segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31/12

Julgado pelos erros contumazes
Apenas restaria alguma luz
A quem ao carregar a imensa cruz
Expressa a solidão em tantas fases.

E mesmo que deveras logo atrases
No bojo deste engodo se produz
A farta sensação e faço jus
Aos dias que deveras não mais trazes.

Escárnio tão somente e nada além,
O medo na verdade não convém,
Porém o que me resta não seria

Diverso do que possa em tal verdade
E o fato traduzindo a ansiedade
Explode num momento de agonia.

domingo, 30 de dezembro de 2012

30/12

No prazo que esta vida determina
O manto se rasgando, sou remendo
E tanto quanto possa não desvendo
Nem mesmo a falsa senda cristalina.

Um verso se anuncia e desatina
Matando com tal sonho o mundo horrendo
Que possa presumir e não se vendo
Sequer o quanto tente e me fascina,

A luta se estendendo para além
O tempo quando enreda e não mais vem
Expressaria o fim quando retenho

Os olhos no que possa em raro empenho,
Traçando cada passo rumo ao fim,
Morrendo sempre um pouco dentro em mim.

sábado, 29 de dezembro de 2012

29/12

Quisera pelo menos em minha vida
O tanto que se perde num instante
E a sorte quanto mais se faz constante
Deveras noutro engano não me agrida,

Apenas alimento a vã ferida
E tento novo rumo deslumbrante,
Porém nada no fim volve e garante
Ou mesmo traz a senda concebida.

Negar cada momento e crer no fato
Que tanto quanto possa não resgato
E marco com as minhas digitais,

Decerto inda adivinho o que viria
Marcando com terror esta agonia
Em dias na verdade sempre iguais.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

28/12

Na farsa desenhada em cada engano
O manto se traduz em falsidade
E sei do quanto vivo ansiedade
E tanto sem destino não me ufano.

E sinto o teu silêncio e se me dano
O vento toma toda a liberdade
E gera no final diversidade
Traçando este cenário tão profano.

Inebriadamente o que me resta
Não traz sequer o quanto houvera em festa
Ou mesmo numa sórdida expressão.

Meu canto sem saber do que destina
A vida noutra face doma a sina
E trama o desafeto sempre em vão.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

27/12

Negando cada passo rumo ao farto
Encontro o meu retrato em vaga senda
E sei do quanto possa e já desvenda
O todo que deveras não comparto,

Sabendo tão doloso e rude o parto
A vida se traduz numa contenda
Tramando a mesma face agora horrenda
E nisto o meu anseio em dor reparto.

Cravejo de ilusões o peito e tento
Vencer o mais temido sofrimento
Grassando por espaços mais diversos.

Na queda prenuncio o fim de tudo
E sei que na verdade se me iludo
Enfrento os dias turvos com meus versos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

26/12

Não quero acreditar em cada fase
Da vida como fosse uma constância
A luta se desenha a cada estância
E mesmo quando o tempo sempre atrase.

Não quero esta certeza como base
Tampouco a mesma sorte em arrogância
Vencido caminheiro em discrepância
Traçando o que pudera e não defase,

O vento traz teu nome, mas não voltas
As horas representam tais revoltas
E nada do que tento conseguira,

Meu sonho sem segredo morre ao léu
E sigo sendo atroz, mesmo cruel
Enquanto a solidão não se retira.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

25/12

Jamais ao ter nas mãos qualquer verdade
Pudesse ser diverso e tanto quanto
O mundo se mostrara em desencanto
Enquanto a fantasia se degrade.

Não possa mais viver tranquilidade
Tampouco alguma luz; jamais garanto
Sabendo do que pulsa bebo o pranto
E tento resgatar esta igualdade.

Meu verso se perdendo desde quando
A vida noutro fato se moldando
Expressaria o fim e nada mais

Os olhos procurando alguma luz
O verso sem sentido reproduz
O quanto desejara em tons venais.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

24/12

Pousando nos meus velhos sentimentos
Apresentando apenas tais promessas
Sabendo quando agora recomeças
Expressas os diversos desalentos.

Os dias são deveras desatentos
E quando no vazio tu tropeças
As horas disseminam velhas peças
E as sortes se perdendo em toscos ventos,

A morte não seria o quanto eu quis
Nem mesmo se pudesse por um triz
Viver a plenitude que me aguarda,

Quem tem esta ilusão qual fora farda
E segue a mais complexa dimensão
Encontra o seu caminho amargo e em vão.

domingo, 23 de dezembro de 2012

23/12

Ocasionando a queda de quem tenta
Vencer outro caminho em espinhosa
Vertente sonegando valsa e rosa
Tramando a solidão tão virulenta.

O prazo determina e não se aguenta
Sequer o que pudera em caprichosa
Versão gerando o fim que a majestosa
Expressa a mesma face dolorosa.

E prazerosamente posso ver
O quanto não trouxera amanhecer
A quem se fez ausente em noite escusa.

Meu passo impertinente não permite
O tanto que alegria delimite
E sei desta expressão que em dor abusa.

sábado, 22 de dezembro de 2012

22/12

Acrescentando ao sonho um novo enfoque
Que possa traduzir clara esperança
Enquanto a minha vida ao fim se lança
O mundo novo encanto já provoque.

O preço a se pagar não mais desloque
O quanto se tentara e não avança
A própria desventura em tal fiança
Levando a sensação que em vão reboque.

Marcando com ternura o dia a dia
A luta não pudesse e nem viria
Ousadamente crer no quanto é rude

Cenário sem que veja mais distinto
O tanto quanto possa e não desminto
Soando como a vida desilude.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21/12

Nos erros costumeiros de quem sonha,
A vida se repete e vejo apenas
As sortes quando muito me condenas
Traçando o meu cenário em tal vergonha.

Sem nada que deveras já me oponha,
As tantas ilusões são velhas cenas
E sei das fantasias mais amenas
Enquanto a minha vida não componha

Sequer o quanto quis e não viera
Bradando contra a fúria da insincera
Vertente que desaba noutra farsa.

Presumo meus anseios mais diversos
E tento acreditar em tolos versos,
Mas sei desta emoção bem mais esparsa.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

20/12

Transcende ao que pudesse noutro engano
O peso de uma vida não traduz
O quanto deveria em farta luz
Gerando o que decerto em dor me dano.

O caos se desenhando e ser profano
Expressaria além do que propus
Vertiginosamente salto em contraluz
E nisto redundando em velho plano:

Sentir em minha face; a fúria em vento
Enquanto na verdade o ser atento
Dispersa o quanto vejo dentro da alma,

A luta se percebe e sei que o nada
Expressa a dor deveras deflagrada
Aonde nem o tempo em paz me acalma.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

19/12

Acolho meus enganos e procuro
Traçar em tons diversos barco e vela
Ousando nas tinturas da aquarela
Enquanto no passado fora escuro.

O mundo tantas vezes tão obscuro
E o preço a se pagar tanto revela
O vento noutro rumo e desta cela
O prazo trama o solo amargo e duro.

Jocosamente andaste sem destino,
E vendo este desdém eu me alucino
E vago pelas noites inconstantes.

O quadro se repete e novamente
O tanto que se quer não represente
Sequer o que deveras não garantes.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

18/12

Não mais acreditando no que um dia
Servisse como parte deste enredo,
Ao menos quando além eu me concedo
A vida na verdade não veria,

Bebendo gole a gole a fantasia
O tempo traduzisse tanto medo,
E o passo em desencanto desde cedo
Expressa a mais dorida sintonia.

Apresentando apenas o vazio,
Meu canto noutro tanto eu desafio
E bebo sem sentido e sem certeza

O quanto poderia e não tivesse
Tentando acrescentar ao sonho a prece
Marcando a solidão já sem surpresa.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

17/12

Não mais se acreditasse na vitória
Depois de tantos erros no caminho
E sei que poderia estar sozinho,
Vencendo a mais diversa e rude história.

A vida traz nesta alma a dor da escória
Que tenta acreditar, mas tão mesquinho
O mundo se anuncia e se me alinho
A luta se desenha merencória.

Não quero acreditar no quanto visse
Tampouco desvendando esta tolice
Que amor ao proclamar nos trouxe em vão.

E desta mais sutil realidade
O quanto da esperança se degrade
Causando no final ebulição.

domingo, 16 de dezembro de 2012

16/12

Jamais conceberia nova senda
Aonde esta seara se inundasse
Do quanto poderia e tanto grasse
Além do que tentara e não desvenda,

A luta se anuncia e sei da horrenda
Vontade que talvez em vago enlace
Mostrando o quanto possa e já se trace
Na sorte mais atroz, que em dor se estenda.

Vestígios de uma vida sem sentido,
O tempo noutro fato resumido
Agora acorda apenas a ilusão

E vivo em consonância cada passo,
Tentando caminhar, mas sei escasso
Os dias que decerto inda virão.

sábado, 15 de dezembro de 2012

15/12

Reparo cada engano e vejo bem
A sorte que pudera ser amiga,
O quanto na verdade desabriga
Expressa o quanto quero e nunca vem,

O mundo se anuncia e sem ninguém
A própria fantasia desobriga
Quem tanto poderia em rude intriga
Vencer esta ironia e crer também.

O medo não presume algum infausto,
A sorte não precisa do holocausto
Nem mesmo do que possa ser diverso,

O manto consagrado e constelar
Agora solidário a se moldar
Brilhando mais que todo este universo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

14/12

Num prazo a se propor a vida trama
O tanto que depois não me acrescente
Sequer o quanto pude e num repente
A luta se esvaindo em medo e lama,

Apenas a saudade não reclama
O vento que soubera impertinente
E sinto quando a vida enfim se ausente
Deixando para trás a leda fama.

O método traduz o que se queira
Vencendo a mesma sorte corriqueira
Trazendo nos meus olhos o passado,

O vértice dos sonhos já prevendo
A queda num anseio mesmo horrendo
E nisto noutro instante enfim me evado.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

13/12

Infausta madrugada nega o sol
Que possa traduzir renovação,
Cerzindo a mesma velha imprecisão
Tomando já de assalto este arrebol,

O coração servindo de farol
Tramando a mais diversa sensação
E nisto novos dias moldarão
Meu canto na verdade sempre em prol,

O preço a se pagar não mais presume
Sequer o quanto possa em ledo lume
Vestígios de uma vida que se tenta

Prever qualquer razão e me oriente
No fato que se faz mais plenamente
Vencendo a solidão tão virulenta.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

12/12

Negar a solidão e crer no fato
Gerado pelas vagas ilusões
E quando na verdade decompões
O todo que jamais quero e resgato.

Mergulho tão somente e não constato
Sequer a minha vida em tais versões
Marcando com terror novos verões
Quebrando a cada engodo um novo prato,

E sei da vaga sombra que se traz
Num ato tão atroz quanto voraz
Jazendo noutro canto, sem saída.

A luta se aproxima do final
E bebo a mesma sorte desigual,
Ainda quando a vida nos agrida.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

11/12

Nas tantas emoções que a vida trama
A ventania assola quem persiste
Vencendo o coração deveras triste
Tentando acreditar no que se exclama,

A sórdida presença se reclama
E gera a solidão que inda resiste
E o velho desvendar em vão consiste
No que fora deveras clara chama.

O prazo determina o fim de tudo
E quando no final tanto me iludo
Vagando sem sentido, sem ser prático

O mundo que pudesse ser além
Expressa tão somente o que não tem
Num sofrimento além mesmo didático.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

10/12

Num ermo sem sentido e previsão
As tramas entrelaçam cada engano
E sei do que pudesse em desumano
Caminho traduzir desunião,

Apenas novos dias moldarão
O velho desejar do qual me ufano
E sei que na verdade o ledo plano
Exprime a mais complexa solidão.

