa
Apenas o que negue algum aporte.
Maravilhosamente a vida traz
O canto mais suave e mesmo audaz,
Gestando a solidão dentro do peito,
E o vago caminhar em noite escusa
Deveras no final já se entrecruza
Matando o quanto quero e mesmo aceito.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

O mundo se rebela a cada passo
E gera outro cenário aonde pude
Vencer o meu momento bem mais rude
E nisto se desenha o meu cansaço
Ainda que pudesse e me embaraço
Pousando no vazio enquanto ilude
O canto mais audaz em plenitude
Marcando o meu cenário e me desfaço
Acolhes cada parte do que fora
Apenas tão somente a sonhadora
Verdade em luta incauta ou mesmo atroz,
Do todo se apresenta esta amargura
Enquanto qualquer sonho se procura
Matando o que restara dentro em nós.

domingo, 26 de junho de 2022

Escaldas com teus nãos o meu caminho
E matas ilusões em noites vagas
E quando desenhara em mim tais plagas
Presumo o meu final, sempre sozinho.
O mundo se transforma e neste espinho
As sortes, desatinos onde alagas
Os medos e as mortalhas; não me tragas
Deixando para trás o que adivinho.
Escondo meus momentos e mergulho
No ocaso em solidão; nada vasculho
E vejo imerecido caos no fim,
A vida desenhada em pedregulho
Inutilmente guardo em turvo orgulho
O quanto ainda resta dentro em mim.

sábado, 25 de junho de 2022

Não veja mais a foto do passado
Guardada nas gavetas da esperança
E quando a solidão enfim me alcança
O canto se desdenha em ledo brado,
Apenas o meu rumo enquanto invado
Da morte a mais sincera confiança
E nada do que pude agora avança
E o manto já puído e degradado.
Levasse para além cada momento
E nisto sem certeza desalento
Meu verso sem sentido e sem proveito,
Ainda quantas vezes; imagino
As duras fantasias, meu destino
Aonde sem sentido algum me deito.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Esqueço cada verso e nada trago
Senão a mesma face em dor e tédio,
O mundo se desenha em torpe assédio
E o canto se desdenha mesmo vago,
Ainda que pudesse neste afago
Ousar o que tentara em tal remédio
E o tempo derrubara cada prédio
Matando este momento outrora mago,
E nada do que eu quis se realiza
A velha tempestade agora é brisa
E o canto se demonstra sem sentido.
Amar e ser feliz? Lenda somente
Aonde o meu caminho ainda tente
Marcando o quanto pude e agora olvido.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Jamais eu poderia imaginar
O amor que tantas vezes soneguei
Ousando na verdade ter por lei
A luta sem sequer já descansar,
Invisto cada passo e no tentar
Apenas no vazio mergulhar
Gerando o mesmo infausto em velha grei
O corte se transforma onde sonhei
E nada mais se mostra a desnudar
Segredos de uma vida em desatino,
O passo que julgasse cristalino
O manto se desenha em traça e mofo,
O amor que poderia, sem estofo
Apresentando enfim o tempo em dor
Aonde mais quisera; redentor...

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Não tento qualquer passo aonde um dia
Pudesse adivinhar a sensação
Audaz e neste rumo, a negação
Deveras no final nada traria
Somente a mesma voz turva e sombria
Desdenha no final qualquer canção
E mata as noites fartas que virão
Moldando esta esperança mais vazia,
Esqueço qualquer rumo aonde há tanto
O medo na verdade inda garanto
Gerando a minha face em tom atroz,
Depois de certo tempo desprovido
Do quanto se pensara e agora olvido
Calando desde sempre a minha voz.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Negando qualquer passo aonde eu possa
Singrar outro caminho dentro da alma,
A vida na verdade não acalma
E gera a cada engano nova fossa,
Esbarro nos pedaços da ilusão
E sinto enfim o corte em desespero
O quanto se pudesse em tal tempero
Tramando do vazio a solidão,
Escapo dos enganos mais vorazes
E tento melhor sorte dia a dia,
E nisto desenhando a fantasia
Que agora sem sentido algum me trazes,
Esqueço o quanto pude e não tentara
Gerando dentro da alma nova escara.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Gritando em tom diverso a luta sem sentido,
O caos se aproximando da verdade
E o tempo não resguarda e quando invade
Transforma este cenário onde me olvido,
E quantas vezes tento e não duvido
Matando o quanto houvera em liberdade,
Gestando no final sem claridade
Um mundo totalmente desprovido.
Audaciosamente eu vejo o fim
E tento o quanto pude em teu jardim
Marcando dentro da alma uma esperança
Diversa da que um dia quis e sei
Do todo desenhando em velha grei
O passo aonde o rumo em vão se lança.

domingo, 19 de junho de 2022

Acrescentando um pouco ao quanto pude
Mostrando cada engano aonde o nada
Expressa a minha sorte desenhada
No canto mesmo atroz, feroz e rude,
Reverso do que fora juventude
A morte no passado anunciada
A sorte tantas vezes degredada
E o corte não se cala e tanto ilude.
Mergulho no vazio e sei do quanto
A luta se aproxima em desencanto
Mordazes emoções e nada vindo
Sequer o que pudesse em harmonia
Matando o quanto mesmo se queria
O olhar sem mais proveito em gesto infindo.

