quarta-feira, 31 de maio de 2023

A alma se entregado sem defesas
Não pude controlar meu sentimento
E quando algum instante novo tento
Dos templos do passado somos presas,
E vejo o renascer em incertezas
Gerando o mais complexo pensamento
E disto se moldando alheamento
Tentando preservar as gentilezas,
Surpresas desta vida sem descanso
E quanto mais o tempo em paz alcanço
Esplendorosa sorte se imagina,
No parto renegado, a morte em nós
O rio se perdendo em nova foz,
A vida não seria cristalina...

terça-feira, 30 de maio de 2023

A barca dos meus sonhos naufragara
Marcando com terríveis ironias
O quanto na verdade não trarias
Nem mesmo sendo a vida agora cara,
A luta enquanto ao nada se prepara
A sorte dita em nós tais heresias
E vago pelas noites duras, frias
A morte se espalhando me escancara,
Acordos sem limites, prazo infindo
O quanto poderia e não deslindo
Domina o sentimento de quem tenta
Vencer o quanto resta dentro em si,
No fim de cada passo eu percebi
A dita tantas vezes mais sangrenta.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

A cor dos olhos belos da morena
A luz irradiada pelo encanto
Aonde com fineza o bem garanto
E a sorte desejada em paz acena,
O manto com beleza não condena
E nisto se espalhando além o canto
O rumo se moldara e sem espanto
A luta se mostrando mais serena.
Amar é conceber um novo mundo
E neste desenhar eu me aprofundo
Marcando com ternura o quanto possa,
Ousando perceber tanta meiguice
E nada do que busque contradisse
A sensação da vida inteira e nossa.

domingo, 28 de maio de 2023

A esperança domina cada passo
Enquanto poderia acreditar
Nas ânsias mais supremas de um luar
Rondando sem destino pelo espaço
O tempo se aproxima e assim eu traço
O quanto pude outrora imaginar
Gestando a sorte intensa a desnudar
O rumo aonde o tempo fora escasso,
Esqueço qualquer luz e nada vejo
Somente o meu caminho e sendo andejo
Um andarilho sonho dita o rumo,
No canto da esperança sem proveito
No errático cenário eu me deleito
Enquanto os erros todos sempre assumo.

sábado, 27 de maio de 2023

A dor de ser tão só e não saber
Sequer algum momento de alegria
E nisto se perdendo a fantasia
A sorte desditosa sem prazer
O quanto poderia conhecer
Do mundo em raros tons, bela harmonia
A luta na verdade não se adia
E gera após o nada algum querer,
Seguindo passo a passo rumo ao todo
A vida não permite algum engodo
E o canto se presume sem sentido
Ainda quando eu possa imaginar
A sorte noutro enredo a me tocar
O todo se apresenta e em vão me agrido.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

A porta se trancando não permite
Que eu siga meu caminho em plena paz
O quanto do meu sonho fica atrás
A vida não se traça em tal limite,
Ainda que deveras acredite
No quanto poderia e já se faz
O dia se desenha mais mordaz
E nisto uma esperança ora palpite
Vasculho cada engano de um momento
Aonde mergulhara e sei que tento
Vencer os meus enganos; sendo assim,
O canto se adensando não se cala
Minha alma da alegria uma vassala
Prepara o meu caminho para o fim.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

A queda anunciada há tantos anos
Os erros mais comuns de quem procura
Vencer com mansidão qualquer loucura
E sabe dos terríveis desenganos
Os dias que pudera soberanos
A luta em noite amarga e sempre escura,
A sorte tantas vezes nos tortura
E muda sem sentir os velhos planos,
Etérea fantasia diz do quanto
Amar já não traria o raro encanto
Enquanto desfilasse novo rumo,
E o passo sem destino e sem razão
Expressa os dias turvos que virão,
E nisto com certeza em vão me esfumo.

terça-feira, 23 de maio de 2023

A onda que se transforma na procela
E adentra a minha praia, invade tudo
E quando no final me desiludo
Apenas o vazio se revela
Aprisionado sonho em dura cela
O todo se desenha atroz e mudo,
O canto se mostrasse tão miúdo
E o tanto quanto quero não se atrela
Espero alguma luz que não viria
E nisto se mostrando a noite fria
Aprendo com meus erros e somente
O quanto quis e nada mais pudera
Expressa a solidão, leda quimera
E o coração do nada se alimente.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

