sexta-feira, 30 de junho de 2017

30/06

Apresente no final
A verdade que não veio
O cenário desigual
Onde trago o meu receio
Onde passa ser fatal
O medonho tom que alheio
Ao conjunto bem e mal,
Presumisse algum recreio.
Ondas, mares e mergulhos
Entre tantos pedregulhos
Ou nos ermos que legaste
A verdade que vasculho
Traz minha alma em tal entulho
Condenando-me ao desgaste.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

29/06

Nada mais do quanto reste
Do cenário que desaba
A palavra mais agreste
Noutro tom já não se gaba
Da verdade que me infeste
Ou abrindo esta nova aba
Gere o todo que deteste
E no fim tudo me acaba,
Gravo apenas desagravo
O que possa noutro tom
Sendo o sonho, mero escravo,
Sendo o verso mero dom,
O meu tempo mesmo cavo
Como fosse algo tão bom.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

28/06

Levo os olhos no futuro
Que jamais conhecerei
O meu passo em pleno escuro
Mergulhando em dura grei,
No contrário salto o muro
E se possa não terei
O meu canto com apuro
E seguro eu seguirei?
Não versasse sobre o quanto
Seja a vida sem sinal
Do que possa em desencanto
Outro tanto ritual
No mergulho em que garanto
Este sonho virtual.

terça-feira, 27 de junho de 2017

27/06

Nada mais se vendo após
O que tanto pude ver
Ou sequer atando os nós
Concebesse este prazer
Que gerasse em bela foz
O que possa merecer
O momento segue atroz
E se faz em bem querer
O meu mundo segue o prumo
E deveras noutro espaço
No que tanto ora consumo,
Noutro canto me desfaço,
E se possa enquanto esfumo,
E seguindo em rude traço.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

26/06

Meu momento de ser teu
Ou ser tão que nada seja
O caminho que escolheu
Traduzisse uma peleja,
O cenário se teceu
Onde o quanto não mais veja
O momento se verteu
Na palavra que se almeja
Outro fato me envolveu.
Não mereço qualquer chance
Nem tampouco o que se tenta
A verdade que se alcance
Traduzisse uma tormenta
E meu passo sempre avance
Onde a vida segue lenta.

domingo, 25 de junho de 2017

25/06

O que fora antes latino
Na verdade não teria
O que tento e me alucino
Ou impeça tal sangria,
O que viva e não domino
Traduzisse o dia a dia
E sem ter quanto fascino
Noutro vão mergulharia.
O meu canto sem ter paz
O meu verso sem encanto
O que fora mais tenaz
Novamente em desencanto
Outra voz já se desfaz
E promete um vago canto.

sábado, 24 de junho de 2017

24/06

Ao momento mais versátil
Outro infausto recomeça
O meu sonho tão retrátil
No vazio já tropeça
Sem ter nada que inda trate-o
O meu canto diz promessa
Réptil solto neste pátio
O que fora não tem pressa.
Jamais quis algum alento
E se pude não queria
Versejando mais atento
Onde queira a fantasia
Expressando o pensamento
Na diversa hipocrisia.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

23/06

Levo os sonhos por aí
E se tento alguma cena
No final me consumi
Quando a sorte fosse plena
O que queira e já perdi
Do passado me condena
E se o fato eu resumi
Quanta vida se serena.
Apresento-me aos senhores
Como fosse um nu bufão
Entre sonhos opressores
Ou momentos que virão
Traduzindo sonhadores
Os meus dias desde então.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

22/06

Eu jamais acreditei
Na verdade sem medida
O que possa e sendo lei
Contraria a própria vida
Tantas vezes mergulhei
Neste mundo sem saída
E se agora desejei
No final nada divida.
O meu passo dita o prazo
E a verdade continua
Noutro ser que quando embaso
Marca as tramas desta lua
Que deveras dita ocaso
Noutro acaso segue nua.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

21/06

O medo não faz parte deste drama?
Quem sabe sendo assim eu até possa
Trazer o quanto fora outrora nossa
Agora já sem dono, a velha chama.
E nada do que tente se reclama
A vida noutro tom jamais adoça
Outra expressão marcante que se apossa
Do velho caminhar em tosca trama.
O peso se pendendo para cá
O todo que decerto morrerá
Na mesma proporção que já nascera,
O fim nos tornando assim equânimes
Quem sabe traduzisse em tons unânimes
A sorte que se fez em mera cera.