sábado, 18 de junho de 2022

Repare cada estrela e veja bem
A cena refletindo sem proveito
O quanto na verdade quero, aceito
Ditando o que deveras me convém,
Esqueço qualquer fato em vão desdém
E sei do meu caminho em ledo pleito
Navego sem destino e me deleito
No engano mais temido e a noite vem,
Expresso em ilusões o quanto pude
Matando o quanto resta em medo em atitude
Moldando cada passo num futuro sem destino
E sei do manto rústico em detalhe
E quando a minha vida se retalhe
Decerto em incertezas eu me alucino.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Restauro os meus momentos pós a queda
E sigo sem promessa ou mesmo luz
A sorte na verdade reproduz
O quanto poderia e o tempo veda,
Assaz imensa lua se envereda
E toma no final o quando pus
Meu sonho num delírio ou mesmo em pus
Restando a noite amarga e isto me seda.
Menina que pudesse me trazer
Além desta agonia e desprazer
Apenas esperança e nada mais,
Irônicos cenários desenhados
E nestes caminhares, velhos fados
Expressam ilusões, mesmo fatais.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Já não pudesse adivinhar
O quanto desta vida me remete
Ao todo que pudesse e pinta o sete
Marcando com ternura este lugar,
O mundo se desenha em voz solar
E nisto cada engano me arremete
E manda outro cenário e se repete
A sorte que buscara sem cansar,
Esqueço qualquer senha e luz enquanto
Deixando em sobressalto algum espanto
Do quanto pude outrora e nada vira
O templo mais audaz, felicidade
Aos poucos noutro tanto ora degrade
E gere tão somente esta mentira.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Negando o meu momento sem sentido
E nada vaga em tom suave
Aonde cada passo já se agrave
Marcando o quanto houvera resumido
O mundo noutro tanto resolvido
Levando para sempre liberta esta ave
Gerada pelo quanto a sorte não se trave
O tempo no final agora olvido,
E bebo esta aguardente louca, amor
Jazigo da esperança, redentor
Um temporal imenso, um caos geral
A luta sem descanso, dia a dia
E a noite se transforma em poesia
Mudando cada passo em vão degrau.

terça-feira, 14 de junho de 2022

Ouvindo a voz do vento conclamando
À luta sem descanso, uma esperança
Apenas no vazio ora se lança
E o tanto quanto quis já sonegando,
Meu mundo que pudera ser mais brando
A sorte se desenha e nada alcança
Sequer o que trouxesse uma mudança
No canto mais audaz e sei nefando.
Escassas noites dizem do abandono
E o tanto quanto posso e não abono
Noticiando a queda em passo errático,
O manto desnudando a minha pele
E o vago caminhar tanto compele
Marcando cada engano em tom enfático.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Já não pudera além da própria vida
Ausência de porvir ou mesmo fé
E o tempo se desdenha e por quem é
A sorte se anuncia em despedida,
Ousando o que pudesse traça a lida
E marca com terror o quanto até
Tentando imaginar desde o sopé
A velha cordilheira presumida.
Fortuna feita em dores e revezes
Aonde cada passo tu reveses
E vejas no final apenas isso
Um manto sem sentido e sem proveito
E nisto com ternura e satisfeito
Embora saiba o tempo movediço.

domingo, 12 de junho de 2022

Não pude e nem tentara acreditar
Nos ermos mais atrozes, vozes, medo
E quando à solidão eu me concedo
Marcando o meu caminho num vagar
Diverso do que pude imaginar
Outrora sem sentido algum procedo
E quando no vazio eu enveredo
Deixando para trás qualquer luar.
O vento se desenha em tal formato
E nisto apenas morte ora constato
E gera o meu momento mais mordaz
O canto sem destino em rumo turvo
Aos erros do passado enfim me curvo
E o mundo no final já nada traz.

sábado, 11 de junho de 2022

Travando com a sorte a leda luta
E nada mais pudesse senão isto
E quantas vezes tento ou mais desisto
E sei da solidão, triste permuta,
A parte que nos cabe mais astuta
O medo se anuncia e assim persisto
Ousando na verdade até despisto,
Mas a alma sem juízo não reluta.
Esqueço minhas dores do passado
E quando outro momento em vão invado
Espreitas entre rumos mais diversos
Esgueiro-me no infausto desta cena
E o corte mais profundo me condena
Marcando com firmeza últimos versos.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