Percorro cada parte desta estrada
Tramando o que viesse não se evada
Matando esta emoção de ser feliz.

O verso sendo sempre tão incauto,
Negando o que pudesse ser tão lauto
Somente o meu anseio contradiz.

domingo, 9 de dezembro de 2012

09/12

Não creio que o futuro nos trará
A sorte quando a busco em tom audaz
O tempo na verdade se desfaz
E sei do quanto possa desde já.

O verso que jamais traduzirá
O todo quanto quis e não se traz
Deixando a sensação do ser mordaz
Matando o que decerto mudará.

O preço a se pagar não mais compensa
E a sorte que pudera ser imensa
Somente semeasse este infinito

E tanto quanto tente acreditar
Tomando mansamente o seu lugar
Expressa muito mais que necessito.

sábado, 8 de dezembro de 2012

08/12

Das trevas emergindo o sonho rude
Expressa o que tentara noutra face
E sei do quanto a vida me embarace
E mostre no final esta amplitude,

Irmano meu caminho em magnitude
Diversa da que possa e demonstrasse
Ousando acreditar no que tocasse
A sorte sem saber do quanto a mude.

Restauro os meus anseios e prossigo
Vencendo em manso afeto algum perigo
Pousando nos insanos desafetos,

O mundo se anuncia em turbilhão
E desta noite vaga se verão
Os erros tantas vezes prediletos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

07/12

Negar a própria sorte e ver após
A senda aonde um dia quis a paz,
A vida noutro instante se desfaz
E deixa já calada a minha voz.

Enfrento a insensatez dos tantos pós
E bebo o descaminho mais voraz,
Apesar se saber o quanto audaz
Jamais enfrentaria firmes mós.

A rude face molda outro cenário
E sei do meu momento solitário
Erguendo o velho sonho no vazio,

E quanto mais pudesse acreditar
A luta não presume o navegar
E mata em nascedouro o frágil rio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

06/12

Não sou quem tanto quis a liberdade
Pousando na esperança mais distante
A vida noutro engodo não garante
Sequer o quanto possa e mesmo agrade.

O verso que entranhou tranquilidade
Expressa esta emoção rude e constante
O medo na verdade se agigante
Negando com firmeza a claridade.

Meus dias que entremeio com audácia
Redundam neste ocaso em vã falácia
Trazendo o quanto vivo na incerteza

Da vida sem saber do quanto é belo
O sonho que deveras não revelo,
Sabendo ser apenas mera presa.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

05/12

No entanto nada trago senão isto,
E vivo por viver cada segundo
Enquanto no vazio eu me aprofundo
Deveras já cansado não desisto,

Sabendo do que possa quando insisto
O velho coração de um vagabundo
Ousando mesmo sendo e estando imundo
A fera num instante ora despisto.

Acordo e nada trago do passado,
Somente o que devera já degrado
Marcada consistência em solidão.

Os dias no futuro? Imprecisão.
O tanto se desfaz e neste pouco
Retrato o meu anseio feito um louco.
05/12

No entanto nada trago senão isto,
E vivo por viver cada segundo
Enquanto no vazio eu me aprofundo
Deveras já cansado não desisto,

Sabendo do que possa quando insisto
O velho coração de um vagabundo
Ousando mesmo sendo e estando imundo
A fera num instante ora despisto.

Acordo e nada trago do passado,
Somente o que devera já degrado
Marcada consistência em solidão.

Os dias no futuro? Imprecisão.
O tanto se desfaz e neste pouco
Retrato o meu anseio feito um louco.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

04/12

Negar a minha própria desventura
E crer no que talvez nunca eu vivesse
O mundo na verdade me esquecesse
Enquanto esta lembrança me tortura.

O risco de viver tanto amargura
E nada do possa merecesse
A vida que deveras não tecesse
Encantos tantos quanto se assegura.

O manto consagrado em vã discórdia
A luta nesta tétrica mixórdia
O vento se espalhando além do sonho,

E quando na verdade outra vertente
A vida simplesmente me apresente
O fim das ilusões; quero e proponho.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

03/12

Pressinto o fim de tudo e não pudesse
Traçar novo caminho enquanto é rude
A velha sensação de plenitude
Que nada neste mundo agora tece.

A sorte se vendendo em vã quermesse
O mundo quando tanto desilude
Ainda quanta ver enfim transmude
Deixando para trás o que merece.

Quisera ter somente algum instante
Aonde o meu caminho se garante
Marcantes emoções em tom atroz.

Desato na verdade velhos nós
E sinto o mesmo rumo sem proveito
E tanto quanto possa a morte, aceito.

domingo, 2 de dezembro de 2012

02/12

Não pude acreditar, mas bem tentei
Ousar em pensamentos ir além
Do quanto em realidade sempre vem
Marcando com terror a velha grei.

O manto que de fato consternei
O canto noutro encanto diz desdém
E sei do quanto vague sem ninguém
Fazendo da esperança mais que lei.

Ocasionando a queda sem igual,
O tempo bem pudesse racional
Embora na verdade se consuma,

De tantas expressões que tanto busco
O mundo se mostrando bem mais brusco,
Não deixa que se escute mais nenhuma.

sábado, 1 de dezembro de 2012

01/12

Já não mais caberia melhor sorte
A quem se fez aquém do quanto possa
E a vida rege apenas velha troça
E marca o que deveras desconforte.

O prazo se expressando não suporte
O manto que decerto ora se apossa
Da luta quando a sorte fosse nossa
Ou mesmo a fantasia já nos corte.

Bebendo cada gole em frágil sonho,
Apenas apresento o que componho
Num ato tão cruel quanto ferrenho,

E sendo de tal forma o descaminho,
Meu mundo se tramasse mais mesquinho
E na verdade nada mais contenho.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

30/11

Repare cada flor e veja bem
A morta primavera renascendo?
Ou mesmo do passado algum adendo
Gerando a fantasia que o contém.

A sorte se transforma e sei que alguém
No todo novamente se revendo
Presume o que viria sem remendo
E marca esta alegria e me convém,

Não quero mais o medo encarcerado
No peito tantas vezes desolado,
Jogado pelos ermos do caminho.

Não tendo qualquer fato que enobreça
A vida noutra face segue avessa
Ao quanto poderia ser daninho.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

29/11

Um gole de champanha, o verso flui
E o medo não recende ao que vivi,
E sei desta esperança em frenesi
A mesma sintonia não dilui,

O prazo em consonância diz que fui
Apenas o que tanto enfim previ,
E vivo tão somente o amor em ti,
E o ciclo desta vida se conclui.

Não quero melhor sorte, sou tão teu,
E quando ao atingir tal apogeu
O mundo se exalasse em plenitude

Meu canto se perdendo noutro rumo,
Somente o quanto possa enfim resumo
Sonhando muito além do que mais pude.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

28/11

Nas tramas que entrelaças quando teces
Os dias entre enganos no infeliz
Cenário que esperança contradiz,
Matando as soluções em rudes preces,

E sei das heresias e tropeces
Na farsa desenhada em tom mais gris
O mundo restaurando a cicatriz
Revivo o quanto possa e não esqueces.

Perfumes exalados, jasmineiros
E sei dos meus anseios derradeiros
Tentando acreditar e não sabendo

O quanto se vencesse me trouxera
A sensação diversa, mas sincera,
Enquanto sigo apenas tal remendo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

27/11

Eclodem tais crisálidas e morro,
A vida se evadindo a cada instante
O tanto que pudera não garante
Sequer o meu anseio em vão socorro.

Acordo e me percebo sem guarida
Vagando em heresias tão tenazes
E sei que pouco a pouco tu desfazes
Do quanto restaria em minha vida,

Não tento acreditar, mas mesmo insisto
Vergando sob o peso da ilusão,
E nada se transforma em dimensão
E toda esta esperança existe nisto.

Acolho velhos trapos da memória
E a vida se transforma; merencória.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

26/11

Ousasse acreditar no que talvez
Pudesse divisar com esperança
No fundo tanto peso já me cansa,
E o manto desfiando se desfez.

E sei que na verdade o que ora vês
Transforma qualquer medo em temperança
O passo sem sentido algum avança
Gerando a mais completa insensatez.

Matrizes destes sonhos são diversas
E sei quando em momentos vãos dispersas
As tramas que pudessem nos salvar.

Após a tempestade, este arredio
E velho coração tanto sombrio
Procura qualquer raio de um luar.

domingo, 25 de novembro de 2012

25/11

Desenhas na verdade este ultimato
E sei que no final nada viria,
Sequer o quanto possa em fantasia
E nisto o meu anseio mal constato.

Buscando esta agonia ora retrato
A sorte como fosse uma utopia,
Vestígios de uma vida mais sombria
Tentando com certeza algum recato.

Reformulando a sorte noutro tom,
A luta se desenha e mesmo bom,
O mundo não traria o ser feliz.

Resulto deste farto delirar
E tento novamente caminhar,
Porém realidade contradiz.

sábado, 24 de novembro de 2012

24/11

Arcando com meus erros, desenganos
Tentando acreditar no que não vinha,
A senda que pensara ser só minha
Expressa na verdade velhos danos.

E sei dos meus anseios desumanos
Tramando a mesma sorte até daninha
E vejo quando a vida se avizinha
Dos termos mais diversos, velhos planos.

Repare cada cena e veja apenas
Enquanto na verdade me envenenas
Traçando com rudeza o tom feroz

De quem se poderia ser diverso
E trago no meu peito este universo,
Fazendo da esperança a minha voz.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

23/11

Ressabiado busco algum aporte
E nada se permite a quem sonhasse,
A vida respirando o velho impasse
O todo noutro engodo me transporte.

E navegando além do que suporte
O marco desejado em falsa face
O canto noutro tom não embalasse
Quem tanto necessita e desconforte.

Atormentadamente se acredita
No lapidar exímio da pepita
Aurífera esperança testemunho,

E tento descrevendo em próprio punho
O muito que pudera e não consiga
Rompendo desde agora a antiga viga.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

22/11

Não queira disfarçar o que não veio
E saiba do passado aonde um dia
A vida se moldara em heresia
E o tempo se mostrara sem receio.

O pranto traz apenas devaneio
E tanto quanto possa me inebria
Galgando a noite vaga e mais sombria,
Deixando para trás o que rodeio.

Não tento acreditar, embora viva
A luta que deveras sendo altiva
Expressa a solidão do ser poeta.

Minha arma com palavras, frases, ditos
Os olhos entre rumos tão malditos
Meu mundo no vazio se completa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

21/11

Esvai a cada instante esta esperança
E nada se pudera ver a mais
Os dias entre tantos, desiguais
A farsa traz nos olhos rude lança

E sei do que decerto nos alcança
E mata quando rude tu te esvais,
Pousando noutro rumos, vendavais
Provocam tão somente esta mudança.

Não quero e nem pudera ser disperso
Meu mundo bem menor que este universo
Traçando a solidão de quem cultua

Na nebulosidade que me toma,
A senda se presume aquém da soma
E nega tão somente a bela lua.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20/11

Indultos que trouxeste a quem deseja
Viver a liberdade em pleno amor,
Apenas traduziram dissabor
E sei do quanto a vida diz peleja.

O manto quando a sorte além verdeja,
O corte sem promessa e sem rancor
Matando na semente cada flor,
Sorriso de ironia ora dardeja.

Não tento acreditar no encanto ultriz
E sei que embora tenha o mais quis
Meu mundo ora desaba e nada vem.

