30/06
Apresente no final
A verdade que não veio
O cenário desigual
Onde trago o meu receio
Onde passa ser fatal
O medonho tom que alheio
Ao conjunto bem e mal,
Presumisse algum recreio.
Ondas, mares e mergulhos
Entre tantos pedregulhos
Ou nos ermos que legaste
A verdade que vasculho
Traz minha alma em tal entulho
Condenando-me ao desgaste.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
29/06
Nada mais do quanto reste
Do cenário que desaba
A palavra mais agreste
Noutro tom já não se gaba
Da verdade que me infeste
Ou abrindo esta nova aba
Gere o todo que deteste
E no fim tudo me acaba,
Gravo apenas desagravo
O que possa noutro tom
Sendo o sonho, mero escravo,
Sendo o verso mero dom,
O meu tempo mesmo cavo
Como fosse algo tão bom.
Nada mais do quanto reste
Do cenário que desaba
A palavra mais agreste
Noutro tom já não se gaba
Da verdade que me infeste
Ou abrindo esta nova aba
Gere o todo que deteste
E no fim tudo me acaba,
Gravo apenas desagravo
O que possa noutro tom
Sendo o sonho, mero escravo,
Sendo o verso mero dom,
O meu tempo mesmo cavo
Como fosse algo tão bom.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
28/06
Levo os olhos no futuro
Que jamais conhecerei
O meu passo em pleno escuro
Mergulhando em dura grei,
No contrário salto o muro
E se possa não terei
O meu canto com apuro
E seguro eu seguirei?
Não versasse sobre o quanto
Seja a vida sem sinal
Do que possa em desencanto
Outro tanto ritual
No mergulho em que garanto
Este sonho virtual.
Levo os olhos no futuro
Que jamais conhecerei
O meu passo em pleno escuro
Mergulhando em dura grei,
No contrário salto o muro
E se possa não terei
O meu canto com apuro
E seguro eu seguirei?
Não versasse sobre o quanto
Seja a vida sem sinal
Do que possa em desencanto
Outro tanto ritual
No mergulho em que garanto
Este sonho virtual.
terça-feira, 27 de junho de 2017
27/06
Nada mais se vendo após
O que tanto pude ver
Ou sequer atando os nós
Concebesse este prazer
Que gerasse em bela foz
O que possa merecer
O momento segue atroz
E se faz em bem querer
O meu mundo segue o prumo
E deveras noutro espaço
No que tanto ora consumo,
Noutro canto me desfaço,
E se possa enquanto esfumo,
E seguindo em rude traço.
Nada mais se vendo após
O que tanto pude ver
Ou sequer atando os nós
Concebesse este prazer
Que gerasse em bela foz
O que possa merecer
O momento segue atroz
E se faz em bem querer
O meu mundo segue o prumo
E deveras noutro espaço
No que tanto ora consumo,
Noutro canto me desfaço,
E se possa enquanto esfumo,
E seguindo em rude traço.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
26/06
Meu momento de ser teu
Ou ser tão que nada seja
O caminho que escolheu
Traduzisse uma peleja,
O cenário se teceu
Onde o quanto não mais veja
O momento se verteu
Na palavra que se almeja
Outro fato me envolveu.
Não mereço qualquer chance
Nem tampouco o que se tenta
A verdade que se alcance
Traduzisse uma tormenta
E meu passo sempre avance
Onde a vida segue lenta.
Meu momento de ser teu
Ou ser tão que nada seja
O caminho que escolheu
Traduzisse uma peleja,
O cenário se teceu
Onde o quanto não mais veja
O momento se verteu
Na palavra que se almeja
Outro fato me envolveu.
Não mereço qualquer chance
Nem tampouco o que se tenta
A verdade que se alcance
Traduzisse uma tormenta
E meu passo sempre avance
Onde a vida segue lenta.
domingo, 25 de junho de 2017
25/06
O que fora antes latino
Na verdade não teria
O que tento e me alucino
Ou impeça tal sangria,
O que viva e não domino
Traduzisse o dia a dia
E sem ter quanto fascino
Noutro vão mergulharia.
O meu canto sem ter paz
O meu verso sem encanto
O que fora mais tenaz
Novamente em desencanto
Outra voz já se desfaz
E promete um vago canto.
O que fora antes latino
Na verdade não teria
O que tento e me alucino
Ou impeça tal sangria,
O que viva e não domino
Traduzisse o dia a dia
E sem ter quanto fascino
Noutro vão mergulharia.