O prazo terminando e a vida segue
Sem nada que inda apóie esta esperança
O mundo no vazio ora se lança
E o quanto se desenha sempre negue,
O passo sem sentido não consegue
Vencer este cenário aonde avança
A morte sem segredo em aliança
Com toda a solidão que amor renegue,
Espalho a minha voz aos sete mares
E sei que se em verdade tu notares
O tempo não valida uma ilusão,
Apenas sendo assim o que presume
A morte anunciando o fim, o cume
Dos dias que meus olhos não verão.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Medusas invadindo cada praia
E o tempo se desdenha em vaga cena,
A vida com certeza me condena
E o todo se transforma e já se esvaia,
Esqueço o que pudesse nada traia
A voz de quem se busca mais amena,
E o tanto quanto pude não me acena
Sequer quando esperança além desmaia,
A luta mostra o fio da navalha
E o canto sem sentido em vão se espalha
Marcando esta diversa realidade.
O prazo determina o fim do sonho
E quanto mais deveras eu me oponho
O tempo no final tudo degrade.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

No caos onde se gera a tempestade
Momento sem proveito e sem sentido,
Ainda que pudesse e sempre olvido
O mundo noutra face já degrade,
Marcando o quanto pude em soledade
O verso num retrato mais puído
O corte tantas vezes desmedido
E a luta sem saber meu nada invade.
E o vândalo cenário se aproxima
Mudando com terror o manso clima
E nisto este lamento é mais constante.
O quanto se pudera noutro rumo
Traçando do final o supra-sumo
Matando o quanto fora num instante.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Lamento cada engano de um passado
Sem nexo sem caminho em desengano
E quantas vezes sigo em tom profano
Marcando o meu delírio quando evado.
O sonho se anuncia em novo fado
Presumo o meu caminho desumano
E a cada novo canto já me dano
Morrendo mais um pouco, e tão cansado.
Esqueço dos meus dias onde pude
Traçar outro cenário duro e rude
Num antro mais feroz, sem poesia.
Apresentando os erros corriqueiros
Ainda se buscassem doces cheiros
No inferno onde meu sonho habitaria.

36

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Havia qualquer coisa de diverso
No passo sem sentido ou direção
Os ermos que transformam; negação
O medo se desenha a cada verso,
E o peso transgredindo este universo
Explode sem sentido e só virão
Os erros costumeiros, mundo em vão
No traduzir da sorte em ledo verso.
O manto da esperança mal recobre
E nada se apresenta em luz mais nobre
Sequer o que pudesse ter em mim
Além desta discórdia contumaz
O cântico em louvor já não se faz
Matando o que restara em dor, enfim...

domingo, 5 de junho de 2022

Enfáticas verdades não condizem
Com toda a imprecisão de quem se ostenta
Vencendo a cada dia a vã tormenta
E nela tantos erros contradizem,
Ainda que decerto não se visem
Momentos sem igual, a luta tenta
Vestindo a face escusa e mais sangrenta
Na qual os desenganos sempre bisem.
Espero algum momento e nada vindo
Somente o que pudera ser infindo
Qual fosse cicatriz numa alma espúria,
E sei desta vontade sem proveito,
Na solidão infausta onde me deito
Deixando demarcada esta penúria.

sábado, 4 de junho de 2022

Sementes de momentos onde o canto
Expressa a virulência de quem tenta
Seguir a velha sorte mais sedenta
E o mundo se desdenha e não garanto
Sequer o que pudesse sem espanto
Nem mesmo outro cenário a vida inventa
E o tanto quanto quero e já me atenta
Mergulha no mais rude desencanto.
Esboço reações e nada vejo
Senão cada momento onde o desejo
Impera sobre toda esta razão,
Acrescentando ao quanto pude crer
A morte a cada novo amanhecer
Ditando no final a negação.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Ouvindo este chorinho me recordo
Do tempo mais feliz de minha vida
Aonde a própria história já duvida
Do quanto na verdade em paz acordo,
E sinto a solidão que agora a bordo
Do tolo caminhar onde se agrida
Cenário desta sorte desvalida
E nisto o meu delírio em dor abordo.
Esqueço por instantes do que sou
Errático cenário se moldou
Nos passos sem destino, em triste fado,
E quando este chorinho em flauta e sonho
Traduz o meu lamento mais medonho,
Aos poucos da existência em vão me evado.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Levando dentro da alma a poesia
Que tantas vezes traça e mesmo apóia
Gestando no naufrágio rara bóia
Aonde o meu caminho aportaria,
Vestindo esta diversa alegoria
O canto se aproxima e quando a jóia
Traduz o que pudesse em paranóia
Sonega no final a fantasia.
Hedônico caminho sem sentido
O passo enquanto o rumo dilapido
Esgota cada engodo por si só,
Dos ermos mais atrozes da esperança
A vida no final já não alcança
Sequer o quanto pôde em vago pó.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Unindo o quanto pude e desejara
Ao nada que onde se apega esta esperança
A vida na verdade diz mudança
E trama a noite amarga, dura e amara,
O passo a cada instante se escancara
E traz o quanto pode em vã mudança
A morte se desenha em tal pujança
Esparramando o vago em tal seara.
Não pude ou deveria mesmo assim
Ousar neste cenário já sem fim
E crer nos meus momentos mais agudos,
Os dias são deveras tão sutis
E os erros onde o nada contradiz
Expressa os meus tormentos: sonhos mudos.