Somente o que restara de uma sorte
Diversa da que tanto me conforte
Gerada tão somente por desdém.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

19/11

Ausente dos meus olhos a verdade
O senso mais complexo não traria
Sequer o quanto possa em utopia
E o todo pouco a pouco se degrade.

Vestígios de uma vida, realidade
Que nem a solidão redimiria
Versando sobre a velha fantasia
Mergulho no vazio; e a luz se evade.

Nos sonhos de quem tenta acreditar
Marcando cada sonho a divagar
Gerando a tempestade aonde um dia

Pudesse acreditar em plena paz
E a sorte na verdade se desfaz
E nada mais deveras se veria.

domingo, 18 de novembro de 2012

18/11

Jamais imaginasse qualquer fato
Que possa nos trazer alguma luz,
E sei do quanto a vida reproduz
Somente o que deveras não resgato.

E quando me entranhando não constato
Senão cada momento que propus
Vestígios de uma sorte em contraluz
E o verso noutro tanto em vão retrato.

O mar que se fizera em tom lacustre
Olhando para trás o que nos lustre
Expressa esta vontade de viver.

Porém já sonegando qualquer passo,
Ainda que pudesse eu me desfaço
Envolto neste imenso entorpecer.

sábado, 17 de novembro de 2012

17/11

Encontraria apenas tal momento
Enquanto se presume a farsa feita
Na luta sem saber do que se aceita
Na vida em mais completo desalento.

E quando em ironia o tempo eu tento
Vencido caminheiro se deleita
Tentando acreditar no que ora espreita
Num ato mesmo audaz, em sofrimento.

Repare cada estrela e o diadema
Formado pelos sonhos, nada tema
E siga sem saber o que viria.

O amor se recendendo ao que não traga
A peste se espalhando em rude plaga,
Matando pouco a pouco a fantasia.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Aonde pude ver velhas promessas
E nelas mesmo crer, embora seja
A vida tantas vezes tal peleja
Que a cada novo instante recomeças.

E sei das mesmas farsas velhas peças
Ousando acreditar no que não veja
Tentando adivinhar; nada preveja
Senão as tramas rudes onde impeças.

Os cantos em diversas sintonias
As horas mais dispersas e arredias
O tempo não traria melhor sorte.

Resulto deste parco sonho em vão
E sei da mais complexa sensação
Que até minha esperança agora aborte.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

15/11

O medo na verdade, um vencedor
Explode sem sentido e sem razão
Marcando deste sonho em dimensão
Diversa; o que pudera ser amor.

Não tendo na verdade este pudor
Eu bebo simplesmente o mesmo não
E sei dos dias turvos que virão
Gerando a cada ocaso um novo horror.

As brumas invadindo cada cena
Da luta que deveras me envenena
E forja este vazio sem sentido.

Meu canto em desencanto traduzisse
O quanto se apresenta em tal mesmice
Num tempo sem juízo resumido.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

14/11

Ao atingir deveras quem tentasse
Vencer as mais diversas ironias
O todo que no fim tu me trarias
Expressa tão somente a rude face.

O tanto que pudesse e não calasse
No peito em rudes sonhos, alegrias
Cerzindo com temíveis heresias
Gerando tão somente novo impasse.

O verso mais sutil que inda se tente
A vida por si só, impertinente
E o mundo em decadência eu vejo após

Meus erros tão comuns e recorrentes
Ainda quando um sonho ora apresentes
Silente coração já não tem voz.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

13/11

Quantas vezes, vivendo este fracasso
Trazido pela angústia de quem ama
Tramasse renascer após o drama,
Mas sei que na verdade eu me desfaço.

E sigo lentamente em cada traço
A velha sensação que já se aclama
Na rústica emoção em mangue e lama,
Deixando para trás qualquer cansaço.

E simplesmente bebo esta aguardente
Que a vida me trouxera impertinente
Gerando o fim do ciclo em ilusões.

Agora quando o fato tu me expões
Encontro em discordância a realidade
E todo o meu anseio se degrade.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

12/11

Já não acreditasse no que um dia
Pudesse mesmo até trazer a sorte
E sei do que em verdade mal comporte
O todo quanto quis e não teria.

A marca mais ferina se veria
No sonho que esperança não suporte
E cada sensação de amor se aborte
Gerando a mesma face mais sombria.

A noite traduzindo o quanto tento
Seguindo meu caminho desatento
Vencido pelas frágeis ilusões.

Os ermos de minha alma se aprofundam
E tantas sensações agora inundam
O todo que deveras tu me expões.

domingo, 11 de novembro de 2012

11/11

Na parte que me cabe deste todo,
Enfrento os temporais e sei do fato
Aonde o quanto pude mal constato
Gerando sem saber de algum denodo,

Apenas aprofundo o velho engodo
E o tempo noutro engano ora retrato
Matando em nascedouro algum regato
Adentro a charqueada e singro o lodo.

Atento ao mais diverso sol que um dia
Trouxesse todo o bem em sincronia,
Porém a solidão tanto vagueia

Marcando com as garras mais profundas
Os sonhos que deveras quando inundas
Traduzes esta vida em torpe teia.

sábado, 10 de novembro de 2012

10/11

Bastasse ao sonhador algum alento,
E nada dos sentidos se percebe
Ainda quando adentro a velha sebe
Encontro com mais fúria imenso vento.

E quantas vezes mesmo eu busco e tento
Ousando acreditar no que concebe
A vida que em tormentas já se embebe
Matando cada passo, desatento.

A farsa se anuncia e neste tanto
Expressaria apenas desencanto
Ou mesmo a solidão que nos degrade,

Quem dera noutro instante mais feliz,
Acreditar no quanto a vida quis
E ter sob meus olhos, liberdade.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

09/11

O medo dissemina tão somente
O quanto acreditei noutro caminho,
E sei do dia a dia mais daninho
Matando desde já qualquer semente.

A vida na verdade não desmente
E bebe a solidão do ledo espinho,
E nisto o quanto possa em desalinho
Expressa o que deveras mal se sente.

O preço a se pagar já não condiz
E sendo tão somente este infeliz
Farsante morto em luta sem descanso,

A morte se traçando a cada gesto,
Apenas o que tenho e que detesto,
Recende ao quanto em vida atroz alcanço.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

08/11

Amiga, por favor, não mais recorde
Os tempos que jamais verás após
A queda ao envolver em laços, nós
O tanto que moldara neste acorde.

A solidão adentra e já concorde
Com toda esta ironia, em tom atroz,
Repare cada farsa e siga à foz
Dos sonhos onde tudo em dor se aborde.

Desfaço cada tempo no vazio
E sei do quanto possa e desafio
Na sórdida expressão mais solitária.

Amargamente trago em minhas mãos
Os dias que bem sei seriam vãos
Na dura imprevisão, rude e precária.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

07/11

Não mais acreditasse num futuro,
Apenas cada infarto representa
A força desta senda virulenta
E nada mais deveras configuro.

O porto que julgasse mais seguro
Não resistindo; entregue à vil tormenta
Somente a solidão já me apascente
E tramo o quanto possa e me aventuro.

Vagando entre os recônditos diversos
Perpetuando enfim os tantos versos
Que a vida não traria noutro tom,

O canto sem saber da liberdade
Aos poucos noutro rumo se degrade
Negando o quanto quis suave e bom.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

06/11

Durante muito tempo acreditara
Na sorte que pudesse me sanar
Dos erros tão comuns e noutro mar
Trazer esta emoção sobeja e clara,

Não pude e nem a sorte se escancara
A farsa noutro tom rudimentar
Errático caminho a desvendar
A torpe sensação que desampara.

Mergulho no que pude e sinto apenas
O tanto quanto entoas e condenas
Matando o meu momento em tom mais rude,

Cadenciando o passo, não percebo
O tanto que se pense e a dor; recebo
Tentando ser além do quanto pude.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

05/11

Esgoto em face espúria eu sigo aquém
Do tanto que deveras quis um dia,
Vestígios desta farsa que traria
A morte que decerto inda a detém.

O quanto me restara, sei tão bem
E o preço se traduz em agonia,
A sorte na verdade moldaria
O mesmo delirar quando convém.

Ao ver-me simples verme perambulo
Nas tramas desta teia que teceste
Entulho simplesmente eu dissimulo

E sei do quanto o mundo trouxe neste
Momento em tão diversa face, a lama
Que o peito simplesmente em dor exclama.

domingo, 4 de novembro de 2012

04/11

Infecta realidade em podridão
A carne decomposta, uma alma breve
Ainda quando o sonho além se atreve
Explode sem sentido e sem razão.

Herética vertente dita o vão
E nisto o meu canteiro agora ceve
Rondando cada noite o frio em neve
Semente que serei no árido chão.

Carcaça simplesmente e nada mais,
Voltando ao mesmo pó etéreo cais.
Navego pelas ânsias de quem tente

A amarga fantasia que traduz
Essencialmente o quanto quis em luz
E a vida renegasse amargamente.

sábado, 3 de novembro de 2012

03/11

Infante coração procura além
Do quanto ainda resta em meu quintal
Quarando esta esperança num varal
Sabendo que deveras nada vem,

Somente o pesadelo e com desdém
O risco se desenha em ritual
O corpo desta deusa, sensual,
Porém ao despertar não há ninguém.

Nesta opressão diversa e mesmo atroz
Já não se escutaria a nossa voz
E o preço a se pagar gerasse o fim,

Dos elementos todos quero apenas
O quanto na verdade me serenas,
Mas vejo o quanto possa além festim.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

02/11

Nos tantos dissabores que sentira
Sem ter sequer um tempo aonde possa
Traçar o que deveras dita a troça
E nisto reviver cada mentira.

O passo noutro tanto se interfira
Ainda quando a luta fosse nossa
A morte na verdade já se apossa
Do peso que o tormento traz em mira.

Amanso o coração mesmo volátil,
A sensação que fora do contrátil
Anseio feito em rústica vertente.

Meu canto que pudera ser homérico
Agora noutro tom estratosférico
Somente este final em dor pressente.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

1

No espaço vagamente vejo a face
Da lua que desnuda em esperança
Trazendo em cada fase esta fiança
Moldando o quanto a vida sempre trace.

Ousando acreditar e sem impasse
Mergulho no sentido em confiança
Tramando tão somente na lembrança
O quanto se tentara em desenlace.

Vestígios de uma luta que, incessante
Apenas desdenhara o quanto espante
No rústico momento em agonia.

Agora ao ver a dama em noite, nua,
Minha alma com certeza além flutua
E cerzi do passado um raro dia.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

31/10

Ainda que se pense noutro affaire
A vida não traria nova sorte
E sem talvez o que comporte
Não vejo mais o quanto amor me quer.

Há tempos desfolhara o malmequer
E nada do que venha me conforte,
Vagando sem sentido traço o corte
Deixando para trás o que vier.

Apresentando apenas solidão
Invento as emoções e nada mais.
Meus olhos com certeza não terão

O quanto se queria em saciedade
Os dias tantas vezes tão banais
Expressam o que resta em vã saudade.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

30/10

Quisera ser diverso do que sou,
Porém realidade não se cala
E vivo tão somente na senzala
Que o próprio descaminho preparou.

A vida se eclodindo em rock and roll
E o tempo na verdade me avassala
O tanto que pudera nada fala
Ditando este cenário que restou.

Deixando para trás os meus anseios,
Morena já não mostra os belos seios
E o verso se perdendo sem sentido.

As cãs dominam todo o meu caminho
E sei que prosseguindo assim sozinho,
Do quanto fora um dia, agora olvido.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

29/10

Sou eu quem tanto busca a plenitude
De um dia mais suave ou mesmo em paz.
O tanto que esperança ora desfaz
Produz e na verdade tanto ilude.