O meu canto sem ter paz
O meu verso sem encanto
O que fora mais tenaz
Novamente em desencanto
Outra voz já se desfaz
E promete um vago canto.
sábado, 24 de junho de 2017
24/06
Ao momento mais versátil
Outro infausto recomeça
O meu sonho tão retrátil
No vazio já tropeça
Sem ter nada que inda trate-o
O meu canto diz promessa
Réptil solto neste pátio
O que fora não tem pressa.
Jamais quis algum alento
E se pude não queria
Versejando mais atento
Onde queira a fantasia
Expressando o pensamento
Na diversa hipocrisia.
Ao momento mais versátil
Outro infausto recomeça
O meu sonho tão retrátil
No vazio já tropeça
Sem ter nada que inda trate-o
O meu canto diz promessa
Réptil solto neste pátio
O que fora não tem pressa.
Jamais quis algum alento
E se pude não queria
Versejando mais atento
Onde queira a fantasia
Expressando o pensamento
Na diversa hipocrisia.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
23/06
Levo os sonhos por aí
E se tento alguma cena
No final me consumi
Quando a sorte fosse plena
O que queira e já perdi
Do passado me condena
E se o fato eu resumi
Quanta vida se serena.
Apresento-me aos senhores
Como fosse um nu bufão
Entre sonhos opressores
Ou momentos que virão
Traduzindo sonhadores
Os meus dias desde então.
Levo os sonhos por aí
E se tento alguma cena
No final me consumi
Quando a sorte fosse plena
O que queira e já perdi
Do passado me condena
E se o fato eu resumi
Quanta vida se serena.
Apresento-me aos senhores
Como fosse um nu bufão
Entre sonhos opressores
Ou momentos que virão
Traduzindo sonhadores
Os meus dias desde então.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
22/06
Eu jamais acreditei
Na verdade sem medida
O que possa e sendo lei
Contraria a própria vida
Tantas vezes mergulhei
Neste mundo sem saída
E se agora desejei
No final nada divida.
O meu passo dita o prazo
E a verdade continua
Noutro ser que quando embaso
Marca as tramas desta lua
Que deveras dita ocaso
Noutro acaso segue nua.
Eu jamais acreditei
Na verdade sem medida
O que possa e sendo lei
Contraria a própria vida
Tantas vezes mergulhei
Neste mundo sem saída
E se agora desejei
No final nada divida.
O meu passo dita o prazo
E a verdade continua
Noutro ser que quando embaso
Marca as tramas desta lua
Que deveras dita ocaso
Noutro acaso segue nua.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
21/06
O medo não faz parte deste drama?
Quem sabe sendo assim eu até possa
Trazer o quanto fora outrora nossa
Agora já sem dono, a velha chama.
E nada do que tente se reclama
A vida noutro tom jamais adoça
Outra expressão marcante que se apossa
Do velho caminhar em tosca trama.
O peso se pendendo para cá
O todo que decerto morrerá
Na mesma proporção que já nascera,
O fim nos tornando assim equânimes
Quem sabe traduzisse em tons unânimes
A sorte que se fez em mera cera.
O medo não faz parte deste drama?
Quem sabe sendo assim eu até possa
Trazer o quanto fora outrora nossa
Agora já sem dono, a velha chama.
E nada do que tente se reclama
A vida noutro tom jamais adoça
Outra expressão marcante que se apossa
Do velho caminhar em tosca trama.
O peso se pendendo para cá
O todo que decerto morrerá
Na mesma proporção que já nascera,
O fim nos tornando assim equânimes
Quem sabe traduzisse em tons unânimes
A sorte que se fez em mera cera.
terça-feira, 20 de junho de 2017
20/06
Orgástica ilusão de um velho tolo
Que tanto desejou e não tocara
Sequer a pele bela mansa e rara
Ousando ter a morte por consolo.
Acendo outra velinha neste bolo
E a luta no final não se repara
A morte de tocaia já dispara
Gerando no final inútil enrolo.
O caos ou mesmo a festa que trouxeste
Agora se perdera num celeste
Anseio que esta vida sonegasse.
Vencer ou não vencer, o que me importa?
Apenas arrombaste a velha porta
Mostrando esta enrugada e morta face.
Orgástica ilusão de um velho tolo
Que tanto desejou e não tocara
Sequer a pele bela mansa e rara
Ousando ter a morte por consolo.