terça-feira, 20 de junho de 2017

20/06

Orgástica ilusão de um velho tolo
Que tanto desejou e não tocara
Sequer a pele bela mansa e rara
Ousando ter a morte por consolo.
Acendo outra velinha neste bolo
E a luta no final não se repara
A morte de tocaia já dispara
Gerando no final inútil enrolo.
O caos ou mesmo a festa que trouxeste
Agora se perdera num celeste
Anseio que esta vida sonegasse.
Vencer ou não vencer, o que me importa?
Apenas arrombaste a velha porta
Mostrando esta enrugada e morta face.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

19/06

Repasto onde as rapinas fazem festa
A carne que ofereço, já foi minha
Agora noutra face mais mesquinha
O quanto nada valho ora se atesta.
Apenas o que a vida em vão me empresta
Depois devolverei e em tal daninha
O sonho convertido ora se aninha
E apodrecida sorte tudo empesta.
Não quero uma proposta mais lacônica
Nem mesmo outra versão que fosse crônica
Gestando este imbecil que eu alimento,
No sórdido e vulgar corpo que trago
Ainda vens fazer algum afago,
Porém morro com peito exposto ao vento.

domingo, 18 de junho de 2017

18/06

Meu tempo mesmo atípico persiste
E gera uma inexata forma atroz
Que possa me trazer diversa foz
E nisto outro momento ora consiste,
Já nada mais presume quem insiste
Na paz que nos redima, todos nós,
E trace com certeza o ledo após
O tanto que se fez audaz e triste.
Navego sem certeza de algum porto,
Apenas apresento o desconforto
De quem se fez deveras sonhador.
O tanto que pudera ser mortífero
Somente me trouxera este sonífero
Mantendo sempre igual a velha dor.

sábado, 17 de junho de 2017

17/06

Reparo cada fato em tal constância
Que nada mais pudesse converter
A vida num cenário onde o prazer
Fizesse da esperança sua estância,
Marcando com ternura esta elegância
Que tanto possa ser quanto não ser
Vestindo o meu momento onde o querer
Pudesse simplesmente em militância.
Aplaca-se a verdade e nada vejo
Somente o que pudera e noutro ensejo
O tempo não decore nem perceba,
A luta se deveras não cansasse
Talvez o que hoje fora algum impasse
Expresse uma ilusão que em vão conceba.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

16/06

Outro tempo aonde o templo não traria
Semente que jogaste no valão
E tanto adubaste bem o chão
Que no final geraste poesia.
O verso sem saber de sintonia
Na mágica ou diversa dimensão
Traria noutro tempo os que verão
A glória que jamais se vangloria.
Na lápide estampado o meu retrato
Num epitáfio rude e até vulgar,
O quanto poderia e não resgato
Trazer dentro de mim o velho e o mar,
Quem nasce e bebe sempre do regato
Não pode no oceano se afogar.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

15/06

Eu nunca poderia acreditar
Nas tramas mais diversas que trouxeste
E se possa caminhar ou nada reste
Do que um dia quis apenas navegar,
Na incerteza de poder verter ao mar
O que sinto ser somente mais agreste,
No final de cada verso a se mostrar
Tão somente no vazio se reveste.
A loucura num louvor agora enreda
E se vejo no final a velha queda
Apenas torturando o quanto sonho,
O tanto no vazio se presume
A moça já não traz qualquer perfume
Somente o mesmo passo ora enfadonho.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

14/06

A circense poesia
O non sense certifica
Do que tanto se queria,
Mas no fim não edifica,
A versão que se traria
Mesmo quando em rima rica
No final não deduzia
Nem decerto a queda explica.
Prateada a sorte vejo
Outra tanta desafio
E se bebo num lampejo
Expressão que ora vazio
Coração num velho ensejo
Traduzia o “por um fio”.

terça-feira, 13 de junho de 2017

13/06

Lavrador de uma esperança
Quem me dera ser poeta
Na verdade o que se lança
Noutro tom não se completa
A versão em confiança
Noutra luta tem por meta
O que nada mais alcança
Nem seguindo a velha seta.
Na incerteza da tramoia
Não se faz qualquer ideia
Do que possa e se não boia
Trama a sorte em assembleia
Que tirando esta tipoia
Só se apoia na plateia.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

12/06

Caminhasse toda a vida
Na verdade que entorpece
Quem deveras já duvida
No final nada obedece
Nem sequer a despedida
No caminho trama a prece
De quem risca o que se olvida
Ou tampouco se merece.
Num acréscimo somente
Outro décimo desvendas
E se possa quando mente
Traduzir amor em lendas
O meu canto se apresente
Onde agora diz contendas.

domingo, 11 de junho de 2017

11/06

Nas areias de Ipanema
Ou da praia do Futuro
Novo tempo, velho tema
No final nada asseguro,
Nem sequer alguma algema
Nem mergulho neste escuro
Solidão traça o poema
E no resto, o configuro,
Se eu pudesse ser criança
Centerária fantasia
A verdade que me alcança
Gera em mim tal abasia
O formato da esperança
No final sempre esvazia.