Sementes espalhando em solo rude,
O vento mais feroz e contumaz,
A sorte se deixando para trás
E nisto nada mais ora transmude.

Esbarro nos meus erros, mas prossigo
E tento conservar aqui comigo
Os restos do que fora um grande amor.

As rotas discordantes traçam erros
E sei dos meus anseios e desterros
Gerados num engano em dissabor.

domingo, 28 de outubro de 2012

28/10

Nas águas mais profundas do Pacífico
Mergulho em abissais e não te vejo,
Ainda quanto possa neste ensejo
Viver o sonho audaz e tão magnífico

E quanto mais o tempo eu mortifico
Vagando sem sentido vida afora,
A senda sem proveito me devora
E o fim do meu caminho ora edifico.

Compenso cada engano na esperança
Do dia que viria e tão somente
Trazendo o quanto a vida tanto tente
E neste descaminho ora se lança.

O quanto me restasse já condena
Na busca tão atroz desta sirena...

sábado, 27 de outubro de 2012

27/10

Sorrisos entre chagas? Não consigo,
A cada novo dia a mesma escara
Que tanto nos engana e se escancara
Traçando tão somente o desabrigo.

Afetos são diversos e prossigo
Tentando enaltecer a sorte rara,
Mas sei que a fantasia o tempo apara
E gera tão somente o desabrigo.

O mundo não traria melhor sorte
A quem se perderia e não comporte
O todo que se faz velha saudade.

Revejo a delicada face enquanto
Meu verso na verdade não garanto
Somente a mais sutil mediocridade.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10

Havendo qualquer tom que possa além
Do manto consagrado da esperança,
Meu canto no vazio ora se lança
E sei que na verdade nada tem.

O prazo determina com desdém
A frágil ilusão em vil pujança
E quanto mais a vida não se alcança
O tempo noutro engodo se detém.

Vestindo a mesma rústica emoção
Sentindo os dias turvos que virão
Matando pouco a pouco o quanto reste.

Nas brumas deste céu, o anoitecer
Que tanto poderia perceber
Expressa dos temores frio teste.

TOLICES

TOLICES

Alérgico aos deslizes da paixão
Efervescências tolas, não as quero
Ferrenho lutador jogado ao chão,
Com amargas palavras me tempero.

O fogo que inda chama; uma abrasão,
Jamais viria inteiro sendo mero,
Milagres vão ditando a direção
Levando ao vão futuro tosco e fero.

Abraço cada sombra que deixaste,
Encarno mil espectros de um passado
Aonde persistindo num contraste

Trouxemos ao cenário este torpe ato.
E quando fui um tolo apaixonado,
Cuspiste estejas certa neste prato...

MARCOS LOURES

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ESPERANÇA FINAL

ESPERANÇA FINAL

Enquanto a vida amarga me abandona
Tecendo o ato final da incrível farsa,
Minha alma que vagara tão esparsa
Volvendo num segundo chega à tona

E enquanto a poesia; minha dona,
Os panos da verdade; o tempo esgarça
Aonde quis pureza e graça, garça;
O medo toma a cena e a paz ressona.

Angustiadamente vejo o fim;
A morte me rondando, até que enfim.
Percebo que já não prosseguirei

Quem tanto se mirou na fantasia,
Agora no final inda recria
Castelos e imagina dama e rei...

ML

PONTO FINAL

PONTO FINAL


Minha alma se prepara pro jazigo,
Eterno companheiro de meus ossos,
Os erros se amontoam, vão comigo,
Pecados, todos meus, são também nossos.

Amortalhando o corpo que se vai,
As lágrimas fingidas de quem fica,
O pouco do que fui, assim se esvai,
Na morte a vida flui e se edifica

Remotas as lembranças, vida em vão,
Olhando de soslaio, vejo o fim,
Quisera ser semente, e deste grão
Brotasse nova vida, pois assim

Eternizando o mote/ vida e morte,
Seria bem diverso, o frágil Norte...


MARCOS LOURES

QUEM DERA SE EU PUDESSE

QUEM DERA SE EU PUDESSE

Quem dera se eu pudesse... Eu não faria.
A gente finge ser mais do que pode,
O mundo sendo grande porcaria,
Depois dá confusão, tremendo bode...

Tentei por algum tempo, a poesia,
Porém quem já não pode nem sacode,
Que vá cantar numa outra freguesia,
Não tenho nem talento que me açode.

Recordo a serenata, pobre ouvido,
Que toda a vizinhança reclamou,
Do amor que ela diz ter jamais duvido,

É necessário ter muita coragem,
Para enfrentar o que ela já encarou;
Se ainda duvida, leia esta bobagem...

MARCOS LOURES

FIM DE LINHA

FIM DE LINHA

Tentado tantas vezes por Satã,
Às vezes resistindo, outras nem tanto,
Jamais pensei ser casto, puro ou santo,
Mas sei que qualquer luta nunca é vã.

Olhando o pouco tempo, no amanhã
No rosto se estampando o desencanto,
Eu não merecerei sequer teu pranto,
Opaco e sem sentidos meu afã.

Prefiro a solidão de uma montanha,
As luzes no horizonte me inebriam,
Fantasmas e delírios, sonhos criam,

A sorte de viver; sei que é tamanha,
Mas rasgo o coração e assim exposto,
Aos poucos, pela vida decomposto...

MARCOS LOURES
25/10

Ainda que pudesse ter no olhar
A força transparente de quem busca
Vencer a tempesta sempre brusca
E noutro instante um calmo clarear.

O peito em desatino se perdendo,
O verso sem sentido e o tempo rude,
Fortuna que deveras nos ilude
E o quanto se apresenta em tom horrendo

Meu mundo não se mostra em plena luz
Ausento-me do sonho e nada vejo,
Somente o que vestisse num ensejo
Levado pelo engodo que seduz.

E como fosse assim a simples caça,
O meu final em erros, vida traça.

NESTAS EMOÇÕES

 NESTAS EMOÇÕES

Viajo
nestas emoções,
pra te sentir
perto de mim ...
(ivi)

Sentir perto de mim quem tanto quero
Na ausência da saudade, vaga imensa,
O verso traduzindo a recompensa
Que a cada novo tempo mais espero,

Nos braços deste encanto me tempero
E bebo a poesia frágil, densa,
Na vida que queria menos tensa,
O amor vai me tornando menos fero.

Sagacidade é feita dos carinhos
Que trazes retornando aos nossos ninhos
Vizinhos da esperança, nobre dama.

Assim serei feliz sempre contigo,
O amor que desejei, amante e amigo,
É tudo que minha alma em paz reclama...

MARCOS LOURES

DEUS

DEUS

Carbônica estrutura em harmonia
A vida se refaz da própria morte,
E traz por solução um novo aporte
Que é sempre renovada a cada dia.

A tosca humanidade concebia
O acaso como fonte, rumo e norte,
Sem perceber eterno cada corte
Que a nossa consciência desafia.

Seria por acaso esta existência?
Tolice e prepotência tão somente,
É necessário ter a consciência

Ciência do improvável puro acaso.
O refazer se faz numa semente,
Gerada e geratriz dentro de um prazo...

MARCOS LOURES

DORMÊNCIA



DORMÊNCIA


É esse amortecer que é tão sentido
e evoca um fim pra cada dor que é fato
o arauto, o sinal claro: estou perdido!
E eis que percebo a falta até do tato...

Aninho em mim mesmo o que era tido
aquém do ouvir sereno e assaz recato
e não escuto o som há muito ouvido!
É certo que na boca o antes regato

achou de ficar seco e eu vi-me junto
ao ponto cego do existir oculto
e o cheiro já nem sinto, é dissipado,

é fato consumado, é fim de assunto;
agora me procuro e nem qual vulto
eu encontro a mim mesmo, estou velado.

Ronaldo Rhusso

Nos ermos de meu ser busco encontrar
Em meio a meus escombros a verdade,
Percorro descaminhos, realidade,
E nada está de fato em seu lugar...

Na sôfrega batalha para achar
Algum sinal com tal sinceridade
Afastando afinal a obscuridade
Aonde eu possa enfim me desnudar,

Percebo neste espelho que me trazes,
Os olhos embaçados, mas audazes
Da fera envelhecida e já sem dentes.

Mas que inda crê na força de outras eras,
No inverno vou buscando primaveras,
Velando a minha imagem entrementes...

Marcos Loures

A distorção é fato consumado
e o beijo da mortífera, conforta
a minha sede por uma outra porta
a qual me leve calmo pr'outro lado

em companhia alegre do esperado
aluvião ao qual meu ser comporta
e em me delir, sereno, então reporta
o ser que fui há tempos, e olvidado,

ao que compôe o resto em mim contido
a fim de dar vazão à vil dormência
e me apagar aos poucos co'a anuência

herdada um dia pelo que hei vivido
em troca dessa vã maledicência
em forma estranha e triste da existência...


Ronaldo Rhusso



Perceba quantas vezes vou errante
Escravo dos meus medos, meus anseios,
E faço de ilusões, doridos meios
Na busca mais freqüente, até constante.

A morte, sobretudo me garante,
Antiga sabedora destes veios,
Que jamais valeriam tais receios,
O mundo segue sempre para adiante.

Portanto, distorções são usuais,
Motivos pra viver; os quero mais,
Já que depois de tudo, findará

O tempo se esgotando tão depressa,
Será que nova etapa recomeça
Após o meu final? Responda já!

Marcos Loures


Essa louca dormência nos sentidos
vem, dispara a dúvida pertinente!
Vem tornando o viver mui mais plangente...
Pensamentos comuns são invadidos

e me lembram das dores de outros idos
que tornaram-me a vida diferente...
Hei me dado ao sofrer e é permanente
lamentar e ter medos combatidos.

Mas a vida é irmã da Dona morte
uma pára e outra leva, toca em frente!
De repente entendi que continua

e atua esperando o Rei que é forte
é suporte pro ente, felizmente,
e virá reluzente mais que a lua!

Ronaldo Rhusso

A Morte nos desnuda por inteiro
Inevitável ponto de partida,
Quem sabe, de chegada, companheiro,
Haverá decerto nova vida?

Só sei que sempre mostra a dolorida
Face do viver, que é tão ligeiro,
Porém como uma meta a ser cumprida,
Momento da existência, o derradeiro.

Aprendo a cada novo amanhecer
A crer que esta alegria de viver,
É tudo o que desejo e que me resta,

As dores ensinando, dia a dia,
Maturidade sempre propicia,
Ensinando a encarar a hora funesta...

Marcos Loures


Santa hora da morte eu já rejeito
adornando a doença que corrói
com a força latente que em meu peito
ganha pulso e a tristeza, então, destrói.

A dormência me segue e não tem jeito
hei de um dia aquecer corpo que mói
ao poeta e não tem sequer respeito,
pois castelos bonitos, eis, constrói!

Nova vida é um fato que o espelho
me fez ver nos milagres contundentes;
é que eu tenho meu próprio Mar Vermelho

e navego em mim mesmo, entrementes
não sou desses que pode dar conselho
eu sou puro milagre em meio a entes.

Ronaldo Rhusso


O quanto em desafios traz a vida,
Misteriosamente faz milagres,
Porquanto tanto amor; deveras sagres,
Encontras com louvor uma saída.

A sorte do viver jamais se olvida,
Mesmo quando há acidez, velhos vinagres
No amor que a cada dia mais consagres
Adiarás decerto as despedidas...

Poeta tendo uma alma imorredoura,
Em plena tempestade, ele se doura,
Erguendo o seu olhar, vê sempre além.