Acendo outra velinha neste bolo
E a luta no final não se repara
A morte de tocaia já dispara
Gerando no final inútil enrolo.
O caos ou mesmo a festa que trouxeste
Agora se perdera num celeste
Anseio que esta vida sonegasse.
Vencer ou não vencer, o que me importa?
Apenas arrombaste a velha porta
Mostrando esta enrugada e morta face.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
19/06
Repasto onde as rapinas fazem festa
A carne que ofereço, já foi minha
Agora noutra face mais mesquinha
O quanto nada valho ora se atesta.
Apenas o que a vida em vão me empresta
Depois devolverei e em tal daninha
O sonho convertido ora se aninha
E apodrecida sorte tudo empesta.
Não quero uma proposta mais lacônica
Nem mesmo outra versão que fosse crônica
Gestando este imbecil que eu alimento,
No sórdido e vulgar corpo que trago
Ainda vens fazer algum afago,
Porém morro com peito exposto ao vento.
Repasto onde as rapinas fazem festa
A carne que ofereço, já foi minha
Agora noutra face mais mesquinha
O quanto nada valho ora se atesta.
Apenas o que a vida em vão me empresta
Depois devolverei e em tal daninha
O sonho convertido ora se aninha
E apodrecida sorte tudo empesta.
Não quero uma proposta mais lacônica
Nem mesmo outra versão que fosse crônica
Gestando este imbecil que eu alimento,
No sórdido e vulgar corpo que trago
Ainda vens fazer algum afago,
Porém morro com peito exposto ao vento.
domingo, 18 de junho de 2017
18/06
Meu tempo mesmo atípico persiste
E gera uma inexata forma atroz
Que possa me trazer diversa foz
E nisto outro momento ora consiste,
Já nada mais presume quem insiste
Na paz que nos redima, todos nós,
E trace com certeza o ledo após
O tanto que se fez audaz e triste.
Navego sem certeza de algum porto,
Apenas apresento o desconforto
De quem se fez deveras sonhador.
O tanto que pudera ser mortífero
Somente me trouxera este sonífero
Mantendo sempre igual a velha dor.
Meu tempo mesmo atípico persiste
E gera uma inexata forma atroz
Que possa me trazer diversa foz
E nisto outro momento ora consiste,
Já nada mais presume quem insiste
Na paz que nos redima, todos nós,
E trace com certeza o ledo após
O tanto que se fez audaz e triste.
Navego sem certeza de algum porto,
Apenas apresento o desconforto
De quem se fez deveras sonhador.
O tanto que pudera ser mortífero
Somente me trouxera este sonífero
Mantendo sempre igual a velha dor.
sábado, 17 de junho de 2017
17/06
Reparo cada fato em tal constância
Que nada mais pudesse converter
A vida num cenário onde o prazer
Fizesse da esperança sua estância,
Marcando com ternura esta elegância
Que tanto possa ser quanto não ser
Vestindo o meu momento onde o querer
Pudesse simplesmente em militância.
Aplaca-se a verdade e nada vejo
Somente o que pudera e noutro ensejo
O tempo não decore nem perceba,
A luta se deveras não cansasse
Talvez o que hoje fora algum impasse
Expresse uma ilusão que em vão conceba.
Reparo cada fato em tal constância
Que nada mais pudesse converter
A vida num cenário onde o prazer
Fizesse da esperança sua estância,
Marcando com ternura esta elegância
Que tanto possa ser quanto não ser
Vestindo o meu momento onde o querer
Pudesse simplesmente em militância.
Aplaca-se a verdade e nada vejo
Somente o que pudera e noutro ensejo
O tempo não decore nem perceba,
A luta se deveras não cansasse
Talvez o que hoje fora algum impasse
Expresse uma ilusão que em vão conceba.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
16/06
Outro tempo aonde o templo não traria
Semente que jogaste no valão
E tanto adubaste bem o chão
Que no final geraste poesia.
O verso sem saber de sintonia
Na mágica ou diversa dimensão
Traria noutro tempo os que verão
A glória que jamais se vangloria.
Na lápide estampado o meu retrato
Num epitáfio rude e até vulgar,
O quanto poderia e não resgato
Trazer dentro de mim o velho e o mar,
Quem nasce e bebe sempre do regato
Não pode no oceano se afogar.
Outro tempo aonde o templo não traria
Semente que jogaste no valão
E tanto adubaste bem o chão
Que no final geraste poesia.