A nata da esperança dita o rumo
De quem se fez além de mero sonho
E quando na verdade até proponho
O mundo aonde em paz tento e resumo,
Ainda que pudesse noutro prumo
O canto mesmo até sendo medonho
Expressa cada rito onde componho
O todo sem sentir o raro insumo,
Espero qualquer luz que não viria
E sei da mais temível fantasia
Ao adentrar o cais sem mais defesas,
As dores se aproximam e vagando
No tempo mais atroz, ora nefando
As horas não seriam mais ilesas.

domingo, 21 de maio de 2023

A marca da pantera em presas, garras
A sorte se desenha após o cais
E nada mais impede os tão venais
Momentos onde tanto já desgarras
E sei dos meus ardores quando escarras
E geras outros tempos desiguais
Os olhos procurando sem jamais
Sentir o quanto queres e me amarras.
Ousasse acreditar noutro segundo
E quando nos teus braços me aprofundo
Resumos de outros dias neste encanto
Aonde o meu momento se aproxima
E sinto com certeza a rara estima
Enquanto no final nada garanto.

sábado, 20 de maio de 2023

A luta não cessara um só momento
E sei do quanto possa e mesmo até
Ousando noutra face sem a fé
O corte se desenha em vão provento
E quando do passado me alimento
Tentando caminhar ainda a pé
O sol adentra o templo e por quem é
Ao menos outro tempo ainda invento,
Esqueço do abandono feito em luta
E a força se desenha sempre bruta
Escuto a tua voz e nada vejo,
Apenas o receio de outra sorte
E nisto nem o sonho me conforte,
Matando em nascedouro algum desejo.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Do nordestino sonho, o litoral,
Mulata desfilando nesta Ilhéus,
O tempo se desenha magistral.
Mil sóis rebrilham, tomam belos céus.

Enquanto o coração deste mineiro
Trazendo a sutileza em luas mães
Procuras tantas rosas, Guimarães,
Usando da esperança qual tinteiro.

O sonho num momento iluminado,
Traçando do guerreiro santo o brilho,
E quando cada rastro agora eu trilho,
Concebo um mundo raro, claro, Amado.

E nestes dois momentos, o amor diz,
Da rara concepção dos meus Brasis.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Oh moça como é bom poder falar
Das coisas do sertão, da minha terra,
Aonde o coração em paz se encerra
Vertendo como fosse imenso mar.
No tanto que pudera navegar
Vencendo a solidão, temível guerra,
A própria fantasia além da serra
Tocada pelos raios do luar.
Nas ênfases sem par, esta alegria,
Permite o quanto esta alma buscaria
Em sonhos tão sublimes, sertanejos,
Assim adentro em paz tal paraíso
E sigo cada passo onde matizo
Na noite tão perfeita, meus desejos...

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A idônea fantasia de quem ama,
Gerando após o todo novo mundo
E nisto quando mesmo me aprofundo
Tentando reviver a imensa chama
A sorte desenhando o quanto clama
E neste delirar do amor me inundo
Vibrando a cada passo num segundo
Exposto ao que pudesse sem tal drama,
esqueço dos meus erros e prossigo
Vivendo cada tempo ora contigo
Audaciosamente libertário,
Meu canto no teu canto se entranhando
A vida se desnuda desde quando
A dita muda o velho itinerário.

terça-feira, 16 de maio de 2023

A hora mais feliz entre diversas
Expressa o quanto quero e me aproximas
Das sendas mais sublimes, e redimas
Enquanto para além do todo versas,
O quanto poderiam ser dispersas
As sortes noutros ermos, velhos climas,
Do todo desenhando tais estimas
As noites muitas vezes são perversas.
Ouvir o mar que trazes no teu peito
Sentir este momento enquanto aceito
O todo desenhado em tom suave,
Sem nada que pudesse transformar
A vida se mostrando devagar
Liberto coração qual fosse uma ave.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Adoro esse teu corpo cheio de mistério,
Desnudo sob a lua nesse terno rito
Contendo na garganta o rouco e morno grito
Que brota das entranhas desse teu império.

Esse teu corpo no meu corpo assim inscrito,
Quais rutilantes astros lá no véu sidério,
Nas noites sem luar, no manto seu cinéreo,
Sentindo no prazer a força do infinito.