A morte leve o corpo, deixa a fama,
Mantendo na palavra a imensa chama,
Que eterna, vez em quando sempre vem...

Marcos Loures


Eu acredito que essa é a nova vida:
Permanecer em cada verso lindo!
Eternizar-se em obras, nessa lida,
aproveitando o Dom, pois que é infindo!

Posteridade tem quem solta a brida
anunciando a dor, porém sorrindo
enquanto o Mal não ache uma acolhida;
enquanto o amor entenda que é bem vindo!

O corpo morre e fica em vil dormência;
os Cromossomos juntam-se à terra;
memória não tem mais, nem recompensa...

Um dia alguém que sofre de demência
descobre textos... Pronto! A morte encerra!
Outro imortal renasce... Mas compensa?

Ronaldo Rhusso

Talvez seja melhor ficar calado,
O tempo remedia, mas não cura,
Se o pensamento voa, sendo alado,
Algum belo remanso ele procura,

Da luta, eu te garanto, estou cansado,
Porém nossa batalha inda perdura,
Viver a poesia, amargo Fado,
Às vezes com espinhos, a ternura...

Morrer e depois disso ser alguém?
Um velho paradoxo se repete,
Melhor seria ter outro caminho,

Mas quando a tarde cai e a noite vem,
O dedo no teclado pinta o sete,
E volta sem pensar ao mesmo ninho..

- DORMÊNCIA...
Dormência...

É esse amortecer que é tão sentido
e evoca um fim pra cada dor que é fato
o arauto, o sinal claro: estou perdido!
E eis que percebo a falta até do tato...

Aninho em mim mesmo o que era tido
aquém do ouvir sereno e assaz recato
e não escuto o som há muito ouvido!
É certo que na boca o antes regato

achou de ficar seco e eu vi-me junto
ao ponto cego do existir oculto
e o cheiro já nem sinto, é dissipado,

é fato consumado, é fim de assunto;
agora me procuro e nem qual vulto
encontro a mim mesmo, estou velado.

Ronaldo Rhusso

Nos ermos de meu ser busco encontrar
Em meio a meus escombros a verdade,
Percorro descaminhos, realidade,
E nada está de fato em seu lugar...

Na sôfrega batalha para achar
Algum sinal com tal sinceridade
Afastando afinal a obscuridade
Aonde eu possa enfim me desnudar,

Percebo neste espelho que me trazes,
Os olhos embaçados, mas audazes
Da fera envelhecida e já sem dentes.

Mas que inda crê na força de outras eras,
No inverno vou buscando primaveras,
Velando a minha imagem entrementes...

Marcos Loures

A distorção é fato consumado
e o beijo da mortífera, conforta
a minha sede por uma outra porta
a qual me leve calmo pr'outro lado

em companhia alegre do esperado
aluvião ao qual meu ser comporta
e em me delir, sereno, então reporta
o ser que fui há tempos, e olvidado,

ao que compôe o resto em mim contido
a fim de dar vazão à vil dormência
e me apagar aos poucos co'a anuência

herdada um dia pelo que hei vivido
em troca dessa vã maledicência
em forma estranha e triste da existência...


Ronaldo Rhusso


Perceba quantas vezes vou errante
Escravo dos meus medos, meus anseios,
E faço de ilusões, doridos meios
Na busca mais freqüente, até constante.

A morte, sobretudo me garante,
Antiga sabedora destes veios,
Que jamais valeriam tais receios,
O mundo segue sempre para adiante.

Portanto, distorções são usuais,
Motivos pra viver; os quero mais,
Já que depois de tudo, findará

O tempo se esgotando tão depressa,
Será que nova etapa recomeça
Após o meu final? Responda já!

Marcos Loures


Essa louca dormência nos sentidos
vem, e desperta a dúvida latente!
Vem tornando o viver tão mais plangente...
Pensamentos comuns são invadidos

e me lembram das dores de outros idos
que tornaram-me a vida diferente...
Hei me dado ao sofrer e é permanente
lamentar e ter medos combatidos.

A vida é prima-irmã da Dona morte.
Uma pára e outra leva, toca em frente!
De repente entendi que continua

e atua esperando o Rei que é forte
é suporte pro ente, felizmente,
e virá reluzente mais que a lua!

Ronaldo Rhusso

A Morte nos desnuda por inteiro
Inevitável ponto de partida,
Quem sabe, de chegada, companheiro,
Haverá decerto nova vida?

Só sei que sempre mostra a dolorida
Face do viver, que é tão ligeiro,
Porém como uma meta a ser cumprida,
Momento da existência, o derradeiro.

Aprendo a cada novo amanhecer
A crer que esta alegria de viver,
É tudo o que desejo e que me resta,

As dores ensinando, dia a dia,
Maturidade sempre propicia,
Ensinando a encarar a hora funesta...

Marcos Loures


Santa hora da morte eu já rejeito
adornando a doença que corrói
com a força latente que em meu peito
ganha pulso e a tristeza, então, destrói.

A dormência me segue e não tem jeito
hei de um dia aquecer corpo que mói
ao poeta e não tem sequer respeito,
pois castelos bonitos, eis, constrói!

Nova vida é um fato que o espelho
me fez ver nos milagres contundentes;
é que eu tenho meu próprio Mar Vermelho

e navego em mim mesmo, entrementes
não sou desses que pode dar conselho
eu sou puro milagre em meio a entes.

Ronaldo Rhusso


O quanto em desafios traz a vida,
Misteriosamente faz milagres,
Porquanto tanto amor; deveras sagres,
Encontras com louvor uma saída.

A sorte do viver jamais se olvida,
Mesmo quando há acidez, velhos vinagres
No amor que a cada dia mais consagres
Adiarás decerto as despedidas...

Poeta tendo uma alma imorredoura,
Em plena tempestade, ele se doura,
Erguendo o seu olhar, vê sempre além.

A morte leve o corpo, deixa a fama,
Mantendo na palavra a imensa chama,
Que eterna, vez em quando sempre vem...

Marcos Loures


Eu acredito que essa é a nova vida:
Permanecer em cada verso lindo!
Eternizar-se em obras, nessa lida,
aproveitando o Dom, pois que é infindo!

Posteridade tem quem solta a brida
anunciando a dor, porém sorrindo
enquanto o Mal não ache uma acolhida;
enquanto o amor entenda que é bem vindo!

O corpo morre e fica em vil dormência;
os Cromossomos juntam-se à terra;
memória não tem mais, nem recompensa...

Um dia alguém que sofre de demência
descobre textos... Pronto! A morte encerra!
Outro imortal renasce... Mas compensa?

Ronaldo Rhusso

Talvez seja melhor ficar calado,
O tempo remedia, mas não cura,
Se o pensamento voa, sendo alado,
Algum belo remanso ele procura,

Da luta, eu te garanto, estou cansado,
Porém nossa batalha inda perdura,
Viver a poesia, amargo Fado,
Às vezes com espinhos, a ternura...

Morrer e depois disso ser alguém?
Um velho paradoxo se repete,
Melhor seria ter outro caminho,

Mas quando a tarde cai e a noite vem,
O dedo no teclado pinta o sete,
E volta sem pensar ao mesmo ninho...

Marcos Loures

Razão tu tens, irmão, poeta e amigo!
Então deslizo e falo de outra vida
Em céu, em Terra Nova prometida!
A mim costuma ser o que eu persigo...

Viver, morrer, aqui é um perigo!
E eu sei, também a ti, ELE convida
A ir pr’esse lugar que é sem medida.
Ah! Creias, tou falando de um abrigo!

Eu sei que ELE virá porque já veio.
Repare no comer da multidão!
Tilintam sinos dessa falsa fé,

Mas Cristo, eu sei, te quer doar um seio
Além do que o pulsar do coração.
Ta bom! Sou sonhador, mas isso é fé!

Ronaldo Rhusso


Nós temos a esperança feita em fé
De um tempo bem mais calmo e mais suave,
Após nossa viagem, noutra nave
Que faça este percurso; aonde? Até?

Mas quando a noite chega e traz vazios,
Mergulho num abismo sem respostas,
E mesmo que ainda crie, firmes crostas,
Às vezes dolorosos arrepios...

Eu creio, nunca nego, em Cristo Deus,
E faço desta crença uma bandeira,
Dizer sempre até logo e nunca adeus,

Marcando desde sempre pela dor,
Amiga tão voraz e costumeira,
Parceira de oração e de louvor...

Marcos Loures

Eu conheço um segredo pra dormência;
pras horas onde as sombras atormentam...
É fácil! Só há perda aos que não tentam.
Cuidar de alguém melhora a permanência

ao lado do Senhor e a paciência
se torna gotas que aos poucos sustentam
e cobrem densas noites, alimentam...
O enfado passa a vir sem a frequência

de modo que outras cores enxergamos.
Cuidar dos que estão próximos é fácil;
Missão é carregar gente que está

melhor que nós e assim fortificamos
a mente que costuma ser retrátil,
mas será transformada: Ele virá!

Ronaldo Rhusso

Carregando este amor que fortalece
E traz uma esperança interminável,
Por mais que o solo seja farto, arável,
Uma alma sem destino, em vão fenece;

Fazendo de um soneto, quase prece,
Um mundo que imagino mais amável
Humanidade sendo palatável,
Às normas do Divino, alma obedece

Fraternidade sólida esperança,
A fera mais voraz, o amor amansa
Quem vive esta certeza sabe bem,

Somente esta alegria tem valor,
Um novo amanhecer, a se propor,
Perpassa este horizonte e segue além...

Marcos Loures


Falaste do amor com maestria
e eu sinto que é o segredo da vitória!
Consegues perceber toda essa glória
que banha todo o amante da poesia?

É ela que me leva a noite e dia
sorver cada momento dessa história
que em versos escrevemos e a memória
há de ficar marcada em alegria!

É com amor que temos derramado
os nossos corações para os leitores
nesse minimizar de dissabores

com nosso versejar que é de bom grado
a fim de ter também colaborado
com o renovar da vida em lindas cores!

Ronaldo Rhusso

A poesia é nossa mola; mestre
Que faz com que possamos ter nas mãos
Sementes do futuro, fartos grãos;
Tomara que este amor, o povo adestre,

Aragem em que vivo hoje, campestre,
Não deixa que eu conceba serem vãos,
Lutemos companheiro, pois irmãos
Não deixam que o vazio já fenestre

E invada sobre nós desesperança,
Nos versos com carinho esta aliança
Permite que se creia no amanhã.

E temos o poder da poesia
Que é feita de magia e fantasia,
Divino, com certeza, nosso afã...

Marcos Loures

Divino e prazeroso, ó mestre amigo!
Às vezes té me esqueço dos terrores
que assaltam-me em forma de vis dores
e roubam-me essa paz, é o que eu lhe digo!

Então me zango e escrevo o que eu consigo
em forma fixa ou como os amadores.
O fato é que me vêm, em multicores,
palavras que me são perfeito abrigo!

A graça é que podemos recriar
um mundo diferente qual encarte
e o feio com firmeza por de parte.

Não é maravilhoso e até sem par
o dom que possuímos de rimar
a dor co'ardor e o amor co'a cor da arte?

Ronaldo Rhusso


O dom de ser poeta, uma magia
Que jamais desprezei e que sustenta
Durante a tempestade; uma alma assenta
E bebe do prazer e da agonia.

Vencer o dissabor do dia a dia,
Por mais que a vida seja violenta,
A noite em poesia nos alenta,
Como se fosse então uma alquimia.

