quarta-feira, 30 de setembro de 2015

30/09

O que tenta algum descanso
Depois desta tempestade
O caminho aonde alcanço
A total felicidade,
O meu mundo este remanso
Nada traz e não se agrade
O tormento em passo manso
Entremeio esta verdade
Nos anseios mais diversos
Ou nos tons onde pudera
Trazer velhos universos
E sentir a cada espera
O que possam novos versos,
Revivendo a primavera.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

29/09

Sou teu amo e teu escravo,
E se possa quero a paz
Mesmo quando o sonho lavo
Nos anseios que me traz
A verdade em que fui bravo,
Mas agora sou tenaz
Sepultura que ora cavo
Molda o mundo mais mordaz,
Investindo cada passo
No que traço e não viria,
A verdade aonde enlaço
Tão somente a fantasia
Meu momento eu embaraço
Na certeza da agonia.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Neste amor eu não me calo,
Sigo apenas o que manda
Coração quando desanda
Faz do sonho o seu vassalo,
E se possa e num regalo,
Outro tempo anda de banda
A palavra bem mais branda
O cenário enquanto falo
Ousaria noutro tanto
Vestimentas mais condignas
As tormentas mais indignas
Nada mais possa e garanto
Tão somente cada grão
Que espalhaste pelo chão.

domingo, 27 de setembro de 2015

27/09

Vencedor sendo vencido
Após tantas vãs batalhas
E se agora além espalhas
O meu mundo faz sentido
O meu verso resumido
Noutros ermos, nas navalhas
As versões ditando as falhas
Outro tempo reunido.
Vagamente quero a sorte
Que pudesse e me conforte
Sem sentir qualquer aragem,
A certeza de outro passo
No momento onde desfaço
Toda a velha e vã bagagem.

sábado, 26 de setembro de 2015

26/09


Emoção em rara luz
Outro tanto que pudesse
No caminho que se tece
O vazio me produz
A esperança em contraluz
O momento em tal benesse
A verdade não se esquece
E o tormento me seduz.
Este preço que ora pago
O momento em raro afago
O delírio em ser feliz,
Marco o tempo com anseio
E se tanto a vida veio
Não foi como um dia eu quis.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

25/09


Poderia ser além
Do que nunca desejei
O meu passo que entranhei
Pouca coisa inda contém
Do caminho deste alguém
Que jamais imaginei
Fosse aquele que sonhei
Sem saber nenhum desdém.
Se eu jamais pudesse ouvir
O que possa no porvir
A emoção que desatina,
Mergulhando no vazio
O momento onde recrio
Traz a dura e amarga sina.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

24/09

O que molda a nossa história
Poderia ser diverso
Do caminho aonde eu verso
Muito aquém desta memória,
O meu tempo feito escória
O meu mundo, este universo
Onde possa mais disperso
Traz a luta merencória
Jogo os olhos para trás
E procuro o que se faz
E jamais imaginasse
O momento mais sutil,
Onde o todo que se viu
Traduzisse a rude face.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

23/09

Na alegria que ora trago,
A vontade não completa
A verdade mais dileta
E tampouco algum afago,
Onde a vida traz o lago
Sensação que se repleta
No que possa ser poeta
Outro tempo não divago,
Esperando na tocaia
O que tanto agora espraia
Vagamente em mar imenso,
No vazio de teus dias
Ouço as noites que querias
Muito embora, contrassenso...

terça-feira, 22 de setembro de 2015

22/09


O desenho do andarilho
Sem paragem nem sustento
O que possa livre ao vento
Sob a sorte em mero trilho,
Vago e sem ter empecilho
Sigo o tanto que provento
Renegando o sofrimento,
Outro tempo agora eu brilho,
Investindo cada passo
No que possa e me desfaço
Gerações de erros fartos,
Os momentos mais algozes
Esperanças dizem vozes
Destes mortos pelos quartos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

21/09

Da esperança mais audaz
Nada guardo dentro em mim,
O que o tempo ora desfaz
Traz a morte do jardim,
A versão dura e falaz
O momento chega ao fim,
E se posso ser tenaz
Não quisera tanto assim.
Nada mais se vendo após
O que tanto desejei
Ouço firme a velha voz
Dominando a nossa grei,
E se possa mais veloz
Na esperança eu mergulhei.

domingo, 20 de setembro de 2015

Quem me dera ser o filho
Que jamais desistiria
Do que possa enquanto trilho
Mesmo em noite dura e fria,
A palavra em estribilho
Outro tom em agonia
O que veja este andarilho
Noutro engodo se faria.
Jamais pude acreditar
Nem tampouco tive o canto
Que pudera e já garanto
Traduzisse o bem de amar
E se possa a cada pranto
Nada tento divisar.