Adoro esse teu corpo, suas mil veredas,
Caminhos que me levam aos íntimos espaços
Das mornas águas tuas borbulhando em mim

Sentir dentro em mim as tuas labaredas,
E de prazer morrer-me nesses teus enlaços,
Entregue ao teu fulgor, ao teu amor, enfim.

Edir Pina de Barros

Viceja dentro em nós a primavera
Gerando em flórea senda este porvir
Que possa dentro da alma em paz florir,
Traçando a liberdade onde se espera.

Sentindo o teu perfume sem igual,
Adentro fantasias, teu fulgor,
E sei do quanto possa e sem me opor
Ao teu desejo mago e sensual.

Não pude e nem tivera outro caminho
Senão seguir teus rastros, bela lua,
Minha esperança além quer e cultua
Enquanto em belos seios eu me aninho,

E bebo deste néctar que em teus lábios
Guiando os meus delírios, astrolábios...

domingo, 14 de maio de 2023

A juventude exposta em carne viva,
Meu tempo se perdera sem razão
E os dias que inda restam me trarão
Esta alma tantas vezes mais cativa,
E quando uma emoção meu peito criva
Ousando noutros dias que virão
Marcando em consonante sensação
A luta mais audaz que sobreviva.
Esqueço dos meus erros e somente
O tanto quanto possa se apresente
Matando a minha luz e nada veio,
Somente o meu caminho se promete
E a vida no final já me arremete
Ao quanto pude ver em vão anseio.

sábado, 13 de maio de 2023

A imagem que inda trago viva em mim
Falando de um momento mais tranquilo
Enquanto a sensação de amor desfilo
O tempo traduzindo o quanto eu vim,
Vagando neste espaço já sem fim,
A sorte que transcendo e assim destilo
Mergulha no passado e sem vacilo
Expressa o que melhor conheço enfim,
Escondo estas vertentes do que fora
A luta tantas vezes sonhadora
Marcada pelo engano e nada além,
O tolo caminhar em noite fria
Aos poucos a promessa se perdia
E nada no lugar ainda vem.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Aurora da esperança o sonho em nós
Traduz o quanto pude ou mesmo quis,
E tendo este momento mais feliz,
A sorte desenhando nova foz,
Amar e ser deveras mais feroz
Seguindo cada rastro por um triz,
Expresso a solidão e nada fiz
Senão cada segundo, mesmo após.
O prazo determina o fim de tudo,
E quando no final me desiludo
Encontro a mesma face solitária
De quem se tenta além do mais provável
Caminho quando muito impenetrável
Minha alma, simplesmente leda pária.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Autômatos somente e nada mais
Assim já nos sentimos quando a vida
Expressa a mesma face presumida
Navega entre tantos vendavais,
Pudesse acreditar e se jamais
O tempo dita a sorte construída
Na cândida loucura permitida
Ousando na esperança como um cais.
Espero o desenhar de um novo tempo
Vencendo o mais diverso contratempo
Arcando com enganos costumeiros,
E tanto poderia ser feliz,
Mas quando a vida tanto me desdiz,
Esqueço no passado os meus luzeiros.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Aumento esta freqüência de emoções
E nelas entranhando o meu caminho
E quantas vezes tento ou adivinho
Os dias onde tanto tu me expões,
As sortes em diversas dimensões
O corte mais atroz, mesmo mesquinho
Bebendo em tua boca o doce vinho
Em festas sem igual, em explosões
Restauro cada passo aonde um dia
Pudesse e com certeza mudaria
O rumo de uma vida sem proveito,
Neste horizonte aberto nada vindo
O quanto poderia ser infindo
Expressa a solidão quando me deito.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Aumente o som enquanto a vida passa
E tente perceber outro sentido
Enquanto na verdade dilapido
O todo numa espécie de fumaça
A luta a cada instante mais embaça
O rumo aonde tanto presumido
Cenário se transforma e quando olvido
Adentro sem sentido algum tal praça,
A lua se escondendo em densa bruma
Minha alma sem proveito se acostuma
Aos erros de quem tenta ser feliz,
O tanto quanto um dia pude ver
Agora ao perceber já se perder
Deixando no passado amor que eu quis.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Autista pensamento toma tudo
E bebo a solidão de minha ermida
Trazendo mais aberta esta ferida
E neste caminhar me desiludo,
O rumo que pudesse e não ajudo
A sorte mesmo estando distraída
Do quanto poderia e já duvida
No fundo todo engano agora eu mudo,
Expresso solitário caminhar
E tento noutro tempo mergulhar
Ousando aonde a vida não traria
Sequer qualquer momento em paz e luz,
Aonde meu caminho reproduz
Apenas a vontade amarga e fria.