Pedra filosofal que lapidamos,
Escravos das palavras? Somos amos,
E ramos destes velhos arvoredos

Que escassos, mas garanto valiosos,
Os versos que fazemos; orgulhosos,
Desvendam da existência seus segredos...

Marcos Loures


Amigos das palavras temos sido;
Senhores de nós mesmos e dos versos.
O dom que praticamos tem movido
Milhares de espíritos dispersos

A despertarem desse combalido
Estado lamentável que, ora imersos,
Sufoca cada anseio que era tido
Como uma solução pros mais diversos

Dilemas da existência em vil dormência,
Estado em que se encontra a maioria
Sem virtudes, sem justa paciência;

Sem gana pra viver em harmonia
C’o bem comum, com ordem, com decência;
Consigo mesmo e com a fantasia.

Ronaldo Rhusso


Possamos espalhar aos quatro ventos
O som da poesia que nos toca,
O rio que em tal mar se desemboca
Carrega junto a si, os sentimentos,

Poeta faz das dores, seus alentos,
O amor em fantasia ali se aloca,
Agigantando sempre cada roca
Tornada continente, pensamentos...

Que possa ser assim durante a vida,
Eternos companheiros da alegria,
E imersos em fantasmas que criamos,

E quando chegar nossa despedida,
Vivemos o que o sonho nos pedia,
Que a liberdade nega escravos e amos...

Marcos Loures


Espero que esssa tal de despedida
demore a Eternidade para vir
e que tenhamos sempre e sem medida
muita alegria antes do partir.

Enquanto isso vou gozar a vida
a fim de me esquivar do despedir;
compor, honrar essa'rte sem a brida
a qual me tolhe e esforço-me a delir.

Viver os sonhos traz a paz que é dom,
é dádiva importante e eu quero é mais!
Sorver da liberdade satisfaz.

Eu posso até do encanto ouvir o som!
Mas quem da poesia dá o tom
sou eu, és tu que és mestre, és mui capaz!


Ronaldo Rhusso


Respirando este ar puro em que respiras
Os sonhos que trazemos; parceria,
A dádiva divina é maestria,
E acende da esperança tantas piras,

Enquanto poesia tu transpiras,
O velho trovador, pouco queria,
Somente algum resíduo de alegria,
Mudando pra melhor terríveis miras,

Almejo estar contigo nesta glória
Aonde a gente escreve nossa história
Marcada com a dor, com esperança

Arejas com teu riso o sofrimento,
E tendo Nosso Deus, alívio e alento,
Um claro amanhecer, a vida alcança.

Marcos Loures


Que bom pode dizer do teu valor!
Compartilhar de versos que enriquecem
e que aos corações, decerto, aquecem
tornando espinhos maus em bela flor!

Sofrer faz parte e até vejo na dor
algum motivo além e os que padecem
aos poucos se apercebem, então crescem
e dão valor à vida e ao dom do amor!

Talvez a privação do paladar
prepare o ser humano pra deixar
aquilo que não vai ter lá no céu.

Eu vejo a privação da liberdade
motivo pra buscar sobriedade
e ver na Eternidade doce mel!

Ronaldo Rhusso

Assim como ao poeta se permite
O ter em suas mãos, clareza rara,
O verso que também apóia e ampara,
Esconde das tristezas, seu limite,

Por mais que na verdade eu acredite,
A bela fantasia me é tão cara,
E quando a voz da vida em vão dispara,
Retorno o meu olhar, busco Afrodite.

Não deixaremos nunca que se apague
O brilho que somente a Musa traz,
Vivendo a plenitude e sendo audaz,

Não vejo quem polua ou mesmo estrague
As mãos do que burila tal argila,
E o sonho entre seus versos já desfila...


- DORMÊNCIA...
Dormência...

É esse amortecer que é tão sentido
e evoca um fim pra cada dor que é fato
o arauto, o sinal claro: estou perdido!
E eis que percebo a falta até do tato...

Aninho em mim mesmo o que era tido
aquém do ouvir sereno e assaz recato
e não escuto o som há muito ouvido!
É certo que na boca o antes regato

achou de ficar seco e eu vi-me junto
ao ponto cego do existir oculto
e o cheiro já nem sinto, é dissipado,

é fato consumado, é fim de assunto;
agora me procuro e nem qual vulto
encontro a mim mesmo, estou velado.

Ronaldo Rhusso

Nos ermos de meu ser busco encontrar
Em meio a meus escombros a verdade,
Percorro descaminhos, realidade,
E nada está de fato em seu lugar...

Na sôfrega batalha para achar
Algum sinal com tal sinceridade
Afastando afinal a obscuridade
Aonde eu possa enfim me desnudar,

Percebo neste espelho que me trazes,
Os olhos embaçados, mas audazes
Da fera envelhecida e já sem dentes.

Mas que inda crê na força de outras eras,
No inverno vou buscando primaveras,
Velando a minha imagem entrementes...

Marcos Loures

A distorção é fato consumado
e o beijo da mortífera, conforta
a minha sede por uma outra porta
a qual me leve calmo pr'outro lado

em companhia alegre do esperado
aluvião ao qual meu ser comporta
e em me delir, sereno, então reporta
o ser que fui há tempos, e olvidado,

ao que compôe o resto em mim contido
a fim de dar vazão à vil dormência
e me apagar aos poucos co'a anuência

herdada um dia pelo que hei vivido
em troca dessa vã maledicência
em forma estranha e triste da existência...


Ronaldo Rhusso


Perceba quantas vezes vou errante
Escravo dos meus medos, meus anseios,
E faço de ilusões, doridos meios
Na busca mais freqüente, até constante.

A morte, sobretudo me garante,
Antiga sabedora destes veios,
Que jamais valeriam tais receios,
O mundo segue sempre para adiante.

Portanto, distorções são usuais,
Motivos pra viver; os quero mais,
Já que depois de tudo, findará

O tempo se esgotando tão depressa,
Será que nova etapa recomeça
Após o meu final? Responda já!

Marcos Loures


Essa louca dormência nos sentidos
vem, e desperta a dúvida latente!
Vem tornando o viver tão mais plangente...
Pensamentos comuns são invadidos

e me lembram das dores de outros idos
que tornaram-me a vida diferente...
Hei me dado ao sofrer e é permanente
lamentar e ter medos combatidos.

A vida é prima-irmã da Dona morte.
Uma pára e outra leva, toca em frente!
De repente entendi que continua

e atua esperando o Rei que é forte
é suporte pro ente, felizmente,
e virá reluzente mais que a lua!

Ronaldo Rhusso

A Morte nos desnuda por inteiro
Inevitável ponto de partida,
Quem sabe, de chegada, companheiro,
Haverá decerto nova vida?

Só sei que sempre mostra a dolorida
Face do viver, que é tão ligeiro,
Porém como uma meta a ser cumprida,
Momento da existência, o derradeiro.

Aprendo a cada novo amanhecer
A crer que esta alegria de viver,
É tudo o que desejo e que me resta,

As dores ensinando, dia a dia,
Maturidade sempre propicia,
Ensinando a encarar a hora funesta...

Marcos Loures


Santa hora da morte eu já rejeito
adornando a doença que corrói
com a força latente que em meu peito
ganha pulso e a tristeza, então, destrói.

A dormência me segue e não tem jeito
hei de um dia aquecer corpo que mói
ao poeta e não tem sequer respeito,
pois castelos bonitos, eis, constrói!

Nova vida é um fato que o espelho
me fez ver nos milagres contundentes;
é que eu tenho meu próprio Mar Vermelho

e navego em mim mesmo, entrementes
não sou desses que pode dar conselho
eu sou puro milagre em meio a entes.

Ronaldo Rhusso


O quanto em desafios traz a vida,
Misteriosamente faz milagres,
Porquanto tanto amor; deveras sagres,
Encontras com louvor uma saída.

A sorte do viver jamais se olvida,
Mesmo quando há acidez, velhos vinagres
No amor que a cada dia mais consagres
Adiarás decerto as despedidas...

Poeta tendo uma alma imorredoura,
Em plena tempestade, ele se doura,
Erguendo o seu olhar, vê sempre além.

A morte leve o corpo, deixa a fama,
Mantendo na palavra a imensa chama,
Que eterna, vez em quando sempre vem...

Marcos Loures


Eu acredito que essa é a nova vida:
Permanecer em cada verso lindo!
Eternizar-se em obras, nessa lida,
aproveitando o Dom, pois que é infindo!

Posteridade tem quem solta a brida
anunciando a dor, porém sorrindo
enquanto o Mal não ache uma acolhida;
enquanto o amor entenda que é bem vindo!

O corpo morre e fica em vil dormência;
os Cromossomos juntam-se à terra;
memória não tem mais, nem recompensa...

Um dia alguém que sofre de demência
descobre textos... Pronto! A morte encerra!
Outro imortal renasce... Mas compensa?

Ronaldo Rhusso

Talvez seja melhor ficar calado,
O tempo remedia, mas não cura,
Se o pensamento voa, sendo alado,
Algum belo remanso ele procura,

Da luta, eu te garanto, estou cansado,
Porém nossa batalha inda perdura,
Viver a poesia, amargo Fado,
Às vezes com espinhos, a ternura...

Morrer e depois disso ser alguém?
Um velho paradoxo se repete,
Melhor seria ter outro caminho,

Mas quando a tarde cai e a noite vem,
O dedo no teclado pinta o sete,
E volta sem pensar ao mesmo ninho...

Marcos Loures

Razão tu tens, irmão, poeta e amigo!
Então deslizo e falo de outra vida
Em céu, em Terra Nova prometida!
A mim costuma ser o que eu persigo...

Viver, morrer, aqui é um perigo!
E eu sei, também a ti, ELE convida
A ir pr’esse lugar que é sem medida.
Ah! Creias, tou falando de um abrigo!

Eu sei que ELE virá porque já veio.
Repare no comer da multidão!
Tilintam sinos dessa falsa fé,

Mas Cristo, eu sei, te quer doar um seio
Além do que o pulsar do coração.
Ta bom! Sou sonhador, mas isso é fé!

Ronaldo Rhusso


Nós temos a esperança feita em fé
De um tempo bem mais calmo e mais suave,
Após nossa viagem, noutra nave
Que faça este percurso; aonde? Até?

Mas quando a noite chega e traz vazios,
Mergulho num abismo sem respostas,
E mesmo que ainda crie, firmes crostas,
Às vezes dolorosos arrepios...

Eu creio, nunca nego, em Cristo Deus,
E faço desta crença uma bandeira,
Dizer sempre até logo e nunca adeus,

Marcando desde sempre pela dor,
Amiga tão voraz e costumeira,
Parceira de oração e de louvor...

Marcos Loures

Eu conheço um segredo pra dormência;
pras horas onde as sombras atormentam...
É fácil! Só há perda aos que não tentam.
Cuidar de alguém melhora a permanência

ao lado do Senhor e a paciência
se torna gotas que aos poucos sustentam
e cobrem densas noites, alimentam...
O enfado passa a vir sem a frequência

de modo que outras cores enxergamos.
Cuidar dos que estão próximos é fácil;
Missão é carregar gente que está

melhor que nós e assim fortificamos
a mente que costuma ser retrátil,
mas será transformada: Ele virá!

Ronaldo Rhusso

Carregando este amor que fortalece
E traz uma esperança interminável,
Por mais que o solo seja farto, arável,
Uma alma sem destino, em vão fenece;

Fazendo de um soneto, quase prece,
Um mundo que imagino mais amável
Humanidade sendo palatável,
Às normas do Divino, alma obedece

Fraternidade sólida esperança,
A fera mais voraz, o amor amansa
Quem vive esta certeza sabe bem,

Somente esta alegria tem valor,
Um novo amanhecer, a se propor,
Perpassa este horizonte e segue além...