sábado, 19 de setembro de 2015

19/09

Deste encanto em rara sorte
Nada mais pudesse ter
Senão mesmo amanhecer
Que pudera e me conforte,
A certeza do mais forte,
A loucura do saber
O que tente obedecer
Quando a vida ora nos corte,
Nada mais se representa
O momento mais sutil,
O tormento onde se viu
A palavra virulenta,
O meu passo até senil
A verdade mais sangrenta.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

18/09

Deste amor já sem sentido
Deste encanto sem razão
Outro tempo que lapido
Modulando esta estação
Sendo o verso presumido
Nos anseios da paixão
Cada sonho redimido
Nas entranhas, no porão,
A palavra não traduz
O que pude em tom solene
A verdade contra a luz
O momento que condene
O meu verso em contraluz
Dita o quanto não me acene.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Nesta força incomparável
Que não posso suportar
Outro sonho desejável
Perde o rumo e sem lugar
O que fora ora agradável
Não se deixa navegar,
O terreno mais arável
Pouco a pouco a se notar.
Versejando sobre o nada
Nada mais se poderia
A palavra desenhada
Noutro tom vaga sombria,
E vencendo a rude estrada
Meu cenário não veria.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

16/09

O meu mundo se desnuda
Onde nada mais se faça
A não ser esta trapaça
Tão atroz, audaz e aguda.
A verdade se amiúda
E bebendo em rude taça
Sensação que se esfumaça
Sem mais nada que me acuda,
Vejo o fim de cada verso
Noutro tom e sigo imerso
No vazio de minha alma
O meu mundo em pesadelo,
A vontade de revê-lo
Nada mais ora me acalma.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

15/09

E se tanto já quisesse
Onde o nada se aproxima
A verdade dita a rima
Renegando esta benesse,
O momento que se tece
A versão que não me estima,
A palavra que se prima
Pelo tom e nada esquece,
Nem somente o quanto teima
A vontade em cada queima
No final desnuda o solo,
Na insensata solidão,
Outro tempo diz do não,
E sozinho enfim me assolo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Vejo apenas claridade
Num reflexo sem proveito
E sozinho, quando deito
A saudade já me invade
E traduz a ansiedade
Dominando todo o leito
Cada farsa que eu aceito
Traduzisse em liberdade...
Nada tenho mais de meu
O meu mundo em apogeu
Fora bem diverso até,
Mas meu prumo se perdeu,
O meu tempo me esqueceu,
Não restando nem a fé.

domingo, 13 de setembro de 2015

13/09


Dos anseios mais audazes
E dos medos tão sutis
Quantas vezes tu me trazes
Os momentos quando os quis,
No final, dias falazes
Outros tantos, nada diz
Do que pude em longas fases
Traduzir o ser feliz,
À feição do matador
Ou talvez de quem viria,
Não trazendo em fantasia
O meu passo em rumo e dor,
Pouco a pouco me traria
O que tento recompor.

sábado, 12 de setembro de 2015

12/09

Um tempo após o tempo de sonhar
Determinando o quanto poderia
Vencer a minha sorte em utopia
E mesmo noutro encanto mergulhar,

A vida se desenha sem lugar
E a luta que se faz turva e sombria
Matando o quanto resta em poesia
Pudesse novamente me entranhar,

Porém sem ter sequer alguma paz
O quanto que se quer tanto desfaz
Gerando a solidão e o verso rude,

Meu passo sem sentido e sem por que,
Apenas o vazio agora vê
E nisto com certeza desilude.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

11/09

Não quero apenas restos e teimando
Na luta sem sequer um resultado
O tempo noutro tempo degradado
E o gesto se mostrando em contrabando,

O mundo que pudera desde quando
O verso noutro tempo agora invado
E gero a solução em desregrado
Caminho sem sentido mesmo infando.

O prazo determina o fim do jogo
E possa na verdade arder no fogo
Das tantas ilusões que me tocassem,

O tempo se angustia e se negara
Gerando tão somente esta seara
Aonde os meus anseios destroçassem.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

10/09


Não tente adivinhar, porquanto seja
A vida de tal forma tão mutável
O solo que pudesse ser arável
Agora num deserto se preveja,

A morte quando uma alma mais andeja
Percorre esse caminho imaginável
Traçando o quanto pode ora intragável
Entrega a nossa sorte de bandeja.

O vento noutro rumo se esvaindo
O todo se aproxima e se bem-vindo
O canto poderia ser suave,

Mas sei do mesmo engodo que me trazes
E a vida com temíveis vãs tenazes
A cada novo sonho tudo agrave.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Não quero acreditar no que não veio
Tampouco a vida trace nova história
Deixando a solidão, rude memória
Enquanto noutro tom dita o receio,

O mundo se presume em devaneio
E a senda mais atroz e merencória
Gerasse tão somente a mesma escória
E nela o quanto em vão tanto rodeio,

Esperaria apenas um sinal
E sei do desencanto terminal
Que a vida nos prepara a cada ensejo,

Porém noutro sentido a plena luz
Tramando cada passo aonde eu pus
O amor que na verdade eu mais desejo.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Negaste o que deveras não se nega
O amor quando demais já não consigo
Traçar além do caos qualquer perigo
E a vida se presume mesmo cega,

E o quanto no vazio já trafega
Sabendo do que venha em desabrigo,
O todo quanto possa desobrigo
E a sorte no não ser em dor se emprega.