sábado, 10 de junho de 2017

10/06

Ouviria do Ipiranga
O que disse e não se ouviu
Na certeza a velha tanga
Noutro instante diz Brasil,
Da expressão em vão se manga,
Mas se faz cedo gentil,
No quintal colheste a manga
No final nada se viu,
E se peço e não reciclo
O que possa noutro instante
Revivendo cada ciclo
Insistindo doravante;
E se tanto nada vejo,
Onde está meu realejo?

sexta-feira, 9 de junho de 2017

09/06

Ousaria acreditar
Nas histórias que me contas
E se tanto navegar
Entre as frotas que me apontas
Entranhando no teu mar
Conchas vagas luas tontas
E pudesse desejar
Ao que agora me remontas.
A incerteza de quem ama
A malícia de quem preza
A verdade não se trama
Nem tampouco segue ilesa
Destruída pela chama,
Noutro tom já se despreza.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

08/06

Traiçoeira a deusa sigo
Em seus cálidos rancores
E se tanto em vão abrigo
Na verdade tu te pores,
O meu verso onde o consigo
Molda dias multicores
E bebendo este perigo
Vou sorvendo teus rancores.
Na incerteza que deleta
A vontade se recria
O que possa ser poeta
Viva em louca fantasia,
Mas decerto se completa
Ilusões mera utopia.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

07/06

Aflição ou mesmo a farsa
Que se trama a cada engano.
Reforçando o que disfarça
Na expressão quando me dano,
Ou talvez fosse comparsa
Da esperança em tosco plano,
No final a sorte esgarça
O que possa soberano.
Recolhendo cada instante
Noutro tom que não teria
Vejo o quanto se garante
Ou tramasse em fantasia
O que gera num rompante,
Pouso além do que eu queria.

terça-feira, 6 de junho de 2017

06/06

Marco atento do que fomos
Entre somas e mentiras,
Livros velhos, rotos tomos
Que deveras tu retiras,
E se possa quanto fomos
São palavras que prefiras
São matizes, vários cromos
E no fim em nada inspiras.
O meu prazo se acabando
Na candura dos teus passos,
Outros dias dia fosse brando
Em meus sonhos mais devassos,
No final tudo negando
Nem sequer atando os laços.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

05/06

Nada mais se extrairia
Das entranhas, reconheço,
Cada passo a cada dia
Ilusão ditando o preço,
A versão em agonia
Ditaria o que este apreço
No final não me traria
Nem sequer teu endereço.
O venal caminho trama
O que trago e não soubera
A verdade é como a chama
Que deveras destempera
Sendo a farsa o quanto clama
A ilusão, mesmo sincera.

domingo, 4 de junho de 2017

04/06

O que fora e já não é
É melhor do que o não fora,
A certeza dita a fé
Ou talvez a redentora.
Na verdade tento até
A incerteza sonhadora
Que grassasse o mundo à pé,
Mas jamais foi promissora.
No que trago deste insólito
Desejar qual fosse rumo
O meu tempo este monólito
Em palavras eu resumo,
Mas amor seria um bólido
Se pudesse ser mais sólido.

sábado, 3 de junho de 2017

03/06

Apressando o passo quando
Outro expresso também tente
No que seja manso e brando
A verdade improcedente
Tramaria em contrabando
O que agora se consente,
Mas o tempo transmudando
Transudando o quanto mente.
Gira a sorte corte e penas
Explodindo o que permitas
Quando além tu me condenas
As esperas são malditas
E se as vejo mais amenas,
Noutro passo tu me irritas.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

02/06

Meu caminho se apresenta
Onde o tanto não teria
A vontade mais sangrenta
Ou a farta sintonia
Que se tanto a vida tenta
No final não me traria
Nem sequer outra tormenta
Quando gera uma agonia.
O meu passo rumo ao nada
Ao cenário mais nefasto
Outro tanto já se atesta
No que posso ou não se vê
Minha vida nega a festa
E seguindo sem por que
No caminho que me resta
Esperança em vão buquê.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

01/06

Nos caminhos mais diversos
Onde a vida traz a sorte
Que tramasse em novos versos
Expressão que nos conforte
Sigo e busco aonde imersos
Os meus dias vão sem norte
E se possa entre os dispersos
Coletar o que comporte.
Navegando contra a fúria
Das marés que tu me trazes
A versão em tal penúria
Molda dias mais mordazes
E se tento esta lamúria
Na verdade é o quanto fazes.