Marcos Loures


Falaste do amor com maestria
e eu sinto que é o segredo da vitória!
Consegues perceber toda essa glória
que banha todo o amante da poesia?

É ela que me leva a noite e dia
sorver cada momento dessa história
que em versos escrevemos e a memória
há de ficar marcada em alegria!

É com amor que temos derramado
os nossos corações para os leitores
nesse minimizar de dissabores

com nosso versejar que é de bom grado
a fim de ter também colaborado
com o renovar da vida em lindas cores!

Ronaldo Rhusso

A poesia é nossa mola; mestre
Que faz com que possamos ter nas mãos
Sementes do futuro, fartos grãos;
Tomara que este amor, o povo adestre,

Aragem em que vivo hoje, campestre,
Não deixa que eu conceba serem vãos,
Lutemos companheiro, pois irmãos
Não deixam que o vazio já fenestre

E invada sobre nós desesperança,
Nos versos com carinho esta aliança
Permite que se creia no amanhã.

E temos o poder da poesia
Que é feita de magia e fantasia,
Divino, com certeza, nosso afã...

Marcos Loures

Divino e prazeroso, ó mestre amigo!
Às vezes té me esqueço dos terrores
que assaltam-me em forma de vis dores
e roubam-me essa paz, é o que eu lhe digo!

Então me zango e escrevo o que eu consigo
em forma fixa ou como os amadores.
O fato é que me vêm, em multicores,
palavras que me são perfeito abrigo!

A graça é que podemos recriar
um mundo diferente qual encarte
e o feio com firmeza por de parte.

Não é maravilhoso e até sem par
o dom que possuímos de rimar
a dor co'ardor e o amor co'a cor da arte?

Ronaldo Rhusso


O dom de ser poeta, uma magia
Que jamais desprezei e que sustenta
Durante a tempestade; uma alma assenta
E bebe do prazer e da agonia.

Vencer o dissabor do dia a dia,
Por mais que a vida seja violenta,
A noite em poesia nos alenta,
Como se fosse então uma alquimia.

Pedra filosofal que lapidamos,
Escravos das palavras? Somos amos,
E ramos destes velhos arvoredos

Que escassos, mas garanto valiosos,
Os versos que fazemos; orgulhosos,
Desvendam da existência seus segredos...

Marcos Loures


Amigos das palavras temos sido;
Senhores de nós mesmos e dos versos.
O dom que praticamos tem movido
Milhares de espíritos dispersos

A despertarem desse combalido
Estado lamentável que, ora imersos,
Sufoca cada anseio que era tido
Como uma solução pros mais diversos

Dilemas da existência em vil dormência,
Estado em que se encontra a maioria
Sem virtudes, sem justa paciência;

Sem gana pra viver em harmonia
C’o bem comum, com ordem, com decência;
Consigo mesmo e com a fantasia.

Ronaldo Rhusso


Possamos espalhar aos quatro ventos
O som da poesia que nos toca,
O rio que em tal mar se desemboca
Carrega junto a si, os sentimentos,

Poeta faz das dores, seus alentos,
O amor em fantasia ali se aloca,
Agigantando sempre cada roca
Tornada continente, pensamentos...

Que possa ser assim durante a vida,
Eternos companheiros da alegria,
E imersos em fantasmas que criamos,

E quando chegar nossa despedida,
Vivemos o que o sonho nos pedia,
Que a liberdade nega escravos e amos...

Marcos Loures


Espero que esssa tal de despedida
demore a Eternidade para vir
e que tenhamos sempre e sem medida
muita alegria antes do partir.

Enquanto isso vou gozar a vida
a fim de me esquivar do despedir;
compor, honrar essa'rte sem a brida
a qual me tolhe e esforço-me a delir.

Viver os sonhos traz a paz que é dom,
é dádiva importante e eu quero é mais!
Sorver da liberdade satisfaz.

Eu posso até do encanto ouvir o som!
Mas quem da poesia dá o tom
sou eu, és tu que és mestre, és mui capaz!


Ronaldo Rhusso


Respirando este ar puro em que respiras
Os sonhos que trazemos; parceria,
A dádiva divina é maestria,
E acende da esperança tantas piras,

Enquanto poesia tu transpiras,
O velho trovador, pouco queria,
Somente algum resíduo de alegria,
Mudando pra melhor terríveis miras,

Almejo estar contigo nesta glória
Aonde a gente escreve nossa história
Marcada com a dor, com esperança

Arejas com teu riso o sofrimento,
E tendo Nosso Deus, alívio e alento,
Um claro amanhecer, a vida alcança.

Marcos Loures


Que bom pode dizer do teu valor!
Compartilhar de versos que enriquecem
e que aos corações, decerto, aquecem
tornando espinhos maus em bela flor!

Sofrer faz parte e até vejo na dor
algum motivo além e os que padecem
aos poucos se apercebem, então crescem
e dão valor à vida e ao dom do amor!

Talvez a privação do paladar
prepare o ser humano pra deixar
aquilo que não vai ter lá no céu.

Eu vejo a privação da liberdade
motivo pra buscar sobriedade
e ver na Eternidade doce mel!

Ronaldo Rhusso

Assim como ao poeta se permite
O ter em suas mãos, clareza rara,
O verso que também apóia e ampara,
Esconde das tristezas, seu limite,

Por mais que na verdade eu acredite,
A bela fantasia me é tão cara,
E quando a voz da vida em vão dispara,
Retorno o meu olhar, busco Afrodite.

Não deixaremos nunca que se apague
O brilho que somente a Musa traz,
Vivendo a plenitude e sendo audaz,

Não vejo quem polua ou mesmo estrague
As mãos do que burila tal argila,
E o sonho entre seus versos já desfila...

Marcos Loures


A Musa inspira, é fato, isso eu não nego.
Carrego essa certeza e busco a minha...
Eu tinha o privilégio, mas fui pego
qual cego até perder minha rainha...

Definha em mim a alma e não sossego;
entrego-me à jornada e sigo a linha
que é vinha a ser cuidada e a ela eu rego.
Sonego a calma e vem-me um frio na espinha...

Sozinha a fantasia é pouca monta.
Desmonta até vontade de viver.
Meu ser nem teme mais o vil sofrer.

Dizer que a vida é bela e não dar conta
afronta claramente o sonho antigo?
Persigo uma resposta. A tens, amigo?


Ronaldo Rhusso


Só sei que não sabendo quase nada,
Além do que me toca o coração,
Instinto bem maior que a razão,
A vida em loteria transformada,

Um'alma, muitas vezes malfadada,
Que encontra nos seus ermos, solução,
Sabendo que somente amor, perdão,
Garantem a viagem sossegada,

Espero pela chuva com o olhar
De quem sabe: ela irá fertilizar
Crisálidas da terra: grãos, sementes

E assim se refazendo a cada dia,
A vida nos permite a poesia,
Tramando a realidade que ora mentes...

Marcos Loures

É nesse refazer com paciência
que temos o antídoto ansiado
pra desfazer o estado da dormência
algoz que contra nós tem festejado.

Talvez temos mostrado a complacência
com cada inimigo e não amado
aquele que se esconde em vil dolência
atrás de cada verso elaborado.

Perdão tem dupla mão e é tão bonito!
E torna essa viagem mais segura.
Mas reconheço que só alma pura

deixa a realidade e vira mito.
Por mim se a morte vem eu solto um grito
e digo: vá de retro, ô bicha escura!

Ronaldo Rhusso


Cantemos, pois à vida, companheiro,
E mesmo que sofrida, é tudo o que
Existe de concreto e o tempo inteiro
Navego em suas ondas, sem cadê?

Não posso sonegar o verdadeiro
Caminho pelo qual em Deus se crê,
Do parto até a partida, mensageiro
Da paz que sabe bem o que se vê.

Não creio nos demônios, nem os temo,
Distante de meus sonhos, vejo o Demo
Mefisto não passando de ilusão,

Porém no amor divino, num mergulho,
Eu bebo destas águas e me orgulho,
De ser a cada dia mais cristão...

Marcos Loures

Um canto para a vida é boa ideia!
Festejo o refestelo do meu ser
que pronto pra não ver em panaceia
resposta para não envelhecer

prefere entrar em anos pois a estreia
almeja que se possa esquecer.
Ser jovem é mexer numa colmeia
e nunca preocupar-se em correr.

Espíritos do mal até que existem;
eu trombo com alguns no dia a dia.
São eles os que ao belo resistem

e tiram desse mundo a fantasia.
Dormência têm na mente, mas persistem
até roubarem cores da alegria.

Ronaldo Rhusso


Não deixe que estes tolos, vãos bufões
Dominem esta cena, meras brisas,
Poeta feito em luz; protagonizas,
Tocando com leveza os corações...

Acaso existem forças, turbilhões
Que apenas com teus versos suavizas,
E quando noutras cores tu matizas
As nuvens buscam outras direções.

Escreves com beleza e com cadência,
E enfrentas com denodo tal dormência
Vencendo esta batalha dia a dia,

Louvando o bem maior com maestria,
E com tanto talento, a poesia
Reclama e sente logo tua ausência...

Marcos Loures


A poesia age com brandura;
ela é mulher gentil e nos quer bem.
A vejo como um bálsamo, uma cura,
alívio mui mais rápido que um trem

do tipo que é expresso e da lonjura
faz estreito caminho e faz tão bem!
Ela é parceira hábil e assegura
a nós que lemos tudo o que convém

direito de sorver em teus sonetos
a mensagem mais pura e confortante;
abrir de alma explêndida e tonante!

Contigo é fácil crer em bons duetos
andar em letras por Jardins e Guetos,
pois teu talento é fato assaz marcante!

Ronaldo Rhusso


Amigo, com certeza tu me dás
Esta oportunidade rara e benfazeja
De ter em cada verso, o que deseja
Quem vive uma esperança feita em paz.

Às vezes delicado ou mesmo audaz,
Um trágico poema que lateja,
Sorriso de criança, alma almeja,
Mas nada se compara e satisfaz

A quem faz do soneto, grito e voz,
Do que esta companhia que me fazes
Em versos muitas vezes mais vorazes,

Sabendo ser comum a nossa foz,
Descendo as corredeiras com bravura,
No canto em que espalhamos a cultura...

A PALAVRA

A PALAVRA

Palavra, este tijolo maleável,
Do qual se faz tortura e poesia,
Às vezes tão terrível e agradável,
Constrói ou gera a guerra ou harmonia.

Presente em cada frase, solo arável,
Ilude enquanto gera a fantasia,
Criando um novo mundo suportável
Ou mata provocando uma sangria,

Mergulho em seus mistérios, sou poeta,
A linha que decifro nunca é reta,
A meta de quem canta é ser ouvido.

As marcas que carrego dentro em mim,
Florada prometida em meu jardim,
São coisas que imagino e até duvido...

MARCOS LOURES

DANÇA

DANÇA

Quisera fazer dança desta vida
Que tantas vezes marca e até sorri,
Bendita esta alegria, vem de ti,
Deixando uma tristeza já perdida,

Não vivo e nem suporto tal ermida,
Mas venho do caminho que escolhi,
Às vezes festejando; agora aqui,
A mente muitas vezes exaurida.

Batuca um velho samba de Noel,
O amor que conheceu Vila Isabel,
No Boulevard passeia sob a lua.

Depois a madrugada, de mansinho,
Ouvindo no Sovaco um bom chorinho...
E quando a manhã surge, continua...