O verso sem saber de sintonia
Na mágica ou diversa dimensão
Traria noutro tempo os que verão
A glória que jamais se vangloria.
Na lápide estampado o meu retrato
Num epitáfio rude e até vulgar,
O quanto poderia e não resgato
Trazer dentro de mim o velho e o mar,
Quem nasce e bebe sempre do regato
Não pode no oceano se afogar.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
15/06
Eu nunca poderia acreditar
Nas tramas mais diversas que trouxeste
E se possa caminhar ou nada reste
Do que um dia quis apenas navegar,
Na incerteza de poder verter ao mar
O que sinto ser somente mais agreste,
No final de cada verso a se mostrar
Tão somente no vazio se reveste.
A loucura num louvor agora enreda
E se vejo no final a velha queda
Apenas torturando o quanto sonho,
O tanto no vazio se presume
A moça já não traz qualquer perfume
Somente o mesmo passo ora enfadonho.
Eu nunca poderia acreditar
Nas tramas mais diversas que trouxeste
E se possa caminhar ou nada reste
Do que um dia quis apenas navegar,
Na incerteza de poder verter ao mar
O que sinto ser somente mais agreste,
No final de cada verso a se mostrar
Tão somente no vazio se reveste.
A loucura num louvor agora enreda
E se vejo no final a velha queda
Apenas torturando o quanto sonho,
O tanto no vazio se presume
A moça já não traz qualquer perfume
Somente o mesmo passo ora enfadonho.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
14/06
A circense poesia
O non sense certifica
Do que tanto se queria,
Mas no fim não edifica,
A versão que se traria
Mesmo quando em rima rica
No final não deduzia
Nem decerto a queda explica.
Prateada a sorte vejo
Outra tanta desafio
E se bebo num lampejo
Expressão que ora vazio
Coração num velho ensejo
Traduzia o “por um fio”.
A circense poesia
O non sense certifica
Do que tanto se queria,
Mas no fim não edifica,
A versão que se traria
Mesmo quando em rima rica
No final não deduzia
Nem decerto a queda explica.
Prateada a sorte vejo
Outra tanta desafio
E se bebo num lampejo
Expressão que ora vazio
Coração num velho ensejo
Traduzia o “por um fio”.
terça-feira, 13 de junho de 2017
13/06
Lavrador de uma esperança
Quem me dera ser poeta
Na verdade o que se lança
Noutro tom não se completa
A versão em confiança
Noutra luta tem por meta
O que nada mais alcança
Nem seguindo a velha seta.
Na incerteza da tramoia
Não se faz qualquer ideia
Do que possa e se não boia
Trama a sorte em assembleia
Que tirando esta tipoia
Só se apoia na plateia.
Lavrador de uma esperança
Quem me dera ser poeta
Na verdade o que se lança
Noutro tom não se completa
A versão em confiança
Noutra luta tem por meta
O que nada mais alcança
Nem seguindo a velha seta.
Na incerteza da tramoia
Não se faz qualquer ideia
Do que possa e se não boia
Trama a sorte em assembleia
Que tirando esta tipoia
Só se apoia na plateia.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
12/06
Caminhasse toda a vida
Na verdade que entorpece
Quem deveras já duvida
No final nada obedece
Nem sequer a despedida
No caminho trama a prece
De quem risca o que se olvida
Ou tampouco se merece.
Num acréscimo somente
Outro décimo desvendas
E se possa quando mente
Traduzir amor em lendas
O meu canto se apresente
Onde agora diz contendas.
Caminhasse toda a vida
Na verdade que entorpece
Quem deveras já duvida
No final nada obedece
Nem sequer a despedida
No caminho trama a prece
De quem risca o que se olvida
Ou tampouco se merece.
Num acréscimo somente
Outro décimo desvendas
E se possa quando mente
Traduzir amor em lendas
O meu canto se apresente
Onde agora diz contendas.
domingo, 11 de junho de 2017
11/06
Nas areias de Ipanema
Ou da praia do Futuro
Novo tempo, velho tema
No final nada asseguro,
Nem sequer alguma algema
Nem mergulho neste escuro
Solidão traça o poema
E no resto, o configuro,
Se eu pudesse ser criança
Centerária fantasia
A verdade que me alcança
Gera em mim tal abasia
O formato da esperança
No final sempre esvazia.