domingo, 7 de maio de 2023

Autenticar os erros de um passado
Atravessando os ermos de um vazio
Cenário aonde o canto eu desafio
E trago a solidão porquanto evado,
E o tempo noutro tanto desenhado
Gerando tão somente o ledo estio,
Ainda quando possa em desvario
Vencer o dia sempre desolado,
Apresentando além desta desculpa
A sorte que em verdade não esculpa
Sequer o quanto pôde ou mais queria,
No ocaso desta vida, anoitecer
Tomado pelo enorme desprazer
Traçando tão somente esta agonia.

sábado, 6 de maio de 2023

Autêntico cenário aonde um dia
O sonho poderia ser tranquilo
E quando nos teus braços me perfilo
O tempo na verdade não se adia,
Ainda quando quero em fantasia
O tanto sem destino ora desfilo
E bebo da ilusão em raro estilo
Tentando pelo menos a alegria,
Ousando e com certeza, magoado
O tanto quanto a quero e sei e brado
Ouvindo deste mar a imensidão,
Gerasse dentro da alma simplesmente
O canto que em verdade a vida tente
Traçar como se fosse meu timão.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Aurífera expressão de amor e glória
Perdida no passado mais diverso
E quando para além eu desconverso
A sorte se desenha merencória,
Não trago mais sequer nesta memória
O todo desenhado em luz e verso
Perdido nos anseios do universo
A vida se moldando, velha escória,
Espero qualquer sonho que não veio,
E nisto tão somente ora receio
O prazo determina o fim de tudo,
E quantas vezes tive em minhas mãos
Momentos mais felizes, hoje vãos
Porquanto a cada dia mais me iludo.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Áureas as sensações que pude crer
E nelas meu tesouro adormecido,
Aos poucos quando o sonho em mim lapido
Traduzo o quanto resta em bem querer,
O passo se traduz noutro prazer
E vejo o teu olhar enternecido,
E o canto que pudesse ser ouvido
Ainda noutro tom a me envolver,
Vasculho cada ponto desta casa
E o tempo a cada instante se defasa
Ousando no vazio após o todo,
Dos sonhos que inda trago, nada resta
Senão a mesma imagem mais funesta
Gerada pelo medo e pelo engodo.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Autuas com teus ermos meu caminho
E tentas novamente me guiar
Aonde poderia algum luar
Eu vejo o meu cenário mais sozinho,
E sei quando pudera e assim me aninho
Nos cantos onde pude imaginar
O todo se aproxima a divagar
Gerando dos meus sonhos, ledo ninho,
Apresentando enfim a solidão
Expresso os dias tantos que trarão
Apenas no vazio este momento,
E o canto se perdendo sem razão
A vida não encontra a dimensão
Exata que em verdade, sempre tento.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Ativista dos sonhos, o poeta
Pudesse acreditar em cada verso
Traçando dentro da alma este universo
Aonde a vida inteira se repleta,
Palavra onde o tempo já completa
E traça este caminho onde disperso
E nisto mesmo um mundo mais perverso
Expressa a minha senda predileta,
Vestindo a fantasia mais vulgar
O manto se puindo devagar
O corte expondo a chaga de minha alma,
Sangrias entre tantas, noutro engodo
Ainda vejo em mim o velho lodo
E nem a fantasia em paz me acalma.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Atípicos momentos de uma vida
Jogada pelos cantos, sem defesa
O amor quando nos pega de surpresa
E a sorte noutra face em vão acida
Prepara para além a despedida
Ousando com terrível sutileza
Deixando para trás por sobre a mesa
Apenas ilusão mera, estendida.
As flores no jardim, cada canteiro
Traduz aonde possa e se me esgueiro
Esbarro nos tormentos mais venais,
E bebo em tua boca esta saliva
Que tanto com certeza me cativa
E gera dentro da alma os temporais.