MARCOS LOURES

O SER SUPREMO



O SER SUPREMO


Talvez percebas Deus, o Criador
Que não é criatura, o ser supremo,
Não sei se existirá pecado ou Demo,
Prefiro me entregar ao puro amor.

Se há vida em outra esfera, riso ou dor,
Para ser bem sincero, isso eu não temo,
Efêmero viver, mas jamais tremo
A morte nos renova grão e flor.

Apenas que Ele existe, isso eu garanto,
Do nada não surgimos, com certeza,
Tampouco por acaso, causa espanto

Tamanha coincidência, vida e morte;
Assim reinando sobre a natureza,
E nela Se fez fim, princípio e aporte...

MARCOS LOURES

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

COMPULSÃO

COMPULSÃO

Eu sei que até parece compulsão,
Mas não consigo mais sequer deter
Desfilo no teclado o coração,
E teimo novamente em escrever.

Pudesse semear com cada grão
Um belo e mais tranqüilo amanhecer,
Porém a poesia é escravidão,
Grilhões que não consigo mais romper...

Vencer os meus fantasmas, quem me dera,
Seguindo esta ilusão, doce pantera
Que me devora sempre, e me deglute.

Por mais que eu queira enfim, algum descanso,
Na doce calmaria de um remanso,
Não tenho dentro em mim, ninguém que escute.

MARCOS LOURES

COMPLUSÃO

COMPULSÃO

Eu sei que até parece compulsão,
Mas não consigo mais sequer deter
Desfilo no teclado o coração,
E teimo novamente em escrever.

Pudesse semear com cada grão
Um belo e mais tranqüilo amanhecer,
Porém a poesia é escravidão,
Grilhões que não consigo mais romper...

Vencer os meus fantasmas, quem me dera,
Seguindo esta ilusão, doce pantera
Que me devora sempre, e me deglute.

Por mais que eu queira enfim, algum descanso,
Na doce calmaria de um remanso,
Não tenho dentro em mim, ninguém que escute.

MARCOS LOURES

CHEGASTE DE MANHÃ

CHEGASTE DE MANHÃ

Chegaste de manhã sem avisar,
Trazendo em suas mãos uma aguardente;
Vontade de partir e te deixar,
Porém o amor se fez bem mais urgente...

Há tanto que procuro te encontrar,
Vivendo sem te ter, parvo demente,
Buscando em cada raio do luar,
O trilho que deixaste. Inutilmente...

Mas quando te senti bem junto a mim,
O brilho nos meus olhos, retornando,
As flores renascendo em meu jardim,

Felicidade enfim, batendo a porta...
Tristezas já partindo feito um bando,
Angústia sem sentido; agora morta...

MARCOS LOURES

TERROR E ALEGRIA

TERROR E ALEGRIA

Num misto de terror e de alegria,
Percebo o fim da história; pobre vida.
Enfrento labirintos sem saída,
Tentando ver ao menos novo dia.

A madrugada escura, amarga e fria,
A carne mesmo viva, apodrecida,
Uma esperança morta e esvaecida,
No peito esta fatal hemorragia...

Selando o meu destino; eis o momento,
Aonde a morte serve como alento,
Silenciando o inútil cantador...

Meus versos, esquecidos nalgum canto,
Não quero nem suporto um falso pranto,
Nem mesmo um vão sorriso em meu louvor.

MARCOS LOURES

BEIJOS

BEIJOS

Entre os beijos mais loucos, nosso amor
Durante tanto tempo foi a luz
Que levando-me à loucura sem temor,
Se fez o Paraíso sendo a cruz.

Dos corpos nos lençóis, delírios nus,
Espécie de tortura e de louvor,
Na insânia de um tormento que conduz
A um deslumbrante mundo multicor...

Bailando sobre arestas e fagulhas,
No abismo que entorpece e me mergulhas
Fantásticas imagens, explosões...

Fazendo deste amor, tortura e glória,
Mudando a calmaria desta história
Alucinante gozo de tufões...


MARCOS LOURES

MEU AMIGO... DE SURPRESA

MEU AMIGO... DE SURPRESA

Faz tempo que não bebo nem um gole.
Cigarros escondidos pela casa.
A natureza às vezes chega e bole,
Mas quando vou sair, a vida atrasa.

Esqueço da aguardente e da cerveja,
Só tomo o meu suquinho natural,
E quando a fome aperta e aqui lateja,
Eu olho de mansinho e digo tchau.

Um cafezinho, às vezes, um leitinho,
Arrasto meus chinelos pelo quarto,
Andando como fosse bem velhinho
Às nove vou dormir, disto estou farto.

Porém se eu não andar tão pianinho
Sou pego de surpresa pelo infarto....

MARCOS LOURES

DA LONGA E DURA ESTRADA DESTA VIDA

DA LONGA E DURA ESTRADA DESTA VIDA


Marchando em altivez até o fim
Da longa e dura estrada desta vida,
Percebo que encontrei no meu jardim
A flor mais desejada e mais querida.
Quem tem uma esperança segue assim,
Pois vê, no labirinto uma saída
Já tendo a solução, concebo enfim
A paz feita amizade repartida.
Meus olhos no infinito de teus olhos
Encontram seus espelhos, brilho farto.
Abrindo das janelas os ferrolhos
Abrolhos vou matando em meu caminho,
Decerto com firmeza agora eu parto,
Sabendo que não vou jamais sozinho.

MARCOS LOURES

ATO FINAL

ATO FINAL

Vencer os meus temores, ser feliz,
Recebo o vento manso no meu rosto,
Eu sei quanto esperança é meretriz
Coleto em profusão, tanto desgosto,

Distante, muitas vezes, do que quis,
O sonho que restou, já decomposto,
A vida a cada instante volta e diz
Do velho coração, frágil e exposto.

Morrer talvez pudesse me acalmar,
Sem mares nem luar, vagando à toa.
E enquanto a mocidade ainda ecoa

As rugas de minha alma , devagar,
Tornando este cenário mais real,
Expressam desta farsa, ato final...

MARCOS LOURES

MULTICORES ESPERANÇAS

MULTICORES ESPERANÇAS

Forrando minha estrada em paraíso
Florescem multicores esperanças.
Nos passos da amizade eu me matizo
E solto meus temores nestas danças
A vida não precisa mais de aviso
Portando nos olhares alianças,
Nos lábios mais sinceros os sorrisos,
Pureza que se encontra nas crianças.
Quem tem uma alma pura em transparência
Consegue perdoar e ter clemência
E encontra no perdão felicidade.
Assim ao se livrar do fardo triste
Concebe amor intenso que resiste
Nos seios divinais de uma amizade.

MARCOS LOURES

A MORTE E SUAS ARTIMANHAS

A MORTE E SUAS ARTIMANHAS

Eu fujo da danada a vida inteira,
Porém de vez em quando uma surpresa,
A companheira eterna e derradeira,
Fazendo-me depressa sua presa...

Às vezes, sem querer eu dou bandeira,
Mas ela de tocaia, gentileza,
Ainda me deu chance verdadeira,
Porém a sua foice vive tesa...

Durante certo tempo não pensava
Que poderia vê-la tão de perto,
Agora se não fico mais esperto,

A peste num segundo me levava,
Estou vazando fora, de mansinho,
Mineiro quando foge é de fininho...

MARCOS LOURES
24/10

Louvado seja aquele que padece,
O tempo nos ensina e da ferida
A sorte noutra face resumida
Transforma qualquer dor numa benesse.

Assim a vida traça o que se esquece
E marca com terror a desprovida
Vontade que deveras não divida
E o prazo sem destino me entorpece.

O canto seduzindo o mero corte
E nisto tantas vezes já se aborte
Alegoria audaz, mesmo emblemática,

O sonho se desfaz e sendo cético
Meu mundo se mostrara quase herético
E a dor domina toda a vã temática.

QUAL CEGO NA BATALHA

QUAL CEGO NA BATALHA

Perdida como um cego na batalha,
Vagando sem destino, a humanidade,
Andando sobre o fio da navalha,
Distante do caminho da verdade...

E quanto mais percebe; maior falha,
A bomba de hidrogênio; a mortandade,
O amor sendo vendido como tralha,
Mais fácil, entre os lobos, lealdade...

Cadáveres sem mente; seguem soltos,
Na multidão vazia e sem sentido,
Apenas parvos, loucos, os revoltos,

A velha escadaria não agüenta,
O mundo derrubado e destruído,
Gargalha a mocidade e nada tenta.

MARCOS LOURES

QUEM DERA...

QUEM DERA...

A sorte de encontrar quem não sabia
Durante a tempestade, naufragado,
O vento muitas vezes malfadado,
Fazendo deste sonho uma heresia.

Herméticos poemas, fantasia,
O beijo que foi sempre sonegado,
Atendo tão solícito ao chamado,
Porém sei que ninguém me respondia

Apenas minha voz num eco vago,
E bebo da esperança mais um trago,
Trazendo o grande amor dentro de mim,

Estúpida aridez, ermos carinhos,
Quem dera se pudesse; passarinhos
Veriam pelo menos meu jardim...

MARCOS LOURES

ESSA MULHER QUE NUNCA VEM

ESSA MULHER QUE NUNCA VEM

Aguardo esta mulher que nunca vem
E temo que jamais eu a terei,
Enquanto a fantasia perde o trem,
Eu procuro encontrá-la noutra grei.

Por sendas mais diversas caminhei,
Resposta se repete: outro ninguém,
Não posso mais lutar, já me cansei,
Apenas o vazio me contém.

E a noite solitária se aproxima,
Quisera ter do amor alguma estima,
Agrisalhando os sonhos, nada resta...

Morrendo pouco a pouco, sigo só,
Retornarei sozinho para o pó,
Que a morte à vida em vão, pra sempre empresta.

MARCOS LOURES

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10


Há tanto que procuro o que não reste
Sequer neste horizonte mais tranquilo
E quando na verdade inda desfilo
O sonho se transforma em leda peste.

Ainda quando o todo não ateste
Quisera ter ao menos sem vacilo
Um dia mais suave, mas não vi-lo
E toda a fantasia morre agreste.

O prazo determina a forma trágica
E nada se apresenta como mágica
E salve num momento apropriado

Enquanto quis um tempo bem mais lúdico
A vida se moldara e neste lúbrico
Cenário eu sigo sempre abandonado.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PUDESSE SER AMADO

Pudesse ser amado

Ah,
como te quero ...
Esta ânsia de
me entregar
e ser
amada por ti ...
(ivi)

Pudesse ser amado e me entregar
Aos sonhos mais sublimes e perfeitos
A vida passaria devagar
Eterna claridade em nossos leitos

Pudesse ser amado e divagar
Sorrisos e alegrias meus direitos
Minha alma eternamente num cantar
E os dias de esperança em paz, refeitos

Talvez felicidade fosse além
Do simples aguardar por este alguém
Quem um dia já se foi pra nunca mais.

Minha viola canta esta esperança
Minha alma; etéreas sendas vai e alcança
Estrelas se acumulam nos bornais...

MARCOS LOURES

OS SONHOS DE QUEM AMO

OS SONHOS DE QUEM AMO

Compartilho dos sonhos de quem amo,
Desejos tão iguais em amizade.
De uma árvore, parelho cada ramo
Vencendo lado a lado a tempestade.
Nas horas mais difíceis eu te chamo,
Pois sei que encontrarei a liberdade
E a cada novo passo sempre tramo
Certeza de viver sem falsidade.
Não tendo mais palavras pra dizer
O quanto é necessário o bom abrigo
Pressinto que encontrei raro prazer
Que é feito deste braço bom e amigo.
Permita ao fim de tudo agradecer
O fato de poder seguir contigo...

MARCOS LOURES