Nas areias de Ipanema
Ou da praia do Futuro
Novo tempo, velho tema
No final nada asseguro,
Nem sequer alguma algema
Nem mergulho neste escuro
Solidão traça o poema
E no resto, o configuro,
Se eu pudesse ser criança
Centerária fantasia
A verdade que me alcança
Gera em mim tal abasia
O formato da esperança
No final sempre esvazia.
sábado, 10 de junho de 2017
10/06
Ouviria do Ipiranga
O que disse e não se ouviu
Na certeza a velha tanga
Noutro instante diz Brasil,
Da expressão em vão se manga,
Mas se faz cedo gentil,
No quintal colheste a manga
No final nada se viu,
E se peço e não reciclo
O que possa noutro instante
Revivendo cada ciclo
Insistindo doravante;
E se tanto nada vejo,
Onde está meu realejo?
Ouviria do Ipiranga
O que disse e não se ouviu
Na certeza a velha tanga
Noutro instante diz Brasil,
Da expressão em vão se manga,
Mas se faz cedo gentil,
No quintal colheste a manga
No final nada se viu,
E se peço e não reciclo
O que possa noutro instante
Revivendo cada ciclo
Insistindo doravante;
E se tanto nada vejo,
Onde está meu realejo?
sexta-feira, 9 de junho de 2017
09/06
Ousaria acreditar
Nas histórias que me contas
E se tanto navegar
Entre as frotas que me apontas
Entranhando no teu mar
Conchas vagas luas tontas
E pudesse desejar
Ao que agora me remontas.
A incerteza de quem ama
A malícia de quem preza
A verdade não se trama
Nem tampouco segue ilesa
Destruída pela chama,
Noutro tom já se despreza.
Ousaria acreditar
Nas histórias que me contas
E se tanto navegar
Entre as frotas que me apontas
Entranhando no teu mar
Conchas vagas luas tontas
E pudesse desejar
Ao que agora me remontas.
A incerteza de quem ama
A malícia de quem preza
A verdade não se trama
Nem tampouco segue ilesa
Destruída pela chama,
Noutro tom já se despreza.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
08/06
Traiçoeira a deusa sigo
Em seus cálidos rancores
E se tanto em vão abrigo
Na verdade tu te pores,
O meu verso onde o consigo
Molda dias multicores
E bebendo este perigo
Vou sorvendo teus rancores.
Na incerteza que deleta
A vontade se recria
O que possa ser poeta
Viva em louca fantasia,
Mas decerto se completa
Ilusões mera utopia.
Traiçoeira a deusa sigo
Em seus cálidos rancores
E se tanto em vão abrigo
Na verdade tu te pores,
O meu verso onde o consigo
Molda dias multicores
E bebendo este perigo
Vou sorvendo teus rancores.
Na incerteza que deleta
A vontade se recria
O que possa ser poeta
Viva em louca fantasia,
Mas decerto se completa
Ilusões mera utopia.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
07/06
Aflição ou mesmo a farsa
Que se trama a cada engano.
Reforçando o que disfarça
Na expressão quando me dano,
Ou talvez fosse comparsa
Da esperança em tosco plano,
No final a sorte esgarça
O que possa soberano.
Recolhendo cada instante
Noutro tom que não teria
Vejo o quanto se garante
Ou tramasse em fantasia
O que gera num rompante,
Pouso além do que eu queria.
Aflição ou mesmo a farsa
Que se trama a cada engano.
Reforçando o que disfarça
Na expressão quando me dano,
Ou talvez fosse comparsa
Da esperança em tosco plano,
No final a sorte esgarça
O que possa soberano.
Recolhendo cada instante
Noutro tom que não teria
Vejo o quanto se garante
Ou tramasse em fantasia
O que gera num rompante,
Pouso além do que eu queria.
terça-feira, 6 de junho de 2017
06/06
Marco atento do que fomos
Entre somas e mentiras,
Livros velhos, rotos tomos
Que deveras tu retiras,
E se possa quanto fomos
São palavras que prefiras
São matizes, vários cromos
E no fim em nada inspiras.
O meu prazo se acabando
Na candura dos teus passos,
Outros dias dia fosse brando
Em meus sonhos mais devassos,
No final tudo negando
Nem sequer atando os laços.
Marco atento do que fomos
Entre somas e mentiras,
Livros velhos, rotos tomos
Que deveras tu retiras,
E se possa quanto fomos
São palavras que prefiras
São matizes, vários cromos
E no fim em nada inspiras.