A luta se aproxima do final
E vejo a mesma face irracional
De quem se fez audaz e agora mente,

O todo noutro cais já não aporte
E sei que restaria a minha morte
E nela o quanto pude rudemente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Há tanto se perdera esta noção
Do quanto a vida trace outro momento
Enquanto no vazio eu me alimento
Tentando adivinhar a dimensão,

E sei que novos dias poderão
Traçar além do quanto este tormento
Gerasse na impressão do forte vento
Que marca com temível solidão.

Ocasionando a queda de quem tanto
Vagasse sem saber sequer do quanto
A vida poderia me trazer,

O verso sem perfume, a mão ferida
Especular noção da despedida
Matando pouco a pouco, eu possa ver.

domingo, 6 de setembro de 2015

06/09

Não tento acreditar no que me dizes
Tampouco poderia ter além
Do pouco que em verdade sempre vem
Grassando sobre velhas cicatrizes,

Acumulando quedas e deslizes
O verso se traduz e mais ninguém
Expressaria o quanto ainda vem
Gerando na verdade tantas crises.

O caos se aproximando e nada veja
Quem foge sorrateiro da peleja
Inutilmente posta sobre a mesa.

A sorte mostraria esta incerteza
Gerindo cada passo mesmo em falso
E nisto a solidão, deveras calço.

sábado, 5 de setembro de 2015

05/09

Jamais imaginasse outro caminho
Nem mesmo o que inda reste dentro em mim,
O sonho se prevendo dita enfim
O passo mais audaz, mesmo daninho,

Apresentando o canto mais mesquinho
Regendo o que pudera desde o fim,
Matando o quanto veja e mesmo assim,
No fundo na esperança ainda aninho,

O caos se aproximando da verdade
E o medo noutro tom tanto degrade
Gerando dentro em pouco o que viria

Mecânicas diversas, rude vida
E a sorte no final vai desprovida
Do quanto quis em mera poesia,.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Acordos que deveras não cumpriste
A sorte do teu lado se evadindo,
O quanto poderia ser infindo
Agora se anuncia bem mais triste,

E o tanto que deveras não sentiste
Sequer noutro momento confundindo
O passo com meu tempo se abstraindo
Gerando a solidão agora em riste.

Negando qualquer tom que me aproxime
Do verso que pudesse ser sublime,
Eu tento e não prossigo em vaga estrada,

Numa escalada ausento do meu sonho
E o tanto quanto o quis já não componho,
A própria solidão, decerto enfada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

03/09

Apresentando apenas as escusas
De quem tanto quisesse e não veria
Sequer a mesma face em atipia
De quem noutro cenário tanto abusas.

E sei quando deveras entrecruzas
As sortes numa falsa sintonia,
Marcando com terror tanta ironia,
Palavras descrevendo rudes musas.

O peso de uma vida me vergando
O tempo noutro enredo mais infando
E o bando se moldando arribação,

Os sonhos, pedregulhos no caminho,
O tanto quanto possa ser daninho
Meu mundo no vazio dita o não.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Acrescentando o nada ao que me resta
O tempo em total e erma insegurança
Ao nada com certeza já me lança
Na imagem mais atroz, mesmo funesta,

A rede que pudera noutra fresta
A lua se transforma e em tal mudança
A vida noutro tom contrabalança
Gerando a solidão que o fim atesta.

Não quero a sorte rude de quem tente
Versar sobre o que possa e impertinente
Expresse este vazio em rudimento,

Apenas desvendando o mesmo engano,
O passo que pudera soberano
Agora se transforma em sofrimento.
Acrescentando o nada ao que me resta
O tempo em total e erma insegurança
Ao nada com certeza já me lança
Na imagem mais atroz, mesmo funesta,

A rede que pudera noutra fresta
A lua se transforma e em tal mudança
A vida noutro tom contrabalança
Gerando a solidão que o fim atesta.

Não quero a sorte rude de quem tente
Versar sobre o que possa e impertinente
Expresse este vazio em rudimento,

Apenas desvendando o mesmo engano,
O passo que pudera soberano
Agora se transforma em sofrimento.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pudesse em novo tempo desenhar
As tramas mais complexas de uma vida
Já tanto noutro tempo corroída
Sem mesmo ter por onde começar.

Havendo com certeza outro lugar
A frase mais completa e mais cumprida
O medo transformando esta ferida
Que agora vejo enfim cicatrizar.

O amor que tantas vezes tu constróis
E tramas como fosse os teus faróis
Nos ermos de uma noite tão soturna,

Enquanto a solidão reinando após
Gerasse tão somente os vagos nós
E neles a saudade em vão se enfurna.