O meu prazo se acabando
Na candura dos teus passos,
Outros dias dia fosse brando
Em meus sonhos mais devassos,
No final tudo negando
Nem sequer atando os laços.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
05/06
Nada mais se extrairia
Das entranhas, reconheço,
Cada passo a cada dia
Ilusão ditando o preço,
A versão em agonia
Ditaria o que este apreço
No final não me traria
Nem sequer teu endereço.
O venal caminho trama
O que trago e não soubera
A verdade é como a chama
Que deveras destempera
Sendo a farsa o quanto clama
A ilusão, mesmo sincera.
Nada mais se extrairia
Das entranhas, reconheço,
Cada passo a cada dia
Ilusão ditando o preço,
A versão em agonia
Ditaria o que este apreço
No final não me traria
Nem sequer teu endereço.
O venal caminho trama
O que trago e não soubera
A verdade é como a chama
Que deveras destempera
Sendo a farsa o quanto clama
A ilusão, mesmo sincera.
domingo, 4 de junho de 2017
04/06
O que fora e já não é
É melhor do que o não fora,
A certeza dita a fé
Ou talvez a redentora.
Na verdade tento até
A incerteza sonhadora
Que grassasse o mundo à pé,
Mas jamais foi promissora.
No que trago deste insólito
Desejar qual fosse rumo
O meu tempo este monólito
Em palavras eu resumo,
Mas amor seria um bólido
Se pudesse ser mais sólido.
O que fora e já não é
É melhor do que o não fora,
A certeza dita a fé
Ou talvez a redentora.
Na verdade tento até
A incerteza sonhadora
Que grassasse o mundo à pé,
Mas jamais foi promissora.
No que trago deste insólito
Desejar qual fosse rumo
O meu tempo este monólito
Em palavras eu resumo,
Mas amor seria um bólido
Se pudesse ser mais sólido.
sábado, 3 de junho de 2017
03/06
Apressando o passo quando
Outro expresso também tente
No que seja manso e brando
A verdade improcedente
Tramaria em contrabando
O que agora se consente,
Mas o tempo transmudando
Transudando o quanto mente.
Gira a sorte corte e penas
Explodindo o que permitas
Quando além tu me condenas
As esperas são malditas
E se as vejo mais amenas,
Noutro passo tu me irritas.
Apressando o passo quando
Outro expresso também tente
No que seja manso e brando
A verdade improcedente
Tramaria em contrabando
O que agora se consente,
Mas o tempo transmudando
Transudando o quanto mente.
Gira a sorte corte e penas
Explodindo o que permitas
Quando além tu me condenas
As esperas são malditas
E se as vejo mais amenas,
Noutro passo tu me irritas.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
02/06
Meu caminho se apresenta
Onde o tanto não teria
A vontade mais sangrenta
Ou a farta sintonia
Que se tanto a vida tenta
No final não me traria
Nem sequer outra tormenta
Quando gera uma agonia.
O meu passo rumo ao nada
Ao cenário mais nefasto
Outro tanto já se atesta
No que posso ou não se vê
Minha vida nega a festa
E seguindo sem por que
No caminho que me resta
Esperança em vão buquê.
Meu caminho se apresenta
Onde o tanto não teria
A vontade mais sangrenta
Ou a farta sintonia
Que se tanto a vida tenta
No final não me traria
Nem sequer outra tormenta
Quando gera uma agonia.
O meu passo rumo ao nada
Ao cenário mais nefasto
Outro tanto já se atesta
No que posso ou não se vê
Minha vida nega a festa
E seguindo sem por que
No caminho que me resta
Esperança em vão buquê.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
01/06
Nos caminhos mais diversos
Onde a vida traz a sorte
Que tramasse em novos versos
Expressão que nos conforte
Sigo e busco aonde imersos
Os meus dias vão sem norte
E se possa entre os dispersos
Coletar o que comporte.
Navegando contra a fúria
Das marés que tu me trazes
A versão em tal penúria
Molda dias mais mordazes
E se tento esta lamúria
Na verdade é o quanto fazes.
Nos caminhos mais diversos
Onde a vida traz a sorte
Que tramasse em novos versos
Expressão que nos conforte
Sigo e busco aonde imersos
Os meus dias vão sem norte
E se possa entre os dispersos
Coletar o que comporte.
Navegando contra a fúria
Das marés que tu me trazes
A versão em tal penúria
Molda dias mais mordazes
E se tento esta lamúria
Na verdade é o quanto fazes.
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